A chinesa BYD nasceu em 1995 como fabricante de baterias de celulares. Em 2005, lançou seu primeiro carro, o F3, um sedã a gasolina criticado por se parecer com um Corolla.
Em 2008, veio o primeiro híbrido da BYD e também o primeiro carro com plugin do mundo. O grande salto foi dado graças a incentivos oficiais à compra de carros elétricos, e com grandes lotes de táxis, ônibus e caminhões elétricos vendidos a municípios e a estatais chinesas.
Em fevereiro de 2017, a BYD inaugurou uma de suas maiores fábricas de painéis em Campinas e começou a vender equipamentos para grandes projetos, com mais de 80 megawatts de capacidade.
Em 2008, veio o primeiro híbrido da BYD e também o primeiro carro com plugin do mundo. O grande salto foi dado graças a incentivos oficiais à compra de carros elétricos, e com grandes lotes de táxis, ônibus e caminhões elétricos vendidos a municípios e a estatais chinesas.
Em fevereiro de 2017, a BYD inaugurou uma de suas maiores fábricas de painéis em Campinas e começou a vender equipamentos para grandes projetos, com mais de 80 megawatts de capacidade.
Em 18 de abril de 2022, poucas horas depois chegar em um voo de Los Angeles, onde mora, Stella Li, vice-presidente sênior da BYD, seguiu direto para a Avenida Cidade Jardim, ponto badalado de São Paulo, onde estão alinhadas as lojas de automóveis mais luxuosas do país. Em frente à primeira concessionária da BYD no Brasil, a executiva entregou as chaves aos três primeiros compradores do Tan EV, modelo com o qual a maior fabricante de carros elétricos da China estreia no mercado brasileiro de carros elétricos de luxo.
A Sra. Li fez questão de participar pessoalmente de um ritual que, em geral, não exigiria a viagem de uma alta executiva como ela, e a escolha do local não foi mero acaso. O showroom da esquina onde essa executiva nascida em 1972 entregava as chaves sempre sorrindo foi adquirido por Henry Visconde, dono do grupo Eurobike, para instalar a primeira concessionária BYD do Brasil.
O encontro da executiva nascida na província de Yunnan, região montanhosa do sudoeste da China, com o empresário de Ribeirão Preto é estratégico. Para se sair bem em um mercado competitivo, a marca, ainda pouco conhecida pelo consumidor brasileiro, decidiu se aliar a um grupo forte, que já vende veículos de luxo de marcas como BMW, Porsche e Audi, e atua basicamente nos mercados de São Paulo, interior de São Paulo, Brasília e Goiás, regiões que concentram parte significativa dos que podem comprar carros por R$ 500 mil, preço do novo Tan EV.
O movimento da BYD é ousado. O Tan EV não é um simples carro elétrico. É o primeiro SUV de sete lugares totalmente elétrico a ser lançado em um país onde, como todos sabem, ainda há escassez de infraestrutura de carregamento de baterias nas estradas. E veículos desse porte costumam ser muito usados para viajar.
Mas o Sr. Visconde está se preparando para evitar que seus clientes fiéis sejam decepcionados. Em parceria com a Enel X, a Eurobike se prepara para oferecer postos de recarga nas rotas mais utilizadas por seus clientes. Em maio, será instalado o primeiro ponto no sentido São Paulo-Ribeirão Preto, na Fazenda Empyreo, tradicional parada para refeições. Em seguida, outro ponto será instalado na direção oposta. Após estes, virão os carregadores entre Brasília e Goiânia. O Sr. Visconde prevê um investimento de R$ 1,5 milhão nesta primeira fase. A autonomia do carro da BYD — cerca de 437 quilômetros — permite a viagem de chegada a um desses trechos.
Além da Eurobike, que pretende abrir mais duas lojas da marca chinesa, a BYD está em fase de nomear mais concessionários que conheçam bem os percursos dos seus clientes e como os convencer a comprar veículos 100% elétricos. O plano é chegar a 45 localidades no Brasil este ano e chegar a 100 concessionárias até o final de 2023.
A BYD acumula mais de 12.000 patentes registradas. Desenvolve e fabrica tudo, entre painéis solares, motores, baterias e equipamentos de bordo. Tem 40 fábricas no mundo. Em 2017, teve faturamento de US$ 17 bilhões.
Em contrato assinado em 5 de março de 2024, a montadora BYD pagou R$ 300 milhões ao governo da Bahia pela antiga fábrica e terreno da Ford em Camaçari, marcando o início das obras de construção de um complexo industrial que terá o dobro do tamanho atual. A produção de automóveis, incluindo peças a serem fabricadas no Brasil, terá início em 2025.
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