11 de ago. de 2022

Aterpa

          A construtora mineira Aterpa foi fundada pela família Salazar. Hoje, a companha é comandada por André Salazar, o presidente, representante da terceira geração da família fundadora da empresa.
          A Aterpa, cuja atividade principal é a construção, operou no passado concessões de infraestrutura. Em 1998, a empresa fazia parte da concessionária de rodovias Intervias, em São Paulo, que posteriormente foi vendida para a Arteris. Em 2013, a empresa também operou contratos menores de saneamento básico, como uma PPP na Serra (Espírito Santo) vendida posteriormente para a Aegea.
          Em 2012, o fundo de investimento Neo ingressou no capital da Aterpa com a ideia de abrir o capital no futuro. No entanto, os planos não se concretizaram e a família recomprou recentemente as ações.
          Em julho de 2022, a empresa iniciou as operações na concessão de água do Amapá em parceria com a Equatorial Energia. Antes de conquistar a concessão no Amapá, a Aterpa participou com a concessionária, por meio de sua subsidiária SAM Ambiental, de licitações para a região metropolitana de Maceió, Cariacica (Espírito Santo) e três blocos regionais no Rio de Janeiro.
          A Aterpa planeja disputar novos ativos no setor de saneamento básico e participar de licitações no setor rodoviário. Neste caso seria em consórcio com um parceiro maior que também atua na área de engenharia.
          No setor de saneamento básico, a Aterpa estuda grandes leilões, como as parcerias público-privadas (PPP) do Ceará, a concessão de Porto Alegre e outros blocos cujos modelos foram definidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, para essas licitações, a empresa reconhece que depende de firmar parcerias com grupos maiores – como, possivelmente, a própria Equatorial. A empresa poderá analisar a participação sozinha em leilões de bens municipais menores do setor.
          Em 2021, o grupo registrou receita líquida de R$ 391 milhões. A carteira de obras da empresa soma R$ 850 milhões, considerando dados de meados de 2022. Entre os principais segmentos atendidos pela construtora estão mineração, rodovias e ferrovias.
          Segundo André Salazar, a família não tem planos de vender a empresa hoje (agosto de 2022). “Os acionistas estão comprometidos com o negócio.” Para ele, uma mudança corporativa desejada seria trazer um sócio investidor para ampliar a capacidade financeira da empresa.
(Fonte: jornal Valor - 11.08.2022)

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