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6 de out. de 2011

Drogaria São Paulo / DPSP

           O Brasil vivia sob o Estado Novo de Getúlio Vargas e a Segunda Guerra Mundial ainda não havia terminado quando três sócios fundaram a Drogaria São Paulo, em São Paulo. A primeira loja foi aberta na praça da Sé, no centro da capital, em 1943. A poucos metros do marco zero da cidade, nada mais justo do que homenageá-la com o nome. Naquela época, os clientes pegavam o bonde para comprar remédio no centro. De lá para cá, as necessidades dos consumidores se sofisticaram, a cidade cresceu e as farmácias se espalharam pelos bairros. Acompanhando as mudanças, a Drogaria São Paulo investiu pesado para fincar bandeira nas principais regiões da metrópole.
          O número de sócios originais era, na realidade, 32. Era um grupo de funcionários oriundos da Drogafarma, incorporada na época pela Drogasil. O objetivo era atuar somente no atacado.
           A Drogaria São Paulo apostou nas lojas que funcionam 24 horas por dia. A estratégia começou a ser colocada em prática em 1978, quando a rede tinha apenas 15 lojas que funcionavam dia e noite. Manter uma farmácia funcionando durante a madrugada pode não compensar do ponto de vista financeiro - o horário de maior movimento é das 18 às 22 horas - mas ajuda a fixar a marca na mente do consumidor.
          Em 1984, já com dez lojas de varejo, a rede resolveu partir para uma atuação mais forte junto ao consumidor final. Dos 32 sócios originais, restavam sete donos. Na diretoria ainda estavam dois dos principais fundadores da rede. Cláudio Duarte e Thomaz de Carvalho, pai do então superintendente Ronaldo de Carvalho.
          Em 1987, a empresa lançou outra ação pioneira (uma ação que já havia sido levada a cabo com pioneirismo foi a abertura de lojas 24 horas). Inspiradas numa pequena drogaria de Campinas, a Jaguaribe, a Drogaria São Paulo foi a primeira drogaria do país a conceder descontos a aposentados e idosos.
           Mais recentemente, a empresa comprou a rede Drogão e, em 2011, se juntou à drogaria carioca Pacheco, formando a DPSP. Juntas, as duas empresas - fortes em regiões diferentes do país - poderiam resistir à onda de consolidação do setor.
           As empresas continuam funcionando de forma separada. Os antigos donos das duas drogarias - Samuel Barata, da Pacheco, e Ronaldo Carvalho, da São Paulo - têm visões diferentes para o futuro da nova empresa. Pelo acordo da fusão, o controle da companhia é compartilhado. A família Barata tem 51% da nova empresa e os 12 acionistas da São Paulo, 49%, com o poder de indicar o presidente executivo. Os dois lados ainda não fizeram grande esforço para unificá-la. Com a aproximação de pretendentes à aquisição, talvez tenham que mudar de ideia.
           A DPSP, considerando as duas bandeiras, São Paulo e Pacheco, possui mais de 700 lojas nos quatro estados da região Sudeste e na Bahia.
(Fontes: revista Exame - 22.07.1992 / Exame SP - julho 2002 / Exame online - 09.06.2014 - partes)


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