Os relógios públicos eram instalados em frontões de igrejas (quando públicos) ou em fachadas de estabelecimento comerciais (quando particulares) - a exemplo do conhecido relógio da Casa Hanau, antiga joalheria paulistana que teve seu equipamento instalado em 1909.
Os relógios públicos de Nichile foram um conjunto de relógios instalados na década de 1930 nas cidades brasileiras de São Paulo, Santos e Guarujá, no estado de São Paulo.
Foi uma iniciativa particular desenvolvida pelo então publicitário Octávio de Nichile, que pretendia suprir esta demanda, juntamente com a ideia de vender os espaços para propaganda presentes na própria estrutura dos postes que sustentavam os relógios, uma ideia inovadora na época. Os relógios foram patenteados em 1930.
Ao todo, foram instalados oito relógios (de Nichile) localizados em logradouros distintos. Deles, restou apenas o exemplar da Praça Antônio Prado, no centro da cidade de São Paulo, que foi tombado pela prefeitura pelo seu valor histórico no ano de 1992.
Segundo o antigo jornal A Gazeta, os relógios eram:
"...formados por uma escadaria de legítimo granito contornando a base de cimento armado em forma de pyramide-truncada e toda revestida de azulejos artísticos. Da base eleva-se uma imponente coluna de ferro fundido em estilo jônico. Ao alto da coluna existe um quadrilátero fechado por vidro fosco pintado à fogo..."
Nas caixas de vidro fosco eram inseridos anúncios e lâmpadas elétricas, que também contribuíam para iluminação pública.
Eram construídos pela empresa Relógios Michelini.
Os relógios começaram a ser implantados em 1930, sendo o último em 1935. Alguns substituíam relógios da própria prefeitura.
O relógio (de Nichile) de Santos foi instalado em 1936 na praia do Gonzaga, em frente ao Atlântico Hotel, em local já reconhecidamente turístico na ocasião. A inauguração foi realizada com a presença do prefeito e da banda musical do Corpo de Bombeiros, sendo no mesmo dia e local inaugurada a Fonte Luminosa da cidade.
O relógio de Nichile, entretanto, não apresentou bom funcionamento e foi desinstalado após apenas dois anos, em torno de 1940.
Segundo o relojoeiro responsável por sua manutenção, o suíço Louis Krahenbuhl em entrevista para o jornal Cidade de Santos, relata que não havia cobertura dos mostradores, e a água das chuvas empoçava na coluna e nas caixas de vidro. Com o calor, a água evaporava dentro das caixas, impedindo o funcionamento do relógio. Foram instaladas lâmpadas dentro da coluna para estimular a evaporação da água, mas o pagamento da luz ficou a cargo da empresa de Octávio de Nichile e a luz foi cortada. Como os problemas permaneceram, optou-se pelo desmonte do relógio.
Desde 1935, um equipamento de 8 metros de altura mostra a hora certa para os paulistanos que circulam pela Praça Antônio Prado, entre os edifícios Martinelli e Altino Arantes, no centro. Conhecido por Relógio De Nichile, a peça (de 1935) é a única sobrevivente entre as seis idênticas instaladas na mesma época em pontos como a Praça da Sé e o Largo do Arouche. Foi inaugurado em 5 de abril de 1935 e, desde a morte de Octávio de Nichile no ano de 1986, sua manutenção ficou sob os cuidados de seus filhos, especialmente de Gilberto de Nichile, atual responsável pela preservação do aparelho.
Eram construídos pela empresa Relógios Michelini.
Os relógios começaram a ser implantados em 1930, sendo o último em 1935. Alguns substituíam relógios da própria prefeitura.
O relógio (de Nichile) de Santos foi instalado em 1936 na praia do Gonzaga, em frente ao Atlântico Hotel, em local já reconhecidamente turístico na ocasião. A inauguração foi realizada com a presença do prefeito e da banda musical do Corpo de Bombeiros, sendo no mesmo dia e local inaugurada a Fonte Luminosa da cidade.
O relógio de Nichile, entretanto, não apresentou bom funcionamento e foi desinstalado após apenas dois anos, em torno de 1940.
Segundo o relojoeiro responsável por sua manutenção, o suíço Louis Krahenbuhl em entrevista para o jornal Cidade de Santos, relata que não havia cobertura dos mostradores, e a água das chuvas empoçava na coluna e nas caixas de vidro. Com o calor, a água evaporava dentro das caixas, impedindo o funcionamento do relógio. Foram instaladas lâmpadas dentro da coluna para estimular a evaporação da água, mas o pagamento da luz ficou a cargo da empresa de Octávio de Nichile e a luz foi cortada. Como os problemas permaneceram, optou-se pelo desmonte do relógio.
Desde 1935, um equipamento de 8 metros de altura mostra a hora certa para os paulistanos que circulam pela Praça Antônio Prado, entre os edifícios Martinelli e Altino Arantes, no centro. Conhecido por Relógio De Nichile, a peça (de 1935) é a única sobrevivente entre as seis idênticas instaladas na mesma época em pontos como a Praça da Sé e o Largo do Arouche. Foi inaugurado em 5 de abril de 1935 e, desde a morte de Octávio de Nichile no ano de 1986, sua manutenção ficou sob os cuidados de seus filhos, especialmente de Gilberto de Nichile, atual responsável pela preservação do aparelho.
Mas, sem os anunciantes pretendidos, o gasto mensal com a “herança” gira em torno de 4 000 reais. “Vou cuidar do relógio e zelar pela memória de meu pai enquanto estiver vivo”, diz Gilberto de Nichile...
O quadro seguinte, onde constam sete, indica as principais informações dos relógios de Nichile.
(Fonte: Wikipédia / Veja São Paulo 18.11.2016/01.06.2017 - partes)
O quadro seguinte, onde constam sete, indica as principais informações dos relógios de Nichile.
Localização | Cidade | Inauguração | Desmonte | Conservação | |
---|---|---|---|---|---|
Largo do Arouche | São Paulo | 1930 | 1933 | Demolido | |
Estação do Norte (atual Estação Brás) | São Paulo | 1930 | 1933 | Demolido | |
Praça Ramos de Azevedo | São Paulo | 23 de dezembro de 1933 | Desconhecido | Demolido | |
Praça da Sé | São Paulo | 24 de janeiro de 1935 | Desconhecido | Demolido | |
Praça Antonio Prado (antigo Largo do Rosário) | São Paulo | 5 de abril de 1935 | - | Preservado | |
Relógio do Gonzaga | Santos | 9 de julho de 1936 | 1940 | Demolido | |
Relógio de Pitangueiras | Guarujá | posterior a 1935 | Desconhecido | Demolido |
(Fonte: Wikipédia / Veja São Paulo 18.11.2016/01.06.2017 - partes)
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