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6 de out. de 2011

Lamborghini

          Ferruccio Lamborghini (1916-1993), o "rei do trator", teve problemas com sua Ferrari e resolveu ir direto ao alto escalão para se queixar. Enzo Ferrari recusou-se a recebê-lo, e Lamborghini jurou que iria construir um carro melhor e que levaria seu nome. Assim nasceu a lenda do Lamborghini.
          Fundador da marca, Ferruccio Lamborghini era apaixonado por touradas. Por isso o touro foi escolhido como símbolo da fabricante italiana. Touro era também seu signo de nascimento.
          Lamborghini fundou a empresa em 1963, como uma filial da sua bem-sucedida fábrica de tratores Lamborghini Trattori S.p.A.
          O Miura atingia até 282 km/h, uma altíssima velocidade que combinava a aparência vigorosa do carro, todo futurista, com linhas baixas e curvas. Ao ser lançado na Feira do Carro de Genebra em 1966, foi considerado a sensação da década.
          Em 1998, a Audi passa a controlar a empresa fundada por Ferruccio Lamborghini. Seus engenheiros projetam e desenvolvem o Lamborghini Murciélago. Seu nome, morcego em espanhol, é o mesmo de um touro morto em 1879. Tem um motor V12, com 580 cavalos de potência e sucede o mítico Diablo.
(Fonte: livro: Oh! dúvida cruel. - Priscila Arida Velloso - Ed. Record / revista Forbes Brasil - 13.03.2002 - partes).


Versão II
           Depois da Segunda Guerra Mundial, Ferruccio Lamborghini descobriu um grande sucesso - fabricar equipamentos para a reconstrução da Europa.
           Ferruccio decidiu construir seus próprios carros depois de ter sido demitido por Enzo Ferrari. Um dos motivos teriam sido 'problemas' detectados por Ferrari em cópias de reparos realizados em carros da marca pelo então engenheiro Ferruccio Lamborghini. O rico empresário desenvolveu uma frota de carros esportivos que se destacaram no continente.
           Existe uma outra versão da história. Ferruccio Lamborghini teria percebido que o negócio de carros esportivos poderia gerar lucros. O mistério ainda não foi desvendado....
           Fã de touros e nascido no mês cujo signo também é touro, Lamborghini não pensou duas vezes e usou a imagem do animal furioso como logotipo da empresa. A venda de carros esportivos da Lamborghini começou em 1963, com o elegante 350GT
Logo depois veio o 350 GTS conversível.
           Ferruccio Lamborghini certamente nasceu para brilhar, pois a produção de seus carros ganhava cada vez mais fama. Para criar a carroceria da Lamborghini 350, Ferruccio contratou designers da Carrozzeria Touring, de Milão . A ideia era transformar esse modelo como um dos favoritos da época. O icônico DB5, foi usado até mesmo por James Bond.
           O empresário Lamborghini precisou desenhar e construir um motor desde o zero para compor seus modelos. Ele aproveitou os recursos do ex-chefe Ferrari Giotto Bizzarrini para construí-lo. Ao passar do tempo, o motor de Bizzarrini  ficou popular e reconhecido como um dos mais poderosos, o mais refinado e com a tecnologia mais avançada. De fato, Lamborghini utilizou os motores Bizzarrini em toda a produção do Morcego, cuja fabricação parou em 2010.
           Seguindo o bom estilo, porém com uma visão comercial, os carros GT saíram do papel e a marca foi ousada com o lançamento do Miura. Pode-se dizer que o Miura Cattle Ranch, criado na Espanha, foi um dos verdadeiros modelos considerados como uma super máquina. O Miura foi lançado em 1966, no Salão de Genebra e suas linhas futuristas surpreenderam. O carro dominava a atenção do público, algo nunca visto antes na história automobilística.
           Marcello Gandini, da empresa de design Bertone, projetou vários carros icônicos para a Lamborghini, dando formas exóticas e formatos futuristas para o touro furioso em seus desenhos.
           Mesmo com a popularidade do Miura, Lamborghini não conseguiu controlar as finanças da empresa que leva o seu nome. Em 1972, a Lamborghini foi forçada a vender a montadora a um grupo suíço. Depois que Ferruccio deixou a empresa, a marca Lamborghini passou por várias mãos. Levou prejuízos por vários anos, até ser comprada pela Chrysler, em 1987. Durante o período de crise, a empresa lançou vários modelos bem recebidos, como o Espada. Lançou também o Urraco, um modelo de quatro lugares.
           O Countach permitiu que a Lamborghini competisse frente a frente com a Ferrari em showrooms em todo o mundo. Na verdade, o Countach acabou se tornando o modelo mais midiático e, imediatamente, mais reconhecível da Lamborghini, mesmo depois de 40 anos de sua estreia. No final dos anos 1980, o Countach começou a ser visto como um carro antigo ....... a concorrente lançou o Ferrari F40 no mercado..........E foi lançado o inovador Porsche 959. Depois disso, ficou claro para a Lamborghini que a marca precisava de um novo modelo para competir com a concorrente.
           A 'bala de prata' da marca taurina foi a produção do Lamborghini Diablo. O ideia do nome surgiu de uma luta entre um matador e um touro que durou várias horas, em 1869.
Depois do sucesso do Miura e Countach, Lamborghini arriscou uma outra fórmula para garantir o sucesso da marca com o Diablo.
           O Lamborghini passou a ter uma versão atualizada do motor de propulsão V12 de Bizzarrini .......produzido especificadamente para mais um modelo desenhado por Marcello Gandini. Gandini foi infeliz ao modificar o Chrysler e, eventualmente, lançar uma versão do projeto Diablo parecido com o V16 Cizeta - Moroder. Para Ferruccio Lamborghini, o Diablo seria o último modelo que ele iria experimentar, antes de sua morte, em 1993, aos 76 anos.
          Embora Lamborghini tenha experimentado um breve período de bons frutos sob domínio da Chrysler, em 1993, a Chrysler vendeu a empresa para um grupo de investidores da Indonésia. Em 1998, a crise financeira asiática forçou os proprietários indonésios da empresa a colocar a marca Lamborghini de volta no mercado. A marca Audi, do Grupo Volkswagen, viu oportunidade de compra da empresa. No final de 1998 , a Audi compra a Lamborghini por US$ 111 milhões. Em 2001, a Audi lançou o 'Murciélago' ou Morcego, em português, se tornando o sucessor do Diablo. O Murciélago é nomeado após um touro ser esfaqueado 24 vezes por um matador e, mesmo assim, sobreviver após o ataque. Obviamente, foi uma mensagem para os rivais da empresa em Maranello. Murcielago foi projetado em casa, sob a supervisão de Luc Donckerwolke. O motor V12 Bizzarrini no Murcielago LP 670-4 o transformou como um dos mais poderosos, produzindo mais de 660 cavalos de potência.
           Em 2004, o Lamborghini Gallardo acrescentou uma programação na máquina. O carro se tornaria o modelo mais vendido da história da empresa. O Gallardo, nome dado em homenagem a uma raça histórica de touros, foi constituído com um motor V10 ao invés de um V12.
           Em 2005, Stephan Winkelmann se tornou presidente da empresa. Em 2011, a Lamborghini introduziu no mercado o Aventador, já sob o domínio de Winkelmann.
O Aventador 12 cilindros é o primeiro carro-chefe da Lamborghini que não levou o motor V12 Bizzarrini.
           Em 2014, a Lamborghini lançou o novo Huracan e fez bastante sucesso. O Huracan é o nome de um touro que lutou e se tornou famoso em 1879. A Lamborghini lançou também o modelo Sesto Elemento.
           O Urus foi o primeiro roader off da Lamborghini desde o LM002, da década de 1980. O bruto Bizzarrini V12 foi originalmente concebido para ser a entrada da Lamborghini em uma competição militar e, consequentemente, se tornar o sucessor do Jeep. Outro modelo ganhou a competição, o Humvee.
          O Lamborghini LM0002, conhecido como o "Lambo do Rambo", por conta da sua participação no filme, marcou os anos 1980 com seu porte grande, rodas enormes e um motor V12 de 375 cv, além de tração nas quatro rodas
     Hoje, Lamborghini é um 'animal' muito diferente, se comparada com a montadora arrivista que era há cinco décadas. Na verdade, Lamborghini se tornou um patrimônio para os colecionadores. Agora, financeiramente estável, a montadora Lamborghini está livre e consolidada, capaz de lançar vários modelos no mundo automotivo e causar loucuras nos fissurados em carros.
           Para a maioria das pessoas, esta é a imagem que vem à mente quando se menciona o nome 'Lamborghini'. De fato, a fabricante deixou uma marca registrada na história de cada um e, principalmente, na indústria automobilística.
           Além de fabricante, Lamborghini tem um lugar garantido entre as marcas de supercarros. Ao longo dos 50 anos, a montadora se firmou como uma das marcas mais desejadas e respeitadas da indústria automotiva, batendo de frente com a concorrente Ferrari. Durante o processo de crescimento da empresa, a Lamborghini deu ao mundo alguns dos carros mais insanos, modernos e icônicos.
(Fonte: MSN - BI Business Insider - Benjamin Zhang - 27.08.2016)


Versão III
          Reza a lenda que a Lamborghini foi criada "só de birra". Ferruccio Lamborghini (1916- 1993), fazendeiro e dono de uma próspera fábrica de tratores, era um apaixonado por automóveis, que, como um italiano de bom gosto e cheio de posses, só circulava de Ferrari. Um dia, ao levar seu bólido para revisão, encontrou Enzo Ferrari (1898-1988) por lá e aproveitou para reclamar sobre algum defeito ou insatisfação com a parte mecânica do seu carro.
          Ao que consta, Lamborghini não gostou muito da resposta que ouviu do homem cujo nome era sinônimo de savoir-faire automobilístico. Já que dinheiro não era problema, ele resolveu mostrar à Ferrari e ao mundo como, na sua visão, se construía um verdadeiro esportivo.
          Lamborghini reuniu, então, um grupo de engenheiros de renome e, em 1963, deu início à hercúlea missão de produzir superesportivos que pudessem fazer frente à própria Ferrari. Não se sabe se a história é verdadeira ou não. O que interessa é que a Lamborghini, ao ser criada, mirou, por bem ou por mal, quem seria seu principal rival no mercado, definindo um padrão de qualidade e, por extensão, de preço.
          Passados mais de 50 anos daquele embate de egos, não dá para dizer que a Lamborghini reverbere a mesma mítica que envolve a Ferrari, que, a seu favor, tem o circo da Fórmula 1 e seus badalados pilotos para promovê-la. Nem ao seu fundador, Ferruccio Lamborghini, a montadora pertence mais. Faz parte, atualmente, do grupo VW.
          Mas é incontestável que a marca que surgiu de um "desaforo" tem o seu lugar ao sol,  chamando os holofotes para si sempre que dá o ar da graça. Tanto que seus lançamentos são promovidos em capítulos, de maneira a aumentar o suspense em torno da novidade.
          É o caso do Lamborghini Huracán LP 610-4, sucessor do Gallardo, cujas imagens foram reveladas em dezembro de 2013. O carro fez sua primeira aparição pública no Salão de Genebra, em março, e chega às concessionárias europeias neste mês. Entre um e outro evento, até um teaser com o ronco do motor circulou pela internet. Em todas as ocasiões, o esportivo deu o que falar e apareceu para uma audiência boquiaberta com suas curvas e promessas de desempenho.
          O Lamborghini Huracán LP 610-4 é puro conceito, a começar pelo nome codificado. "Huracán" é a denominação de um touro de briga que pertenceu ao conde da Patilla, no século XIX; "LP" é a abreviação da posição do motor, longitudinal posterior; "610" é a potência em cavalos do propulsor; e "4" significa que a tração nas rodas é integral. Parece complicado, mas basta olhar para o seu shape que tudo fica mais claro.
          Com linhas agressivas e um design geométrico com um quê de futurista, o Huracán tem pose de quem quer voar, como se isso fosse possível estando atado ao chão. E o que o bólido promete, ele parece entregar.
          Concebido em alumínio e fibra de carbono, ele é leve e capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,2s e atingir 325 km/h. Tudo sem ter muito "trabalho". Um seletor permite ajustar o estilo de condução em três níveis, de mais econômico e calminho a mais agressivo, calibrando motor, câmbio, tração e controle eletrônico de estabilidade. Aliás, por falar em transmissão, não há opção manual; as trocas de marchas são feitas por meio de borboleta, atrás do volante.
          Tudo bem que quem está dirigindo um esportivo desse quilate está mais preocupado em olhar para a frente e se apossar dos comandos. Mas não deixa de ser confortável saber que a comodidade interna não foi esquecida, até porque os semáforos dão uma trégua ao motorista-piloto. O habitáculo mantém o padrão de desenho que beira o exótico, visto do lado de fora. Alguém falou em nave espacial?
          Até o quadro de instrumento pode ser personalizado, ao gosto do freguês. No mais, há tudo o que se espera de um modelo dessa categoria, e até o que não se espera de um esportivo puro-sangue, como câmara traseira para manobras e sistema de áudio e DVD.
          O Lamborghini Huracán LP 610-4 vai ser a grande estrela da marca no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro, e a expectativa é de que repetirá o sucesso que teve em outras mostras automotivas. Em seguida, começam as vendas. O preço oficial só vai ser divulgado mais para frente. Considerando que irá entrar no lugar do Gallardo, mas com mais atrativos, quem se interessar pode ir baixando as aplicações em pelo menos R$ 2 milhões.
(Fonte: jornal Valor Econômico - 13.05.2014)

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