O restaurante Cantinho da Vovó era um sonho familiar. Mais
especificamente de Maricelma Mendes, sogra de Gustavo
Patrício Clemes, de 40 anos,
ex-bancário e investidor inicial do
empreendimento, localizado em Criciúma, Santa Catarina.
No início do empreendimento, Clemes seguia trabalhando no banco e dava suporte para a produção de marmitas da família Mendes. Para ele, o objetivo sempre foi agradar ao cliente, surpreender e fidelizar, mesmo que no início o retorno não fosse como o esperado. “Em vez de fazer só
arroz e feijão, já servia uma lasanha junto. O negócio era fazer o nome”, diz.
O restaurante físico começou realmente como um “cantinho”. Era uma sala pequena, em um bairro simples, que só tinha quatro mesas. Eles vendiam principalmente lanches, como hambúrgueres e marmitas. Depois, com o dinheiro de participação nos lucros e resultados (PLR) que recebeu do banco,
Clemes conseguiu investir em um pequeno bufê.
Quando se mudaram para um novo salão, com capacidade para 60 pessoas, uma personagem surgiu para representar a culinária afetiva do local. A “vovó” passou a ser encenada por Maria Cristina Mendes, de 58 anos, tia da mulher de Clemes. A verdadeira vovó, Maricelma, prefere ficar na cozinha. Inicialmente, a tia ficava de ajudante e também fazia algumas fotos para divulgar o estabelecimento. Na pandemia, acumularam dívidas, mas não desistiram. Depois desse período, o restaurante reabriu próximo de uma universidade, em um local maior, com capacidade para 120 pessoas. A localização facilitou os contatos para que o cantinho começasse a produzir eventos como
formaturas.
Com o empreendimento estabelecido, Gustavo pediu as contas no banco para ajudar nas tarefas do local. A personagem da vovó e Clemes, que faz o personagem “perninha”, começaram a produzir conteúdo em forma de vídeos curtos durante as férias, geralmente um implicando com o outro, e ganharam visibilidade nas redes. Mas não foram apenas as brincadeiras que chamaram a atenção do público, e sim as comidas. Em um dos vídeos, a vovó ostenta um dos maiores sucessos do restaurante: um bufê de sete metros com peixes, camarão, lasanha, outras massas e sobremesas. Esse é o cardápio do fim de semana, que custa R$ 89,90 para consumo livre. Durante os dias úteis, o foco é comida caseira, e o cardápio varia entre dias temáticos como: peixe, feijoada, miúdos e culinária italiana.
Nesses dias o preço é R$ 59,90 o quilo ou R$ 40 a opção livre. Todos os preços são de dezembro de 2023.
De acordo com Gustavo Clemes, eles ficaram dois anos sem lucrar, apenas investindo, e somente em 2023 colheram os frutos do trabalho e viram o faturamento mensal triplicar – valor que o empreendedor prefere não revelar. “Literalmente pagávamos para trabalhar, e neste ano conseguimos quitar as dívidas e comprar uma casa para minha sogra”, conta. Atualmente, numa das avenidas mais movimentadas de Criciúma, o restaurante recebe cerca de 200 pessoas em dias de semana e, aos finais de semana, o local tem fila para entrar e não consegue comportar todos os clientes. Motivo pelo qual o empreendedor pretende expandir para um estabelecimento com capacidade para 400 pessoas, em 2024.
(Fonte: Estadão - 20.12.2023)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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