17 de jun. de 2024

JCB

          A companhia inglesa JCB é a terceira no ranking mundial de fabricantes de máquinas da linha amarela (utilizadas em setores como construção civil e em serviços como de terraplenagem). A
companhia está no Brasil desde 2001.
          De controle familiar e fundada em 1946, a JCB fabrica 300 modelos de máquinas em suas 24 unidades industriais espalhadas em quatro países – 15 na Inglaterra, sete na Índia, onde tem 70% de participação de marcado, uma nos EUA e uma no Brasil. No Brasil, a JCB concorre com as americanas Caterpillar e John Deere, a chinesa XCMG, a japonesa Komatsu e a italiana Case New Holland.
          Com atuação na América Latina, em junho de 2024 vem a lume que a subsidiária brasileira vai investir R$ 500 milhões em cinco anos na região para dobrar de tamanho. “É um dos maiores investimentos que estamos fazendo em nossas operações na região; acabamos de investir R$ 120 milhões de um programa de 2021”, diz Adriano Merigli, presidente da JCB na América Latina, no cargo desde fevereiro de 2023. Ele trouxe para a empresa a experiência de 29 anos de carreira na sueca Volvo, passando pelos negócios de caminhões, máquinas e financeiro.
          O objetivo é elevar a produção de 5 mil para 10 mil máquinas no período, informa o executivo. Em 2023, o mercado brasileiro para linha amarela foi de 31 mil unidades, e a previsão é crescer 5% agora em 2024. A vendas da JCB no Brasil representam 70% do total da região, e essa participação deverá ser mantida. “O México está bem, vemos perspectivas de melhoria na Argentina e em outros países, como Chile e Colômbia”, diz Merigli. O plano prevê que a maior parte do dinheiro, R$ 360 milhões, será usada na expansão de suas operações. Desse valor, R$ 150 milhões serão aplicados na modernizada da fábrica localizada em Sorocaba (SP).
          A fábrica de Sorocaba, onde são fabricados componentes e peças e são montadas as máquinas, foi erguida em 2012.
          O carro-chefe da empresa no Brasil é a retroescavadeira, máquina desenvolvida pela JCB em 1953. A empresa lançou também o manipulador telescópico. Merigli explica que o cliente da JCB, por exemplo, de Mato Grosso, recebe o equipamento pronto para operar. A empresa atua com 30 tipos de máquinas, dos quais seis modelos ainda são importados devido à falta de escala local para fabricação. São importados de unidades da Inglaterra, Índia e EUA.
          Segundo o executivo, a fabricante é líder de vendas de retroescavadeiras, cuja família de produtos responde por um terço do mercado nacional. “O foco do nosso investimento é na linha de máquinas pesadas (pás carregadeiras e escavadeiras), segmentos onde temos participação de 5% cada um.” Os grandes mercados de atuação da empresa são a construção pesada (40%), o agronegócio (25%) e empresas de locação de equipamentos (20%), além de vendas para os segmentos florestal e industrial e para o governo (em licitações de prefeituras, Estados e ministérios).
          O investimento será bancado com capital da própria JCB. A companhia está testando máquinas de pequeno porte elétricas no Brasil. Na Europa, já existem mais de mil máquinas em operação, em linha com o conceito de descarbonização mundial, partindo para a eletrificação de equipamentos menores. Para os equipamentos de maior porte, a JCB decidiu optar pelo motor a combustão interna a hidrogênio. Já há 78 modelos de máquinas em validação na Inglaterra com esse tipo de combustível.
          Com fábrica em Sorocaba, a JCB tem 70 filiais no país, considerando números de meados de 2024.
(Fonte: Estadão - 17.06.2024)

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