A Ivix foi criada em 1992 pela IBM e pela Villares para distribuir os computadores IBM/Risk. O nome da empresa vem provavelmente da palavra formada usando as iniciais dos nomes das associadas: IBM e Villares, adicionando um "X" de multiplicação, que na época já tinha adeptos no mercado.
Em princípio, havia um equilíbrio de forças na nova empresa. Cada uma possuía 49% do capital. Os outros 2% pertenciam a um ex-executivo da IBM.
A IBM entrou com tecnologia e produto. A Villares, com sua empresa Villares Control, prestadora de serviços de informática. Além disso, pela Lei de Informática, a IBM não podia atuar nesse mercado
sem a parceria de uma empresa brasileira.
A Ivix cresceu rápido. Em 1994, faturou 23 milhões de dólares. A expansão de sua base de clientes se deu às custas de gigantes como a Hewlett-Packard. Aos poucos, porém, a Ivix foi ganhando cada vez mais a cara da IBM, como empresa de marketing e vendas. A Villares, ao contrário, tinha seu enfoque na produção.
Conquistar um cliente da HP era uma festa para a Ivix. Era natural. A HP e a IBM são concorrentes mundiais. "Para a Villares isso não tinha a menor importância", disse Luís Roberto Demarco Almeida, gerente geral da Ivix. "Para a IBM é estratégico." A parceria com a Villares também estava emperrando os negócios da Ivix. A IBM não permitia que a subsidiária namorasse seus clientes. Afinal, havia um estranho no ninho, a Villares. Ou seja, a Ivix só podia crescer em terrenos nos quais a IBM não atuava.
No começo de 1995, a IBM comprou a parte da Villares. Em seguida, acabou com a barreira comercial imposta à Ivix. Resultado: só das parcerias com a matriz, a Ivix recolheu 17 milhões de dólares a mais em 1995. Mais: a aliança perdeu o sentido para a IBM com o fim da reserva de mercado. "Desde o início, a IBM queria 100% da Ivix", disse Demarco. Como se vê, foi um casamento de
conveniência e, como tal, teve vida curta.
(Fonte: revista Exame - 22.05.1996)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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