24 de ago. de 2022

Interbrand

          A consultoria Interbrand foi fundada por John Murphy em 1974 e tem sua sede em Nova York.
          A empresa é especializada em avaliações de marca. A cada ano, a equipe de profissionais se debruça sobre balanços de centenas de empresas em todo o planeta, destrincha relatórios de analistas especializados e realiza pesquisas de opinião para montar a lista das 100 marcas globais mais valiosas. Trata-se da mais respeitada avaliação sobre marcas, publicada em parceria com a revista americana de negócios Business Week.
          O executivo inglês Jez Frampton, então presidente mundial da Interbrand, costumava utilizar uma imagem emprestada do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe para definir seu negócio. No livro As Afinidades Eletivas, de 1809, Goethe explica que a Marinha inglesa, na época a mais poderosa do mundo, costumava colocar um fio vermelho na urdidura de todas as cordas usadas em seus navios com o objetivo de identificá-las como propriedade da Coroa Britânica. O fio era impossível de ser removido da corda sem que fosse necessário desmanchá-la completamente. Para Frampton, essa é uma metáfora perfeita para o valor da marca de uma grande corporação. "A marca é como o fio vermelho. Ela permeia todo o negócio, torna-se um poderoso instrumento econômico capaz de gerar valor para a companhia e é impossível de ser separada do todo", disse Frampton à revista Exame em visita ao Brasil em 2008.
          O cálculo do valor das marcas surgiu em meados dos anos 1970 como uma ferramenta auxiliar nos processos de fusões e aquisições de empresas. A ideia era atribuir valor a um ativo até então considerado intangível.
          Para chegar ao valor de uma marca, a Interbrand, por exemplo, calcula três variáveis. A primeira leva em conta o peso da marca na receita e na lucratividade da empresa com base em dados do balanço financeiro. A segunda avalia por meio de pesquisas a preferência dos consumidores pela marca em relação aos concorrentes. E, por fim, mede-se a competitividade da marca para gerar lucros futuros. Nesse quesito são avaliados fatores como a performance global e a presença dessas empresas em mercados promissores.
(Fonte: revista Exame - 05.11.2008)

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