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5 de nov. de 2020

Akkar

          A rede de lojas de roupa masculina Akkar foi criada em São Paulo em 1975, pelo libanês Derlas. O nome da empresa é em homenagem à região de Akkar, no Líbano, de onde veio a família.
          O distrito de Akkar (عكار, em árabe) está localizado na província do Líbano Setentrional. A capital do distrito é Halba e a maior cidade é Bebnin.
          Hoje, a empresa é administrada pela segunda geração. O filho de Derlas, Gassan, está comandando a empresa.
          Com o objetivo atender ao segmento de vestuário masculino, a rede está espalhada principalmente pela cidade de São Paulo e pode ser encontrada em endereços, como por exemplo, os a seguir:
Rua Teodoro Sampaio, 2360 - Pinheiros, Shopping Pátio Paulista, Shopping Leste Aricanduva, Shopping Eldorado, Centervale Shopping, Shopping Metrô Santa Cruz, Shopping Ibirapuera, Shopping Metrô Tatuapé, Internacional Shopping Guarulhos.

3 de nov. de 2020

High Capital

          Por volta de meados de 2019, a assessoria de investimentos High Capital, ligada à XP, começou em um escritório de 25 metros quadrados com oito posições e zero de custódia.
          A empresa tem cinco sócios-fundadores, entre eles Alberto Setubal e João Paulo Luque, todos com larga experiência em bancos.
          O sobrenome famoso não deixa dúvidas. Alberto é primo do co-presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco Roberto Setubal. Por 19 anos, ele esteve no private banking da instituição, sendo quatro deles na subsidiária europeia, em Luxemburgo. Antes, trabalhou na Cargill e no segmento corporate do BankBoston. É essa experiência, que casa o conhecimento do mercado local e do “offshore” na assessoria a grupos familiares com seus respectivos negócios, que ele espera replicar nessa virada de carreira. O Itaú tem uma participação de 46% na XP.
          Quando deixou o banco em 2016, a ideia de Setubal era fazer algo diferente, mas ele se viu tentado a voltar para o mercado financeiro porque enxergou a chance de construir algo novo numa estrutura menos engessada. “O que aconteceu com a High Capital neste um ano é expressão do que se vê no mercado. Eu já vinha acompanhando o movimento desde 2017, e temos visto uma aceleração (...) Nós, com experiência de ex-bancários, sabemos a dor do investidor e a oportunidade trabalhando o patrimônio. Um conglomerado como a XP dá a oportunidade de trazer um ‘cross selling’ mais rico para o cliente.”
          Um dos executivos, Mario Tomadon, por exemplo, é especialista em renda variável, foi diretor financeiro da Merrill Lynch e atuou como gestor na BRZ Investimentos. Regina Prataviera, que montou a seguradora do BankBoston no Brasil, vai estruturar a área de seguros. A empresa vai contar também com uma mesa internacional, que quer ser referência em câmbio, e já tem capacidade para atender o cliente do middle market.
          Na pessoa física, Luque diz ver espaço no perfil com patrimônio de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões, com Rita Briebauer, que montou a área de alta renda do Bradesco quando o banco comprou o HSBC, como responsável pela expansão. “Esse cliente milionário está abandonado no banco. O gerente liga para vender capitalização, consórcio, seguro, não dá assessoria para crescimento do patrimônio e sucessão”, diz Luque. O projeto prevê chegar a outras praças.
          Questionado se o movimento para uma assessoria independente, mirando o cliente bancário tradicional e profissionais que construíram carreira no setor, não criaria algum tipo de constrangimento no entorno familiar, Setubal afirma que a High Capital “não está tirando ninguém de banco, que a opção é do cliente e do profissional”. Luque acrescenta que o segmento dá oportunidade para profissionais que sonham em construir carteira e desenvolver uma rede de relacionamentos, já que produto financeiro virou commodity.
          Considerando um panorama do início de novembro de 2020, a High Capital tem 28 pessoas e está instalada em uma área de 400 metros, num prédio elegante da avenida Juscelino Kubitschek, onde estão o private banking do Safra e do Bradesco. Em pouco mais de um ano na rua, a High Capital caminha para o seu primeiro bilhão de reais sob assessoria. O plano é chegar a 2021 com R$ 5 bilhões e em cinco anos se transformar numa instituição financeira, DTVM ou mesmo banco.
(Fonte: jornal Valor - 03.11.2020)

31 de out. de 2020

Target

          A rede de varejo americana Target (alvo, objetivo, em inglês) foi fundada pelo empreendedor George Draper Dayton por volta de 1969.
          Durante quatro décadas, a Target cresceu e se fortaleceu ao se guiar pela fórmula criada por seu fundador. Batizada de cheap chic, a estratégia da empresa era centrada na venda de produtos com design
sofisticado por preços generosos.
          Nas prateleira da Target, que sempre encantaram os turistas brasileiros em viagem aos Estados
Unidos, destacavam-se roupas, aparelhos eletrônicos e artigos de cama, mesa e banho.
          Com esse portfólio, a rede se tornou a segunda maior varejista dos Estados Unidos, com
faturamento de 65 bilhões de dólares em 2008, atrás apenas do todo-poderoso Walmart.
          Mas a crise (de 2008) chegou e, como a solução de ontem nem sempre funciona hoje, a Target foi obrigada a repensar seu modelo de vendas. Pressionados por uma série de maus resultados, seus executivos renderam-se e encheram as prateleiras com produtos que continuam a ser comprados até pelos mais receosos e empobrecidos consumidores: alimentos. Afinal, com ou sem recessão, não dá para simplesmente deixar de comer.
          Era impossível dizer se a estratégia da rede seria sua redenção ou apenas aprofundaria os problemas. Ficou claro, porém, que a Target tentava desesperadamente se adaptar a um novo padrão de consumo dos
americanos.
          Com suas 1682 lojas em meados de 2009, o peso dos alimentos no faturamento já era de 37%.
(Fonte: revista Exame - 29.07.2009)

29 de out. de 2020

Vicunha / Textília

          A Textília é a holding do grupo Vicunha e começou a ser montada depois que foi diagnosticado um câncer de pulmão em Mendel Steinbruch, em fevereiro de 1990. Até então, o que havia era uma espécie de grupo virtual, que funcionava basicamente a partir de acordos entre Mendel Steinbruch e seu parceiro na criação do conglomerado, Jacks Rabinovich. É na Textília, na qual ambas as famílias têm participação idêntica, que está alojado o conselho de administração da Vicunha.
          O grupo Vicunha foi criado por volta de 1967 e teve como co-fundador Mendel Steinbruch. Protegido por um mercado trancafiado e imune à concorrência internacional, chegou a ter quase 30 empresas que fabricavam de fios a tecidos e roupas.
          No final da década de 1980, algumas de suas unidades apresentavam uma rentabilidade próxima dos 40%.
          Em abril de 1992, Benjamin Steinbruch, filho de Mendel, deixa o escritório da superintendência do grupo Vicunha e passa a dar expediente na Lee, uma das empresas do grupo. Pretendia rejuvenescer e elitizar a marca. Nesse esforço, abriria lojas exclusivas da Lee. As três primeiras foram abertas nos shoppings Iguatemi e Center Norte, em São Paulo. Outras sete seriam abertas até o final do ano em shopping centers paulistanos. Nas outras capitais, a ideia era partir para as lojas franqueadas. A ideia era "recuperar o terreno perdido para as outras grifes", segundo Steinbruch.
          O problema é que os tempos mudaram. A Vicunha continuou a ser uma potência mas, em 1996, pela primeira vez na história do grupo, não se ganhou dinheiro.
          Empresas controladas como a Fibrasil, a Finobrasa e a Lee Nordeste fecharam no prejuízo, em 1996. Três unidades - entre elas a Vicunha, de São Paulo - foram desativadas. Foi nessa época que o grupo participou de privatizações como CSN em 1993 e Vale, em 1997.
          "Aprendemos que é prudente não colocar todos os ovos na mesma cesta", disse Ricardo Steinbruch, nascido em 1959, irmão de Benjamin e presidente da área têxtil da Vicunha. "Ainda mais quando a cesta é um setor fragilizado como o têxtil. Estamos felizes com a diversificação".
          Até o início da década de 1990, os Rabinovich e os Steinbruch nunca haviam desviado seus investimentos da indústria têxtil. Nascido em 1954, Benjamin, primogênito do co-fundador Mendel Steinbruch, participou das privatizações.
          Mendel Steinbruch morreu em agosto de 1994.
          Em agosto de 1995 o alto comando do grupo Vicunha ganhou novo endereço: o edifício da Rua Itacolomi, no bairro paulistano de Higienópolis, onde antes funcionava o Banco Fibra, braço financeiro do grupo. Esse novo QG substituiu o antigo escritório da Rua Iboti. Dora, a viúva de Mendel Steinbruch, recebeu uma sala no escritório.
          Desde a abertura do mercado, o setor têxtil foi  sendo impiedosamente atacado pela concorrência internacional, principalmente pelos asiáticos. De 1991 a 1996, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Abit, mais de 1.200 empresas desapareceram. As exportações de produtos têxteis caíram 13,3% enquanto as importações cresceram 329%.
          Nesse período, alguns dos maiores negócios do grupo Vicunha passaram a ser diretamente atacados pelos asiáticos. A Tecelagem Elizabeth, sediada em Americana, no interior de São Paulo, é um exemplo. De 1989 a 2007 a produção anual de tecido caiu pela metade.
( Fonte: Exame - 22.07.1992 / 31.08.1994 / 16.08.1995 - partes)

28 de out. de 2020

Barion

          O Sr Barion e sua família foram atraídos pelo Paraná em desenvolvimento e se instalaram em Curitiba, em 1960. No início dos negócios a empresa se dedicou à distribuição de alimentos como biscoitos, chocolates, confeitos, chicletes e similares.
          Em 1969, é fundada a empresa Barion & Cia. Ltda. que recebeu o reforço dos filhos Ricardo, Roberto e Rommel.
          Já com a fabricação própria de chocolates, bombons e ovos de Páscoa, em 1971 Barion notou que poderia avançar a distribuição a todo o estado do Paraná.
          Em 1978 foi criado um entreposto de mel de abelhas. Para o fabrico do pão de mel foi seguida a receita da vovó Barion e logo o quitute atingiu distribuição em todo o território nacional.
          A construção de uma unidade industrial, que logo ficou pequena, foi concluída em 1983 e, dois anos depois, em 1985, começa a produção da linha "Waiffer".
          Observando os hábitos dos brasileiros e o crescimento mais acentuado das vendas de chocolates, em 1992 foi criada a linha de bombons Fofito. Em 1996 toda a planta industrial foi transferida para modernas instalações e é onde se encontra a unidade industrial atual, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
          A primeira exportação, para os Estados Unidos, ocorreu em 1999.
          A unidade fabril ocupa um terreno de 40.000 metros quadrados e as instalações industriais 
ocupam 10.000 metros quadrados de área construída, em Colombo.
(Fonte: site da empresa)

Unidas ("nova" Unidas - Brookfield)

          A nova empresa, denominada Unidas, nasceu da fusão da Ouro Verde – que era controlada pelo fundo Brookfield – e de alguns ativos da antiga Unidas, que foi adquirida pela Localiza.. O executivo Cláudio Zattar, que era presidente da Ouro Verde, passou a ser o presidente-executivo da Unidas, que começou a operar de forma integrada no início de outubro de 2022. O negócio de aluguel de carros novos da Brookfield passa a operar sob a marca Unidas.
          A nova Unidas surgiu de uma necessidade pragmática: a demanda do regulador antitruste CADE para que um concorrente do setor aprovasse o plano da Localiza de incorporar a Unidas – as duas eram a primeira e a segunda maiores locadoras de veículos do Brasil. A mudança da Localiza foi aprovada pelo CADE em meados de 2022. Pelo desinvestimento, a Brookfield pagou cerca de R$ 3,5 bilhões.
          Antes, a Ouro Verde tinha um negócio focado na operação B2B e planejava abordar clientes pessoa física por meio da expansão de sua filial de carros por assinatura. Com a aquisição, a nova empresa deu um grande passo e passou a ter boa representatividade no mercado. No total, são 90 mil ativos (caminhões, automóveis, máquinas e equipamentos), sendo 77 mil veículos leves. A Localiza, líder, tem cerca de 440 mil carros (depois de incorporar a antiga Unidas) e a Movida tem 190 mil carros.
          O pacote de desinvestimentos adquirido pela Brookfield envolveu cerca de 49 mil carros e 182 locadoras (a Unidas havia fechado o segundo trimestre com 245, considerando rede própria e franquias). A Ouro Verde, focada em B2B, não tinha lojas e tinha como foco representantes em todo o país.
          A venda das lojas de seminovos não estava dentro das obrigações apontadas pelo CADE, mas o regulador deu liberdade à Localiza para negociar as condições com a empresa interessada no ativo. Dessa forma, o grupo conseguiu 22 lojas de veículos usados, disse Zattar. Até então, nem a Ouro Verde nem a Localiza haviam divulgado detalhes sobre o pacote de desinvestimentos – a única coisa certa era o volume da frota, que já havia rumores no mercado.
          A marca e submarcas Unidas – como Unidas Frotas e Unidas Livre – também foram adquiridas. A marca Unidas foi reconhecida como uma das 50 mais valiosas do Brasil, segundo o ranking Brand Finance Brazil.
          “É difícil entrar em um negócio de aluguel de carros do zero. As barreiras são grandes, as escalas são grandes. Você teria que passar por um período de maturidade. E agora estamos entre as três maiores do país e com grande potencial que o mercado está nos proporcionando”, disse Zattar, que antes de assumir a Ouro Verde era responsável por logística e compra de veículos da Localiza.
          As empresas também viram a necessidade de ter dinheiro em caixa e decidiram ter menos ativos – buscando opções de gestão de frota e terceirização.
          “O mercado de rent-a-car é um segmento que continua a crescer. “Obtemos a disponibilidade das montadoras. Já somos tratados como uma grande locadora”, afirmou Zattar.
          Uma mudança no mercado em 2022 é que as locadoras foram forçadas a operar com veículos mais antigos. Em 2019, a idade média da frota operacional da Localiza no segmento de rent-a-car foi de 7 meses. No segundo trimestre de 2022, a idade era de 17,4 meses – o cenário foi semelhante na Unidas.
          A nova Unidas continuará divulgando seus resultados ao mercado e pretende manter a captação de recursos por meio de emissão de dívida. Questionado sobre o cenário de negociação das ações em bolsa e se a Brookfield teria interesse em buscar sócios, Zattar defendeu que, por enquanto, não há conversas nesse sentido.
(Fonte: Valor - 04.10.2022)          

27 de out. de 2020

Banco AgZero

          O Banco Safra lançou na última semana de outubro de 2020 o banco digital AgZero, que marca a entrada da instituição financeira no segmento de varejo. Este é o passo mais ambicioso no processo de diversificação dos negócios que a família Safra vem conduzindo nos últimos anos.
          O novo banco nasce sem canais físicos de atendimento e baseado no autosserviço — o conceito de “agência zero” foi, inclusive, o que deu origem ao nome. Não haverá cobrança de tarifas nem exigência de comprovação de renda dos clientes, numa tentativa de alcançar um público amplo.
          “O AgZero representa a entrada definitiva do Safra, de forma bem completa, em banco digital de varejo”, afirma Paula Mazanék, chefe da área digital de pessoa física do Safra, em entrevista ao jornal Valor. “Agora, estamos preparados para um passo mais ousado e queremos ser um competidor importante no varejo.”
(Fonte: Jornal Valor - 27.10.2020)

26 de out. de 2020

Confeitaria Kurt

          Nos anos 1940, o alemão Kurt Deichmann chegou ao Brasil fugido da Segunda Guerra Mundial e abriu, em 1942, uma pequena delicatessen, a Confeitaria Kurt, na Rua Ataulfo de Paiva, no Leblon que, apesar de escondida atrás de uma banca de jornal, formava filas na porta. 
          Mais de setenta anos se passaram e os tradicionais biscoitos (palmiers, spekulatius, baserlerleckerli) doces, mousses francesas, tortas austríacas – morango, amora e damasco – que deram fama à casa, continuam fazendo sucesso na charmosa doceria, agora num simpático espaço na rua General Urquiza, uma rua transversal à Ataulfo de Paiva, onde foi fundada.
          Única loja exclusivamente dedicada a doces no Rio de Janeiro, a Confeitaria Kurt oferece uma linha tradicional de iguarias europeias, especializada em stollen (espécie de panetone), streusel (torta recheada com frutas frescas), teekuchen (bolo inglês), weihnachtsfruchi brot (bolo curtido no licor de cherry) e dobos (torta húngara com recheio de creme de café e cobertura de caramelo). A loja é um pedacinho da Europa no coração do Leblon.
          Famosa há 75 anos, a torta de damasco, uma das primeiras a ser preparada por Kurt, é também um dos maiores sucessos da loja. Outro grande destaque é Picada de Abelha, que tem massa recheada com creme de baunilha, coberta com mel e crocante. Tão famosa que já foi até assunto no programa do Jô Soares.
          No total, são mais de 30 variedades de doces e tortas. A confeitaria desenvolveu, ainda, uma linha diet (sem açúcar) das iguarias como os rocamboles e tortas de morango, ricota e damasco, streusel de banana, strudel de maçã e a torta mousse de chocolate com amêndoas.
(Fonte: site da empresa)
Sobre Kurt Deichmann | Confeitaria Kurt

Liebfraumilch

          Liebfraumilch, o famoso, antes venerado e hoje desprezado, é um tipo de vinho branco alemão, semi-doce que vinha na garrafa azul.
          Seu nome, tanto no Brasil como no mundo, quase todos traduzem como "leite da mulher amada". Na verdade, Liebfrau significa "Nossa Senhora" em alemão. Os vinhos eram originalmente produzidos nos vinhedos dos arredores da Liebfrauenstift Church (Igreja de Nossa Senhora). Seria lógico então que a tradução correta fosse: “O leite de Nossa Senhora”, o que é incorreto. Milch, é uma forma arcaica alemã de Minch ou Monck (monge, que hoje é escrito Mönch). Então, significa Monge de Nossa Senhora. Reparem que em quase todas as garrafas há desenhos religiosos que comprovam esse argumento.
 

Vinho Liebfraumilch da garrafa azul
Vinho Liebfraumilch da garrafa azul
          A história da garrafa azul e sua chegada ao Brasil teria começado por volta dos anos 1970. O importador brasileiro Otávio Piva de Albuquerque, dono da Expand, convenceu o fabricante alemão do vinho, Josef Friederich, a comercializá-lo no Brasil com as tais “garrafas azuis” e a um preço acessível.
          A ideia da cor azul era para destacar o vinho Liebfraumilch nas prateleiras das lojas e facilitar sua identificação.
          Ele tinha razão. A estratégia foi um sucesso e a “garrafa azul” tomou conta dos salões de festa de todo o país! A garrafa azul foi febre por aqui nas décadas de 1980 e 1990, e era presença certa em festas de formatura e casamento.
          Qualquer um que já consumia bebida alcoólica (ou que convivia com alguém que bebia), com certeza conheceu o vinho Liebfraumilch. Muitos até iniciaram o contato com a bebida através dele.
          Especialistas dizem que o vinho Liebfraumilch inaugurou uma nova era dos vinhos no Brasil, marcou uma geração e mudou totalmente o mercado nacional de vinhos.
          Na década de 1980 cerca de 60% do vinho importado pelo Brasil vinha nas garrafas azuis alemãs. E quando o governo Fernando Collor de Melo abriu as importações para o Brasil no início dos anos 1990, é que a “garrafa azul” tomou conta do país mesmo. Entre 1997 e 1998 o vinho Liebfraumilch era o vinho importado mais vendido no Brasil.
          Além de estar em todo lugar, sendo o nome Liebfraumilch relativamente difícil de pronunciar, muito mais fácil era pedir pelo vinho da garrafa azul. E foi assim que o Liebfraumilch foi conhecido por muito tempo.
          Na Alemanha, o Liebfraumilch é produzido nas regiões de Hesse-Renânia, Mosela-Saar-Ruwer, Pfalz, Rheingau, Francônia, Nahe e Ahr.
          No Brasil, em garrafa verde, o Liebfraumilch é produzido pela Vinícola Aurora, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, sob a supervisão da Campari Brasil Ltda.
(Fonte: Wikipédia / VS VisiteSeattle - 07.02.2017 - partes)