6 de out. de 2011

Carlino Ristorante

          O restaurante Carlino foi fundado pelo italiano Carlo Cecchini, toscano natural da cidade de Lucca. O ponto escolhido para a inauguração é onde hoje fica a Galeria do Rock, no largo do Paissandu.
Inaugurado em 1881, quando dom Pedro II ainda estava no poder e oito anos antes da Proclamação da República, o restaurante Carlino nunca deixou o centro de São Paulo.
          Em 1949,  Carlo Cecchini deixa o comando e o também toscano Marcello Gianni se tornou o novo proprietário.
          Em 1960, com o progresso do centro da cidade de São Paulo, Gianni levou o restaurante, que já era o mais antigo da cidade de São Paulo, para a famosa e charmosa avenida Vieira de Carvalho, no largo do Arouche –época em que existiam na vizinhança casas como Rubaiyat e Fasano.
          Em 1978 Marcello Gianni passou a direção do restaurante para seu amigo Antonio Carlos Marino, filho de italiano e amante da cozinha mediterrânea.
          Em 2002, ocorreu uma nova mudança. "Naquela época, a Vieira de Carvalho decaiu bastante e vários estabelecimentos vizinhos fecharam. Decidimos encerrar também e procurar outro endereço", explica a atual chef do local, Bianca Marino, formada em gastronomia em São Paulo e com dois estágios na Itália.
          A busca pela morada atual demorou três anos. "Ficamos fechados até 2005 e, nesse período, fazíamos eventos domiciliares." Antes ali só tinha uma lavanderia em funcionamento. Hoje, virou rota de casas badaladas, como também a Hot Pork e Sorveteria do Centro, do chef Jefferson Rueda, que ficam em frente ao Carlino.
          No endereço desde desde 2005 a casa ocupa um pequeno salão na rua Epitácio Pessoa, 85,  na Vila Buarque (ou República, se preferirem), hoje cercada de lugares descolados como A Casa do Porco e a lanchonete Z Deli.
          "Assumi o restaurante em 2018, quando meu pai já sofria com Alzheimer. Ele faleceu em janeiro daquele ano e, desde então, minha mãe, meu irmão e eu tocamos a casa", conta Bianca.
          Com destaque para as massas, vale pedir o Rigatoni al Gorgonzola e Frutti di Mare, que tem o macarrão envolto no queijo gorgonzola, com frutos do mar puxados no vinho branco, azeite e ervas. Outra boa pedida é o Maccheroni Ubriachi, um penne embriagado no conhaque e vinho branco, ao molho de ragu de linguiça e molho rosé da casa. Serve outros pratos da gastronomia italiana, com raízes na Toscana.
          A carta de vinhos é enxuta. "São cerca de dez rótulos disponíveis, que mudamos toda semana. Privilegiamos italianos, chilenos, espanhóis e argentinos."
(Fonte: revista Veja São Paulo - 21.06.2017 / site do restaurante / Guia Folha - 29.10.2021 - partes)

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