22 de mai. de 2022

Tinder / Match Group

          O Tinder surgiu em 2012 dentro de uma espécie de incubadora para novas ideias da empresa de tecnologia americana Match Group. Seu criador foi Sean Rad, na época com 25 anos. Depois de ser apresentado para alunos de várias universidades americanas, o app virou febre. O Tinder foi feito somente no mobile porque era a melhor forma de chegar no público desejado, conforme afirma Rosette Pambakian, vice-presidente de comunicação do aplicativo.
          O aplicativo Tinder criou um atalho para quem quer conhecer gente nova ou namorar. Ao se inscrever no app, o usuário monta um perfil com fotos e informações pessoais. Em seguida, tem acesso a um catálogo com fotos de outros usuários (do sexo oposto ou do mesmo) selecionados por idade e proximidade geográfica. Para escolher um potencial parceirto, basta deslizar a tela do celular para a direita. Para decartá-lo, o movimento é para a esquerda. Caso a pessoa escolhida também goste do seu perfil, ambos podem começar uma conversa pelo aplicativo. Claro que nem todas as escolhas são recíprocas, mas a quantidade de perfis é tão grande que sempre aparece alguém a fim de papo.
          Até o começo de 2015, o aplicativo era gratuito e não gerava receita. Em fevereiro (2015), foi criado um modelo batizado de "freemium" - parte de graça, parte pago. No caso do Tinder, o usuário tinha um limite de "curtidas" gratuitas a cada dia e pagava para ter acesso a mais. Paga também para poder ver pessoas de outras cidades e enviar um "super like", uma maneira de demonstrar seu interesse.
          Embora o começo e as perspectivas do Tinder fossem positivas, o aplicativo teria de enfrentar alguns desafios. O primeiro era a concorrência. O francês Happn (que tem como cofundador Didier Rappaport) tinha, no início de 2016, 11 milhões de usuários no mundo e adicionava 1,5 milhão de pessoas a essa base todo mês. O Brasil era o o maior mercado do Happn, com 1,7 milhão de usuários, cerca de 500.000 só na cidade de São Paulo.
          Considerando dados de fevereiro de 2016, o Tinder tinha 25 milhões de usuários ativos - aqueles que usam pelo menos uma vez por mês. O Brasil era o segundo maior mercado, atrás somente dos Estados Unidos. Na média, cada usuário avalia 146 perfis por dia. A empresa não revela qual é a taxa de sucesso dos cadastrados, mas, a julgar pelo barulho que estava fazendo, deveria ser alta. O Tinder deu escala à Paquera.
          Além do Tinder, o Match Group é dono de outras 44 marcas relacionadas à busca de parceiros online. No Brasil, opera os sites ParPerfeito, para público em geral, Gencontros, para o público gay, e Divino Amor, para os evangélicos.
          Com faturamento de 1 bilhão de dólares em 2015, o Match Group tornou-se o maior do gênero no mundo, adquirindo grandes concorrentes, como o europeu Meetic e o também americano OkCupid. Toda essa trajetória contou para o sucesso da abertura de capital do Match Group no final de 2015 na bolsa americana, mas o que mais entusiasmou os investidores foi mesmo o Tinder.
(Fonte: revista Exame - 17.02.2016)

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