O nome Hotel Urbano foi "livremente inspirado" no site de descontos Peixe Urbano - que moveu um processo contra o Hotel Urbano pela apropriação da marca e teve resultado favorável no início de setembro de 2016. O Hotel Urbano deverá trocar de nome.
Em que pese o nome, aos poucos o Hotel Urbano foi mudando sua estratégia. Hoje, o site oferece principalmente hotéis e pacotes em destinos turísticos pouco usuais, que não estão no radar das grandes agências de viagem - como Salinópolis, no Pará, ou Treze Tílias, em Santa Catarina.
A agência de viagens online Hotel Urbano foi criada pelos irmãos João Ricardo e José Eduardo Mendes, em 2010. A sede da empresa fica num antigo boliche reformado dentro de um shopping de decoração, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Desde que o Hotel Urbano foi fundado, os dois irmãos foram vendendo fatias do negócio para diferentes fundos de investimento - viraram sócios os fundos de investimento americanos Insight, Accel Partners (um dos primeiros investidores do Facebook), Tiger Global (sócio da varejista online Netshoes) e Priceline (dono da maior empresa de turismo online do mundo, o booking). O negócio, realizado no final de 2013 e que abrangeu uma participação de 10% para os investidores, que desembolsaram 120 milhões de reais, elevou a empresa novata a valer 1,2 bilhões de reais.
Em pleno domingo, 29 de dezembro de 2015, os 650 funcionários foram surpreendidos com uma mensagem dos irmãos, fundadores da empresa. Eles avisavam, sem muita cerimônia, que haviam vendido o controle da empresa para o fundo Insight (que já era sócio do Hotel Urbano) e que dali em diante eles atuariam apenas no conselho de administração. Até então os dois, especialmente João, passavam até 18 horas por dia na sede da empresa.
Naquele domingo, o destino do Hotel Urbano foi selado com a venda de uma fatia de 5% do negócio - o suficiente para o controle trocar de mãos. O preço pago pelas ações - cerca de 100 milhões de reais - fez com que o Hotel Urbano, com menos de cinco anos de história, fosse avaliado em mais de 2 bilhões de reais. É, talvez, a mais meteórica ascensão da história da internet brasileira.
Mas aquela mensagem mostrava um paradoxo - em meio a tanto sucesso, os sócios não estavam se entendendo. João Ricardo e José Eduardo venderam o controle a contragosto. Pelo acordo de acionistas, o Insight poderia comprar o controle a qualquer momento - e os fundadores não poderiam fazer nada para se proteger. É o tipo de cláusula imposta por investidores e aceita por empreendedores que nunca, nem em seus mais sombrios pesadelos, cogitam que um dia serão afastados da empresa que fundaram. Em julho de 2015, o Priceline havia pagado 60 milhões de dólares por cerca de 10% da empresa - num lance que reduziu a participação dos irmãos para 40%. Para o Insight assumir o controle, seria preciso se juntar ao Tiger, outro antigo acionista da companhia, e comprar mais 5% dos irmãos - o que foi feito naquele 29 de dezembro.
Já fazia um tempo que o fundadores e o Insight divergiam sobre o futuro do negócio. Os americanos, sócios então há cinco anos, queriam expandir a operação para outros países e abrir o capital nos Estados Unidos para recuperar o investimento. João e Eduardo preferiam investir no Brasil e não teriam pressa para vender suas ações na bolsa. Os fundos queriam oferecer no site apenas acomodações em grandes redes hoteleiras, o que reduziria o custo, já que seriam necessários menos funcionários para administrar as parcerias. Já os fundadores achavam que o diferencial do Hotel Urbano era justamente oferecer acomodações também em hotéis e pousadas de pequeno porte - o que acabou prevalecendo nos primeiros anos de parceria. Ao longo de 2015, porém, uma série de negócios movimentou o mercado brasileiro de turismo online e acirrou a disputa de visões.
Pouco depois de meados de 2016, após um período em que os irmãos Mendes chegaram a ser proibidos pelos americanos de pisar no escritório da empresa, chegou ao fim uma das brigas corporativas mais feias do mercado brasileiro. Os irmãos recompraram a agência de viagens online Hotel Urbano. A briga estava perto de ir parar na Justiça. Mas, enquanto os sócios brigavam, o faturamento do Hotel Urbano despencava - as vendas mensais caíram 70% em 2016. Para evitar que o negócio fosse para o vinagre, os irmãos Mendes e o Insight chegaram a um acordo. Os fundadores assumem o controle de volta. Em troca, comprometem-se a pagar aos ex-sócios um terço do valor obtido numa futura venda do Hotel Urbano.
Em que pese o nome, aos poucos o Hotel Urbano foi mudando sua estratégia. Hoje, o site oferece principalmente hotéis e pacotes em destinos turísticos pouco usuais, que não estão no radar das grandes agências de viagem - como Salinópolis, no Pará, ou Treze Tílias, em Santa Catarina.
A agência de viagens online Hotel Urbano foi criada pelos irmãos João Ricardo e José Eduardo Mendes, em 2010. A sede da empresa fica num antigo boliche reformado dentro de um shopping de decoração, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Desde que o Hotel Urbano foi fundado, os dois irmãos foram vendendo fatias do negócio para diferentes fundos de investimento - viraram sócios os fundos de investimento americanos Insight, Accel Partners (um dos primeiros investidores do Facebook), Tiger Global (sócio da varejista online Netshoes) e Priceline (dono da maior empresa de turismo online do mundo, o booking). O negócio, realizado no final de 2013 e que abrangeu uma participação de 10% para os investidores, que desembolsaram 120 milhões de reais, elevou a empresa novata a valer 1,2 bilhões de reais.
Em pleno domingo, 29 de dezembro de 2015, os 650 funcionários foram surpreendidos com uma mensagem dos irmãos, fundadores da empresa. Eles avisavam, sem muita cerimônia, que haviam vendido o controle da empresa para o fundo Insight (que já era sócio do Hotel Urbano) e que dali em diante eles atuariam apenas no conselho de administração. Até então os dois, especialmente João, passavam até 18 horas por dia na sede da empresa.
Naquele domingo, o destino do Hotel Urbano foi selado com a venda de uma fatia de 5% do negócio - o suficiente para o controle trocar de mãos. O preço pago pelas ações - cerca de 100 milhões de reais - fez com que o Hotel Urbano, com menos de cinco anos de história, fosse avaliado em mais de 2 bilhões de reais. É, talvez, a mais meteórica ascensão da história da internet brasileira.
Mas aquela mensagem mostrava um paradoxo - em meio a tanto sucesso, os sócios não estavam se entendendo. João Ricardo e José Eduardo venderam o controle a contragosto. Pelo acordo de acionistas, o Insight poderia comprar o controle a qualquer momento - e os fundadores não poderiam fazer nada para se proteger. É o tipo de cláusula imposta por investidores e aceita por empreendedores que nunca, nem em seus mais sombrios pesadelos, cogitam que um dia serão afastados da empresa que fundaram. Em julho de 2015, o Priceline havia pagado 60 milhões de dólares por cerca de 10% da empresa - num lance que reduziu a participação dos irmãos para 40%. Para o Insight assumir o controle, seria preciso se juntar ao Tiger, outro antigo acionista da companhia, e comprar mais 5% dos irmãos - o que foi feito naquele 29 de dezembro.
Já fazia um tempo que o fundadores e o Insight divergiam sobre o futuro do negócio. Os americanos, sócios então há cinco anos, queriam expandir a operação para outros países e abrir o capital nos Estados Unidos para recuperar o investimento. João e Eduardo preferiam investir no Brasil e não teriam pressa para vender suas ações na bolsa. Os fundos queriam oferecer no site apenas acomodações em grandes redes hoteleiras, o que reduziria o custo, já que seriam necessários menos funcionários para administrar as parcerias. Já os fundadores achavam que o diferencial do Hotel Urbano era justamente oferecer acomodações também em hotéis e pousadas de pequeno porte - o que acabou prevalecendo nos primeiros anos de parceria. Ao longo de 2015, porém, uma série de negócios movimentou o mercado brasileiro de turismo online e acirrou a disputa de visões.
Pouco depois de meados de 2016, após um período em que os irmãos Mendes chegaram a ser proibidos pelos americanos de pisar no escritório da empresa, chegou ao fim uma das brigas corporativas mais feias do mercado brasileiro. Os irmãos recompraram a agência de viagens online Hotel Urbano. A briga estava perto de ir parar na Justiça. Mas, enquanto os sócios brigavam, o faturamento do Hotel Urbano despencava - as vendas mensais caíram 70% em 2016. Para evitar que o negócio fosse para o vinagre, os irmãos Mendes e o Insight chegaram a um acordo. Os fundadores assumem o controle de volta. Em troca, comprometem-se a pagar aos ex-sócios um terço do valor obtido numa futura venda do Hotel Urbano.
Em 2016, o Hurb estava avaliado em R$ 2 bilhões ou aproximadamente US$ 560 milhões quando a Booking Holdings comprou um pequeno percentual por US$ 60 milhões.
No final de 2016, o Hotel Urbano desiste de brigar com o Peixe Urbano pelo uso do nome "Urbano". Em agosto, o STJ decidiu que a marca pertencia ao Peixe. O Hotel Urbano iria então adotar a marca HU, mas acabou escolhendo Hurb como a nova marca.
No final de 2016, o Hotel Urbano desiste de brigar com o Peixe Urbano pelo uso do nome "Urbano". Em agosto, o STJ decidiu que a marca pertencia ao Peixe. O Hotel Urbano iria então adotar a marca HU, mas acabou escolhendo Hurb como a nova marca.
Em 24 de abril de 2023, em meio a uma série de imbróglios, reclamações e críticas por parte dos clientes, que vêm enfrentando dificuldades na hora de viajar, e por parte dos fornecedores, que estão num verdadeiro impasse com relação ao repasse de verbas provenientes de pacotes contratados, o Hurb anunciou a saída do então CEO João Ricardo Mendes. A decisão partiu do próprio executivo, que renunciou após se meter numa série de polêmicas. Em sua carta, João Ricardo Mendes, afirmou que, durante o período interino, o General Council, Otávio Brissant, que está na companhia há mais de 7 anos, assumirá a cadeira de CEO. Num próximo momento, a equipe de liderança da empresa votará em um nome para assumir a posição de COO e todos do Hurb Leadership Team (HLT) estarão administrando a companhia como acionistas.
O Hurb é a maior agência de viagens online com sede no Brasil.
(Fonte: revista Exame - 22.01.2014 / 03.02.2016 / 14.09.2016 / 28.09.2016 / Mercado&Eventos - 24.04.2023 - partes)
(Fonte: revista Exame - 22.01.2014 / 03.02.2016 / 14.09.2016 / 28.09.2016 / Mercado&Eventos - 24.04.2023 - partes)
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