31 de out. de 2011

Ágora Investimentos

          A Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários iniciou suas atividades no mercado de capitais em 1993 com foco no investidor institucional estrangeiro, mas ampliou sua área de atuação, passando a atender também ao investidor institucional doméstico. O termo Ágora vem do latim e significa "distribuidores". Em 2000, a Ágora lança a ferramenta para a realização de operações na Bolsa através da Internet, a VipTrade.
          Em 2001, a Ágora fundiu suas atividades com a Sênior Corretora, empresa fundada em 1987, surgindo então a Ágora Senior Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
          No ano seguinte, em 2002, a Ágora Senior inicia  um plano de expansão e abre sua primeira filial em Ribeirão Preto. Mas é em 2004 que imprime um ritmo maior com a abertura de filiais em Campinas, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. Também abre filial em Belo Horizonte (Ex Exata). Absorve as operações da Égide Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, com suas filiais no Centro e Barra da Tijuca no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora (MG).
          Em 2005, cria parceria com a Opus Participações, que passou a deter 23% do capital da Ágora Senior. O endereço da matriz passa do Leblon para Botafogo, no Rio de Janeiro. A empresa inicia o processo de fortalecimento da marca Ágora com a união dos sites Ágora Senior e VipTrade, formando o Portal Ágora.
          A empresa decide encerrar as atividades em algumas filiais como Porto Alegre em 2005 e Curitiba, Ribeirão Preto e Barra da Tijuca em 2006.
          Em 2006,  as cores e a logomarca passaram de Ágora Senior para apenas Ágora. A empresa abre uma filial em Nova York. A Opus faz um aumento de sua participação e passa a deter 53% do capital da Ágora que passa a deter 47% da Opus Gestão de Recursos, empresa de gestão de recursos do Grupo Opus.
          A Ágora recebe certificação da BM&F em todas as categorias em que atua, em 2007: Web Broker, Execution Broker, Carrying Broker and Retail Broker.
          No início de março de 2008, o Bradesco anunciou a aquisição da Ágora Holdings, então a maior corretora do país, tornando-se líder no segmento de homebroker. O negócio foi fechado no valor de 500 milhões de reais mais 330 milhões de reais em função das ações da Bovespa e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) detidas pela Ágora. O pagamento seria feito com emissão de ações do banco de investimentos do Bradesco (BBI) e a operação ainda dependia de aprovação do Banco Central (BC), que a aprovou em 5 de setembro de 2008. Due dilligence foi feita logo nos primeiros meses depois do negócio. A Ágora passou a operar concomitantemente com a Corretora Bradesco.
          Em meados de novembro de 2019, o Bradesco informa aos seus acionistas, clientes e ao mercado em geral que sua controlada indireta Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. assumirá, em até 120 dias, as operações de clientes pessoas físicas e jurídicas não institucionais da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
          A centralização das operações de varejo na Ágora CTVM, segundo a empresa, constitui passo importante para consolidar uma nova plataforma de investimentos denominada “Casa de Investimentos”, que oferecerá mais opções de produtos e facilidades para os clientes realizarem seus investimentos.
          A plataforma, que já atendia não correntistas do banco, passaria a ter 813 mil clientes a partir da chegada daqueles que eram atendidos pela Bradesco Corretora. Desses, 150 mil são ativos. Com a combinação de forças, seriam R$ 50 bilhões em ativos sob custódia. Em novembro de 2019, a nova Ágora tinha 16% de participação no mercado de corretagem de renda variável. A XP liderava o mercado com 50% de participação, e o Itaú Unibanco vinha em seguida, com cerca de 18%.
          Mas, para os pequenos investidores, o Bradesco foi cruel com essa mudança. Unilateralmente, mudou o modus operandi da cobrança de tarifas. Para operações de compra e venda com valores baixos, o custo ficou inviável. Somente investimentos maiores, a partir de R$ 7.000,00 por operação, o custo na Ágora é mais interessante do que o cobrado pela Bradesco Corretora. Felizmente, com o advento das fintechs como provável causa, a Ágora baixou bem os preços cobrados nas transações. Outro retrocesso na corretora Ágora vê-se no momento de acessar as informações para Imposto de Renda, onde constam os Rendimentos Tributáveis exclusivamente na Fonte e os Rendimentos Isentos ou Não Tributáveis. O investidor se depara com a mensagem "Essa informação deve ser fornecida pela empresa que creditou o rendimento". Quem estava acostumado a acessar, ano após ano, essas informações na Corretora Bradesco, ficou chupando o dedo.
          A Bradesco Corretora continuará a operar normalmente para o segmento de investidores institucionais.
          Na horripilante semana mais curta (com menos pregões) do Carnaval de 2020, em que a queda semanal do Ibovespa foi comparada a algumas semanas da crise de 2008, o pequeno investidor sentiu na pele o que é ser pequeno na bolsa brasileira. Quem costumava fazer transações com boa performance no home broker, ficou a ver navios durante várias horas daquela semana, sem conseguir sequer acessar o home broker. Não se sabe e nunca se saberá se o problema foi da Ágora ou da bolsa como um todo.
          Considerando dados do final de outubro de 2020, a Ágora tem 490 mil clientes e 51,4 bilhões em ativos sob custódia.
(Fonte: O Globo - 06.03.2008 / IN-Inv.eNotícias - 13.11.2019 / Valor - 15.11.2019 / Wikipédia / MoneyTimes - 21.09.2020 - partes)

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