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18 de dez. de 2025

Vinícola Miolo

          A Quinta do Seival, do Grupo Miolo, em Candiota, tem uma história antiga. Fica nas terras onde, em 1836, aconteceu a Batalha do Seival da Revolução Farroupilha, conhecida como Guerra dos Farrapos. Ali as tropas de Bento Gonçalves puseram para correr a guarda imperial.
          A Miolo comprou a propriedade no ano 2000. São 200 hectares de vinhedos, de onde saem desde o
básico Miolo Seleção até o Sesmarias—um vinho que pode custar cerca de R$1.200—,passando por
rótulos de qualidade e de custo razoável, como o Quinta do Seival Castas Portuguesas (R$ 157,90). Os preços têm como base dezembro de 2025.
(Fonte: Folha de S.Paulo)

16 de dez. de 2025

iRobot

          A fabricante de robôs aspirador iRobot foi fundada em1990 por engenheirosdo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
          No início de 2024 quase um acordo foi firmado com uma proposta de
aquisição de US$ 1,5 bilhão pela Amazon, que fracassau devido a preocupações
de concorrência dos reguladores da União Europeia.
          Em meados de dezembro de 2025, a iRobot entrou com pedido de Chapter 11 (equivalente a recuperação judicial) nos EUA e será assumida por seu fornecedor chinês após a empresa,que
popularizouo aspirador de pó robô, sucumbir sob o peso da concorrência de rivais mais baratos.
          O grupo disse  em 14 de dezembro que entrou com pedido em Delaware como parte de um acordo de reestruturação com a chinesa Picea Robotics, sua credora e fornecedora principal, que adquirirá todas as suas ações.
          As ações da iRobot fecharam o pregão de 15 de dezembro de 2025 a US$ 1,27, muito abaixo
dos US$ 52 por ação oferecidos pela Amazon. “O anúncio é um marco crucial para garantir o futuro a longo prazo da iRobot”, comentou Gary Cohen, diretor executivo da iRobot
          A iRobot vendeu maide 40 milhões de dispositivos, segundo a empresa. Nos últimos anos, enfrentou concorrência de rivais chineses mais baratos, incluindo  a Picea, pressionando as vendas e forçando a iRobot a reduzir o número de funcionários. Uma reestruturação em 2024 tirou de
seu cofundador do cargo de diretor executivo.
          Embora a iRobot tenha recebido US$ 94 milhões em compensação pelo término do acordo com a Amazon, parte disso foi usada em taxas de consultoria e para pagar parte de um empréstimo de US$ 200 milhões.
(Fonte: Financial Times San Francisco (Folha de S.Paulo - 16.12.2025

14 de dez. de 2025

Richard Mille

          O francês Richard Mille entendeu que existia um grupo reduzido disposto a comprar um relógio pelo preço de um apartamento. Ou melhor: comprar um relógio cujo valor compra dois. E percebeu que, embora pequeno em número, tinha poder aquisitivo suficiente para justificar uma marca criada só para eles.
          A ousadia fica ainda mais interessante quando lembramos que Mille tomou essa decisão depois dos 50 anos. Numa fase em que muitos reduzem o ritmo, ele resolveu começar seu capítulo mais arriscado.
          E fez isso em um setor que idolatra tradição. É como tentar reinventar o vinho na terra dos bordaleses.
          Antes de lançar sua marca, Mille passou décadas na relojoaria tradicional, trabalhando em empresas pouco conhecidas do grande público como Finhor, Matra e Mauboussin. Durante sua carreira como executivo, notou o quanto o setor se acomodava. Ele entendeu que nunca criaria algo realmente novo se continuasse apenas como empregado.
          A alta relojoaria sempre foi dominada por casas centenárias. Elas veneram história e tratam qualquer desvio como heresia.
          Mille ousou ao empreender contra os gigantes estabelecidos no setor. E ousou também na estratégia, combinando materiais inéditos como fibra de carbono, titânio aeronáutico e cerâmica avançada com preços estratosféricos.
          O primeiro relógio, o RM 001, levou mais de dois anos para ficar pronto. Criado em parceria com a Renaud et Papi, rompeu códigos estéticos e técnicos que eram considerados intocáveis. Seu preço superava o dobro do tourbillon mais caro da época. Não era apenas um produto. Era um manifesto.
          Caio Mesquita, da Empiricus, conta que a primeira vez que ouviu falar da marca aconteceu durante conversa com Felipe Massa, entusiasta da Richard Mille de primeira hora, dentro do podcast Mesa para Quatro. Desde então, acompanha as novidades da marca. "Não gosto do visual dos relógios. São exagerados e quase barulhentos, especialmente quando comparados aos concorrentes elegantes. Mas talvez seja justamente isso que os torna tão potentes. Eles não querem agradar gente como eu", diz Mesquita.
          A estratégia de marketing seguiu o mesmo espírito disruptivo. Mille colocou seus relógios no pulso de atletas que operam no limite. Rafael Nadal jogando tênis com um relógio de milhões. Pilotos de Fórmula 1, exibindo peças que parecem tão ousadas quanto o próprio esporte.
          Hoje (fins de 2025), a Richard Mille é a única grande marca de alta relojoaria comandada por seu fundador vivo. O negócio segue refletindo a curiosidade e a teimosia de Mille. Enquanto outras se tornaram departamentos de conglomerados, a dele segue sendo uma ideia em movimento.
          A história mostra algo incômodo. O valor não nasce da média. Nasce do extremo. Não surge da tentativa de agradar. Surge da coragem de desagradar. E não depende de escala. Depende de escassez.
          Também desmonta o mito da idade certa. Mille provou que tarde demais é só um rótulo. Quando a convicção não cabe mais na vida antiga, empreender vira consequência.
          No fim, o mundo premia quem desafia séculos. Quem tenta o impossível. Quem começa tarde e mesmo assim muda tudo.
(Fonte: Empiricus 24/7 - 13.12.2025 - autor: Caio Mesquita, com trecho adaptado minimamente, para se enquadrar no estilo do blog Origem das Marcas)

10 de dez. de 2025

Di Cunto

 


          Em 1878, aos 17 anos, Donato Di Cunto partiu de Nápoles com destino a Montevidéu, onde iria encontrar parentes de sua mãe.
          Porém, por um desses caprichos do destino, Donato desembarca por engano em Santos, com pouco dinheiro, muitos sonhos e a receita de um tipo de pão nunca antes feito no Brasil: o panettone.
          Sem conhecer ninguém na terra nova, mas com uma determinação inabalável, em 1896 Donato abre no bairro da Mooca a padaria que levaria o seu nome e de cujo forno sairia o primeiro panettone do país.
          Passados mais de 125 anos da sua fundação, a Di Cunto transformou-se em um centro gastronômico que hoje abriga uma confeitaria, um restaurante, uma rotisserie e um pastifício, além da padaria onde tudo começou.
          A Di Cunto se orgulha de ter nascido e crescido na Mooca, tendo se transformado em uma das referências do bairro que até hoje conserva a tradição e a alegria de celebrar os bons momentos à mesa.
          Fábrica de panettone, padaria, confeitaria, rotisserie, pastifício ou restaurante? A Di Cunto é tudo isso em um só lugar. Um verdadeiro centro gastronômico que oferece as delícias e sabores tradicionais da Itália em um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, a Mooca.
          A fábrica de panettones Di Cunto é a mais antiga em atividade no país. Desde 1896 no mesmo endereço e seguindo o mesmo processo de fermentação natural do primeiro panettone produzido no Brasil, o autêntico Panettone Di Cunto.
          É na confeitaria da Di Cunto que nasceu a icônica Torta Regina, massa de pão de ló, com creme de baunilha, carolina recheada de chantilly e cobertura de caramelo em fios, sucesso entre as famílias paulistanas há mais de um século.
          Atendendo no mesmo endereço desde sua fundação, no bairro da Mooca, na Rua Borges de Figueiredo, a Di Cunto cresceu e tornou-se uma referência na cidade, sempre fiel ao compromisso com a tradição e a qualidade da boa mesa italiana que o visionário Donato trouxe em sua bagagem. A Di Cunto tem uma filial na Rua Tabapuã, Itaim Bibi, em São Paulo.
(Fonte: site da empresa)

9 de dez. de 2025

Torra

          A Torra, que nasceu Torra-Torra, numa alusão aos preços baixos, referindo-se a tíquete-médio de R$ 120.
          Criada em 1993 pela família Ruiz, a Torra tem como CEO, Marcio Ruiz — um dos quatro irmãos da família fundadora.
          A Torra começou a profissionalizar o negócio em 2010, quando chegou a pouco mais de 20 lojas. Além dos irmãos, passou a ter executivos vindos do mercado.
 —, diz que esse já era um sonho há pelo menos 8 anos. A rede da família Ruiz colocou o primeiro pé na avenida durante a pandemia: abriu ali, no prédio acima da atual loja, seu escritório administrativo.
          No início de dezembro de 2025, a Torra chega com tudo à Avenida Paulista em São Paulo. A  loja é grande, de quase 600 metros quadrados, e a vitrine já remete às compras de Natal. A fachada neutra deixa os manequins em evidência, e o que diferencia a loja é o letreiro laranja com o nome da Torra — numa espécie de confronto direto com a fachada toda rosa pink da Marisa – praticamente cara a cara com ela do outro lado da avenida.
          O endereço funciona também como vitrine — pela avenida Paulista passam 1,5 milhão de pessoas diariamente — num momento em que construir marca é especialmente crucial para quem está crescendo e precisa cavar seu espaço num espaço muito maior e mais disputado que é o e-commerce.
          Em 2024, o faturamento do grupo foi de R$ 2,3 bilhões. A estimativa, agora, é fechar 2025 com as vendas somando R$ 2,6 bilhões. O grupo tem lojas em 17 estados do país e projeta abrir ao menos 10 lojas em 2026, superando as 100 unidades, além de manter dois centros de distribuição.
(Fonte: InvestNews - 09.12.2025)

8 de dez. de 2025

Kalshi

          Cofundada pela brasileira Luana Lopes Lara, a Kalshi, com sede em Nova York, se consolidou como uma das principais plataformas de mercados preditivos do mundo (plataforma que negocia apostas sobre eventos futuros). Autodenominada uma "nerd de matemática", sua aptidão para os números — que lhe rendeu até uma medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia — a levou para o MIT (Massachusetts Institute of Technology). O nome "Kalshi" significa "tudo" em árabe.
          Lá, graduou-se em Ciência da Computação e Matemática e conheceu Tarek Mansour, com quem fundou a Kalshi em 2018, quando tinha apenas 22 anos e ainda estava na faculdade.
          Natural de Joinville (SC), Luana Lopes Lara cresceu dividindo o tempo entre sapatilhas e equações. Na juventude, a jovem estudou balé na renomada Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.
          Antes de empreender, no entanto, Luana validou suas teses no mercado financeiro tradicional. Ela acumulou experiência operando nas mesas de grandes instituições de Wall Street e fundos quantitativos, com passagens pela Citadel, Bridgewater e Five Rings Capital.
          Diferente das casas de apostas tradicionais, a empresa permite negociar contratos sobre eventos futuros — de recessão nos Estados Unidos à premiação do Oscar — com licença oficial da CFTC, órgão regulador de derivativos dos Estados Unidos.
          A Kalshi opera como uma bolsa de contratos de eventos. Os usuários compram e vendem contratos baseados em perguntas de “sim” ou “não” sobre acontecimentos mensuráveis. O preço de cada contrato varia entre US$ 0 e US$ 1, refletindo a probabilidade de o evento ocorrer segundo o mercado.
          Se o evento se concretiza, o contrato paga US$ 1; se não, vale US$ 0. A lógica permite que investidores usem os contratos como hedge contra riscos macroeconômicos ou políticos.
          A Kalshi movimentou US$ 5,8 bilhões em volume negociado apenas em novembro, segundo o site especializado The Block. O número representa um crescimento de 32% em relação a outubro. A expansão é puxada pela entrada da empresa no segmento de apostas esportivas complexas (parlays), que já responde por 80% do volume.
          Com o crescimento, a empresa tornou-se um player relevante também frente às tradicionais plataformas de apostas esportivas, como DraftKings e FanDuel, que agora estudam entrar no setor de prediction markets,
          Em 3 de dezembro de 2025, a Kalshi anunciou uma rodada Série E de US$ 1 bilhão, que mais que dobrou seu valor de mercado para US$ 11 bilhões, cerca de R$ 58,6 bilhões na cotação atual. Entre os investidores estão Paradigm, Sequoia Capital, Andreessen Horowitz, ARK Invest, CapitalG (Google), Meritech, IVP e Y Combinator.
          Com a rodada, Luana e o cofundador Tarek Mansour tornaram-se bilionários no papel, com participações entre 20% e 25% da empresa, segundo fontes com conhecimento da estrutura societária.
          Apesar do crescimento acelerado e do aumento exponencial no volume de negociações, a Kalshi enfrenta obstáculos no campo regulatório. A principal disputa gira em torno da classificação jurídica da plataforma: enquanto a empresa se define como um mercado de derivativos regulamentado, autorizado pela CFTC dos Estados Unidos, autoridades estaduais argumentam que suas operações se enquadram como apostas esportivas e comerciais, sujeitas às legislações locais de jogos.
          Na última semana de novembro de 2025, a Kalshi sofreu um revés judicial após uma decisão federal determinar que a empresa deve obedecer às regras da comissão de jogos do estado de Nevada.
          A empresa discorda da decisão e já anunciou que pretende recorrer, alegando que sua atividade principal é financeira, e não recreativa, sendo comparável ao mercado de futuros de commodities.
          Segundo a direção da empresa, submeter a Kalshi à regulação estadual de jogos inviabilizaria parte do modelo de negócios, além de criar conflitos jurídicos com a regulação federal já existente. A disputa ilustra os desafios legais enfrentados por plataformas inovadoras que operam na interseção entre tecnologia, finanças e comportamento de massa — especialmente em setores onde a fronteira entre aposta e derivativo ainda é alvo de interpretações distintas.
          A Kalshi prepara novos produtos, parcerias com corretoras e a entrada em mercados internacionais. Uma dessas parcerias, segundo fontes ouvidas pelo New York Times, deve ser anunciada com a CNN. A empresa também negocia com instituições financeiras para permitir que seus contratos sejam negociados como ações, com maior liquidez e acesso.
          Hoje atuando como COO (Diretora de Operações) da Kalshi, a executiva lidera a estratégia de uma empresa que movimenta mais de US$ 1 bilhão por semana.
(Fonte: Exame - 03.12.2025)
Luana Lopes Lara

30 de nov. de 2025

JBS Viva

          Em novembro de 2025, a JBS juntou sua divisão de couros com o Grupo Viva. Assim nasceu a JBS Viva, uma gigante global do setor.
          A JBS e o Grupo Viva anunciaram no dia 25 a criação da JBS Viva, nova companhia que nasce
como líder global no setor de couros, reunindo os ativos de produção e comercialização
das duas empresas. A operação foi formalizada após aprovação do conselho de administração
da JBS e assinatura de um memorando de entendimentos vinculante com a Vanz Holding e a Viposa, acionistas da Viva.
          A JBS Viva terá participação acionária dividida igualmente entre a JBS e os acionistas do
Grupo Viva. A governança também será compartilhada: o presidente do conselho e o CFO (diretor financeiro) serão indicados pela JBS, enquanto o CEO e o COO (diretor de operações) ficarão sob responsabilidade do Grupo Viva. A conclusão da transação ainda depende da negociação dos documentos finais, bem como das demais condições, algo considerado usual.
          Com 31 fábricas e pelo menos 11 mil funcionários distribuídos pelo Brasil, Itália, Uruguai, Argentina, México e Vietnã, a nova companhia vai processar mais de 20 milhões de couros por ano.
          O CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, afirmou em nota que a combinação dos negócios cria uma companhia mais preparada para atuar internacionalmente. “A união com a Viva abre novas oportunidades para todos os mais de 7 mil colaboradores da JBS Couros, que agora passam a fazer parte de um negócio ainda mais robusto e preparado para competir globalmente”, disse. Para ele, a JBS
Viva representa “a união de mais de 70 anos de experiência e reconhecimento internacional”.
          Segundo o líder da JBS Couros, Guilherme Motta, o produto segue sendo estratégico dentro da companhia. Ele ressaltou que o couro bovino, coproduto natural da cadeia de proteína, é
transformado em produtos que vão de calçados e bolsas a revestimentos automotivos e mobiliário.
          O mercado global de artigos de couro movimentou em 2024 por volta de US$ 498,5 bilhões e deve chegar a US$ 531 bilhões em 2025.
           A nova companhia já surge com capacidade é de produzir 20 milhões de peles de couro por ano.
(Fonte: Estadão - 26.11.2025 / InvestNews - 27.11.2025 - partes)

28 de nov. de 2025

Michael Kors

          A afinidade de Kors pela moda começou quando ele era muito jovem, com sua mãe teorizando que seu interesse pode ter sido despertado por sua exposição à indústria de vestuário por meio de sua carreira de modelo. Kors, aos 5 anos, chegou a redesenhar o vestido de noiva de sua mãe para seu segundo casamento. Na adolescência, Kors começou a desenhar roupas e vendê-las no porão de seus pais, que ele renomeou como Iron Butterfly.
          Em 1977, matriculou-se no Fashion Institute of Technology na cidade de Nova Iorque. No entanto, abandonou o curso após apenas nove meses e conseguiu um emprego numa boutique chamada Lothar's, em frente à Bergdorf Goodman, na 57th Street, em Midtown Manhattan, onde começou como vendedor e tornou-se designer e responsável pela apresentação visual da loja.
          Em 1981, Kors lançou sua marca feminina Michael Kors na Bergdorf Goodman. Em 1990, a empresa lançou a KORS Michael Kors como licenciada. Um pedido de recuperação judicial (Chapter 11) em 1993, causado pelo fechamento da parceira de licenciamento da KORS Michael Kors, o forçou a suspender a linha KORS até 1997, quando lançou uma linha com preços mais acessíveis. Também naquele ano, ele foi nomeado o primeiro estilista de prêt-à-porter feminino da grife francesa Celine. Durante sua gestão na Celine, Kors revitalizou a casa de moda com acessórios de sucesso e uma linha de prêt-à-porter aclamada pela crítica. Ele deixou a Celine em outubro de 2003 para se concentrar em sua própria marca. Lançou sua linha masculina em 2002.
Retrato oficial do primeiro mandato da ex-primeira-dama Michelle Obama, onde ela aparece usando um vestido desenhado por Kors.
Um vestido Michael Kors
Um vestido de Michael Kors usado por Kasia Struss, 2010.
Entre as celebridades que vestiram criações de Kors estão Nicole Kidman, Tiffany Haddish, Reese Witherspoon, Lupita Nyong'o, Olivia Wilde, Blake Lively, Kate Hudson, Rene Russo, Jennifer Lawrence, Taylor Swift, Kate Middleton, Hillary Clinton, Angelina Jolie, Jennifer Lopez, Emily Blunt, Kristen Stewart  Ariana DeBose, Kamala Harris, Heidi Klum, Catherine Zeta-Jones, Sigourney Weaver. Michelle Obama  usou um vestido preto sem mangas do estilista para seu primeiro retrato oficial como Primeira-Dama e mais tarde usou Kors novamente no discurso do Estado da União de 2015.
As modelo Constance Jablonski, Jac Jagaciak, Andreea Diaconu e Liu Wen, entre outras, desfilaram para Michael Kors em 2014

19 de nov. de 2025

Oncoclínicas

          Em 1º de outubro de 2021, a Oncoclínicas, fundada por Bruno Ferraria, assinou memorando de entendimentos para a aquisição da Unity, grupo de clínicas oncológicas com 24 unidade em 5 estados e no Distrito Federal. O valor do acordo é de R$ 558 milhões.
          Também no início de outubro de 2021, a OncoClínicas concluiu a compra de 84% do capital social do Complexo Hospitalar Uberlândia (UMC), e a totalidade do capital social da UMC Imagem e do Instituto do Coração do Triângulo Mineiro.
          Em 24 de novembro de 2021, a Oncoclínicas informou ao mercado que concretizou a compra de 100% do capital social da Unity Participações, grupo de clínicas oncológicas com 24 unidades em 5 estados e no Distrito Federal. O valor da negociação foi de R$ 554,2 milhões, a serem pagos em dinheiro e em novas ações da companhia.
          Em 23 de dezembro de 2021, a Oncoclínicas informou ao mercado que adquiriu 60% do capital social da Brasil Memorial Holding, centro ambulatorial de procedimentos cirúrgicos de baixa e média complexidade e exames de Salvador, Bahia. A negociação, concretizada por R$ 110,1 milhões, faz parte, segundo a própria Oncoclínicas, de sua estratégia de expandir a jornada do cuidado oncológico, integrando as clínicas ambulatoriais com centros de complexidade.
          A Oncoclínicas adquiriu, por meio de sua subsidiária Idengene Medicina Diagnóstica, o laboratório de anatomia patológica e citopatologia Microimagem, da cidade do Rio de Janeiro, por R$ 8 milhões. valor 
          No início de fevereiro de 2022, a Oncoclinicas anunciou que comprou o Centro de Medicina Integrada de Sergipe (Cemise), localizado na capital Aracaju e em mais duas cidades do estado, por R$ 150 milhões. De acordo com a empresa, o Cemise é a clínica líder em especialidades médicas com foco em saúde integrada, prevenção e diagnóstico em Sergipe. Com dez unidades, o Cemise realiza mais de 3 mil consultas 80 mil procedimentos mensais.
          A Oncoclinicas anunciou que comprou uma participação na espanhola Medsir, que atua no planejamento e gestão de pesquisas clínicas independentes em oncologia, por 5,75 milhões de euros (cerca de R$ 32 milhões). O valor de 5,75 milhões de euros correspondem a 3 milhões de euros que serão pagos aos acionistas atuais da Medsir e 2,75 milhões de euros em aporte de capital para acelerar o crescimento da empresa nos mercados internacionais. Ainda há opções de compra pela participação restante ao longo dos próximos anos. A Medsir foi fundada em 2012 e já coordenou mais de 40 ensaios clínicos em colaboração com 27 indústrias farmacêuticas e de biotecnologia, por meio de uma rede de mais de 60 pesquisadores oncológicos e formadores de opinião.
          Em 26 de agosto de 2025, a Oncoclínicas vendeu sua participação de 84% no Hospital UMC, de Uberlândia, por R$ 160 milhões. De acordo com comunicado, o valor será pago na forma de assunção de endividamento e obrigações do UMC pelo comprador, que a Oncoclínicas identifica como sendo Alexandre de Menezes Rodrigues, um dos fundadores do hospital e parte do grupo de acionistas minoritário.
          Em 18 de novembro de 2025, o Departamento de Resolução e de Ação Sancionadora (Derad) do Banco Central do Brasil (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master. Com isso, determinou a indisponibilidade dos bens de duas empresas, três controladores e oito ex-administradores.
De acordo com o banco, a Oncoclínicas possui cerca de R$ 500 milhões em CDBs emitidos pelo Master. Desse total, R$ 217 milhões já foram provisionados como perda no terceiro trimestre. Os R$ 280 milhões restantes representam mais da metade de toda a posição de caixa da companhia, e podem não ser recuperados integralmente. As ações da Oncoclínicas (ONCO3) desabam no dia seguinte, dia 19, refletindo a crescente aversão ao risco dos investidores após a liquidação extrajudicial do Banco Master, determinada pelo Banco Central. O episódio reacende preocupações sobre a já delicada estrutura financeira da companhia, segundo relatório do J.P. Morgan. Além disso, o Banco Master detém 15% de participação na Oncoclínicas, avaliada em aproximadamente R$ 180 milhões, que pode ser colocada à venda durante o processo de liquidação. Esse movimento adiciona pressão ao papel, já que um bloco desse tamanho entrando no mercado pode aumentar a oferta e pesar ainda mais sobre os preços.
(Fonte: Valor - 01.10.2021 / ElevenFinacial 01.10.2021 / Valor - 04.10.2021 / ElevenFinancial - 24.11.2021 / 23.12.2021 Valor - 07.02.2022 / 19.11.2025 - partes)