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2 de out. de 2011

Stihl

     É difícil separar o ronco da motosserra de imagens de destruição e violência. Os filmes de terror e os documentários sobre a vida selvagem nos ensinaram que as motosserras são, em geral, uma "coisa ruim". Mas para os podadores e madeireiros da década de 1920, a invenção da motosserra certamente foi uma bênção.
     É possível que a motosserra já existisse antes da Primeira Guerra Mundial, mas são poucos os indícios de sua utilização. Somente a partir da Segunda Guerra Mundial a "serra de corrente manual", inventada por Andreas Stihl (1896-1973) em 1927, ocupou o seu lugar, utilizada pelos soldados alemães para avançar rapidamente em áreas de floresta. Ao tomarem conhecimento do fato, os aliados bombardearam a fábrica alemã de motosserras - mas não antes de roubar uma para copiá-la.
     A motosserra de Stihl pesava tanto quanto um adolescente típico e precisava de duas pessoas para manejá-la. Depois de estudar a motosserra alemã roubada, a empresa americana Mercury desenvolveu uma versão aperfeiçoada que podia ser manejada por uma única pessoa. A Stihl reagiu, reclamando, na década de 1970, o título de maior fabricante mundial de motosserras.
     Nas últimas décadas, as motosserras participaram ativamente da destruição de algumas das mais importantes áreas de diversidade natural do planeta. Um episódio da série Vida dos Pássaros da BBC ficou famoso por mostrar a tragédia de uma ave-do-paraíso imitando o som das motosserras que destruíam seu habitat. Quando se vê as motosserras destruindo a Floresta Amazônica - para não mencionar a quase totalidade das demais áreas florestadas do planeta - fica difícil sentir simpatia pelas madeireiras.
     A operação brasileira da fabricante de ferramentas elétricas Stihl, tem sede em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e tem 2100 funcionários.
(Fonte: livro 1001 Invenções que mudaram o mundo - Ed. Sextante - parte)

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