A Booths é uma pequena rede que vende
mantimentos no norte da Inglaterra desde 1847 e tem,
considerando números de novembro de 2023, 28 estabelecimentos.
Quando se trata de fazer compras de supermercado, parece haver dois tipos de pessoas neste mundo: aqueles que preferem o autoatendimento e aqueles que preferem interagir com um ser humano.
A rede Booths decidiu que seus clientes pertencem à última categoria e anunciou que vai se livrar
dos caixas automáticos em 26 de suas 28 unidades.
Isso vai contra a tendência que remodelou as compras no varejo ao redor do mundo nos últimos 20 anos. Quando tudo dá certo, pode ser a maneira mais rápida de sair de uma loja: empilhe seus mantimentos, passe o cartão de crédito, ensaque-os, siga em frente. O processo todo deveria acabar em questão de minutos. Mas nem sempre é essa a realidade. A máquina não reconhece seu espaguete. Você clicou na imagem de uma abobrinha na tela, mas o que está em sua cesta é um pepino. “Sempre há um problema”, disse Sandra Abittan, ao sair de um supermercado local Tesco no noroeste de Londres em 10 de novembro (2023), observando que muitas vezes precisa esperar por ajuda ao usar o autoatendimento. No entanto, ela disse que geralmente ainda os escolhe porque acha que as filas
costumam ser menores.
Muitas redes expandiram seu uso durante o auge da pandemia, quando minimizar o contato humano era especialmente importante. Mas a Booths não está sozinha em repensar a revolução automatizada: em setembro (2023), o Walmart disse que removeria os corredores de algumas lojas,
embora não tenha dito o motivo.
Em 2016, um estudo nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outros países europeus constatou que os varejistas com caixas de autoatendimento e aplicativos tinham uma taxa de perda de cerca de 4%, mais que o dobro da média do setor, com pesquisadores afirmando que os caixas automáticos tentavam os compradores a agir de maneiras que normalmente não fariam e tornavam o furto menos
detectável.
A Booths disse em um comunicado que ter seus funcionários interagindo com os clientes proporciona uma experiência melhor. “Baseamos isso não apenas no que acreditamos ser a coisa certa a fazer, mas também após receber feedback de nossos clientes”, disse a empresa.
Humanos e máquinas podem coexistir pacificamente? No Tesco no noroeste de Londres, geralmente durante o almoço, a maioria das pessoas parece escolher a opção de autoatendimento, principalmente porque a fila era realmente mais curta do que nos caixas operados por humanos. Mas remover completamente os caixas automáticos, como a Booths anunciou que fará, exigirá algum tempo para se saber o real resultado.
A Booths, considerando números de fins de 2023, tem cerca de 3 mil funcionários.
(Fonte: Estadão - 14.11.2023)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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