Era 1958 quando o casal Rodolfo Francisco de Souza, o Duda Souza e Adelina Hess, abriram uma pequena confecção em Blumenau, Santa Catarina. Os filhos, num total de 17, foram se incorporando, sempre muito jovens, à empresa, que possui 100 lojas, a maioria próprias, e além da bandeira Dudalina, tem lojas exclusivas das marcas Individual e Base.
O símbolo adotado pela Dudalina para representar as camisas "mais perfeitas do mundo", conforme enfatiza a empresa, é a flor de lis. Um dos símbolos mais difundidos pelo mundo, a flor de lis é símbolo emblemático da nobreza, do luxo, das cidades italianas como Florença, berço do Renascentismo, distintivo do escotismo mundial, emblema da monarquia francesa, entre outras representações. O uso da flor de lis em camisaria é exclusivo da Dudalina.
A empresa tomou impulso por volta de 2010, quando começou a produzir também confecções femininas. Sua receita anual gira em torno de R$ 500 milhões.
Em 16 de dezembro de 2013 é anunciada a venda da empresa para as gestoras de fundos Advent e Warburg Pincus. O negócio foi aprovado sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por considerar que as gestoras de fundos não têm investimentos em empresas de ramos relacionados ao da Dudalina.
A Advent é uma das maiores gestoras de 'private equity' no mundo. Desde que foi criada, a empresa já investiu em mais de 280 companhias em 36 países. No Brasil, a Advent ficou conhecida por investimentos relevantes na Kroton, do setor de educação, e IMC, dona dos restaurantes Viena e Frango Assado.
Já a Warburg Pincus, foi fundada em 1966 e tem sede em Nova York. Seu portfólio atual de mais de 125 companhias é diversificado por estágio, setor e geografia. Há, por exemplo, companhias de energia, serviços financeiros e saúde.
As gestoras de fundos pagaram R$ 650 milhões por 72% do capital. Dos 14 irmãos que participavam do capital, cinco continuam, inclusive a atual presidente Sônia Hess de Souza, nascida em 1955, que mantém uma fatia de 6,31% do capital da empresa e continuará no comando por pelo menos três a cinco anos. O desejo dos herdeiros é dar continuidade em projetos próprios.
Um dos grandes desafios da empresa, hoje, é apaziguar os ânimos dos irmãos que continuam na empresa. Com a morte de Adelina em 2008, a unanimidade em torno de Sônia Hess, escolhida da mãe para comandar a empresa, foi praticamente dissipada. Com receitas e lucros crescentes, os sócios remanescentes precisam sentar à mesa para confirmar o modelo de crescimento, para que a companhia siga sua rota de sucesso.
Em Outubro de 2014 a Dudalina é comprada pela Restoque, dona de marcas como Le Lis Blanc, John John, Bo.Bô e Rosa Chá, que se somam às Dudalina, Individual e Base. A operação resulta na maior empresa do Brasil no segmento vestuário de alto padrão, com receita líquida ultrapassando com folga a casa do R$ 1 bilhão. E, juntas, o número de lojas passa de 300 (só a Dudalina tem mais de 100, entre próprias e franqueadas), concomitantemente com aproximadamente 4 mil lojas multimarcas. Os atuais acionistas da Dudalina receberão ações da Restoque como pagamento e deterão, após a emissão, 50% do capital da Restoque. Uma vez consumada a incorporação a Restoque permanecerá sem acionista controlador. Os diretores presidentes da Restoque, Livinston Bauermeister e da Dudalina, Sônia Hess vão permanecer na gestão das companhias.
No início de junho de 2016, a Restoque, em conjunto com a Inbrands, anunciaram por meio de fato relevante enviado ao mercado, que negociavam uma fusão. A Restoque é dona das marcas Le Lis Blanc, Bo.Bô, John John, Rosa Chá e Dudalina, enquanto a Inbrands tem em seu portfólio Richards, Ellus, Alexandre Herchcovitch e VR, entre outras. Em agosto do mesmo ano desistiram da fusão.
No segundo trimestre de 2017, a Restoque voltou ao lucro, após sete trimestres consecutivos de perdas. A companhia fechou 26 lojas, duas fábricas da Dudalina e cortou 35% dos cargos administrativos.
(Fonte: jornal Diário Catarinense - Blog da Estela Bunetti - 15.12.2013 / jornal Valor online -16.12.2013 - jornal Folha online 02.10.2014 - jornal Valor online - 03.10.2014 / 07.06.2016 / 09.08.2017 - partes)
O símbolo adotado pela Dudalina para representar as camisas "mais perfeitas do mundo", conforme enfatiza a empresa, é a flor de lis. Um dos símbolos mais difundidos pelo mundo, a flor de lis é símbolo emblemático da nobreza, do luxo, das cidades italianas como Florença, berço do Renascentismo, distintivo do escotismo mundial, emblema da monarquia francesa, entre outras representações. O uso da flor de lis em camisaria é exclusivo da Dudalina.
A empresa tomou impulso por volta de 2010, quando começou a produzir também confecções femininas. Sua receita anual gira em torno de R$ 500 milhões.
Em 16 de dezembro de 2013 é anunciada a venda da empresa para as gestoras de fundos Advent e Warburg Pincus. O negócio foi aprovado sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por considerar que as gestoras de fundos não têm investimentos em empresas de ramos relacionados ao da Dudalina.
A Advent é uma das maiores gestoras de 'private equity' no mundo. Desde que foi criada, a empresa já investiu em mais de 280 companhias em 36 países. No Brasil, a Advent ficou conhecida por investimentos relevantes na Kroton, do setor de educação, e IMC, dona dos restaurantes Viena e Frango Assado.
Já a Warburg Pincus, foi fundada em 1966 e tem sede em Nova York. Seu portfólio atual de mais de 125 companhias é diversificado por estágio, setor e geografia. Há, por exemplo, companhias de energia, serviços financeiros e saúde.
As gestoras de fundos pagaram R$ 650 milhões por 72% do capital. Dos 14 irmãos que participavam do capital, cinco continuam, inclusive a atual presidente Sônia Hess de Souza, nascida em 1955, que mantém uma fatia de 6,31% do capital da empresa e continuará no comando por pelo menos três a cinco anos. O desejo dos herdeiros é dar continuidade em projetos próprios.
Um dos grandes desafios da empresa, hoje, é apaziguar os ânimos dos irmãos que continuam na empresa. Com a morte de Adelina em 2008, a unanimidade em torno de Sônia Hess, escolhida da mãe para comandar a empresa, foi praticamente dissipada. Com receitas e lucros crescentes, os sócios remanescentes precisam sentar à mesa para confirmar o modelo de crescimento, para que a companhia siga sua rota de sucesso.
Em Outubro de 2014 a Dudalina é comprada pela Restoque, dona de marcas como Le Lis Blanc, John John, Bo.Bô e Rosa Chá, que se somam às Dudalina, Individual e Base. A operação resulta na maior empresa do Brasil no segmento vestuário de alto padrão, com receita líquida ultrapassando com folga a casa do R$ 1 bilhão. E, juntas, o número de lojas passa de 300 (só a Dudalina tem mais de 100, entre próprias e franqueadas), concomitantemente com aproximadamente 4 mil lojas multimarcas. Os atuais acionistas da Dudalina receberão ações da Restoque como pagamento e deterão, após a emissão, 50% do capital da Restoque. Uma vez consumada a incorporação a Restoque permanecerá sem acionista controlador. Os diretores presidentes da Restoque, Livinston Bauermeister e da Dudalina, Sônia Hess vão permanecer na gestão das companhias.
No início de junho de 2016, a Restoque, em conjunto com a Inbrands, anunciaram por meio de fato relevante enviado ao mercado, que negociavam uma fusão. A Restoque é dona das marcas Le Lis Blanc, Bo.Bô, John John, Rosa Chá e Dudalina, enquanto a Inbrands tem em seu portfólio Richards, Ellus, Alexandre Herchcovitch e VR, entre outras. Em agosto do mesmo ano desistiram da fusão.
No segundo trimestre de 2017, a Restoque voltou ao lucro, após sete trimestres consecutivos de perdas. A companhia fechou 26 lojas, duas fábricas da Dudalina e cortou 35% dos cargos administrativos.
(Fonte: jornal Diário Catarinense - Blog da Estela Bunetti - 15.12.2013 / jornal Valor online -16.12.2013 - jornal Folha online 02.10.2014 - jornal Valor online - 03.10.2014 / 07.06.2016 / 09.08.2017 - partes)
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