A rede de livrarias Nobel foi criada em 1943 pelo imigrante italiano Claudio Milano.
Até a adoção do sistema de franquias em 1992, a Nobel tinha sete lojas próprias na capital paulista.
Fazendo um raio X da empresa nove anos depois, em agosto de 2001, a Nobel era gerida pelo paulista Flávio Milano, neto do fundador por parte de mãe. Milano, seu pai Ary Benclowicz e seu irmão Sérgio eram donos de apenas dois pontos-de-venda. Mas a rede Novel contava com 79 franquias espalhadas por 19 estados brasileiros. A família também era proprietária da editora Nobel e da Fase, uma distribuidora de livros.
Não era novidade que um determinado senso comum, baseado em muitas opiniões e poucos dados, reinava: o brasileiro lê pouco porque não gosta de ler. Em julho de 2001, porém, uma pesquisa criteriosa e abrangente realizada pela Câmara Brasileira do Livro e outras entidades ligadas ao mercado editorial finalmente revelou números que clarearam a relação do brasileiro com a leitura. Ele realmente não lia muito. Menos de um terço da população de então 86 milhões de alfabetizados, com pelo menos três anos de instrução, leu um livro nos últimos três meses.
Nada na pesquisa, entretanto, sugeriu uma antipatia do brasileiro pelas letras. Na verdade, outros obstáculos o separam dos livros. Entre eles: poucas bibliotecas, baixo poder aquisitivo e até mesmo a força de meios de comunicação como a televisão e a internet. E, há mais um motivo: o Brasil tinha
poucas livrarias. Eram apenas 2008 pontos-de venda para 5.500 municípios.
A rede Nobel via isso como uma oportunidade. E espalhou lojas consideradas pequenas. Sua estratégia era única no mercado brasileiro de livrarias. Enquanto outras redes como a Saraiva e a Siciliano, cresciam com lojas próprias, de preferência concentradas nas grandes cidades, a Nobel adotou o sistema de franquia para colocar sua marca em locais menos explorados. Podia ser encontrada em extremos como Passo Fundo, no interior gaúcho, Lages, na Serra Catarinense, e Boa Vista, a capital de Roraima. A loja da Nobel em Macapá, capital do Amapá, onde chegou em 1999, vendia mais dicionários francês-português do que o dicionário de inglês. A explicação é simples: a proximidade da
cidade com a Guiana Francesa.
Flávio Milano, nascido em 1973, formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, passou a comandar o sistema de franquia em 1999, quando o irmão Sérgio, três anos mais
velho, deixou o negócio para comandar a editora da família. De um escritório na loja própria da Nobel no shopping Market Place, na Zona Sul de São Paulo, ele atendia os franqueados com uma equipe de 14 pessoas.
Em 2001, o faturamento da Nobel foi de aproximadamente 64 milhões de reais.
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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25 de out. de 2022
Nobel (rede de livrarias)
Carl's Jr
Com mais de 70 anos de experiência na indústria de serviço de alimentação rápida, é reconhecida como a verdadeira representante do autêntico hambúrguer californiano por sua irreverência e ousadia.
A chegada da marca ao Brasil faz parte do plano estratégico da Carl´s Jr.® para acelerar o desenvolvimento de franquias no mercado internacional. Atualmente, a empresa californiana conta com mais de 1.200 restaurantes espalhados ao redor do mundo, em países como México, China, Turquia, Canadá, Nova Zelândia e Panamá.
Carl´s Jr. ® alia a praticidade do fast-food à qualidade premium de um restaurante, sempre focado na qualidade e inovação dos pratos, conhecidos por seu tamanho e ingredientes inusitados como o Teriyaki Burger e o Jalapeño Burger. Primeira rede de fast-food a oferecer atendimento parcial de mesa e autosserviço de bebida com direito a free refil.
(Fonte: Mercado&Consumo - 14.10.2022 / GPHR - partes)
24 de out. de 2022
Vinícola Aurora
Em 1990 a Aurora inicia um processo de diversificação da produção. A mudança incluía a construção de uma nova fábrica de sucos e doces, com inauguração prevista para dezembro de 1995. A eliminação de vinhedos antigos e a introdução de novas culturas também estavam nos planos.
Em meados de 1995, os então 80.000 habitantes de Bento Gonçalves se surpreendiam por buracos que não paravam de se multiplicar pelas ruas da cidade. O motivo era, no mínimo, insólito. Pelos buracos começava a passar a tubulação do vinhoduto da Vinícola Aurora. "Bento Gonçalves será a primeira cidade do mundo a ter vinho encanado", disse José Alberici, presidente da companhia.
O transporte subterrâneo de vinhos e sucos das unidades até a matriz da empresas, onde é realizado o engarrafamento, iria economizar 3.500 viagens de caminhões-tanque por ano.
Mas, uma crise quase leva a Vinícola Aurora à falência ainda em 1995. Aos poucos, porém, ela escapa do pior. Após renegociar a dívida que chegou a 124 milhões de reais, a Aurora contratou o ex-diretor da Renner-Vicunha Luiz Dable para assumir a superintendência da companhia. Dable recebeu a missão de profissionalizar uma empresa com sede numa cooperativa de 1.300 famílias de Bento Gonçalves.
No Brasil, em garrafa verde, o Liebfraumilch é produzido pela Vinícola Aurora, em Bento Gonçalves, sob a supervisão da Campari Brasil Ltda.
(Fonte: revista Exame - 27.09.1995 / 09.08.2000 - partes)
23 de out. de 2022
Carvana
Com a proposta de facilitar a comercialização de carros usados nos Estados Unidos, surgiu, em 2012, a Carvana, uma plataforma online. Foi fundada por Ernest Garcia pai e Ernest Garcia Filho. Dado que o potencial de uma nova empresa é proporcional ao valor agregado percebido pelos consumidores, o mercado endereçável americano de 290 milhões de veículos apresentava-se com uma oportunidade formidável. A fim de aliviar a dor dos potenciais clientes, a Carvana desenvolveu um modelo de negócios robusto, fornecendo uma solução ponta a ponta, incluindo inspeção, reparo, recondicionamento, showrooms, estoque de peças e financiamento. Para os compradores, a plataforma verticalmente integrada da Carvana oferecia carros a preços mais competitivos por conta de seu baixo custo operacional já com financiamento pré-aprovado, além de ter uma oferta muito mais ampla do que os competidores tradicionais. Para vendedores, a Carvana eliminava a necessidade de visitar uma concessionária ou negociar uma venda particular. E bastava responder a algumas perguntas sobre a condição e as características do veículo para receber uma oferta firme. A empresa abriu capital em 2017. Em 2020, como resposta às medidas restritivas de combate à pandemia, a Carvana anunciou o serviço de "touchless delivery and pickup", permitindo total autosserviço por parte dos clientes. Com lojas e concessionárias fechadas, compradores e vendedores encontraram na Carvana a solução dos seus problemas e o negócio decolou de vez. O sucesso foi total. A empresa entrou no seleto grupo das beneficiadas do mercado projetado como o novo normal. Seguindo o exemplo de empresas como Zoom, Robinhood, Moderna e Peloton, as ações da Carvana explodiram em valorização. Inesperadamente, a empresa começou a ganhar dinheiro com o seu próprio estoque já que, pela primeira vez na história, carros usados começaram a se valorizar no tempo. No seu pico, em meados de 2021, a empresa chegou a valer mais de 60 bilhões de dólares, valor superior à soma da capitalização de mercado da GM e da Ford combinadas, apesar de ambas terem uma produção de veículos dez vezes superior às vendas da Carvana. Multibilionários, Ernest Garcia pai e Ernest Garcia Filho, aproveitaram a empolgação do mercado para monetizar parte de suas ações. Um ano depois, apesar dos estoques terem parado de se valorizar, com o arrefecimento do mercado, operacionalmente pouco mudou. Com vendas estáveis, Carvana continua oferecendo seus serviços a compradores e vendedores de carros usados, com a impressionante média de 1.000 unidades comercializadas por dia no varejo, além das 500 unidades diárias vendidas no atacado. Se os usuários da plataforma seguem satisfeitos, o mesmo não pode ser dito dos seus investidores. O tamanho da destruição de valor foi algo impressionante. Quem investiu 1.000 dólares na ação em agosto do ano passado, hoje tem menos de 50 dólares. No agregado, cerca de US$ 57 bilhões em valor de mercado foram evaporados desde o pico. O caso da Carvana nos traz um excelente insight no impacto das expectativas exageradas sobre o preço de ativos. As distorções produzidas pela combinação de liquidez abundante de um lado, com extrapolações sobre o que seria um novo normal do outro, foram rapidamente corrigidas. O custo de sonhar com o porvir ficou caro, com treasury bonds de 10 anos pagando acima de 4% ao ano. E note que a Carvana segue tendo um modelo de negócios consistente, o que não é necessariamente verdade para tantas empresas que foram listadas na empolgação recente. (Fonte: Grupo Empiricus (Caio Mesquita) - 22.10.2022) |
21 de out. de 2022
Acelen
A Acelen foi criada pelo fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital, para a operação da
gestão de refinaria recém adquirida no Brasil.
Em 30 de novembro de 2021, o Mubadala finalizou a compra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, na Bahia e seus ativos logísticos associados.A unidade passa a se chamar Refinaria de Mataripe, que é o nome do distrito onde está localizada, no município de São
Francisco do Conde.
A operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. A partir de 1º de dezembro de 2021 a Acelen assumiu a gestão da refinaria.
De acordo com o presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, “a prioridade é garantir excelência na produção e operação da refinaria, além de uma transição estruturada, serena e sem ruptura. É criar valor com atenção especial às pessoas e ao meio ambiente. Enfatizamos sempre o compromisso de longo prazo que temos com o país e as regiões onde atuamos.”
Com a conclusão da venda, inicia-se uma fase de transição em que as equipes da Petrobras apoiarão a Acelen nas operações da Refinaria de Mataripe. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional. A Petrobras e o Mubadala Capital reafirmam o compromisso estrito com a segurança operacional na refinaria em todas as fases da operação.
A estatal informou que nenhum empregado da Petrobras será demitido por conta da transferência do controle da RLAM para o novo dono. Os empregados da Petrobras poderão optar por transferência para outras áreas da empresa ou aderir ao Programa de Desligamento Voluntário, com pacote de benefícios.
Em 21 de outubro de 2022, a Acelen informou que deu início à produção e venda de butano para o Brasil, já visando atender a 10% do mercado. Até então, segundo a Acelen, 100% do produto comercializado no país era importado da Argentina e da Bolívia.
O produto desenvolvido e comercializado pela empresa possui alto nível de pureza e é utilizado, através da combinação com outros gases, em cosméticos, como espumas de barbear, e em alimentos, como chantilly. O butano também é aplicado em borrachas, isqueiros, lamparinas, aditivos de combustíveis, querosene de aviação para locais de baixa temperatura, entre outros fins.
Esse é o terceiro produto incluído no portfólio de Mataripe desde a sua venda pela Petrobras. Em fevereiro e abril deste ano, a refinaria passou a produzir, respectivamente, solvente e propano especial.
O programa em curso para modernização da refinaria soma 1,1 bilhão de reais em investimentos, segundo a Acelen.
Em meados de outubro de 2023, a Acelen divulgou que firmou sua parceria inaugural para a produção de macaúba. Essa colaboração com a MulticanaPlus, empresa especializada em sistemas e automação para produção de mudas, marca o início de uma iniciativa de uma década apoiada por um investimento de R$ 12 bilhões. O óleo de palma macaúba, com uma eficácia até sete vezes superior à do óleo de soja para a produção de combustível, é fundamental para a estratégia da Acelen para a produção de diesel “verde” (óleo vegetal hidrotratado, HVO) e combustível de aviação sustentável (SAF). De acordo com o acordo, a MulticanaPlus está encarregada de desenvolver técnicas de propagação de macaúba em escala comercial. Isso permitirá à Acelen cultivar macaúba e óleo de palma em mais de 200 mil hectares dentro de uma década, uma extensão aproximadamente equivalente a 280 mil campos de futebol.
(Fonte: agênciabrasil.ebc - 30.11.2021 / Reuters - 21.10.2022 / Valor - 19.10.2023 - partes)
IHS
A IHS é sócia da TIM Brasil na empresa de rede neutra I-Systems.
A empresa já opera na Colômbia e no Peru. Na África, tem presença na Nigéria – “um mercado interessante porque tem a mesma população do Brasil e apenas 3% das casas passavam por fibra”, disse Fares Nassar, chefe da região da América Latina da IHS.
A IHS fechou cinco aquisições em dois anos e meio – CSS, Centennial Torres, Skysites (pequena empresa de sites), 51% da rede de fibra da TIM e GTS, também de torres. O investimento em redes de
acesso totalizou US$ 1,3 bilhão.
Na compra da rede da TIM, recebeu metade da infraestrutura em fibra e metade em fibra para uma central, sendo complementada por cobre. Nassar disse que tudo será convertido em fibra para casa (FTTH). Atualmente, a I-Systems tem no Brasil 7.000 torres e 7 milhões de residências com fibra passada em frente, em 40 localidades. Do total, cerca de 2,8 milhões têm rede de cobre e 4 milhões têm fibra.
A companhia está procurando provedores de fibra óptica e torres para comprar no Brasil, em outros mercados latino-americanos e na África,
“Vamos analisar qualquer negócio de torre e fibra”, disse Nassar, incluindo os ativos que a TIM da Telecom Italia, a Claro da América Móvil e a Vivo da Telefónica terão que vender como condição imposta pelos reguladores para a compra do negócio de telefonia móvel da rival Oi. Entre os negócios em andamento está a Alloha Fibra, provedora de banda larga de propriedade da empresa de private equity EB Capital.
(Fonte: jornal Valor - 20.10.2022)
Sengi Solar
A Sengi Solar é uma empresa do grupo paranaense Tangipar, que atua na distribuição de
equipamentos fotovoltaicos.
A empresa investiu R$ 440 milhões na construção de duas fábricas de módulos.
A primeira, em Cascavel, no Paraná, foi inaugurada oficialmente em 21 de outubro de 2022, com operação em um turno, e a empresa espera abrir os outros dois turnos no início de 2023.
Com a inauguração da primeira fábrica de módulos fotovoltaicos 100% brasileira, a Sengi Solar quer ser mais do que uma alternativa à China — fonte da maioria dos painéis solares fornecidos ao mundo — e espera abrir as portas para novos fabricantes de componentes de energia solar para se estabelecer no país, em um momento em que o Brasil assiste à ampliação da capacidade instalada da fonte de energia em ritmo acelerado. Ao contrário da geração eólica, que conta com fornecedores brasileiros de componentes como pás e torres eólicas, a geração solar não conseguiu formar uma cadeia local.
A segunda planta, em Ipojuca (Pernambuco), está programada para entrar em operação em meados de 2023. As duas plantas combinadas serão capazes de produzir 1 gigawatt por ano, disse Everton Fardin, CEO da empresa. Ele conta que entre a primeira conversa e a produção do primeiro módulo fotovoltaico, houve um intervalo de apenas nove meses.
Para atender a produção, a Sengi ainda depende da importação de matérias-primas. No entanto, a empresa já iniciou conversas para obter abastecimento local. A Sengi fechou negociações, por exemplo, com uma multinacional fabricante de vidros com produção brasileira para fornecer a matéria-prima à empresa, cujo nome não foi divulgado por questões estratégicas — o vidro é uma das principais matérias-primas para a fabricação dos painéis, e atualmente é importado da China.
“A empresa viu uma oportunidade e disse que se garantíssemos uma demanda de 1 GW, forneceria o vidro necessário para a produção”, disse Fardin. Recentemente, a energia solar ultrapassou a marca dos 20 GW, dos quais 14 GW são pequenas centrais geradoras, e tornou-se a terceira fonte de eletricidade mais utilizada no país, atrás apenas da eólica (24 GW) e hídrica (109 GW).
O executivo conta que a empresa viu o nível de evolução tecnológica desacelerar em relação ao que acontecia no passado, o que facilitou a decisão de apostar na produção brasileira — a empresa adotou a mais moderna tecnologia de fabricação, cujos ciclos de atualização intervalos entre seis e sete anos. Cada um dos processos de montagem leva em média 25 segundos.
“A tecnologia do módulo atingiu tal nível que as mudanças são pequenas [entre ciclos]. Já dimensionamos a planta para que nos próximos seis ou sete anos ela ainda seja competitiva no mercado.”
O Sr. Fardin também disse que a empresa está em negociações com institutos de pesquisa, universidades e empresas de consultoria para desenvolver projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) relacionados ao desenvolvimento de tecnologias solares nacionais. Parte dos recursos para a implantação das usinas veio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), que visa à formação de uma indústria nacional de semicondutores. O programa estabelece como contrapartida a aplicação de 5% da receita bruta em projetos de P&D.
Um dos objetivos nesse caso, é o desenvolvimento de uma célula solar 100% brasileira, o que tornaria o país menos dependente da China e mais adequado às condições climáticas brasileiras. A célula é o componente que converte a energia solar em energia elétrica através do chamado efeito fotovoltaico, utilizando materiais semicondutores, principalmente o silício cristalizado. Várias células formam um módulo solar e vários módulos formam um painel solar.
(Fonte: jornal Valor - 20.10.2022)
20 de out. de 2022
MP Lafer
A história do MP Lafer do Brasil começou nos idos de 1970, mais precisamente em 1972 com a fabricação do belo roadster MP que replicava o MG TD 1952. Mas para que este sonho fosse alcançado, Percival Lafer - um empresário no ramo da construção de móveis – decidiu fabricar um carro fora-de-série que atendesse ao gosto dos jovens da época.
Com uma equipe de profissionais altamente especializados na construção com plástico reforçado com fibra de vidro, logo o MP não demoraria para ganhar o sucesso.
A dúvida era qual carro poderia ser fabricado. Não demorou muito e Percival logo se decidiu pelo MG TD 1952 , um carro pertencente à Sra. Ivone, esposa de um funcionário da Lafer - João Arnault - o qual a tinha presenteado pelo seu aniversário. Tudo isso só veio à tona por causa do atraso de Arnault em chegar à empresa, pegando assim o carro de Ivone para chegar a tempo.
Logo trataram de desmontar o MG para que o projeto fosse colocado em prática com os novos moldes dos futuros MP. Com isso, em 1974 começavam a ser produzidas as primeiras unidades do MP , logo após a aprovação do público durante o Salão do Automóvel em São Paulo, ocorrido em 1972.
Por dentro, o painel revestido em madeira era bastante nostálgico, lembrando o carro que o originou. No centro do painel estavam medidor de combustível, de temperatura, relógio (opcional), indicador de pressão do óleo, voltímetro e, ao lado, como não poderia deixar de estar, velocímetro e o conta-giros com mostradores maiores.
No ano de 1980, chegou a vender 600 unidades. No final de 1983 o modelo TI, lançado cinco anos antes, passaria por mais uma atualização de estilo afastando-o de vez do seu grande inspirador britânico. E também do mercado externo, que continuava preferindo o design original. Em 1986, buscando recuperar a atratividade dos seus carros tornando-os verdadeiramente esportivos, a Lafer preparou um protótipo com motor dianteiro baseado nos antigos MG. Apresentado no XIV Salão com o nome MP-TX.
Em 1990, a produção foi interrompida. Em quase 17 anos, foram construídos cerca de 4.300 automóveis, mais de mil deles exportados para mais de três dezenas de países. Os moldes das carrocerias de fibra de vidro do MP foram enterrados no terreno da fábrica, em São Bernardo do Campo, onde jazem até hoje, sob as fundações de um grande supermercado.
(Fonte: carros.ig - 21.09.2021 / Wikipédia - partes)
19 de out. de 2022
Genu-in
O novo negócio venderá peptídeos e gelatina para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. O colágeno é amplamente conhecido como uma proteína que auxilia na hidratação da pele, redução de rugas e regeneração da cartilagem, entre outros benefícios.
“É uma empresa que já nasceu grande, posicionando-se entre os três maiores players do mercado com 10% do mercado global de peptídeos e gelatina de pele bovina”, disse Claudia Yamana, CEO da nova empresa do grupo.
A Genu-in será a principal empresa brasileira neste ramo. Concorrente direta da JBS no processamento de proteína bovina, a Marfrig, por exemplo, só vende os subprodutos de sua produção para fabricantes de colágeno e gelatina. Globalmente, os maiores concorrentes são a alemã Gelita e a Rousselot, da norte-americana Darling Ingredients. Ambos têm operações no Brasil.
A Genu-in ingressa na nova divisão de negócios da JBS, com operações que transformam os subprodutos das cadeias de processamento de bovinos, suínos e aves em produtos como couro, biodiesel, fertilizantes, rações, insumos farmacêuticos, higiene pessoal e materiais de limpeza . O colágeno já era produzido pela JBS, mas para uso em alimentos industrializados à base de carne.
A sra. Yamana argumenta que o diferencial para os concorrentes está justamente no controle de toda a cadeia, “da origem à planta”, preservando o colágeno nativo e seus benefícios. No primeiro momento, a produção será concentrada em produtos feitos de pele bovina.
Com unidade em Presidente Epitácio, São Paulo, a Genu-in inicia suas operações com mais de 130 funcionários. A capacidade de produção é de 6.000 toneladas de peptídeos de colágeno e 6.000 toneladas de gelatina por ano.
(Fonte: jornal Valor - 10.08.2022 / 18.10.2022 - partes)