Em 1995, o nova-iorquino Joe Resnick, nascido em 1937, ex-presidente da Associação Americana de Donos de Cinema, foi incumbido de visitar o Brasil. Sua tarefa: conferir se o país poderia ser terreno para a expansão da Cinemark, terceira maior rede de salas de cinema dos Estados Unidos. Resnick passeou por São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Quando voltou à sede, seu parecer foi: o negócio de exibição de filmes no Brasil, por causa da falta de conforto oferecida ais espectadores e à explosão de oferta defilmes pela TV, estava em retração. Ao contrário do poderia parecer, Resnick recebeu outra missão: "Vá lá e faça".
Dois anos depois, em 1997, a Cinemark inaugurou seu primeiro complexo de cinema no Brasil, em São José dos Campos, no interior paulista. Trouxe para o Brasil o conceito dos multiplex: cinemas com várias salas equipadas com tecnologia de projeção moderna, poltronas confortáveis e muita pipoca e refrigerante. Cinco anos depois, a tarefa confiada a Resnick foi completada, e o resultado é a rede texana se transformar no maior exibidor do país. Com 264 salas distribuídas em 29 complexos espalhados por 16 cidades, a Cinemark passou à frente do grupo carioca Severiano Riberto, então com 175 salas. Deixou para trás também a concorrente inglesa UCI, que desembarcou no país na mesma época e opera (novembro de 2002) 99 salas em nove multiplex.
Na primeira semana de abril de 2004, o controle acionário da Cinemark trocou de mãos, num negócio avaliado em 1,5 bilhão de dólares. O fundo de investimento Madison Dearborn Partners comprou a participação do grupo Cypress, estimada em 44%, e também levou ações do fundador Lee Roy Michell, que ainda ficou na empresa.
Considerando dados de abril de 2004, a Cinemark tinha 3.100 salas de cinemas, 2.200 nos Estados Unidos e no Canadá. No Brasil, eram 272.
Considerando dados de abril de 2004, a Cinemark tinha 3.100 salas de cinemas, 2.200 nos Estados Unidos e no Canadá. No Brasil, eram 272.
(Fonte: revista Exame - 27.11.2002 / 14.04.2004)
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