31 de out. de 2011

Alliança Saúde e Participações (ex-Alliar) / CDB

          O laboratório paulista Centro de Diagnósticos Brasil (CDB) foi fundado em 1998 na Vila Gumercindo, zona sul de São Paulo, por Sergio Tufik e seu primo Roberto Kalil.          
          A Alliar Médicos à Frente, empresa de diagnósticos de saúde, que atua com foco em diagnóstico por imagem, foi criada em 2011 a partir da fusão de quatro empresas no setor de diagnóstico por imagem. Uma das empresas é o Cedimagem, de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais, representada por seu sócio, Cláudio Ramos. Rogério de Aguiar Ferreira, líder do grupo dos quatro primeiros laboratórios que deram origem à Alliar, vendeu sua participação - na época de 36% - no ano seguinte, depois da formação da empresa. Entre 2012 e 2018, a empresa realizou aquisições associativas de mais de 20 empresas. Nesse período, ainda abriu mais de 40 novas unidades.
          Em novembro de 2014, o grupo Alliar destacou-se quando comprou o laboratório CDB, que pouco depois passou a representar 40% do faturamento da companhia. Após a compra, a sede da Alliar foi transferida para o prédio em que funciona o CDB. 75 médicos, entre os quais, Tufik, Kalil e Ramos, e o fundo de investimentos Pátria são donos do grupo. O genro e o filho de Kalil tornaram-se, respectivamente, diretor médico e diretor comercial da Alliar.
           Em 2016, o grupo Alliar fez um IPO (sigla em inglês para "oferta pública de ações"). Passou então a ser listado na BM&FBovespa. Com o dinheiro inicialmente arrecadado (700 milhões de reais), a empresa teria condições de impor bom ritmo de expansão. Uma parcela de 36% do valor seria reinvestida na empresa e a outra parte iria para os donos do negócio. A Alliar está registrada na B3 com o nome Centro de Imagem Diagnóstico S.A..
          Em julho de 2019, a empresa estava listada na Bolsa com 30% das ações negociadas no mercado. Os fundadores do CDB detinham 31% das ações, e o fundo Pátria Investimentos 25%. Médicos-sócios e administradores detinham 14% das ações.
          Em fato relevante de 28 de outubro de 2021, a Alliar comunica que recusou a proposta de compra de 24 milhões de ações da companhia pela MAM Asset Management, empresa que gerencia fundos ligados ao empresário Nelson Tanure. Na proposta foi oferecido o valor de R$ 19,00 por ação até o dia 3 de novembro. Após essa data o valor seria reduzido para R$ 15,00 por ação. A recusa da oferta, que teve a unanimidade dos acionistas controladores, foi justificada por estar desalinhada com a visão e objetivos dos controladores, inclusive quanto ao real valor intrínseco da companhia.
          Em 29 de novembro de 2021, a Alliar comunicou ao mercado que seu bloco de acionistas controladores aceitou a oferta da MAM Asset Management, gestora controlada pelo empresário Nelson Tanure, para a aquisição de até 62,6 milhões de ações, ao preço de R$ 20,50 cada uma. A aprovação da proposta era válida até essa data.
          Em 21 de dezembro de 2021, a Fonte de Saúde Fundo de Investimento, ligado ao empresário Nelson Tanure, adquire até 62.399.842 ações ordinárias da Alliar, uma das três maiores redes de diagnóstico do país, pelo valor de R$ 1,279 bilhão.
          Em abril de 2022, depois de oito meses de negociações, o empresário Nelson Tanure assumiu o controle da rede de medicina diagnóstica Alliar, com participação de 63,28% da companhia. Do total, 37,96% das ações foram adquiridas do bloco de controle.
          A Alliar atua com 118 unidades de atendimento. A companhia está presente em mais de 40 cidades de 10 estados brasileiros. Seu parque tecnológico inclui mais de 120 equipamentos de ressonância magnética, 50 tomógrafos e 350 ultrassons.
          A Alliar tem nova denominação social: Alliança Saúde e Participações.
          A Alliança Saúde participa do consórcio que venceu o leilão de licitação de concessão do Heuro Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal, em Rondônia.
          Em 14 de agosto de 2023, após um ano e meio de idas e vindas, a oferta pública de ações (OPA) foi realizada. Tanure desembolsa R$ 891 milhões e passa a deter 93,3% da Alliança.
 (Fonte: revista Exame - 02.03.2016 / revista Veja - 09.11.2016 / InfoMoney / Eleven Financial 28.10.2021 /Valor - 29.11.2021 / Eleven Financial - 22.12.2021 / Valor - 18.04.2022 / 02.06.2022 / O Globo - 14.08.2023 - partes)

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