O coreano Dong-Won Chang abriu sua primeira loja em 21 de abril de 1984, num subúrbio de Los Angeles, na Califórnia. O espaço era pequeno e acanhado e recebeu o nome de Fashion 21. Won Chang havia migrado da Coreia do Sul com sua jovem esposa Jin Sook e filhas. No primeiro ano de funcionamento, a empresa teve um faturamento de 700 mil dólares.
Em 1989, já com 11 lojas na Califórnia e clientela variada, mudou o nome para Forever 21, como é conhecida até hoje.
Em 1989, já com 11 lojas na Califórnia e clientela variada, mudou o nome para Forever 21, como é conhecida até hoje.
Adotaram a política de inaugurar uma butique nova a cada seis meses! Nascia, finalmente, a Forever 21 (em português, “Para Sempre 21)! E a alcunha é autoexplicativa: a consumidora ideal da companhia é a garota de 21 anos, que quer estar “na moda”, mas não tem tanto dinheiro. Além disso, traz o apelo para com as mais jovens que teoricamente sonham em chegar a essa idade, já que nos Estados Unidos é quando a pessoa pode ser considerada maior.
No início da empreitada, quem geria a empresa era a cunhada de Won Chang. Uma de suas filhas, Linda Chang, nascida em 1983, atua na gestão de marketing e Esther, nascida em 1990, em design, responsável pelo visual merchandising. Isso possibilitou a rápida expansão da empresa ao redor do mundo.Dez anos depois e com um sucesso crescente, já eram mais de 40 lojas e a primeira aberta fora da Califórnia, foi em Miami. Mas foi em 1999, que veio o projeto mais arrojado, onde as pequenas lojas cederam lugar às loja de 900 metros quadrados. A ideia da família era criar pequenas lojas de departamento.
Com isso, surgiram as outras sub-marcas para atingir públicos diferentes dentro da mesma loja, mas em comum aquela ideia de ser cool, antenada e descolada. Além disso, veio a preocupação de uma ambientação mais moderna, vitrine atrativa, decoração adequada e toda estratégia de venda foi finalmente levada em conta. O que antes era uma empresa familiar, virou um planejamento mais complexo, e foi esse novo posicionamento que deu o grande boom na marca.
A premissa oficial sempre foi criar atrativos nos mínimos detalhes para se diferenciar das concorrentes como Target, Kohl's e Wall-Mart, pois para eles, ir a uma F21 deveria ser uma experiência, um acontecimento. O sucesso se tornou maior ainda, com a abertura em 2003 de sua primeira loja em NY, pois foi aí que o mundo conheceu de fato a Forever 21. Depois disso, já eram mais de 355 lojas pelo país.
O ápice de seus negócios foi em junho de 2009, quando Chang abriu uma loja gigantesca na Times Square, no coração de Manhattan. "É a maior passarela do mundo", discursou Michael Bloomberg, prefeito de Nova York, na inauguração. Diariamente, mais de 100.000 pessoas visitam o espaço, que fica aberto das 8 às 2 horas da manhã do dia seguinte. Esse fluxo é sete vezes superior ao de pessoas que vão diariamente conhecer a Estátua da Liberdade.
As duas filhas, Linda e Esther são a nova geração da marca que busca mais frescor ainda e foco total no estilo e, é claro, preço.
Em entrevista ao Los Angeles Times, Chang afirmou que teve inspiração e vontade de criar uma empresa de vestuário por ter observado muitas pessoas atuantes nesse setor desfilando em "carros luxuosos".
Hoje, cerca de 60% dos artigos têxteis à venda são fabricados na China, e a loja é conhecida principalmente pela variedade de preços e suas ofertas da moda. São mais de 600 lojas espalhadas por pelo menos 52 países, nos cinco continentes. A maioria ainda está localizada nos Estados Unidos. Todos os preços da rede terminam em 0,80 (oitenta centavos). O "8" é o número da sorte na Coreia, Cingapura e China.
No Brasil, a Forever 21 chegou em março de 2014, via Morumbi Shopping. Mais tarde, para a abertura da loja do Top Center na Avenida Paulista, a loja teve cacife para abrir o teto a alguns metros da entrada principal do shopping para a colocação de escada rolante exclusiva. Pelo menos nessa loja, os preços não terminam em 0,80 (oitenta centavos). Em terras tupiniquins, as coisas são diferentes. Na loja do shopping Bourbon, em São Paulo, todos os preços terminam com 0,90.
Sua sede continua em Los Angeles e, considerando dados de 2016, tem 30.000 funcionários e seu faturamento anual gira em torno de US$ 4,4 bilhões.
Em junho de 2019, a Forever 21 mundial contratou escritórios especializados em processos de reestruturação para evitar a piora da situação financeira da companhia, o que poderia levá-la à recuperação judicial. A empresa enfrenta atualmente queda das vendas e problemas de liquidez. Depois de enfrentar uma forte queda de recursos nos últimos meses, a empresa planeja entrar com pedido de recuperação judicial até 15 de setembro de 2019.
Em 24 de agosto de 2023, a Forever 21 e a também varejista de moda Shein anunciaram acordo de parceria, pelo qual o grupo chinês iria comprar cerca de um terço das participações no Sparc Group, dono da Forever 21. O Sparc também se tornaria acionista minoritário da Shein. A expectativa é de que o acordo expanda a distribuição da Forever 21 para a plataforma global de comércio eletrônico da Shein, que tem 150 milhões de usuários na internet. Por sua vez, a parceria “também oferece a oportunidade de testar” as vendas e devoluções de produtos Shein em lojas físicas da Forever 21 nos EUA, disseram as empresas em comunicado conjunto.
A Forever 21 tem pelo menos 540 lojas físicas em todo o mundo (dados de agosto de 2023) e também faz vendas online. O anúncio não revelou detalhes financeiros do negócio. Neil Saunders, diretor-gerente da GlobalData Retail, diz que a nova parceria “faz sentido para ambas as partes”. Segundo ele, a Forever 21, que ainda enfrenta algumas dificuldades no mundo da fast fashion, pode ter um rápido crescimento ao entrar na plataforma online da Shein, e que a empresa chinesa “espera que a adição de um nome americano ajude a diminuir o foco em suas práticas de fabricação, que estão sob escrutínio”. A Shein e a Forever 21 enfrentam críticas a respeito do impacto ambiental de sua produção de fast fashion e alegações de práticas trabalhistas antiéticas. No início de 2023, a Shein foi acusada de violação de direitos autorais
Em 17 de março de 2025, a Forever 21 entrou com pedido de Chapter 11 (semelhante à recuperação judicial no Brasil) nos EUA, aproximando a marca do fechamento de centenas de lojas nos EUA, a menos que um comprador seja encontrado para seus ativos. Responsável por popularizar o modelo de varejo de moda rápida com preços baixos e tendências atuais, a Forever21 se espalhou por shoppings nos anos 2010, mas tem lutado para acompanhar as mudanças de comportamento dos consumidores, principalmente os mais jovens, com a transição para o varejo online e a crescente concorrência global no setor de moda rápida.
É a segunda vez em seis anos que a varejista solicita proteção contra falência. As lojas e o site da Forever 21 nos EUA permanecerão abertos, mas começarão a reduzir as operações enquanto a marca busca um comprador para alguns ou todos os seus ativos, afirmou a sua operadora em um comunicado.
Documentos judiciais indicaram que as lojas foram instruídas a realizar vendas de liquidação do estoque restante. As lojas em outros países não serão afetadas. Segundo o site da Forever 21,avarejista tem 350 lojas nos EUA —em 2019, eram mais de 530. Em comunicado, o diretor financeiro da F21 OpCo, Brad Sell, afirmou que a Forever 21 teve dificuldades para competir com marcas estrangeiras de moda rápida ou absorver seus custos crescentes, enquanto os clientes sofriam com um poder de compra menor e as tendências de consumo estavam mudando.
(Fonte: Wikipédia / fashionismo.com.br por Thereza Chammas / revista Exame - 03.11.2010 / revista Claudia - 30.08.2016 / Valor - 19.06.2019 / 12.09.2019 / Estadão - 25.08.2023 / Folha - 18.03.2025- partes)
Em 17 de março de 2025, a Forever 21 entrou com pedido de Chapter 11 (semelhante à recuperação judicial no Brasil) nos EUA, aproximando a marca do fechamento de centenas de lojas nos EUA, a menos que um comprador seja encontrado para seus ativos. Responsável por popularizar o modelo de varejo de moda rápida com preços baixos e tendências atuais, a Forever21 se espalhou por shoppings nos anos 2010, mas tem lutado para acompanhar as mudanças de comportamento dos consumidores, principalmente os mais jovens, com a transição para o varejo online e a crescente concorrência global no setor de moda rápida.
É a segunda vez em seis anos que a varejista solicita proteção contra falência. As lojas e o site da Forever 21 nos EUA permanecerão abertos, mas começarão a reduzir as operações enquanto a marca busca um comprador para alguns ou todos os seus ativos, afirmou a sua operadora em um comunicado.
Documentos judiciais indicaram que as lojas foram instruídas a realizar vendas de liquidação do estoque restante. As lojas em outros países não serão afetadas. Segundo o site da Forever 21,avarejista tem 350 lojas nos EUA —em 2019, eram mais de 530. Em comunicado, o diretor financeiro da F21 OpCo, Brad Sell, afirmou que a Forever 21 teve dificuldades para competir com marcas estrangeiras de moda rápida ou absorver seus custos crescentes, enquanto os clientes sofriam com um poder de compra menor e as tendências de consumo estavam mudando.
(Fonte: Wikipédia / fashionismo.com.br por Thereza Chammas / revista Exame - 03.11.2010 / revista Claudia - 30.08.2016 / Valor - 19.06.2019 / 12.09.2019 / Estadão - 25.08.2023 / Folha - 18.03.2025- partes)
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