Total de visualizações de página

6 de out. de 2011

Fiat / FCA

          Em 1898 foi o início da construção do que viria a ser a maior fábrica italiana, por um pequeno grupo de pioneiros do Piemonte: a Fiat - Fabbrica Italiana Automobili Torino. O primeiro protótipo foi construído em 1899, por Giovanni Ceirano, um entusiasta de Turim, que com seus irmãos possuía um florescente negócio de bicicletas. "Fiat" também significa "faça-se" em latim. A empresa foi fundada por Giovanni Agnelli em 11 de julho de 1999.
          O logo da Fiat traz cada uma das letras de seu nome, sigla de Fabbrica Italiana Automobili Torino (ou Fábrica Italiana de Automóveis de Turim, em português).
          Em julho de 1976, a Fiat inaugurou sua fábrica no Brasil, em Betim, Minas Gerais. Na época, o investimento chegou a 500 milhões de dólares.
          Alguns dias antes da festa do centenário da empresa, celebrada no dia 11 de julho de 1999, o executivo italiano Giovanni Razelli, segundo a versão oficial da montadora, se demitiu da superintendência da Fiat brasileira, um posto que ocupava há mais de três anos e meio e lhe rendia uma remuneração anual superior a 1 milhão de dólares. Sua saída inopinada, após uma carreira de três décadas na empresa, causou surpresa. Provocou espanto, também, a forma como foi feita a apresentação de seu sucessor, Gianni Coda, aos executivos brasileiros. Na noite do dia 12 de julho, Coda, 52 anos, pegou um avião em Turim, desceu em São Paulo, alugou um jatinho e chegou a Betim às 7 horas da manhã do dia seguinte. Passou apenas 4 horas na fábrica e voltou à Itália no mesmo dia. Coda deveria retornar ao Brasil em agosto. Até lá, Razelli permaneceria tocando os negócios. 
          A subsidiária brasileira contraíra prejuízos recentes e o grupo estava à voltas com uma crise de identidade. "A Fiat é uma pseudomultinacional. Grande para a Itália, talvez, mas muito pequena para o mundo." O autor da frase é Gianni Agnelli, então com 78 anos, o controlador do grupo. Não era exagero. A empresa não está presente no mercado americano, o mais importante do mundo. Na Europa, com exceção da Itália, sua penetração era mínima. E o Terceiro Mundo não garantia a sobrevivência no futuro globalizado. Naqueles dias de meados de julho de 1999, cresciam os rumores de que a Ford estaria comprando 40% do capital da Fiat. Caso isso acontecesse,m não desgostaria o patriarca Giovanni Agnelli, o fundador e o avô do então atual controlador. "Quero ser a Ford da Itália", dizia Agnelli.
          Em meados dos anos 2000, Sergio Marchionne, CEO à frente da empresa desde 2004, resgata a montadora italiana da beira da falência. Pouco tempo depois, em 2009, comandou uma associação para comandar um ícone americano, a Chrysler, terceira maior fabricante de automóveis dos Estados Unidos e uma das maiores vítimas da crise financeira que assolou o país e teve seu ápice em 2008. A Chrysler tinha pertencido à Mercedes-Benz de 1998 a 2007, num negócio que foi um "desastre absoluto", segundo Marchionne (Marchionne faleceu em 5 de julho de 2018, em Zuerich na Suíça, após período em que esteve doente). Ele procedeu diferente dos alemães: fez a empresa comprada (que tem em seu portfólio as também americanas Dodge, Ram e Jeep) continuar como americana. Em não muito tempo conseguiu trazê-la de volta ao azul e ganhar mercado.
          Em 2014, a Fiat concluiu aquisição do controle acionário da Chrysler, passando a deter 58% das ações da nova empresa, a FCA - Fiat Chrysler Automóveis. Por meio da Chrysler, a Fiat conseguiu acesso aos Estados Unidos, mercado onde nunca teve força. 
          Dona das marcas italianas Maserati e Ferrari (e da americana Chrysler), a Fiat é hoje praticamente uma marca brasileira.
(Fonte: revista Exame  16.08.1995 / 21.01.2015 / Wikipédia / jornal Valor - 24.07.2018 -Exame  partes)

Nenhum comentário: