A fabricante paulista de autopeças Forin foi fundada em 1959.
Em 1991, o empresário Alfredo Samson, proprietário da empresa, estava ciente de que, embora saudáveis, companhias carregam o vírus da morte, que pode se manifestar no momento da sucessão. O antídoto seria a profissionalização da gestão.
Às vésperas de completar 64 anos, pai de quatro filhas, Samson não via na família alguém em condições de suceder-lhe. A solução foi contratar no mercado um executivo para substituí-lo no comando dos negócios.
Um ano depois, em 1992, Samson estava arrependido amargamente dessa decisão. Metade dos itens produzidos pela Forin era entregue com atraso. Pior, Samson teve de colocar do próprio bolso 1 milhão de dólares para reforçar o caixa da empresa, algo inédito nos então 34 anos de vida da Forin.
Samson tentou, então, uma segunda cartada, mais radical. Chamou uma consultoria - a escolhida foi a Nova Gestão -, entregou-lhe o comando, deu-lhe carta branca e foi passar vinte dias na Áustria.
Fazendo o dever de casa no tocante a cortes e mudanças de procedimentos, em dois anos a empresa fechou seu balanço no breakeven.
(Fonte: revista Exame - 03.03.1993)
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