11 de abr. de 2021

Eliseevsky

          Inaugurada na virada do século XX, a loja de alimentos Eliseevsky, localizada no centro de Moscou, é conhecida por seu interior que parece um palácio neobarroco, além de uma ampla seleção de comidas gourmet e souvenirs.
          Eliseevsky vende fina seleção de alimentos desde o começo do século passado e funcionou desta 
maneira mesmo durante o período da URSS.
          Mas as prateleiras - geralmente cheias de frutas frescas, destilados finos e lembranças russas tradicionais - foram ficando vazias, desde o anúncio de que a loja seria fechada no domingo, 11 de abril de 2021.
          Essa histórica loja está fechando suas portas após permanecer em funcionamento por mais de cem anos.

          A causa do fechamento é queda no turismo causada pela pandemia de coronavírus, além de questões legais.
Imagem de novembro da loja russa Eliseevsky, que fecha sua portas em abril — Foto: Reuters/Sergei Fadeichev/Tass

Imagem de novembro da loja russa Eliseevsky, que fecha sua portas em abril — Foto: Reuters/Sergei Fadeichev/Tass



          “Não era apenas um lugar para passar e comprar um pouco de comida”, disse a moscovita Yelena Bakhtina à Reuters enquanto fazia compras em Yeliseyevsky. “É um símbolo da cidade. Costumava vir aqui para admirar o interior. É uma pena que não vamos ter mais isso.”
          Localizada na rua Tverskaya, uma via que cruza o coração de Moscou, a loja costumava atrair um fluxo constante de turistas, mas o número de visitantes diminuiu drasticamente por causa da pandemia.
          Durante a era soviética, a loja era conhecida como Gastronom Nº 1 e vendia uma ampla seleção de produtos, apesar da escassez geral de alimentos em determinadas épocas.
          Alexander Kanshin, funcionário da Câmara de Comércio e Indústria, disse a uma televisão local que uma série de questões fez com que a loja fechasse as portas, incluindo problemas legais e mudança de comportamento dos consumidores, que preferem ir a grandes lojas em áreas residenciais.
          As autoridades municipais disseram que o próximo ocupante do edifício será obrigado a preservar o luxuoso interior de Eliseevsky como um monumento arquitetônico.
(Fonte: G1 / Reuters - 11.04.2021)

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