O grupo Tata foi fundado pela família Tata em 1868, mais especificamente por Jamsetji Tata. Jemsetji, descrito como obstinado, decidiu construir o hotel mais luxuoso da Índia após ser barrado no Watson, um dos poucos cinco-estrelas de Mumbai no final do século XIX. Em 1903, surgiu o Taj Mahal na orla da cidade - até hoje, o hotel do grupo é uma referência em conforto.O grupo tem como tradição buscar sucessores com características semelhantes às dos líderes que estão deixando o cargo. Por mais de um terço de sua história, entre 1938 e 1991, o grupo foi administrado por um só presidente, Jehangir Ratanji Dadabhoy Tata. Foi quando passou o bastão para Ratan Tata e disse: "Acho que ele é o mais parecido comigo". Ratam Tata é apenas a quarta geração de presidentes do grupo centenário.
Ratan Tata é integrante de uma família Parse, povo que fugiu da Pérsia no século X para instalar-se na Índia. O empresário teve uma infância luxuosa em Mumbai. Jogava críquete, esporte preferido de dez entre dez indianos, com o irmão noi amplo quintal da mansão da família. Na adolescência, quebrou uma tradição dos Tata ao se recusar a estudar na Inglaterra para fazer faculdade de arquitetura nos Estados Unidos. Sentiu-se tão à vontade no país que cogitou mudar-se definitivamente para lá. Quando se formou pela Universidade Cornell, em 1962, porém, foi obrigado a rever seus planos devido a um problema familiar. A avó paterna, responsável por sua criação desde os 7 anos, quando seus pais se separaram, ficou doente e o chamou de volta. "Não poderia recusar um pedido dela", disse Tata.
A ideia era voltar para os Estados Unidos o mais rápido possível. Mas, à medida que o problema da avó se arrastava, essa opção ficava mais distante. Decidiu, então, procurar trabalho para recomeçar a vida na cidade natal e foi contratado pela IBM. Ficou apenas dois dias no emprego. Seu tio e então presidente do grupo, Jehangir Ratanji Dadabhoy Tata (conhecido como JRD Tata), mandou chamá-lo assim que soube que o sobrinho, na época com 24 anos, dava expediente em outra companhia. Foi ali que acertou seu ingresso na empresa da família.
O início não poderia ter sido pior. Tata foi colocado para trabalhar no chão da fábrica da Telco, antigo nome da montadora de carros do grupo, e logo foi transferido para a Tata Steel. Lá, fazia de tudo: carregava materiais, abastecia os fornos e limpava o chão. Passou seis anos na função. Segundo ele, por várias vezes, nessa época, desejou voltar aos Estados Unidos. Os tempos duros da Telco foram superados quando Tata foi transferido de volta para Mumbai. Lá, começou a encarar desafios maiores. Foi assim nos anos 1970 com a Nelco, braço de produtos eletroeletrônicos que ajudou a tirar do buraco. O rápido progresso nas fileiras da empresa não tardou a ser econhecido. No processo de sucessão iniciado com a aposentadoria de JRD, em 1991, ele foi escolhido pelo tio para assumir o comando do grupo.
A sede do grupo fica na Bombay House, desde 1926.
Em 2000, o grupo Tata compra o chá Tetley, da Inglaterra, num negócio de 434 milhões de dólares.
Em 2004, o grupo investe em telecomunicações, adquirindo a Tyco Global Network dos Estados Unidos por 130 milhões de dólares. No mesmo ano compra a fabricante de caminhões sul coreana Daewoo, por 102 milhões de dólares.
Um no negócio na área de telecomunicações é feito em 2005, quando adquiriu a canadense Teleglobe, por 239 milhões de dólares. Também em 2005, adquire a indústria de aço NatSteel, de Cingapura, por 286 milhões de dólares.
Em 2006, adquire a americana Eight O'Clock Coffee, do setor de café, por 220 milhões de dólares. Ainda em 2006, compra a aciaria tailandesa Millennium Steel, por 167 milhões de dólares.
A maior cartada de Ratan Tata n o processo de internacionalização foi no início de 2007, com a compra da siderúrgica anglo-holandesa Corus, por 13 bilhões de dólares. Além dos valores envolvidos, o negócio chamou a atenção pelo caráter simbólico - o sw uma empresa da ex-colônia avançando para conquistar uma joia industrial de seu antigo dominador.
A negociação da Corus, siderúrgica cm mais de 40 anos e faturamento de 19 bilhões de dólares, expôs ao mundo ocidental uma das características de Tata, em particular, e dos empresários asiáticos emergentes, em geral: a agressividade. No final de 2006, a Tata Steel, braço siderúrgico do grupo indiano, e a brasileira CSN disputaram ferrenhamente a compra da Corus. Em jogo, a produção anual de 20 milhões de toneladas de aço e o quinto lugar no mercado mundial. Depois de oito propostas abertas, a contenda seria finalmente decidida num envelope fechado. Trancado num quarto de hotel ao lado de cinco executivos do grupo, Tata deu aval para a oferta final: 12,16 dólares por ação. Quando a proposta dos brasileiros foi aberta, ela era 10 centavos de dólar inferior. Tata sorri quando fala sobre a disputa com Benjamin Steinbruch da CSN. "Por causa da CSN, fomos obrigados a desembolsar 1 bilhão de dólares a mais pela Corus".
A mudança de comando, em dezembro de 2012, porém, foi um pouco diferente. Com a aposentadoria de Ratan Tata, assumiu o comando Cyrus Mistry, mesma etnia e mesma religião, mas não carrega o sobrenome Tata. Então com 44 anos, tinha pouca experiência à frente de um grande conglomerado. A família Mistry é a maior acionista individual do grupo Tata, com cerca de 19% de participação. As ações foram compradas em 1930 pelo avô de Cyrus e, desde então, a família tem lugar cativo no conselho de administração da holding.
O Tata atua em áreas tão diversas como telecomunicações, automobilística e construção. Ratan Tata foi o responsável pela internacionalização do grupo, hoje presente em mais de 80 (120?) países, com mais de 425000 funcionários espalhados por 96 empresas e faturamento anual ao redor de 90 bilhões de dólares. É dono de marcas renomadas como as da montadora Jaguar Land Rover (vide origem das marcas Jaguar e Land Rover neste blog).
A mudança de comando, em dezembro de 2012, porém, foi um pouco diferente. Com a aposentadoria de Ratan Tata, assumiu o comando Cyrus Mistry, mesma etnia e mesma religião, mas não carrega o sobrenome Tata. Então com 44 anos, tinha pouca experiência à frente de um grande conglomerado. A família Mistry é a maior acionista individual do grupo Tata, com cerca de 19% de participação. As ações foram compradas em 1930 pelo avô de Cyrus e, desde então, a família tem lugar cativo no conselho de administração da holding.
O Tata atua em áreas tão diversas como telecomunicações, automobilística e construção. Ratan Tata foi o responsável pela internacionalização do grupo, hoje presente em mais de 80 (120?) países, com mais de 425000 funcionários espalhados por 96 empresas e faturamento anual ao redor de 90 bilhões de dólares. É dono de marcas renomadas como as da montadora Jaguar Land Rover (vide origem das marcas Jaguar e Land Rover neste blog).
Tata Consultancy Services (TCS)
A empresa de sistemas de tecnologia e software Tata Consultancy Services (TCS) foi fundada em 1968 e tem sua sede em Mumbai, na Índia.
Em 14 de agosto de 2021, Ratam Tata inaugura, na região de Fort, o coração financeiro de Mumbai, num suntuoso prédio em estilo vitoriano, construído em 1922, a nova sede da TCS). A TCS é a maior software house da Ásia (considerando dados de setembro de 2007) e peça importante da miríade de negócios que assumiu a forma de um dos principais conglomerados industriais do planeta. Em 2007, a TCS tinha 100.000 funcionários espalhados pelo mundo e estava presente em 44 países.
Tata Motors
A Tata Motors foi fundada em 1945 e tem sua sede em Mumbai, na Índia. Produz carros, ônibus e caminhões. Está presente em 30 países e tem 22.000 funcionários considerando números de setembro de 2007.
Tata Steel
Foi fundada em 1907 e tem sua sede em Mumbai, na Índia. Produz aço e ferro. Está ´resente em 50 países e tem 38.000 funcionários, considerando dados de setembro de 2007.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007 / 08.08.2012 - partes)
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