31 de out. de 2011

Akros

          A Akros, empresa especializada na fabricação de conexões de PVC, caixas e assentos sanitários, foi fundada na década de 1970 por Ninfo König e outros dois sócios, em Joinville, Santa Catarina. König trabalhava na Tubos Tigre e criou a Akros justamente para concorrer com o antigo empregador.
          Nessa época, a economia do país estava em franco crescimento, o mercado absorvia tudo o que se produzisse. Na década de 1980 a situação inverteu-se. Como outras empresas pequenas em seu setor, a Akros quase foi engolida pela crise.
          König tratou então de torná-la mais competitiva. Em 1982, foram criados os primeiro círculos de controle de qualidade, com participação de um quinto dos então 213 funcionários. Algum tempo depois, todos passaram a atuar no controle de qualidade dos produtos fabricados pela empresa.
          Em setembro de 1992, foi batido o martelo para a aquisição de um terreno de 11.000 metros quadrados no valor de 2,5 milhões de dólares. Até aí nada demais, não fosse a participação de funcionários. Um grupo de trinta funcionários de diversas áreas da Akros recebeu, dois meses antes, a missão que pouco tinha a ver com suas funções. Eles deveriam dar o veredito sobre a compra do imóvel.
          Segundo König, todas as decisões passam pelo chão de fábrica. O operário opina e participa. A empresa já contava com 900 funcionários.
          O investimento foi a partida para um amplo programa de expansão, cujo objetivo era triplicar a capacidade de empresa em cinco anos.
          A administração participativa implantou um programa de treinamento que resultou na adoção de técnicas japonesas de produção, como o just-in-time e kanban. Boa parte das chefias foi eliminada. O resultado foi uma empresa mais enxuta, com apenas três níveis hierárquicos: diretoria, gerência e operários.
          Em 6 de outubro de 1999, o grupo suíço Amanco, que já atuava no país através da Fortilit, anunciou a aquisição do controle da Akros, com sete fábricas, um dos maiores fabricantes de tubos e conexões de pvc do País, por valor não revelado, mas provavelmente superior a US$ 100 milhões. O presidente do Grupo Amanco, o brasileiro Júlio Moura, anunciou a compra e a integração da Akros à Amanco, que já tinha sua maior fábrica no país, em Sumaré, interior de São Paulo.
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / Diário do Grande ABC - 06.10.1999 - partes)

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