Criado por Ronny Trojbicz, o espaço foi o resultado de uma empreitada que, assim como muitas outras, começou na pandemia. Sabores à primeira vista exóticos para o padrão brasileiro como Malabi – feito com água de rosas – ou o Halawi estão fazendo sucesso na recém-inaugurada sorveteria Glidah
(que significa sorvete [ גלידה ] em hebraico), na Santa Cecília.
O empresário comandava uma confecção – que ainda existe – ao lado da mulher, mas resolveu fazer seu primeiro curso de culinária voltado para sorvetes em 2019. Depois disso, não parou mais. “Minha mulher até me perguntou a razão de eu querer fazer esse curso. Eu não tinha um motivo, a não ser gostar muito de cozinhar e de sorvete. Mas, depois, eu vi que queria fazer isso mesmo. Criar algo do zero”, diz.
Durante a pandemia, Trojbicz anunciou o delivery de sorvete no grupo de trocas, vendas e dicas do bairro de Santa Cecília, “Cecílias e Buarques” e, segundo ele, chegou a trabalhar 14 horas por dia para suprir a demanda de pedidos – além de preparar os sorvetes, ele fazia as entregas, em grande maioria no própria região, de bicicleta. Como o bairro tem uma grande comunidade judaica, Ronny, que também é judeu, levou sabores de sua infância para os sorvetes. Um exemplo disso é a substituição da tradicional casquinha pela montagem na lafah – pão folha típico mais usado para shawarma ou sanduíches. “Adaptamos a receita para não ser salgado, é levemente doce e aromatizado com baunilha. Passamos uma ganache na lafah, vão duas bolas de sorvete, um crocante por cima e finalizamos com
um chocolatinho com simbologias judaicas”, explica.
Ronny conta que no início muitos judeus entravam na loja procurando sabores kosher – alimentação que segue regras religiosas. O sorveteiro já está em fase de elaboração de sabores kosher, mas ainda não sabe quando vai lançá-los. Ele busca agradar todos os gostos e a Glidah também serve sabores tradicionais. “O importante é o sorvete ser bom. Eu digo que só não gosta de sorvete quem nunca provou um que fosse ótimo”.
(Fonte: OESP - 09.03.2024)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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