O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
5 de ago. de 2025
UnionPay
30 de jul. de 2025
Keeta (Meituan)
A entrada de um player global como a Keeta no cenário brasileiro de delivery promete agitar as coisas e trazer um fôlego novo para quem ama pedir comida e produtos online.
Com um novo concorrente de peso, a tendência é que os preços fiquem mais atraentes. Espera-se promoções agressivas, cupons de desconto e fretes mais em conta como estratégia para conquistar e fidelizar clientes.
A concorrência estimula a inovação e a busca por excelência. Os aplicativos precisarão aprimorar seus serviços, desde a velocidade da entrega até o atendimento ao cliente, para se destacarem.
Conhecida por sua expertise tecnológica, a Keeta pode trazer novas funcionalidades e uma experiência de usuário mais fluida e eficiente, elevando o padrão dos apps de delivery no país.
"Na China, onde temos mais de 14,8 milhões de comerciantes ativos, criamos programas de treinamento para ajudá-los a melhorar suas operações de diversas maneiras. Contamos com mais de 2.300 instrutores e já ajudamos cerca de 13,7 milhões de comerciantes a construir restaurantes mais inteligentes e digitais, que atraem mais clientes, operam com mais eficiência e aumentam sua receita”, afirma em nota Tony Qiu.
A chegada da plataforma no Brasil ocorre um ano de grandes disputas no setor do delivery de comida pronta.
Entre o fim de abril e o início de maio de 2025, três aplicativos de delivery anunciaram investimentos bilionários para disputar este mercado. Além dos R$ 5,6 bilhões da Meituan, o Rappi anunciou que investirá R$ 1,4 bilhão ao longo dos próximos três anos. Já a 99Food retorna ao país com R$ 1 bilhão.
O momento de acirramento das disputas no setor ocorre após o líder do segmento no Brasil, o iFood, ser proibido no final de 2023 de fechar contratos de exclusividade com redes com mais de 30 restaurantes. A norma foi estabelecida pelo Cade, junto com um conjunto de regras para cercear práticas anticompetitivas no setor.
Na disputa por espaço, as empresas estão em uma corrida de benefícios ofertados para os estabelecimentos e para os entregadores. As medidas incluem isenção de taxas para os restaurantes e aumento da remuneração de motoqueiros e ciclistas.
A chegada da Keeta é um sinal claro de que o mercado de delivery no Brasil está em constante evolução, beneficiando diretamente quem usa esses serviços.
29 de jul. de 2025
Softplan
Em junho de 2025, a empresa desmembrou sua operação para o setor privado, a Starian, responsável por 54% da receita líquida. Sob este guarda-chuva estão as soluções para a indústria da construção. A operação tem mais de 9 mil clientes.
Assim como a Softplan, que acumula 13 operações de fusões e aquisições em sua história, sendo 12 nos últimos 5 anos, a Starian já anunciou que também tem o crescimento inorgânico como via de expansão.
A venda de uma fatia minoritária da Softplan passou para a segunda fase. Em fins de julho de 2025, passou a receber propostas vinculantes e atraiu fundos, locais e internacionais, que compram participação em empresas, de acordo com fontes. A venda pode movimentar cerca de R$ 550 milhões. O processo de venda tem foco na área de softwares para o setor de construção e começou em maio (2025), assessorado pelo Bank of America, segundo as fontes. O objetivo é vender uma fatia ao redor de 30% da companhia. Em 2024, a empresa teve receita líquida de vendas de R$ 544,6 milhões, crescimento anual de 13%, lucro operacional de R$ 54 milhões e lucro líquido consolidado de R$ 23,7 milhões.
18 de jul. de 2025
Lecar
Em agosto de 2024, O design e as tecnologias do Lecar 459 Híbrido Flex com Range Extender, são finalizadas. Iniciam-se as preparações para a fase de prototipagem e futura produção em larga escala. A Lecar não faz um carro sozinha. Por isso, conta com parceiros estratégicos da cadeia global de fornecimento, como Horse, WEG, Pirelli, Winston Power e Hepu.
(Fonte: site da empresa)
26 de jun. de 2025
Bumble
Após o estabelecimento da parceria, a dupla recrutou os colegas do Tinder Chris Gulczynski e Sarah Mick para projetar a interface e ajudar a lançar o Bumble. O Bumble foi lançado três meses depois, em dezembro de 2014. A infraestrutura na sede do Badoo em Londres foi usada para o Bumble.
A empresa foi avaliada em mais de US$ 1 bilhão em novembro de 2017. Quando a empresa de private equity Blackstone Inc. comprou uma participação majoritária na empresa-mãe do Bumble, MagicLab, o Bumble e seus aplicativos irmãos foram avaliados em US$ 3 bilhões. Em 2020, o MagicLab foi renomeado para Bumble Inc. como a empresa-mãe do Bumble e do Badoo. Em 2020, o Bumble havia sido baixado mais de 100 milhões de vezes.
A sede da empresa fica em Austin, Texas, e, em 2021, contava com 650 funcionários em todo o mundo.
Em fevereiro de 2021, o Bumble levantou US$ 2,2 bilhões por meio de seu IPO e a empresa teve uma avaliação de mais de US$ 7 bilhões. O Bumble foi listado na bolsa Nasdaq, com ações inicialmente avaliadas em US$ 43, mas aumentando para US$ 76 no dia da abertura, avaliando a empresa em mais de US$ 13 bilhões.
Em fevereiro de 2022, a Bumble anunciou que havia adquirido a Fruitz, um aplicativo de namoro freemium de propriedade francesa, popular entre a Geração Z e usado em toda a Europa. Esta foi a primeira aquisição da empresa.
A partir de abril de 2022, os usuários do Bumble que denunciarem abusos terão direito a um conjunto de cursos gratuitos da Bloom, um provedor online de suporte para sobreviventes de agressões.
Em novembro de 2023, seus lucros do quarto trimestre mostraram que a inflação e a crescente concorrência com o Tinder reduziram os gastos dos usuários nos recursos pagos de seu aplicativo. A notícia coincidiu com a saída de sua fundadora e CEO, Whitney Wolfe Herd, e a substituição da diretora executiva da Slack, Lidiane Jones.
Em fevereiro de 2024, a Bumble anunciou planos de demitir 350 funcionários como parte de um plano de reestruturação, o que constitui 30% da força de trabalho da Bumble.
A Bumble adquiriu o aplicativo de bate-papo em grupo para encontrar amigos Geneva em junho de 2024.
Em janeiro de 2025, a fundadora Whitney Wolfe Herd anunciou que retornaria como CEO do Bumble em março.
Em 25 de junhop de 2025, o Bumble informou que demitirá quase um terço de sua força de trabalho com o mais recente corte no setor de aplicativos de encontros à medida que as empresas enfrentam desafios no desenvolvimento de recursos para manter os usuários gastando em meio à incerteza econômica. A medida, que afetará 240 postos de trabalho, ou 30% da equipe do Bumble, faz parte de um esforço mais amplo para reformular a plataforma, já que o setor luta contra o declínio do engajamento dos usuários. O rival Match também anunciou uma redução de 13% na força de trabalho em maio (2025)..
(Fonte: Wikipédia / CNN 25.06.2025 - partes)
18 de jun. de 2025
ASA Investments
A ASA Investments é mais uma das empresas que continuam a tradição da família, mantendo os preceitos de gerações e fazendo prosperar o nome Safra. Foi fundada por Alberto Safra, nascido em 1980, um dos quatro filhos do banqueiro Joseph Safra, e controla 100% da instituição.
Os dois irmãos tinham desentendimentos há mais de dez anos sobre diversos aspectos da condução dos negócios. Enquanto Joseph estava presente diariamente, arbitrava essas diferenças entre eles. Mas a situação se acirrou depois de seu afastamento. Os problemas, entretanto, continuaram sendo levados ao pai, gerando desgaste familiar.
O ASA, instituição financeira de Alberto Safra, anunciou a aquisição da Gauss Capital, gestora independente especializada em fundos multimercados e com atuação no mercado desde 2014. Com a operação, os produtos da Gauss passam a integrar o portfólio da ASA Asset, braço de gestão de recursos do grupo. O valor da transação não foi informado.
Na nova estrutura, Fabio Okumura, fundador da Gauss, assume a posição de chefe da ASA Asset, que atua com diferentes estratégias de investimento, incluindo renda fixa, renda variável, multimercado, previdência e crédito.
A equipe da Gauss também será incorporada ao time da ASA, reforçando a área de gestão de recursos.
13 de jun. de 2025
Bagaggio
Em 1969, a empresa muda seu nome para Bagaggio, buscando simplesmente a tradução em português para "bagagem".
Em 2009, a Bagaggio iniciou sua expansão por franquias.
9 de jun. de 2025
A5X
A A5X já conta com uma equipe de 60 pessoas, incluindo 20 sócios — alguns dos quais são executivos experientes de grandes bancos ou da B3, atualmente a única bolsa de valores em operação no Brasil. O Sr. Luketic afirmou que a bolsa pretende expandir para entre 100 e 120 funcionários.
No início de junho de 2025, a A5X assinou um acordo com o London Stock Exchange Group (LSEG) para adquirir sistemas de negociação, compensação, liquidação e gestão de risco. O negócio ocorre após um processo de licitação envolvendo oito grandes bolsas globais.
A empresa passou o segundo semestre de 2024 analisando o que cada um desses players tinha a oferecer e o primeiro semestre de 2025 trabalhando com a LSEG para adaptar seus sistemas às necessidades específicas do ambiente de negociação brasileiro.
A presença global da LSEG foi fundamental para garantir o contrato com a nova bolsa de derivativos e futuros do Brasil.
O mercado brasileiro apresenta complexidades únicas, observou Carlos Ferreira. Por exemplo, os sistemas brasileiros são projetados para rastrear o investidor final, ao contrário dos sistemas internacionais, que normalmente se concentram apenas em corretoras e membros de compensação. O mercado local também exige uma verificação completa do investidor, incluindo a verificação de se os clientes têm saldo suficiente em sua corretora, quais garantias depositaram e qualquer histórico de inadimplência. Além disso, enquanto os mercados internacionais utilizam uma convenção de 360 dias para cálculos financeiros, o Brasil utiliza 252 dias úteis. “Sem mencionar que os juros compostos são parte integrante da dinâmica financeira do Brasil”, acrescentou Ferreira.
Além do desenvolvimento do sistema, o acordo inclui um contrato de uso exclusivo de longo prazo para o Brasil, abrangendo suporte, assistência técnica e implementação de futuras inovações da LSEG.
A reputação global da LSEG desempenhou um papel fundamental em sua escolha. É uma das bolsas mais antigas do mundo, a mais proeminente da Europa e está entre as cinco maiores do mundo. É também a maior bolsa do mundo em capitalização de mercado como empresa (€ 65 bilhões) e atualmente fornece serviços semelhantes para 20 bolsas em todo o mundo. "Atendemos 44.000 clientes em 65 países e somos um dos principais provedores de infraestrutura para bolsas globalmente", disse Daniel Buttino, diretor administrativo da LSEG para a América Latina.
Com esta aquisição, a A5X dá mais um passo importante em seu cronograma de implementação. A fase de testes com os maiores bancos e corretoras do Brasil está programada para começar em outubro ou novembro de 2025, com previsão de início das operações completas no segundo trimestre de 2026.
No início de 2025, a câmara de compensação do ABN Amro e quatro empresas internacionais de formação de mercado também se juntaram como acionistas. A XP garantiu uma opção de compra para adquirir uma participação na A5X, com previsão de exercício em médio prazo.
Duas outras bolsas também estão em desenvolvimento para competir com a B3: a CSD, lastreada pelo Santander e BTG, e a ATG, lastreada pelo Mubadala, fundo soberano do governo de Abu Dhabi e um dos maiores do mundo
6 de jun. de 2025
Suzano-Kimberly Clark (joint venture)
Para garantir uma participação de 51% na operação conjunta — com previsão de conclusão em meados de 2026 — a Suzano pagará US$ 1,734 bilhão, o que implica um múltiplo de valor da empresa (EBITDA) de 6,7 vezes, uma avaliação considerada "barata" para o segmento, segundo o Itaú BBA.
Após o anúncio, as ações da Suzano lideraram os ganhos do Ibovespa na quinta-feira (5), saltando 6,31%, para R$ 52,90, elevando o valor de mercado da empresa para cerca de R$ 67 bilhões. O mercado respondeu positivamente à estrutura do negócio, que inclui um sócio com profundo conhecimento de diversas geografias, e ao impacto mínimo na alavancagem financeira da Suzano.
Esta transação posicionará a Suzano como a oitava maior produtora de tissue do mundo — marcando seu passo mais ambicioso em sua estratégia de internacionalização e alinhando-se ao seu objetivo de agregar valor à sua produção de celulose de eucalipto altamente rentável no Brasil.
"Suzano e Kimberly trazem capacidades complementares, com marcas fortes e vencedoras", disse o CEO Beto Abreu. A Suzano já é uma importante fornecedora global de celulose para a KC — incluindo as plantas envolvidas no novo negócio — e, em 2024, adquiriu os ativos de tissue da Kimberly-Clark no Brasil, incluindo a marca Neve.
De acordo com Abreu, a Suzano inicialmente pretendia adquirir 100% dos ativos que agora compõem a joint venture. A KC também buscou inicialmente um desinvestimento total e recebeu propostas concorrentes, incluindo uma da Asia Pulp and Paper (APP) para toda a operação. No entanto, ambas as partes acabaram favorecendo uma joint venture para mitigar riscos e evitar alavancagem excessiva.
Um dos principais pontos fortes da Suzano é seu baixo custo de produção, começando pela celulose. A equipe técnica da Suzano inspecionou as plantas da KC e constatou que elas estavam em condições semelhantes às dos ativos brasileiros adquiridos anteriormente.
O acordo inclui 22 plantas localizadas em El Salvador, Peru e Colômbia (América do Sul e Central); Austrália, Malásia, Tailândia e Taiwan (Ásia-Pacífico); Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Israel e África do Sul (Europa, Oriente Médio e África). As instalações têm uma capacidade de produção anual combinada de 1 milhão de toneladas e geraram US$ 3,3 bilhões em receita líquida no em 2024. O acordo exclui ativos nos EUA, México e Coreia do Sul.
A joint venture incluirá os 49% restantes dos ativos três anos após a conclusão do acordo, o que incluiria 40 marcas locais e uma licença de 30 anos sem royalties para usar as marcas Kleenex e Scott. Segundo Luís Bueno, vice-presidente executivo de bens de consumo e assuntos corporativos da Suzano, quase metade da receita da nova joint venture virá da Europa. O acordo também abre a porta para a Suzano substituir parte da celulose de fibra longa usada pela KC em produtos de higiene por sua própria celulose de fibra curta.
O pagamento de US$ 1,7 bilhão virá das reservas de caixa da Suzano, afirmou Marcos Assumpção, vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da empresa. "Temos os recursos para isso", afirmou.
Em relação aos EUA, México e Coreia do Sul, Abreu afirmou não haver barreiras contratuais para futuras aquisições nesses mercados, mas deixou claro que nenhuma nova atividade de fusões e aquisições está planejada no curto prazo. "Precisamos concentrar nossa energia em garantir que esta joint venture entregue o valor que imaginamos", disse ele, sugerindo que é improvável que a Suzano busque novas aquisições pelos próximos dois a três anos.
Abreu observou que a guerra comercial entre os EUA e a China não foi um fator significativo no resultado do acordo, já que o segmento de tissue envolve produtos com comércio internacional limitado, cadeias de suprimentos regionalizadas e baixa correlação com ciclos econômicos mais amplos.
(Fonte: Valor - 06.06.2025)
29 de mai. de 2025
VW Sedan 1600 (Zé do Caixão)
O país estava vivendo a efervescência da indústria automobilística brasileira da segunda metade dos anos 1960. Tudo mudava rapidamente: a Ford havia comprado a Willys e já começava a produzir no Brasil seu primeiro carro (Ford Galaxie); a General Motors iniciava a produção do Chevrolet Opala com design europeu e mecânica norte-americana; a Simca havia sido comprada pela Chrysler, que acelerava o lançamento de novos modelos; e a Volkswagen havia comprado a DKW, tirando de linha os Belcar e
Vemaguet. Mudanças que alteraram drasticamente o mercado de carros da época.
Nessa toada, a VW ficou com um dilema: só tinha para oferecer aos seus consumidores o Fusca (que recebeu nova motorização a ar em 1967), e a Kombi (com motor 1500 inédito). Mas, claro, o consumidor brasileiro queria mais, principalmente quando olhava a gama de novidades do mercado. A marca alemã só tinha o velho, bom e confiável Fusca, além da Kombi, destinada ao uso profissional. Era pouca oferta de produto para uma fabricante que pretendia crescer muito no Brasil.
Como o Fusca já era dotado de duas portas, a VW achou, por bem, produzir aqui um carro com quatro portas. Assim, haveria mais espaço para as famílias, sem perder a robustez e as boas qualidades mecânicas típicas da marca. Por isso, foram buscar na Alemanha o projeto de um pequeno sedan que utilizava uma plataforma muito semelhante à do Fusca, aproveitando, inclusive, o seu conceito mecânico básico. Apesar de ter sido construído até a fase de protótipos na Alemanha, esse projeto não foi adiante na Europa: a própria marca já tinha carros mais modernos em mente. Assim, a ideia do tal sedã acabou não indo para frente por lá.
Ele poderia não servir na Alemanha ou na Europa, mas para o Brasil era um prato cheio. Por isso, a toque de caixa, o carro foi apresentado no agitado Salão do Automóvel de 1968, na cidade de São Paulo. Só para que se tenha uma ideia, os exemplares mostrados no Salão eram ainda protótipos, pois a produção em série não havia sido iniciada, fato que ocorreu na metade de janeiro de 1969. O complicado, para o novo carro, é que ele disputava espaço e interesse popular com rivais de peso: nada
menos do que o Ford Corcel e o Chevrolet Opala!
Se existia um adjetivo que não cabia ao novo Volkswagen 1600, sem dúvidas, era “bonito”. Todo quadrado com linhas retas, ele mais parecia um caixote, e não um carro. Perto de outros carros que também estavam sendo lançados, o Sedan 1600 ficava até envergonhado. Esse fato acabou gerando um apelido pelo qual o VW (Sedan 1600) ficou conhecido: “Zé do Caixão”. E, para confirmar o jocoso apelido, os bem-humorados falavam que suas 4 maçanetas pareciam as alças de um caixão. Uma decisão infeliz de design.
Mas o carro tinha qualidades inegáveis, como a praticidade das quatro portas para o dia a dia, uma mecânica impecável com o seu motor 1600 a ar de ventoinha alta (rendendo 60 cv de potência), além de um bom espaço de porta-malas na dianteira e uma considerável agilidade no trânsito. Mas o design, esse era complicado…
Em que pese as vantagens do Sedan 1600, ele era feio perto do Opala e do Corcel. Claro que o consumidor, ávido por novidades, correu para comprar os carros mais bonitos, e o patinho feio ficou esquecido na lagoa. Um fracasso retumbante! Ele foi fabricado do início de 1969 até meados de 1971. Nesse período foram produzidas cerca de 25 mil unidades.
Para complicar ainda mais a desgraça do carrinho, ainda no final de 1970 um grande incêndio na fábrica da VW, em São Bernardo do Campo (SP), fez com que a marca tirasse de cena o carro que, se não fosse tão feio, poderia ser a salvação da lavoura. Grande parte dos Sedan 1600 tornaram-se táxi, graças à robustez de sua mecânica e a praticidade das quatro portas. Esse foi outro estigma do modelo na época: além do apelido nada positivo, ficou conhecido pelo grande público como “carro de taxista”. Pressionada pela imprensa para dar explicações sobre tamanho desastre comercial, até que a Volkswagen se saiu bem: "O carro foi desenvolvido penas para suprir um nicho de mercado".
Fonte: msn - Douglas Mendonça - 21.05.2025 - parte)
Volkswagen Sedan 1600 era prático, com quatro portas, mas destoava dos estilos modernos do Opala e Corcel
28 de mai. de 2025
Club Med
Em 1956, o Club Méditerranée abre seu primeiro village ("aldeia") de inverno em Leysin, Suíça.
Em 1974, por dificuldades financeiras, nove outros acionistas adquiriram a maior parte do capital da empresa, dentre os quais, Gianni Agnelli, (presidente da Fiat), e o Club abre novos hotéis (chamados villages) na Itália.
Em 2004, após o falecimento de Gianni Agnelli, a nova direção financeira da Fiat decide ceder 28,9% das ações do Club Med ao grupo Accor, que assim se torna o acionista principal.
No Brasil, o Club Med tem três unidades: o Club Med Rio das Pedras, inaugurado em 1989 em Mangaratiba (Rio de Janeiro), com 379 quartos em 260 mil metros quadrados, o Club Med Trancoso, inaugurado em 2002 na Bahia, com 280 quartos em 274 mil metros quadrados. e o Club Med Lake Paradise, inaugurado em 2016 em Mogi das Cruzes (São Paulo), com 377 quartos em 1,2 milhão de metros quadrados.
O Club Med avança com a construção do resort Club Med Gramado, no Rio Grande do Sul. Desenvolvido em parceria com a empresa brasileira de entretenimento DC Set Group, o resort foi anunciado há dois anos e tem inauguração prevista para 2027. “Gramado tem um apelo muito forte”, disse o Sr. Daudet, citando seu status consolidado como destino turístico, juntamente com sua gastronomia, vinhos, chocolates e clima de inverno.
O filósofo francês Charles-Louis de Secondat, mais conhecido como Barão de Montesquieu, disse certa vez que viajar expande a mente. Se dependesse do Club Med, os brasileiros permaneceriam abertos por muito tempo. Em 2024, a marca gerou R$ 768 milhões em receita com clientes brasileiros — um aumento de 7,8% em relação aos R$ 712 milhões registrados em 2023. O valor inclui a receita de brasileiros hospedados nos resorts do Club Med, tanto no Brasil quanto no exterior.
O crescente interesse dos brasileiros pelo Club Med também se reflete no desempenho da empresa na América do Sul. Em 2024, o Club Med recebeu 183.000 clientes sul-americanos em seus resorts em todo o mundo — dos quais 163.000 eram do Brasil. "O mercado brasileiro está apresentando um crescimento muito forte", disse o Sr. Daudet.
O Brasil é um dos cinco principais mercados globais do Club Med, ao lado da China, Estados Unidos, Canadá e França. A empresa opera atualmente cerca de 70 resorts em todo o mundo. Os únicos na América do Sul estão localizados no Brasil. No ano passado, o Club Med registrou uma receita global de € 2,09 bilhões — um aumento de 7% em relação a 2023 — atendendo a mais de 1,5 milhão de clientes. Sua taxa média de ocupação aumentou de 73% em 2023 para 75% em 2024.
(Fonte: wikipédia / Valor - 21.05.2025)
22 de mai. de 2025
Fashion Mall
O shopping center Fashion Mall é considerado um templo do consumo de luxo do Rio de Janeiro. A ideia original era ser um shopping que atendesse todo tipo de público, com lojas de vários padrões de consumo. Mas, havia um impedimento. O Fashion Mall era bem menor que os gigantesco
shoppings espalhados pela cidade e não tinha muito como se expandir para ganhar escala.
Num leilão realizado em 2001, a empresa que administra o shopping, a In-Mont, fez parte do consórcio que arrematou o shopping por 74,3 milhões de reais. Também faziam parte do consórcio os grupos Monteiro Aranha, Pinto de Almeida e o empresário João Carlos de Almeida Braga, o Braguinha. O leilão foi realizado pelo antigo dono, a Bradesco Seguros.
Os administradores perceberam, então, que o bairro carioca de São Conrado, onde está instalado, abriga consumidores de alto poder aquisitivo e decidiram apostar no perfil da vizinhança, voltando-se para um público de elite. Nesse período, o conjunto de lojas passou a ter marcas dirigidas a esse pessoal,
como as joalherias Natan e H. Stern e a sofisticada gripe de óculos carioca Lunetterie.
No início de novembro de 2002, o Fashion Mall concluiu uma reforma que levou oito meses e que consumiu 10 milhões de reais. O novo espaço, ampliado em 2.200 metros quadrados passou a abrigar algumas das grifes mais apreciadas. A reforma criou um terceiro andar, cercado de jardins. "Ampliar o shopping foi a única forma de abrigar lojas como a Empório Armani, que precisava de mais de 700 metros quadrados", diz Jussara Novararis, superintendente de marketing da In-Mont.
Frequentado por clientes abastados, o shopping tem grifes como Empório Armani, Ermenegildo Zegna, Kenzo e Hugo Boss. Como costuma acontecer nesse tipo de comércio, grifes atraem mais grifes. "Chegamos a ficar em dúvida entre abrir nossa loja carioca em Ipanema ou no Fashion Mall", afirma o empresário Andre Brett, da Vila Romana, que trouxe a grife Ermenegildo Zegna para São Paulo em 1997 e estava entrando no Rio.
Com a ampliação e as novas marcas, o Fashion Mall concluiu uma reestruturação estratégica que fechou o foco do negócio na classe A.
(Fonte: Exame - 27.11.2002)
21 de mai. de 2025
Hellmann's
Em outubro de 2000, a Bestfoods, cujo braço brasileiro é a RMB, é adquirida pela Unilever por 24 bilhões de dólares.
Numa época em que poucas marcas disputavam a produção industrial de molhos, uma delas se destacou no Brasil com a assinatura de um jingle que até hoje ressoa na cabeça de muitos consumidores: “A verdadeira maionese”. Com base em sua presença na mesa brasileira desde a década de 1950, a Hellmann’s fez uma ativação nostálgica que chamou a atenção m 2024. Conectando o antigo slogan com a então atual campanha (“Com a Hellmann’s, o domingo fica tudo de bom”), realizou a exposição “A verdadeira arte”: as obras eram fotografias de saladas de maionese decoradas enviadas pelos próprios consumidores.
(Fonte: Estadão - 20.04.2025 - parte)
20 de mai. de 2025
Flensburger Brauerei


Todos os produtos Flensburger são engarrafados em garrafas de vidro com a tradicional tampa flip-top (swing-top). Isso exige diversos mecanismos complexos para a produção em larga escala, abrangendo a limpeza das garrafas e o processo de reciclagem.
(Fonte: Wikipédia - parte)18 de mai. de 2025
FG Empreendimentos
O dinheiro que juntou com os pequenos negócios deu para erguer um predinho de quatro andares em Blumenau, cidade onde morava quando realizou seu primeiro empreendimento imobiliário
Mas o investimento demorou para retornar. Quando o empreendimento estava em obras, uma enchente atingiu a região, e Seu Chico – como é chamado por amigos e funcionários – perdeu os materiais. A estrutura que já existia acabou servindo de abrigo improvisado a uma dezena de famílias afetadas, o que adiou ainda mais a retomada.
Depois de alguns meses conseguiu finalizar o prédio, pegando gosto pelo mercado imobiliário. Dali fez outro de 12 pavimentos e depois outro de 18, e só foi crescendo.
Esses investimentos foram o embrião da FG Empreendimentos, hoje a maior incorporadora de Balneário Camboriú – e responsável pelos maiores arranha-céus da cidade.
Em 2025, aos 73 anos, Seu Chico se prepara para o projeto mais ambicioso da FG: a construção do prédio residencial mais alto do mundo, com 550 metros de altura e 157 andares – e tendo como sócio o empresário Luciano Hang, da Havan.
Com 228 unidades (das quais 18 são “mansões suspensas”) e um VGV impressionante de R$ 8,5 bilhões, o Senna Tower foi lançado em 10 de maio (2025) em Balneário Camboriú pela FG. Só a maquete apresentada no lançamento tem 14 metros de altura, o equivalente a um prédio de quatro andares.
Se tudo der certo o edifício – um projeto gestado desde 2019 – deve ficar pronto daqui a oito anos e vai superar em altura o Central Park Tower, um residencial com 472,4 metros em Nova York, e será o sexto maior edifício do mundo considerando também os prédios comerciais.
Em Balneário, o Senna Tower reinará sozinho na orla por ter quase o dobro da One Tower, também da FG, que tem 290 metros e ainda é o maior residencial da América Latina.
Ao se valer da marca Senna, em um acordo que dá um percentual das vendas à família do lendário piloto brasileiro, a FG turbinou ainda mais um prédio voltado para o público de altíssima renda, vinculando-se a um ícone de um esporte associado ao luxo.
Aos nove anos Seu Chico perdeu um olho em um acidente de trabalho na roça e ouviu o seguinte conselho do médico que o tratou: “roça é perigo, se não quiser perder o outro olho, vá trabalhar na cidade.”
Chico foi, e no centro de Gaspar, sua cidade natal no interior catarinense, arrumou um emprego de barbeiro. Com o que aprendeu, abriu a própria barbearia em Blumenau, só para não concorrer com o ex-patrão que lhe ensinara tudo. Surgia um empreendedor.
No ano que Senna morreu, os Graciola já haviam construído seu primeiro prédio em Balneário, mas seus negócios imobiliários ainda estavam na pessoa física. Não havia uma FG Empreendimentos.
A coisa mudou de figura quando seu filho mais velho, Jean, então com 24 anos, se juntou ao pai para estruturar um negócio de real estate, em 2003, surgindo a FG (de Francisco Graciola)
Balneário Camboriú se consolidou como o principal mercado da empresa depois que uma mudança no plano diretor da cidade removeu os limites de altura, em 2008.
Dali em diante, a FG se especializou em arranha-céus, tendo como hábito colocar sua sigla no topo dos prédios, como uma marcação de território, uma inspiração que Jean foi buscar em suas viagens a Dubai, uma cidade que respira luxo.
Do ponto de vista de governança, o ponto de virada para a FG foi 2012, quando Jean se organizou para a empresa ter um conselho e balanços auditados. Foi ali que passou a existir uma hierarquia mais clara, com ele de CEO e o pai como chairman.
“Eu e meu pai somos complementares: enquanto ele tem uma visão de futuro, olhando oportunidades, eu tenho um perfil mais de gestor,” disse Jean, nascdo em 1980.
Em sua história, a FG já construiu 65 empreendimentos em Balneário, sendo que mais de 30 têm mais de 100 metros de altura.
Para ajudá-la com a engenharia dos prédios cada vez mais altos, a FG conta com os serviços de Fatih Yalniz, um engenheiro especialista em edificações altas, que exigem uma fundação específica e tecnologias para que o morador não sinta o prédio balançando. A FG até criou sua própria consultoria, a FG Talls, para ajudar quem pretende construir arranha-céus em outras regiões.
O crescimento se valeu ainda de parcerias com nomes famosos, começando em 2013 pela atriz Sharon Stone, que aceitou ser garota-propaganda da marca, até a família de Cristiano Ronaldo, que também se tornou um investidor e está espalhado pela cidade em outdoors da FG ao lado da sua mãe e irmã.
O acordo com a marca Senna surgiu por iniciativa da família do piloto, que já estava buscando algum empreendimento imobiliário para vincular à marca e conheceu a FG por meio de um amigo em comum da família Graciola.
A FG já tinha um empreendimento sendo preparado, o Triumph Tower, e aproveitou para transformá-lo em Senna Tower, passando também por adaptações no projeto em si.
Das conversas de Jean e Seu Chico com a família Senna surgiram ideias como ter no edifício um museu para o piloto e também uma pista de kart, dois grandes atrativos para compradores apaixonados por Senna.
O conceito do empreendimento é assinado pela antropóloga Lalalli Senna, sobrinha de Ayrton, que desenvolveu uma narrativa baseada na jornada do herói. Para quem estiver vendo o prédio de fora, a lateral vai lembrar uma pista de corrida, e haverá a impressão de que o edifício não tem fim.
Em uma das características do prédio que remetem a velocidade, o elevador será capaz de ir do térreo ao último andar em menos de um minuto, ou seja, mais veloz do que a volta mais rápida de Senna na F1. “Depois que mudamos o nome da torre para Senna Tower veio uma avalanche de ligações, principalmente de fãs que queriam saber como seria o projeto,” disse Seu Chico.
Embora a FG esteja sempre se superando com prédios cada vez maiores, o Senna Tower deve seguir como o mais alto por um bom tempo, até para que seu status de exclusivo não seja perdido rapidamente.
(Fonte - Metro Quadrado - 12.05.2025)
16 de mai. de 2025
Inspira
Inspira é uma rede de escolas de ensino fundamental, criada em 2018, controlada por um fundo do BTG Pactual. Em janeiro de 2024, o BTG (sócios e fundo) detém 75% do Inspira; André Aguiar, CEO da empresa,
detém cerca de 20%, sendo o restante distribuído entre os fundadores das escolas adquiridas.
O gestor de private equity L. Catterton estava em negociações avançadas com a Inspira no final do ano passado e estava disposto a pagar cerca de 200 milhões de dólares por uma participação de 30% no grupo escolar, dizem as fontes. As conversações fracassaram devido a divergências sobre a governança e o cálculo do EBITDA.
Em 2023, a Inspira recebeu um investimento de R$ 1 bilhão da Advent e do Conselho de Investimentos do Plano de Pensão do Canadá (CPPIB), adquirindo uma participação de 30%.
Até janeiro de 2024 o Inspira fez 35 aquisições e teve que desembolsar R$ 1,1 bilhão desde 2018 –quando foi criado com aportes do fundo e de parceiros do banco BTG.
A Inspira adquiriu recentemente o Colégio Amadeus em Aracaju, marcando sua entrada na cidade.
(Fonte: .......24.01.2024)
MBRF
As gigantes de carnes Marfrig e BRF anunciaram em 15 de maio de 2025 a fusão dos negócios das duas empresas, dando origem à MBRF Global Foods Company. A transação prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da
BRF detida.
A vertente de crescimento da nova empresa — formada por Marfrig, BRF e a americana National Beef — está nos Estados Unidos, Oriente Médio e China. Do faturamento total da MBRF, 43% virão do mercado americano.
Nesse cenário, uma possibilidade de redomicílio considerada pela companhia é a América do Norte. Marcos Molina, controlador e presidente dos conselhos de administração de Marfrig e BRF, afirmou que a administração vem preparando a BRF para este momento há três anos, desde que a Marfrig assumiu o controle da companhia de aves e suínos. Após a virada nos resultados da BRF para o azul, as duas já vinham trabalhando com sinergias comerciais, por exemplo.
Como as ações das duas têm hoje praticamente a mesma cotação, essa relação de troca vai impor
uma perda ao menos momentânea para os detentores de papéis da BRF.
Para viabilizar a fusão, Marcos Molina — o fundador e controlador da Marfrig, com 72% do capital — está abrindo mão do controle do negócio.
O segundo maior acionista será o Salic, o fundo soberano da Arábia Saudita, que hoje tem 11% da BRF e ficará com 10% da nova companhia. Outro grande acionista da nova empresa será a Previ, que tem 5,9% da BRF e ficará com 5,1% da MBRF.
A MBRF nasce como uma das maiores empresas de alimentos do mundo, presente em 117 países com marcas como Sadia, Perdigão, Qualy, Banvit e Bassi e um portfólio multiproteínas, com carne
bovina, suína e de aves, produtos industrializados, pratos prontos e pet food.
Em 3 de junho de 2025, a área técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sugeriu a aprovação sem restrições da fusão entre Marfrig e BRF. Se nos 15 dias seguintes a aprovação não for questionada por algum dos conselheiros do órgão antitruste ela será considerada aprovada em definitivo. A operação prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada papel da BRF. No parecer a SG indica que a Marfrig já é atualmente titular de 50,49% das ações da BRF, portanto, a operação não implicará em transferência de controle.
(Fonte: Valor - 15.05.2025 / Brazil Journal - 15.05.2025 / Valor - 04.06.2025 - partes)
11 de mai. de 2025
Krispy Kreme
A americana Krispy Kreme existe desde 1937, quando Vernon Rudolph começou a vender seus donuts em Winston-Salem, nos EUA. O sucesso veio rápido, especialmente com o Original Glazed — o clássico
donut coberto por uma fina camada de glacê.
No início de fevereiro de 2024, a rede de lojas de conveniência AmPm assinou acordo para criar uma joint venture com a Krispy Kreme para vender donuts, as rosquinhas de massa açucarada frita e cobertura variada, nos postos Ipiranga. O contrato de associação entre as partes foi
assinado nos Estados Unidos.
A previsão é de que a operação tenha início entre o fim de 2024 e o início de 2025. A parceria vai começar por São Paulo para, em seguida, alcançar outros estados. O modelo será semelhante ao operado pela Krispy Kreme em outros países com redes de varejo como 7Eleven, Tesco e Walmart. No Brasil, portanto, seus donuts estarão disponíveis somente na rede de lojas próprias e nas lojas AmPm (que tem hoje 1,5 mil unidades em postos Ipiranga no país). Em comunicado sobre o acordo nos Estados Unidos, a Krispy Kreme diz que o Brasil representa um mercado de crescimento prioritário para a empresa e que essa expansão sucede à chegada da marca em Paris, em dezembro de 2023. Com sede em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), a empresa foi fundada em 1937 e hoje tem mais de 13 mil pontos de venda em mais de 35 países do mundo, mas principalmente nos Estados Unidos e no Canadá.
Hoje (maio de 2025), a marca está presente em 40 países e acabou de inaugurar sua primeira loja no Brasil, na Av. Presidente Juscelino Kubitschek, em São Paulo.
(Fonte: Época Negócios 18.03.2025 / Estadão - 09.05.2025 - partes)
8 de mai. de 2025
Skechers
A fabricante de calçados Skecher, com sede na Califórnia, foi fundada em 1992 por Robert Greenberg, que apostou em criar calçados de qualidade, confortáveis e com preços acessíveis. Por causa disso, a Skechers construiu um público fiel entre profissionais que precisam passar o dia inteiro de pé (como enfermeiras, socorristas e funcionários de restaurantes), bem como pessoas idosas. A marca também tem um preço acessível se comparado com seus rivais. Enquanto um tênis Nike e Adidas sai em média por US$ 160, um Skechers custa em torno de US$ 60.
Em 5 de maio de 2025, a 3G Capital anunciou a aquisição da Skechers, em um negócio avaliado em US$ 9,4 bilhões (aproximadamente R$ 53,4 bilhões). A transação marca a estreia da 3G Capital no setor de calçados — um setor que cresce a uma taxa anual de 7% e que deve manter esse ritmo nos próximos anos, segundo fontes familiarizadas com o assunto. O mercado global é dominado por Nike e Adidas,
De acordo com os termos do acordo, a 3G deterá cerca de 80% da Skechers, enquanto a família fundadora Greenberg ficará com quase 20%. Assim que o acordo for finalizado, a Skechers se tornará uma empresa de capital fechado. A marca gera aproximadamente US$ 9 bilhões em receita anual, em comparação com US$ 51 bilhões da Nike e US$ 27 bilhões da Adidas.
A 3G Capital pretende pagar US$ 63 por ação em dinheiro por todas as ações em circulação da Skechers. O acordo proposto representa um prêmio de 30% sobre o preço médio ponderado por volume das ações nos últimos 15 dias, informaram as empresas. A transação foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração da Skechers e deve ser concluída no terceiro trimestre de 2025.
Greenberg — que tem 85 anos (maio de 2025) e ainda é o CEO e chairman da companhia — continuará à frente do negócio e manterá uma participação ainda não revelada.
A 3G Capital, mais conhecida por suas participações majoritárias na AB InBev e no Burger King, conta com o investidor Alex Behring entre seus principais nomes. A empresa foi fundada originalmente pelos bilionários brasileiros Carlos Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, que venderam suas participações na 3G em 2022. O Sr. Lemann também é investidor da marca de calçados esportivos On
Running.
A Skechers permanecerá sob sua atual equipe de liderança, incluindo o presidente e CEO Robert Greenberg.
Em comunicado ao mercado, a Skechers afirmou que o acordo inclui uma opção para os acionistas existentes receberem US$ 57 em dinheiro, além de uma unidade não negociável de capital em uma empresa privada recém-criada ("Nova LLC") que se tornará a holding da Skechers após a conclusão da transação.
"Com um histórico comprovado, a Skechers está entrando em seu próximo capítulo em parceria com a empresa global de investimentos 3G Capital", disse Robert Greenberg no comunicado. "Dado seu histórico notável em facilitar o sucesso de alguns dos negócios de consumo globais mais icônicos, acreditamos que esta parceria apoiará nossa talentosa equipe na aplicação de sua expertise para atender às necessidades de nossos consumidores e clientes, ao mesmo tempo em que possibilita o crescimento da empresa a longo prazo."
“Estamos entusiasmados com a parceria com a Skechers e ansiosos para trabalhar com um empreendedor do calibre de Robert e a talentosa equipe da Skechers”, disseram Alex Behring, cofundador e sócio-gerente da 3G Capital, e Daniel Schwartz, sócio-gerente, também no comunicado. “Nossa equipe na 3G Capital foi criada para fazer parcerias com empresas como a Skechers.”
A Greenhill, afiliada da Mizuho, atuou como consultora financeira exclusiva da Skechers, enquanto a Latham & Watkins LLP atuou como consultora jurídica principal. A J.P. Morgan Securities LLC foi a consultora financeira exclusiva da 3G Capital, com a Paul, Weiss, Rifkind, Wharton & Garrison LLP como consultora jurídica principal e a Kirkland & Ellis LLP fornecendo consultoria
jurídica e financeira.
Com 5.000 lojas em todo o mundo, a Skechers está de olho na expansão para além de seus principais mercados, Europa e Estados Unidos. América Latina e Ásia são vistas como vetores-chave de crescimento. A empresa entrou no Brasil em 2007 e atualmente opera 15 lojas no país. Os EUA respondem por 38% das vendas globais da Skechers, enquanto China e Vietnã são os principais polos de fabricação da empresa, de acordo com uma reportagem do Financial Times.
(Fonte: Valor - 05.05.2025)
2 de mai. de 2025
Austral
Esses consumidores estão dispostos a pagar até R$ 300 por uma camiseta de algodão. Na coleção de inverno, as jaquetas custam R$ 598 e os moletons, R$ 498. O apelo da marca é reforçado pelo uso de práticas de fabricação sustentáveis.
Entre 2022 e 2023, a empresa cresceu quase 40%, atingindo R$ 15 milhões em receita, segundo estimativas dos shoppings parceiros, que recebem um percentual das vendas. Esse número quase dobrou em 2024, chegando a R$ 30 milhões, com um lucro líquido modesto.
Os recursos serão reinvestidos na empresa para apoiar a expansão, especialmente o lançamento de um modelo de franquia. A transação não visa a desalavancagem dos negócios e os novos sócios não devem receber remuneração no curto prazo.
De acordo com executivos do setor, a Austral foi avaliada entre 9 e 10 vezes seu EBITDA, estimado em R$ 4 milhões a R$ 5 milhões para 2024. A empresa não divulgou nenhum valor relacionado ao negócio.
Fontes disseram ao jornal Valor que, além de Brett e Bobrow, outros interessados incluem Riachuelo, Aramis, Paramount, o grupo Via Veneto e Shoulder, esta última solicitando mais tempo para explorar a oportunidade.
“Começamos de forma informal, depois passamos por uma fase de maturidade e completamos esse ciclo nos shoppings. Mas, para escalar, precisávamos de parceiros para ajudar a estruturar o negócio”, disse Bacellar.
Brett e Bobrow já conheciam os fundadores quando o interesse dos investidores começou a crescer em meados de 2023. A boutique de fusões e aquisições Target Advisor liderou as negociações. Inicialmente competindo separadamente, Brett e Bobrow concordaram posteriormente — por sugestão da Target — em formar uma parceria em um negócio conjunto.
Bobrow contribuirá com a administração, estrutura organizacional e finanças, enquanto Brett apoiará o desenvolvimento comercial e de produtos, cada um contribuindo com seus pontos fortes individuais. O Sr. Brett enfatizou que os fundadores continuarão a liderar as operações, garantindo a integridade da identidade da empresa.
Questionado sobre a possibilidade de conflitos de gestão, o Sr. Bobrow afirmou que todos os acionistas assinaram um acordo que define as funções, com os fundadores mantendo o controle. "Não se pode comparar isso com os negócios culturalmente complexos que vimos no setor. David e eu aprendemos com os sucessos e fracassos neste setor, então sabemos o que não repetir", disse ele durante uma entrevista na sede da Austral.
Alexandre Brett vem de uma família que se destacou importando marcas de luxo como Giorgio Armani, Ermenegildo Zegna e Calvin Klein para o Brasil nos anos 2000. Ele trouxe a marca italiana de jeans Replay para o país em 2017 e agora lidera a Br Labels.
O Sr. Bobrow, que comanda a Tip Top com suas 130 lojas, já desenvolveu uma estratégia inicial de franquias para a Austral. "Não pretendemos abrir mais lojas próprias neste momento", disse ele. "Queremos alavancar a expertise regional de certos investidores por meio de franquias. Dessa forma, podemos acelerar a expansão sem gastar dinheiro."
O negócio destaca uma tendência crescente entre investidores que buscam marcas que combinam com sucesso o estilo casual com marcas aspiracionais, como Reserva e Osklen. Consultores de investimento afirmam que há uma demanda crescente por marcas de moda masculina de médio porte com espaço para crescer, mesmo no atual cenário econômico desafiador do Brasil.
“Construir um negócio como a Austral no Brasil hoje não é uma tarefa fácil. É por isso que ativos com esse perfil são procurados”, disse Douglas Carvalho, sócio-fundador da Target Advisor, que anteriormente assessorou Brett na venda da Mandi, VR e Calvin Klein em 2011.
O negócio envolveu os escritórios de advocacia LO Batista e Madrona Fialho, para os investidores, e o Spinelli Advogados, para os fundadores.
Investimentos recentes sugerem uma concorrência crescente no segmento de mercado que combina conforto, tecnologia e sustentabilidade. Grandes players estão se movimentando: em 2024, a Aramis lançou a Urban, uma coleção focada em itens básicos e sustentáveis. Enquanto isso, a queridinha das mídias sociais Insider assinou um acordo de fornecimento de fibras em março com o apoio da gigante de celulose e papel Suzano, usando um processo sem produtos químicos.
Atualmente (maio de 2025), a Austral opera seis lojas: Iguatemi São Paulo (sua flagship, inaugurada em 2021), JK Iguatemi, Pátio Higienópolis, Morumbi Shopping, Catarina Fashion Outlet e Iguatemi Alphaville. Em dezembro de 2023, a marca teve o maior faturamento por metro quadrado no shopping Iguatemi, em São Paulo, segundo o Valor.
(Fonte: Valor - 24.04.2025)
29 de abr. de 2025
Cirklo
O plástico reciclado é cada vez mais procurado por varejistas de cosméticos, refrigerantes, lácteos e produtos de limpeza, entre outros setores. “Para essas empresas, não adianta colocar na embalagem que ela é reciclável. É importante também que ela seja reciclada”, aponta o presidente da Cirklo, Irineu Barbosa Jr, em entrevista ao Estadão..
Barbosa diz que o maior gargalo para o crescimento é a coleta de garrafas, pois quase metade vai parar em lixões ou na natureza. A companhia obtém as garrafas com cooperativas de trabalhadores e empresas que fazem logística reversa. O problema é que apenas 56,4% das PETs descartadas são recicladas, segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet)
“Dependemos muito da política nacional de resíduos sólidos, instituída há quase 20 anos, mas que não está atuando porque os governos não têm capacidade operacional de fechar os milhares de lixões”, afirma Barbosa. “A aquisição da Clodax entra na tese de pulverizar os canais de captação, melhorar a logística e diminuir os custos.”
A empresa faturou cerca de R$ 800 milhões em 2024 e estima alcançar R$ 1 bilhão em 2025..
(Fonte: Estadão 24.04.2025)
28 de abr. de 2025
Biomas
24 de abr. de 2025
Brastemp
Para algumas marcas, a publicidade foi essencial para fixá-las
no imaginário de muitas gerações. Foi o que a campanha
“Não tem comparação” fez
com a Brastemp. No comercial
de TV, o cenário simples era
composto por uma poltrona
num ambiente austero que
lembrava um consultório psicológico. Atores afiados, roteiro bem escrito e um bordão inteligente – “Não é assim uma
Brastemp” – foram os
ingredientes para a criação de um ícone da propaganda brasileira.
“Essa campanha reforçou a percepção de excelência da marca, estabelecendo um padrão de referência para o setor”, conta Bertha Fernandes Kowalczyk, head de marcas e comunicação da
Whirlpool.
Em 2017, a marca resgatou a estratégia, acrescentando aos atores originais – Wandi Doratiotto e
Arthur Kohl – a simbologia do meme, com a escalação de Glória Pires, Susana Vieira e Carolina Ferraz.
(Fonte: Estadão - 20.04.2025)
22 de abr. de 2025
Bybit
O incidente envolvendo a empresa espanta não apenas pelo valor envolvido, mas também pela sofisticação das técnicas usadas para ganhar acesso aos criptoativos. Com o passar dos dias, alguns detalhes do golpe foram revelados e reforçam como esquemas de fraude evoluem a uma velocidade talvez até maior do que os próprios mecanismos de segurança criados para barrá-los.
A própria corretora anunciou em 21 de fevereiro que detectou uma "atividade nao autorizada" em uma de suas carteiras de criptomoedas contendo Ethereum. Todo o valor, que foi roubado em uma única operação, envolveu aproximadamente 400 mil unidades de ETH e Staked Ether (stETH), transferidas para um mesmo destinatário.
Os R$ 8,6 bilhões em Ethereum estavam armazenados em uma carteira "fria" — uma conta de armazenamento de criptomoedas sem conexão direta com a internet e que só movimenta valores a partir de uma chave privada sem acesso à blockchain.
18 de abr. de 2025
Kuarup
A gravadora Kuarup foi fundada em 1977 no Rio pelo jornalista Mario de Aratanha e pela artista
gráfica Janine Houard.
A gravadora ganhou seu primeiro Grammy Latino, com Semente Caipira, de Pena Branca, em 2001.
Em 2009, a empresa estava fechando as portas. Ela havia sucumbido à crise da indústria fonográfica, que, naquela época, ainda aprendia a lidar com o avanço dos canais digitais.
Foi por uma reportagem publicada pelo Estadão que o jornalista e empresário Alcides Ferreira soube que a gravadora Kuarup, que tinha no catálogo discos de nomes como Arthur Moreira Lima, Turibio Santos, Paulo Moura, Pena Branca & Xavantinho, Xangai, Cartola e Cida Moreira,
estava fechando.
Ferreira decidiu comprar a Kuarup. O que ele sabia sobre tocar uma gravadora? Nada. Ele nem sequer conhecia os donos da Kuarup. Porém, gostava de música e, três anos antes, havia organizado
uma associação de apoiadores da Orquestra de Câmara Paulista.
A história da Kuarup, que envolve sonhos, persistência, criatividade, paixão pela música – além de coincidências quase divinas –, agora é contada no livro Tocando em Frente, de Ferreira, Aratanha e da jornalista Adriana Del Ré. O livro está dividido em duas partes. Na primeira, Aratanha narra a fase carioca da gravadora, de 1977 a 2009. A segunda, assinada por Del Ré, contempla a fase paulista da
Kuarup, depois que ela foi adquirida por Ferreira.
“Eu acredito muito no poder do bom exemplo. E a Kuarup é uma demonstração cabal de que um grupo de pessoas pode mudar o rumo das coisas. E não ficar prostrado, esperando um patrocínio, um
filantropo. Milagres, normalmente, não acontecem”, diz Ferreira.
Para ficar com a Kuarup, Ferreira assumiu as dívidas que a empresa possuía, além de fazer o investimento necessário para que tudo pudesse andar novamente. “Foi feito o melhor negócio para o catálogo da gravadora, e não o melhor negócio para Aratanha e Janine. Eles foram muito compreensivos com a questão”, admite.
Nas mãos do novo dono, a Kuarup não perdeu sua identidade. Ferreira continuou a investir na dobradinha música popular e erudita – e caipira, já que o gênero, na música brasileira e na história da Kuarup, merece ser destacado. Em um primeiro momento, fez um acordo com a Sony Music, com foco no relançamento de catálogo, que durou até 2013. Foi nessa época que voltaram ao mercado, em formato de CD, com distribuição nacional, álbuns importantes como Heitor Villa-Lobos – Os Choros de Câmara (1977); Ao Vivo em Tatuí, com Renato Teixeira & Pena Branca & Xavantinho (1992); Noites Cariocas – 15 Anos Depois – A Alegria do Improviso (2003); e Rolando Boldrin & Renato Teixeira (2005). A fase paulista rendeu álbuns de nomes como Chico Lobo, Alaíde Costa, Claudette Soares, Antonio Adolfo, Maria Alcina, Ayrton Montarroyos, Yamandu Costa, Sivuca, Joyce Moreno, Zé
Geraldo, além de gravações de Chico Buarque, Ney Matogrosso e Edu Lobo.
Ao longo dos anos, a gravadora ampliou suas áreas de interesse. Passou a ser também uma editora de livros, publicou as biografias de Geraldo Vandré, Taiguara e Hermeto Pascoal e a história de outra gravadora, a Forma; e produtora audiovisual – são dela os documentários A História Secreta do Pop Brasileiro, de André Barcinski, e Os 8 Magníficos, de Domingos de Oliveira.
Na fase paulista da Kuarup tem uma coincidência quase ‘divina’. A primeira sede da gravadora na cidade foi em um prédio no centro, perto da Bolsa de Valores. A segunda, no bairro de Moema. Em 2013, a gravadora se instalou em um sobrado no bairro de Pinheiros, que marcou também o início de uma fase mais próspera. Nesse mesmo ano, Rodolfo Zanke, braço direito de Ferreira na gravadora, convidou o músico Renato Teixeira para conhecer a nova sede da gravadora. Ao chegar ao sobrado, disse que havia morado na casa com os pais, para surpresa de todos. Mais do que isso: foi nessa casa, atualmente ampliada com a aquisição do sobrado ao lado, que Teixeira compôs Romaria – a música se tornaria sucesso em 1977, com Elis Regina. Com a reforma das casas, Ferreira construiu um pequeno
estúdio.
Em 2021, Teixeira e Fagner se uniram no álbum Naturezas. Resolveram gravar no estúdio da Kuarup. Ao ver o local escolhido por Ferreira para instalar o estúdio, Teixeira notou que era praticamente o mesmo no qual mantinha seu estúdio caseiro, ainda quando morava com os pais. E mais: Fagner revelou que foi nele que fez a audição de seu álbum de estreia, Manera Fru Fru, Manera, em 1973. O estúdio, claro, ganhou o nome de Renato Teixeira. “Se você acredita em coincidências, fique só com elas. Se acredita em alguma energia, se é uma pessoa religiosa, pode levar para esse lado. Fico com as coincidências”, diz Ferreira. “São Paulo é enorme. Pinheiros é grande. É impressionante! Eu não acredito em coincidência, mas também não sei explicar o que é. De qualquer forma, ela casa muito com a fase paulistana da Kuarup. Tinha que ser nesse local. Foi algo forte para o livro”, conta Del Ré.
Cinco discos marcantes da trajetória do selo:
==> Semente Caipira O primeiro álbum de Pena Branca e Xavantinho foi vencedor na categoria melhor disco de música sertaneja no Grammy Latino de 2001
==> Em 1984, o álbum uniu um timaço de músicos para tocar e contar histórias. Deu origem a uma série, além de um solo de Elomar, de 1995. Elomar Geraldi Azevedo Vital Farias Xangai
==> Cartola Ao Vivo Registro ao vivo do último show do compositor carioca, traz o mangueirense cantando clássicos como Alvorada e As Rosas Não Falam.
==> Heitor Villa-Lobos: A Floresta do Amazonas Villa-Lobos talvez seja uma espécie de ‘padrinho’ da Kuarup, que generosamente sempre olhou sua obra, aqui tocada pelo pianista João Carlos Assis Brasil.
==> Ao Vivo em Tatuí Renato Teixeira não poderia ficar de fora. Nesse álbum, ao lado dos músicos Pena Branca & Xavantinho, traz o fino da música caipira.
(Fonte: Estadão - 16.04.2025)
15 de abr. de 2025
Columbia Sportswear
Com sede em Portland, , nos Estados Unidos, a marca de vestuário e equipamentos para atividades ao ar livre Columbia Sportswear foi fundada em 1938 pelos avós do Sr. Tim Boyle, presidente e CEO da
Columbia, que fugiram da Alemanha nazista.
No início de abril de 2025, o governo Trump anunciou tarifas retaliatórias sobre uma série de importações para os Estados Unidos. Para Boyle, essas medidas aumentaram a incerteza e deixaram os varejistas mais cautelosos. "É difícil para alguém da área de vendas assinar um contrato sem saber o que o futuro reserva em termos de custos dos produtos ou quanto estoque eles podem estocar. Estamos
vendo um congelamento nos investimentos em todo o setor", disse ele.
No final de abril, a Sra. Michelle Aubrey, vice-presidente sênior da empresa, visitou São Paulo com uma delegação de 60 pessoas para aprofundar o conhecimento do mercado. O grupo explorou o pico mais alto da cidade, o Pico do Jaraguá, com 1.235 metros de altitude, bem como o icônico Parque
do Ibirapuera.
Em um país famoso por suas praias, a Columbia aposta no crescente entusiasmo brasileiro por montanhas e atividades ao ar livre — especialmente corrida de trilha — para impulsionar seus negócios. "A corrida de trilha é um dos nossos pontos fortes globais, então faz sentido começar por aí. Mas, eventualmente, adoraríamos expandir para outros segmentos", disse Aubrey.
A decisão de migrar para mercados como o Brasil também está ligada às políticas do atual presidente dos EUA, Donald Trump. "É difícil entender o que está acontecendo nos EUA agora, então preferimos investir onde temos retornos mais previsíveis — e o Brasil certamente é um desses lugares", disse Tim Boyle,.
Em meio à crescente incerteza política e econômica nos Estados Unidos, Columbia Sportswear está voltando sua atenção para os mercados internacionais, principalmente o Brasil. A empresa americana escolheu São Paulo como seu polo estratégico no país e planeja dobrar o número de lojas na cidade até 2026.
“São Paulo é o maior e mais importante mercado do Brasil. Atualmente, temos três lojas na cidade, mas queremos dobrar esse número”, disse Michelle Aubrey. A Columbia opera atualmente 10 lojas em todo o país, concentradas principalmente na região Sul do Brasil.
Para o atual CEO, a empresa já passou por muitos períodos desafiadores, e este é simplesmente o mais recente. “Ao longo dos anos, tivemos muitos concorrentes, tanto no varejo especializado quanto fora dele, e conseguimos nos manter ágeis e bem capitalizados para manter o ônibus capitalizados para manter o negócio no caminho certo”, disse o Sr. Boyle.
No Brasil, a Columbia tem como alvo dois segmentos principais de consumidores: profissionais experientes, que dominam as especificações técnicas de seus produtos, e consumidores casuais que praticam atividades ao ar livre como lazer. Como produtos especializados, os itens da Columbia têm um preço mais alto. Questionada se isso poderia prejudicar o crescimento em uma economia em crise, a Sra. Aubrey respondeu que não. "Seria tolice pensar que as pessoas não estão sendo mais criteriosas com suas compras. No entanto, acreditamos que, como nossos produtos apresentam tecnologias exclusivas, os clientes reconhecerão o valor", disse ela.
A Sra. Aubrey vê o posicionamento premium da Columbia como uma alavanca para o crescimento, mesmo em um ambiente econômico desafiador. "Seria ingênuo ignorar que os consumidores estão pensando duas vezes antes de comprar. No entanto, estamos confiantes de que nossas tecnologias proprietárias criam um valor percebido que justifica o investimento", acrescentou.
Para fortalecer seu engajamento com esse público, a Columbia está investindo em influenciadores locais e embaixadores da marca. “É uma forma de mostrar que eles podem usar peças mais acessíveis no dia a dia, mas quando se trata de trilhas ou esqui, eles precisam de equipamentos adequados — ou vão
congelar ou passar calor”, disse a Sra. Aubrey.
Em 2024, a Columbia reportou vendas globais de US$ 3,36 bilhões, queda de 3,4% em relação a 2023. O lucro operacional caiu 13%, para US$ 270 milhões. De acordo com a empresa de pesquisa Statista, os Estados Unidos permaneceram como o principal mercado da empresa no ano passado, respondendo por 61% da receita, seguidos pela América Latina e Ásia, Europa, Oriente Médio e África e Canadá.
(Fonte: Valor - 15.04.2025)
14 de abr. de 2025
Terravita
Os cremes Terravita chegam ao mercado pela primeira vez, em 1983, lançando as bases para o
crescimento da empresa.
Em 1988, o lançamento de produtos de confeitaria semiacabados no mercado dá início a uma ampla cooperação com profissionais do setor de confeitaria – artesãos e indústria alimentícia.
O lançamento das primeiras barras de chocolate acontece em 1990. O principal produto da Terravita chega às mãos dos clientes, tornando a marca um player significativo e competitivo no mercado.
No ano de 1991, a empresa inicia a produção em sua atual sede em Poznań, na Polônia.
O início das vendas internacionais dos produtos Terravita e do desenvolvimento de uma estratégia de exportação dá-se em 1993. A Terravita alcança mercados em outros países.
Em 1994 é lançada uma nova forma de produto. A Terravita lança ocasionalmente figuras de chocolate, como, por exemplo, o Papai Noel.
A empresa começa a desenvolver a estratégia de marketing em diversos canais de comunicação. O primeiro comercial da Terravita é exibido na televisão em 1997. Atores poloneses em início de carreira apareceram em seus comerciais.
Nos anos de 1998/1999, comercial de TV com o Sr. Yapa conquista importantes prêmios na votação de melhor comercial de TV – a produção recebe a estatueta Vena duas vezes.
Ampliando a gama de produtos e fortalecendo sua posição no mercado de chocolates, em 2007 a Terravita lança novas marcas – Alpinella e Cocoacara – e conquista contratos para produzir e fornecer barras de "marca própria" para redes de supermercados e lojas de desconto.
Avanço nas gramaturas dos produtos e diversificação da categoria com a produção de chocolates de 225g acontecem no período 2011/2012.
Em 2019 a Terravita amplia o portfólio de produtos semiacabados para profissionais de confeitaria com marca própria sob o nome Bellaria.
O desenvolvimento dinâmico da empresa e abordagem inovadora à produção, levam a Terravita, em 2021, à aquisição e lançamento de uma moderna linha de produção de chocolates.
No período 2021/2022 a empresa procede a reformulação da marca de duas linhas de chocolates: Classic 100g e barras grandes 225g.
A expansão da nova linha de barras grandes recheadas de 235g ocorre em 2022.
(Fonte: site da empresa)

9 de abr. de 2025
Mammoth Brands (antiga Harry's)
A empresa conseguiu financiar seu próprio crescimento, além de uma rodada de captação de US$ 155 milhões em 2021 para ajudar a financiar a aquisição da Lume.
A Mammoth terá que superar alguns obstáculos, incluindo as tarifas do presidente Trump, que podem afetar sua cadeia de suprimentos internacional. Katz-Mayfield disse que a empresa poderia superar qualquer choque: "Vendemos produtos básicos", disse ele. "A boa notícia é que as pessoas tendem a comprar essas coisas nos dias bons e ruins."
A companhia arrecadou cerca de US$ 835 milhões em receita e quase US$ 100 milhões em lucro antes dos impostos em 2024, com as vendas crescendo mais de 20% nos últimos cinco anos.
(Fonte: The New York Times (DealBook) - 09.04.2025)