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18 de jun. de 2025

ASA Investments

          Com o crescimento dos negócios, os filhos do clã Safra seguiram sua vocação e expertise no setor bancário, com destaque para o banqueiro Joseph Safra, que construiu o Grupo J. Safra, um império composto pelo Banco Safra e pelo Banco J. Safra Sarasin, pelo Safra National Bank, além de participação na Chiquita Brands International e investimentos em imóveis no Brasil, Estados Unidos e Europa.
          A ASA Investments é mais uma das empresas que continuam a tradição da família, mantendo os preceitos de gerações e fazendo prosperar o nome Safra. Foi fundada por Alberto Safra, nascido em 1980, um dos quatro filhos do banqueiro Joseph Safra, e controla 100% da instituição.
          Na sexta-feira, 25 de outubro de 2019, Alberto Safra deixou o Banco Safra para se dedicar ao novo negócio na área financeira. Além de acionista, ele ocupava uma cadeira no conselho de administração e respondia por toda a área de negócios com empresas, o chamado “corporate banking”. Também deixa o Safra o executivo Rossano Maranhão, que presidia a instituição há quase 12 anos. A decisão teria sido tomada depois que fracassaram as tentativas de resolver diferenças de longa data com seu irmão mais novo, David, sobre a condução da instituição. Os dois irmãos não têm cargos executivos, mas, a partir do conselho de administração, dividiam as responsabilidades sobre as duas principais áreas de negócios. Enquanto Alberto cuidava das operações de pessoas jurídicas, David, respondia pelos negócios de pessoas físicas. Jacob, o mais velho dos irmãos, vive fora do Brasil e cuida da área internacional. Rossano Maranhão acompanharia Alberto, de quem é próximo desde que chegou ao Safra, em 2007, e se juntaria e ele no novo projeto na área financeira, o ASA Investments.
          Os dois irmãos tinham desentendimentos há mais de dez anos sobre diversos aspectos da condução dos negócios. Enquanto Joseph estava presente diariamente, arbitrava essas diferenças entre eles. Mas a situação se acirrou depois de seu afastamento. Os problemas, entretanto, continuaram sendo levados ao pai, gerando desgaste familiar.
          O ASA, instituição financeira de Alberto Safra, anunciou a aquisição da Gauss Capital, gestora independente especializada em fundos multimercados e com atuação no mercado desde 2014. Com a operação, os produtos da Gauss passam a integrar o portfólio da ASA Asset, braço de gestão de recursos do grupo. O valor da transação não foi informado.
          Na nova estrutura, Fabio Okumura, fundador da Gauss, assume a posição de chefe da ASA Asset, que atua com diferentes estratégias de investimento, incluindo renda fixa, renda variável, multimercado, previdência e crédito.
          A equipe da Gauss também será incorporada ao time da ASA, reforçando a área de gestão de recursos.
(Fonte: Valor - 18.06.2025 - parte)

13 de jun. de 2025

Bagaggio

          A Bagaggio foi criada em 1942, no Rio de Janeiro, com o nome de Mala Paulistana. Abriu suas portas. numa época marcada por desafios em meio à Segunda Guerra. A loja inicialmente vendia artigos de viagem, incluindo malas e acessórios.
          No início, a empresa era reconhecida apenas como especialista em venda de malas e artigos masculinos. No entanto, com o passar dos anos, o foco foi se ampliando, visando atingir um maior número de consumidores.
          Ao longo dos anos, a Bagaggio expandiu, inicialmente com lojas próprias, e posteriormente por meio de franquias, tornando-se uma marca com forte presença no mercado de malas e acessórios de viagem no Brasil.
          Em 1969, a empresa muda seu nome para Bagaggio, buscando simplesmente a tradução em português para "bagagem".
          A empresa mostrou seu pioneirismo na venda online em 2002, com a criação de um site próprio.
          Em 2009, a Bagaggio iniciou sua expansão por franquias.
          Hoje, o mercado alvo da Bagaggio é composto por executivos e mulheres. A venda de malas continua sendo de grande destaque na empresa, além de artigos de couro.
(Fonte: site da empresa - parte)

9 de jun. de 2025

A5X

          A bolsa brasileira de derivativos e futuros A5X tem como cofundadores Carlos Ferreira, CEO, Karel Luketic, CFO, e outros 2 cofundadores.
          A A5X foi lançada oficialmente em junho de 2024. Além de Ferreira e Luketic — ambos ex-sócios e executivos da plataforma de investimentos XP —, a equipe fundadora inclui Nilson Monteiro, fundador e presidente da corretora Ideal (hoje controlada pelo Itaú), e Julian Chediak, sócio do Chediak Advogados. Um investimento inicial de cerca de R$ 200 milhões ajudou a tirar o projeto do papel.
          A A5X já conta com uma equipe de 60 pessoas, incluindo 20 sócios — alguns dos quais são executivos experientes de grandes bancos ou da B3, atualmente a única bolsa de valores em operação no Brasil. O Sr. Luketic afirmou que a bolsa pretende expandir para entre 100 e 120 funcionários.
A A5X
          No início de junho de 2025, a A5X assinou um acordo com o London Stock Exchange Group (LSEG) para adquirir sistemas de negociação, compensação, liquidação e gestão de risco. O negócio ocorre após um processo de licitação envolvendo oito grandes bolsas globais.
          A empresa passou  o segundo semestre de 2024 analisando o que cada um desses players tinha a oferecer e o primeiro semestre de 2025 trabalhando com a LSEG para adaptar seus sistemas às necessidades específicas do ambiente de negociação brasileiro.
          A presença global da LSEG foi fundamental para garantir o contrato com a nova bolsa de derivativos e futuros do Brasil.
          O mercado brasileiro apresenta complexidades únicas, observou Carlos Ferreira. Por exemplo, os sistemas brasileiros são projetados para rastrear o investidor final, ao contrário dos sistemas internacionais, que normalmente se concentram apenas em corretoras e membros de compensação. O mercado local também exige uma verificação completa do investidor, incluindo a verificação de se os clientes têm saldo suficiente em sua corretora, quais garantias depositaram e qualquer histórico de inadimplência. Além disso, enquanto os mercados internacionais utilizam uma convenção de 360 ​​dias para cálculos financeiros, o Brasil utiliza 252 dias úteis. “Sem mencionar que os juros compostos são parte integrante da dinâmica financeira do Brasil”, acrescentou Ferreira.
          Além do desenvolvimento do sistema, o acordo inclui um contrato de uso exclusivo de longo prazo para o Brasil, abrangendo suporte, assistência técnica e implementação de futuras inovações da LSEG.
          A reputação global da LSEG desempenhou um papel fundamental em sua escolha. É uma das bolsas mais antigas do mundo, a mais proeminente da Europa e está entre as cinco maiores do mundo. É também a maior bolsa do mundo em capitalização de mercado como empresa (€ 65 bilhões) e atualmente fornece serviços semelhantes para 20 bolsas em todo o mundo. "Atendemos 44.000 clientes em 65 países e somos um dos principais provedores de infraestrutura para bolsas globalmente", disse Daniel Buttino, diretor administrativo da LSEG para a América Latina.
         Com esta aquisição, a A5X dá mais um passo importante em seu cronograma de implementação. A fase de testes com os maiores bancos e corretoras do Brasil está programada para começar em outubro ou novembro de 2025, com previsão de início das operações completas no segundo trimestre de 2026.
          No início de 2025, a câmara de compensação do ABN Amro e quatro empresas internacionais de formação de mercado também se juntaram como acionistas. A XP garantiu uma opção de compra para adquirir uma participação na A5X, com previsão de exercício em médio prazo.
          Duas outras bolsas também estão em desenvolvimento para competir com a B3: a CSD, lastreada pelo Santander e BTG, e a ATG, lastreada pelo Mubadala, fundo soberano do governo de Abu Dhabi e um dos maiores do mundo
(Fonte: Valor - 09.06.2025)

6 de jun. de 2025

Suzano-Kimberly Clark (joint venture)

          Em junho de 2025, a Suzano fechou mais um grande negócio no exterior. A produtora brasileira de celulose e papel firmou parceria com a Kimberly-Clark (KC) para formar uma joint venture que abrigará as marcas de tissue e os ativos de fabricação da empresa americana em 14 países. O empreendimento está avaliado em US$ 3,4 bilhões. As negociações levaram cerca de nove meses e foram conduzidas sem intermediação bancária.
          Para garantir uma participação de 51% na operação conjunta — com previsão de conclusão em meados de 2026 — a Suzano pagará US$ 1,734 bilhão, o que implica um múltiplo de valor da empresa (EBITDA) de 6,7 vezes, uma avaliação considerada "barata" para o segmento, segundo o Itaú BBA.
          Após o anúncio, as ações da Suzano lideraram os ganhos do Ibovespa na quinta-feira (5), saltando 6,31%, para R$ 52,90, elevando o valor de mercado da empresa para cerca de R$ 67 bilhões. O mercado respondeu positivamente à estrutura do negócio, que inclui um sócio com profundo conhecimento de diversas geografias, e ao impacto mínimo na alavancagem financeira da Suzano.
          Esta transação posicionará a Suzano como a oitava maior produtora de tissue do mundo — marcando seu passo mais ambicioso em sua estratégia de internacionalização e alinhando-se ao seu objetivo de agregar valor à sua produção de celulose de eucalipto altamente rentável no Brasil.
           "Suzano e Kimberly trazem capacidades complementares, com marcas fortes e vencedoras", disse o CEO Beto Abreu. A Suzano já é uma importante fornecedora global de celulose para a KC — incluindo as plantas envolvidas no novo negócio — e, em 2024, adquiriu os ativos de tissue da Kimberly-Clark no Brasil, incluindo a marca Neve.
          De acordo com  Abreu, a Suzano inicialmente pretendia adquirir 100% dos ativos que agora compõem a joint venture. A KC também buscou inicialmente um desinvestimento total e recebeu propostas concorrentes, incluindo uma da Asia Pulp and Paper (APP) para toda a operação. No entanto, ambas as partes acabaram favorecendo uma joint venture para mitigar riscos e evitar alavancagem excessiva.
          Um dos principais pontos fortes da Suzano é seu baixo custo de produção, começando pela celulose. A equipe técnica da Suzano inspecionou as plantas da KC e constatou que elas estavam em condições semelhantes às dos ativos brasileiros adquiridos anteriormente.
          O acordo inclui 22 plantas localizadas em El Salvador, Peru e Colômbia (América do Sul e Central); Austrália, Malásia, Tailândia e Taiwan (Ásia-Pacífico); Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Israel e África do Sul (Europa, Oriente Médio e África). As instalações têm uma capacidade de produção anual combinada de 1 milhão de toneladas e geraram US$ 3,3 bilhões em receita líquida no em 2024. O acordo exclui ativos nos EUA, México e Coreia do Sul.
A joint venture incluirá os 49% restantes dos ativos três anos após a conclusão do acordo, o que incluiria 40 marcas locais e uma licença de 30 anos sem royalties para usar as marcas Kleenex e Scott. Segundo Luís Bueno, vice-presidente executivo de bens de consumo e assuntos corporativos da Suzano, quase metade da receita da nova joint venture virá da Europa. O acordo também abre a porta para a Suzano substituir parte da celulose de fibra longa usada pela KC em produtos de higiene por sua própria celulose de fibra curta.
          O pagamento de US$ 1,7 bilhão virá das reservas de caixa da Suzano, afirmou Marcos Assumpção, vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da empresa. "Temos os recursos para isso", afirmou.
          Em relação aos EUA, México e Coreia do Sul, Abreu afirmou não haver barreiras contratuais para futuras aquisições nesses mercados, mas deixou claro que nenhuma nova atividade de fusões e aquisições está planejada no curto prazo. "Precisamos concentrar nossa energia em garantir que esta joint venture entregue o valor que imaginamos", disse ele, sugerindo que é improvável que a Suzano busque novas aquisições pelos próximos dois a três anos.
          Abreu observou que a guerra comercial entre os EUA e a China não foi um fator significativo no resultado do acordo, já que o segmento de tissue envolve produtos com comércio internacional limitado, cadeias de suprimentos regionalizadas e baixa correlação com ciclos econômicos mais amplos.
(Fonte: Valor - 06.06.2025)

29 de mai. de 2025

VW Sedan 1600 (Zé do Caixão)

          O país estava vivendo a efervescência da indústria automobilística brasileira da segunda metade dos anos 1960. Tudo mudava rapidamente: a Ford havia comprado a Willys e já começava a produzir no Brasil seu primeiro carro (Ford Galaxie); a General Motors iniciava a produção do Chevrolet Opala com design europeu e mecânica norte-americana; a Simca havia sido comprada pela Chrysler, que acelerava o lançamento de novos modelos; e a Volkswagen havia comprado a DKW, tirando de linha os Belcar e 
Vemaguet. Mudanças que alteraram drasticamente o mercado de carros da época.
          Nessa toada, a VW ficou com um dilema: só tinha para oferecer aos seus consumidores o Fusca (que recebeu nova motorização a ar em 1967), e a Kombi (com motor 1500 inédito). Mas, claro, o consumidor brasileiro queria mais, principalmente quando olhava a gama de novidades do mercado. A marca alemã só tinha o velho, bom e confiável Fusca, além da Kombi, destinada ao uso profissional. Era pouca oferta de produto para uma fabricante que pretendia crescer muito no Brasil.
          Como o Fusca já era dotado de duas portas, a VW achou, por bem, produzir aqui um carro com quatro portas. Assim, haveria mais espaço para as famílias, sem perder a robustez e as boas qualidades mecânicas típicas da marca. Por isso, foram buscar na Alemanha o projeto de um pequeno sedan que utilizava uma plataforma muito semelhante à do Fusca, aproveitando, inclusive, o seu conceito mecânico básico. Apesar de ter sido construído até a fase de protótipos na Alemanha, esse projeto não foi adiante na Europa: a própria marca já tinha carros mais modernos em mente. Assim, a ideia do tal sedã acabou não indo para frente por lá.
          Ele poderia não servir na Alemanha ou na Europa, mas para o Brasil era um prato cheio. Por isso, a toque de caixa, o carro foi apresentado no agitado Salão do Automóvel de 1968, na cidade de São Paulo. Só para que se tenha uma ideia, os exemplares mostrados no Salão eram ainda protótipos, pois a produção em série não havia sido iniciada, fato que ocorreu na metade de janeiro de 1969. O complicado, para o novo carro, é que ele disputava espaço e interesse popular com rivais de peso: nada 
menos do que o Ford Corcel e o Chevrolet Opala!
          Se existia um adjetivo que não cabia ao novo Volkswagen 1600, sem dúvidas, era “bonito”. Todo quadrado com linhas retas, ele mais parecia um caixote, e não um carro. Perto de outros carros que também estavam sendo lançados, o Sedan 1600 ficava até envergonhado. Esse fato acabou gerando um apelido pelo qual o VW (Sedan 1600) ficou conhecido: “Zé do Caixão”. E, para confirmar o jocoso apelido, os bem-humorados falavam que suas 4 maçanetas pareciam as alças de um caixão. Uma decisão infeliz de design.
          Mas o carro tinha qualidades inegáveis, como a praticidade das quatro portas para o dia a dia, uma mecânica impecável com o seu motor 1600 a ar de ventoinha alta (rendendo 60 cv de potência), além de um bom espaço de porta-malas na dianteira e uma considerável agilidade no trânsito. Mas o design, esse era complicado…
          Em que pese as vantagens do Sedan 1600, ele era feio perto do Opala e do Corcel. Claro que o consumidor, ávido por novidades, correu para comprar os carros mais bonitos, e o patinho feio ficou esquecido na lagoa. Um fracasso retumbante! Ele foi fabricado do início de 1969 até meados de 1971. Nesse período foram produzidas cerca de 25 mil unidades.
          Para complicar ainda mais a desgraça do carrinho, ainda no final de 1970 um grande incêndio na fábrica da VW, em São Bernardo do Campo (SP), fez com que a marca tirasse de cena o carro que, se não fosse tão feio, poderia ser a salvação da lavoura. Grande parte dos Sedan 1600 tornaram-se táxi, graças à robustez de sua mecânica e a praticidade das quatro portas. Esse foi outro estigma do modelo na época: além do apelido nada positivo, ficou conhecido pelo grande público como “carro de taxista”.           Pressionada pela imprensa para dar explicações sobre tamanho desastre comercial, até que a Volkswagen se saiu bem: "O carro foi desenvolvido penas para suprir um nicho de mercado".

 Fonte: msn - Douglas Mendonça - 21.05.2025 - parte)




Volkswagen Sedan 1600 era prático, com quatro portas, mas destoava dos estilos modernos do Opala e Corcel 


28 de mai. de 2025

Club Med

          O Club Méditerranée, também conhecido como Club Med, rede de resorts francesa, foi criado em 27 de abril de 1950 por um antigo membro da equipe belga de polo aquático, Gérard Blitz, inspirado no clube olímpico de Calvi, na Córsega. Na primeira temporada, convidou seus amigos desportistas de antes da guerra e companheiros da Resistência com os quais promoveu, sob patrocínio do governo belga, a reinserção de belgas egressos dos campos de concentração, em um hotel de Engelberg, Suíça.
          Em 1956, o Club Méditerranée abre seu primeiro village ("aldeia") de inverno em Leysin, Suíça.
          Em 1974, por dificuldades financeiras, nove outros acionistas adquiriram a maior parte do capital da empresa, dentre os quais, Gianni Agnelli, (presidente da Fiat), e o Club abre novos hotéis (chamados villages) na Itália.
          Em 2004, após o falecimento de Gianni Agnelli, a nova direção financeira da Fiat decide ceder 28,9% das ações do Club Med ao grupo Accor, que assim se torna o acionista principal.
          No Brasil, o Club Med tem três unidades: o Club Med Rio das Pedras, inaugurado em 1989 em Mangaratiba (Rio de Janeiro), com 379 quartos em 260 mil metros quadrados, o Club Med Trancoso, inaugurado em 2002 na Bahia, com 280 quartos em 274 mil metros quadrados. e o Club Med Lake Paradise, inaugurado em 2016 em Mogi das Cruzes (São Paulo), com 377 quartos em 1,2 milhão de metros quadrados.
          O Club Med avança com a construção do resort Club Med Gramado, no Rio Grande do Sul. Desenvolvido em parceria com a empresa brasileira de entretenimento DC Set Group, o resort foi anunciado há dois anos e tem inauguração prevista para 2027. “Gramado tem um apelo muito forte”, disse o Sr. Daudet, citando seu status consolidado como destino turístico, juntamente com sua gastronomia, vinhos, chocolates e clima de inverno.
          O filósofo francês Charles-Louis de Secondat, mais conhecido como Barão de Montesquieu, disse certa vez que viajar expande a mente. Se dependesse do Club Med, os brasileiros permaneceriam abertos por muito tempo. Em 2024, a marca gerou R$ 768 milhões em receita com clientes brasileiros — um aumento de 7,8% em relação aos R$ 712 milhões registrados em 2023. O valor inclui a receita de brasileiros hospedados nos resorts do Club Med, tanto no Brasil quanto no exterior.
O crescente interesse dos brasileiros pelo Club Med também se reflete no desempenho da empresa na América do Sul. Em 2024, o Club Med recebeu 183.000 clientes sul-americanos em seus resorts em todo o mundo — dos quais 163.000 eram do Brasil. "O mercado brasileiro está apresentando um crescimento muito forte", disse o Sr. Daudet.
          O Brasil é um dos cinco principais mercados globais do Club Med, ao lado da China, Estados Unidos, Canadá e França. A empresa opera atualmente cerca de 70 resorts em todo o mundo. Os únicos na América do Sul estão localizados no Brasil. No ano passado, o Club Med registrou uma receita global de € 2,09 bilhões — um aumento de 7% em relação a 2023 — atendendo a mais de 1,5 milhão de clientes. Sua taxa média de ocupação aumentou de 73% em 2023 para 75% em 2024.
(Fonte: wikipédia / Valor - 21.05.2025)

22 de mai. de 2025

Fashion Mall

          O shopping center Fashion Mall é considerado um templo do consumo de luxo do Rio de Janeiro. A ideia original  era ser um shopping que atendesse todo tipo de público, com lojas de vários padrões de consumo. Mas, havia um impedimento. O Fashion Mall era bem menor que os gigantesco 
shoppings espalhados pela cidade e não tinha muito como se expandir para ganhar escala.
          Num leilão realizado em 2001, a empresa que administra o shopping, a In-Mont, fez parte do consórcio que arrematou o shopping por 74,3 milhões de reais. Também faziam parte do consórcio os grupos Monteiro Aranha, Pinto de Almeida e o empresário João Carlos de Almeida Braga, o Braguinha. O leilão foi realizado pelo antigo dono, a Bradesco Seguros.
          Os administradores perceberam, então, que o bairro carioca de São Conrado, onde está instalado, abriga consumidores de alto poder aquisitivo e decidiram apostar no perfil da vizinhança, voltando-se para um público de elite. Nesse período, o conjunto de lojas passou a ter marcas dirigidas a esse pessoal,
como as joalherias Natan e H. Stern e a sofisticada gripe de óculos carioca Lunetterie.
          No início de novembro de 2002, o Fashion Mall concluiu uma reforma que levou oito meses e que consumiu 10 milhões de reais. O novo espaço, ampliado em 2.200 metros quadrados passou a abrigar algumas das grifes mais apreciadas. A reforma criou um terceiro andar, cercado de jardins. "Ampliar o shopping foi a única forma de abrigar lojas como a Empório Armani, que precisava de mais de 700 metros quadrados", diz Jussara Novararis, superintendente de marketing da In-Mont.
          Frequentado por clientes abastados, o shopping tem grifes como Empório Armani, Ermenegildo Zegna, Kenzo e Hugo Boss. Como costuma acontecer nesse tipo de comércio, grifes atraem mais grifes. "Chegamos a ficar em dúvida entre abrir nossa loja carioca em Ipanema ou no Fashion Mall", afirma o empresário Andre Brett, da Vila Romana, que trouxe a grife Ermenegildo Zegna para São Paulo em 1997 e estava entrando no Rio.
          Com a ampliação e as novas marcas, o Fashion Mall concluiu uma reestruturação estratégica que fechou o foco do negócio na classe A.
(Fonte: Exame - 27.11.2002)

21 de mai. de 2025

Hellmann's

          A maionese Hellmann's existe desde 1913. A Hellmann's e a Maizena (amido de milho) se destacavam dentro do portfólio de produtos da RMB - Refinações de Milho, Brasil.
          Em outubro de 2000, a Bestfoods, cujo braço brasileiro é a RMB, é adquirida pela Unilever por 24 bilhões de dólares.
          Numa época em que poucas marcas disputavam a produção industrial de molhos, uma delas se destacou no Brasil com a assinatura de um jingle que até hoje ressoa na cabeça de muitos consumidores: “A verdadeira maionese”. Com base em sua presença na mesa brasileira desde a década de 1950, a Hellmann’s fez uma ativação nostálgica que chamou a atenção m 2024. Conectando o antigo slogan com a então atual campanha (“Com a Hellmann’s, o domingo fica tudo de bom”), realizou a exposição “A verdadeira arte”: as obras eram fotografias de saladas de maionese decoradas enviadas pelos próprios consumidores.
          Carolina Riotto, CMO da Unilever Alimentos no Brasil & head de condimentos para a América Latina, diz que a estratégia foi motivada por uma pesquisa que revelou que aproximadamente 60% dos brasileiros consomem salada de maionese em pelo menos metade dos domingos em família. “É um prato que faz parte da cultura do Brasil e tem diferentes versões pelo país, se tornando um símbolo afetivo passado de geração em geração”, diz.
(Fonte: Estadão - 20.04.2025 - parte)

20 de mai. de 2025

Flensburger Brauerei

          A Flensburger Brauerei (cervejaria Flensburger) está localizada em Flensburg, no estado de Schleswig-Holstein, no extremo norte da Alemanha . É uma das últimas cervejarias em operação em todo o país que não faz parte de um grupo cervejeiro maior. A empresa foi fundada em 6 de setembro de 1888 por cinco cidadãos de Flensburg. Hoje, ainda é controlada principalmente pelas famílias fundadoras Petersen e Dethleffsen.
          A empresa explica que fabrica as cervejas de Flensburger da cevada costeira de Schleswig-Holstein e lúpulo aromático. A água de fabricação de cerveja cristalina é extraída da geleira de Flensburg, encravada entre a fronteira da Alemanha e Dinamarca.


O edifício do Flensburger Brauerei
          Antes da refrigeração moderna, a cervejaria costumava cortar blocos de gelo de lagos congelados no inverno e trazê-los de volta para a cervejaria, a fim de manter suas instalações subterrâneas de armazenamento frescas no verão. A cervejaria ainda opera seu poço de água, que é abastecido por uma veia subterrânea de água derretida da Era Glacial, proveniente da Escandinávia.
          Considerando números de 2008, a empresa tinha cerca de 120 funcionários e é conhecida por executar processos de produção tecnicamente avançados e altamente automatizados.
Fábrica de engarrafamento para garrafas com tampa basculante na Flensburger Brauerei

          Todos os produtos Flensburger são engarrafados em garrafas de vidro com a tradicional tampa flip-top (swing-top). Isso exige diversos mecanismos complexos para a produção em larga escala, abrangendo a limpeza das garrafas e o processo de reciclagem. 

(Fonte: Wikipédia - parte)