30 de out. de 2011

C6 Bank

       
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Foto: Iupana

          O banco C6 Bank foi criado pelos ex-executivos do Banco BTG Pactual Marcelo Kalim (que ocupava o cargo de presidente do conselho de administração), Carlos Fonseca e Leandro Torres. O banco foi projetado em seu início num escritório temporário no bairro do Itaim, na capital paulista. A ideia e o início dos trabalhos de criação começaram em 2017. Em março de 2018 a notícia veio a lume.
          Kalim, sócio relevante do BTG, virou copresidente do banco (BTG), junto com Roberto Sallouti, quando André Esteves foi preso no final de novembro de 2015.
          Por que C6? É o símbolo do carbono, elemento mais flexível e resistente da natureza.
          Inicialmente, os sócios estavam focados em obter licença do Banco Central para operar como um banco e, concomitantemente, definiram seu foco. O C6 se concentra na mobilidade de interações e tem plano de oferecer uma variedade de produtos por baixo custo. Sem agências, o banco oferece um leque de produtos e serviços financeiros, bem como opções de investimentos. O C6 Bank é um banco digital de varejo, criado para competir com o Inter, o Agibank, o Original e o Nubank.
          Em junho de 2018, o C6 Bank inicia a chamada, em grande estilo, de interessados em preencher dezenas da vagas, através da hashtag #TheNextBigFin. No início de agosto já teria recrutado em torno de 100 profissionais e a previsão para 2019 era chegar a 400.
          Nelson Novaes, ex-executivo da área de segurança da informação do Itaú-Unibanco é o CIO do C6 e o banco também contratou Gustavo Torres do Banco Original, como executivo da área de inovações. Uma equipe trabalhou nos primeiros tempos com ênfase no desenvolvimento de tecnologia, uma vez que o C6Bank é inteiramente digital.
          Na chamada, o banco faz uma indagação, a respeito de si mesmo: uma startup que parece um banco, ou um banco que parece uma startup?
          Os três executivos deixaram o BTG com a intenção de investir R$ 500 milhões no novo negócio. Metade numa primeira fase e o restante em uma nova rodada de investimentos. A startup é independente do BTG.
          O C6 está criando um escritório em Nova York, onde será montado um centro de análise de dados que, entre outras coisas, desenvolverá modelos de crédito e sistemas de detecção de fraudes.
          No início da noite de 22 de outubro de 2018, a C6 Participações Societárias, dona do C6Bank, fecha a compra da NTK Solutions, empresa de sistemas de pagamento, que então movimentava R$ 2 bilhões em transações por mês, em 38 mil terminais ativos. A aquisição já estava selada algumas semanas antes, e foi então oficializada. A NTK passa a se chamar PayGo, alusivo ao Pay&Go, denominação de seu TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), pioneiro em conexão IP no Brasil. A NTK presta serviços a varejistas no mundo físico e on-line de captura de pagamentos, conciliação das transações e como subcredenciadora, com venda e aluguel de maquininhas. A NTK Solutions foi fundada em 2002, pelos sócios Roberto Kenji, João Paulo da Cunha Rosa, Thiago Santos e Marcos Massukado.
          A ideia do C6 Bank é se tornar um marketplace de serviços financeiros para pessoas físicas e jurídicas, com produtos próprios ou de terceiros, como investimentos, seguros e créditos. Os serviços financeiros da C6 Participações Societárias ficarão concentrados no banco mas a holding poderá adquirir empresas não financeiras, assim como a NTK Solutions, mantendo a independência operacional desses negócios.
          Em novembro de 2018, a C6 Participações comprou a Besser Partners, que oferece serviços de câmbio de diversas instituições financeiras
          Em frente ao edifício sede do banco, na Avenida Nove de Julho, nos Jardins em São Paulo, já é possível ver o símbolo C6 em forma de escultura. Considerando informações de janeiro de 2019, o C6 já tem cerca de 400 funcionários, boa parte deles na área de tecnologia. Eles estão instalados em seis andares dos oito andares do prédio de quase 8.000 metros quadrados construído para ser a sede do banco. A C6 Participações já conta com 20 sócios.
          Em 18 de janeiro de 2019 o C6 Bank recebeu licença do Banco Central para começar a operar como banco múltiplo. A estratégia deve ser focada em oferecer serviços financeiros de baixo custo para todo o tipo de cliente, pessoas físicas, pessoas jurídicas e micro empreendedores individuais. O banco oferece isenção em transferência de dinheiro, saques e manutenção de conta corrente. Com quatro meses de operação, atingiu 1 milhão de contas.
          Em 2 de julho de 2019, a C6 Holding, dona do banco digital C6, reforçou a atuação no mercado de pagamentos brasileiro, em meio à “guerra das maquininhas”. Sua controlada PayGo, que oferece serviços para a captura das transações com cartões dos varejistas, comprou a Setis, empresa que oferece softwares inteligentes para os equipamentos das adquirentes.
          Em 5 de agosto de 2019, o C6 Bank inicia oficialmente suas operações. Naquele momento, já havia atingido a marca de 200 mil clientes, cadastrados desde janeiro, quando obteve licença do BC, já atingiu a marca de 200 mil clientes.
          Na área de marketing, sob o comando da diretora Alexandra Pain, o C6 está adotando uma estratégia agressiva para atrair clientes de todos os perfis. Anunciou o patrocínio do show da cantora americana Taylor Swift no Brasil em 2020, apoiou uma feira de empreendedorismo, uma prova de corrida, o Réveillon na Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte e a feira de moda de luxo IT Brands, realizada por Eva Bichucher e Luciana Giannella com 60 ateliês em São Paulo em 22 de outubro de 2019.
          Em 26 de março de 2020, o C6 Bank e a TIM Brasil concluíram negociações para fazerem ofertas combinadas de serviços bancários digitais e de telecomunicações aos clientes. Em comunicado ao mercado, a operadora informou que, dependendo da evolução dos resultados, poderá se tornar acionista minoritária do C6 em um mecanismo de remuneração baseado em objetivos.
          Em março de 2020, com aproximadamente 1,5 milhão de clientes, o C6 Bank começa a disponibilizar contas correntes para pessoas jurídicas.
          Em 28 de junho de 2021 o banco dos Estados Unidos JP Morgan comprou 40% do C6 por valor não revelado, quando o C6 atingia 7 milhões de clientes.
          Em 30 de agosto de 2023, o J.P. Morgan eleva sua fatia no C6 Bank de 40% para 46%. Os termos financeiros da transação não foram divulgados.
(Fonte: jornal Valor international edition - 16.03.2018 / colunista Lauro Jardim (O Globo) / iupana - 03.08.2018 / revista Exame - 03.10.2018 / 22.10.2018 / Valor - 18.01.2019 / 02.07.2019 / 05.08.2019 / 06.08.2019 / Exame 16.10.2019 / Valor - 26.03.2020 / Poder360 - 28.06.2021 / Valor - partes)


English version:
          The digital bank of Marcelo Kalim, Carlos Fonseca and Leandro Torres, former BTG Pactual executives, is being born in a temporary São Paulo-based office. A source confirmed the new lender will be called C6 Bank, as first reported by O Globo’s columnist Lauro Jardim.
          Currently, the partners are focused on obtaining a Central Bank license to operate as a bank, in addition to designing its scope. Another team is already working on technology development, since C6Bank will be fully digital.
          It is not yet clear whether C6 will operate under a new license or buy an existing one. The three executives left BTG with the intention of investing R$500 million into the new business.
(Fonte: jornal Valor - 16.03.2018) 

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