A distribuidora de medicamentos Jamyr de Vasconcellos foi fundada em 1941.
Em 1974, Samuel Barata, que até então possuía uma concessionária de veículos, comprou a Jamyr Vasconcellos.
Barata começou a vida profissional como co-piloto da Panair, partindo depois para outros negócios: lojas de pneus, construtora, incorporadora e financeira.
O embrião da maior cadeia de farmácias do Rio de Janeiro foi a compra, em 1978, de uma centenária farmácia carioca, a Pacheco, localizada no centro da cidade. Foi o segundo passo de Samuel Barata no ramo farmacêutico.
Por volta do ano 2000, o grande negócio do grupo ainda era a distribuidora de medicamentos. Na época, a Jamyr Vasconcellos tinha 70% de participação no total de vendas do grupo.
O movimento para o varejo se acentuou a partir de 1999 - somente naquele ano foram abertas 18 farmácias. De 107 lojas em 1998, pulou para 190 em outubro de 2003.
A rápida expansão lhe rendeu acusações de concorrência desleal. Em um estudo sobre o varejo farmacêutico do Rio de Janeiro, a pesquisadora Ilana Kogan Goldsmid, do Instituto de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro afirma que a Jamyr Vasconcellos se aproveitou do relacionamento com seus clientes para impulsionar a própria rede. Ilana relata diversas queixas dos varejistas de que a Jamyr Vasconcellos usava informações sobre o giro deles para identificar bons pontos, onde mais tarde seriam abertas farmácias Pacheco.
Entre os analistas, não é uma visão generalizada. "A Jamyr conhece muito bem a região e pode mapear os pontos com potencial sem ser desleal", diz Mauro Pacanowski, professor de varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing, no Rio de Janeiro, e ex-superintendente da rede fluminense Max Padrão, de 200 farmácias. De qualquer forma, em vários bairros da cidade, a Pacheco tem uma certa overdose de pontos de venda, como por exemplo, na rua 7 de setembro no centro do Rio de Janeiro. Uma via apertada, em que em apenas um quarteirão, o pedestre tem três alternativas para comprar seus remédios. Concorrência acirrada? Não dá para dizer bem isso. As três pertencem à mesma rede - Drogarias Pacheco.
Nos primeiros anos da década de 2000, Barata afastou-se do dia a dia das operações - abrindo espaço para profissionais e para sua filha, Helena, nascida em 1956 -, mas continuou a visitar regularmente as lojas e os pontos dos concorrentes. Sua marca registrada é a discrição. Jamais aparece em eventos sociais, mesmo os promovidos pelo setor (pelo qual é visto com certa reserva), e evita os holofotes da mídia.
Em 2011, a Pacheco se juntou à drogaria São Paulo, formando a DPSP. Juntas, as duas empresas - fortes em regiões diferentes do país - poderiam resistir à onda de consolidação do setor.
As empresas continuam funcionando de forma separada. Os antigos donos das duas drogarias - Samuel Barata, da Pacheco, e Ronaldo Carvalho, da São Paulo - têm visões diferentes para o futuro da nova empresa. Pelo acordo da fusão, o controle da companhia é compartilhado. A família Barata tem 51% da nova empresa e os 12 acionistas da São Paulo, 49%, com o poder de indicar o presidente executivo. Os dois lados ainda não fizeram grande esforço para unificá-la. Com a aproximação de pretendentes à aquisição, talvez tenham que mudar de ideia.
A DPSP, considerando as duas bandeiras, São Paulo e Pacheco, possui mais de 700 lojas nos quatro estados da região Sudeste e na Bahia.
(Fontes: revista Exame SP - julho 2002 / revista Exame - 15.10.2003 / Exame online - 09.06.2014 - partes)
Em 1974, Samuel Barata, que até então possuía uma concessionária de veículos, comprou a Jamyr Vasconcellos.
Barata começou a vida profissional como co-piloto da Panair, partindo depois para outros negócios: lojas de pneus, construtora, incorporadora e financeira.
O embrião da maior cadeia de farmácias do Rio de Janeiro foi a compra, em 1978, de uma centenária farmácia carioca, a Pacheco, localizada no centro da cidade. Foi o segundo passo de Samuel Barata no ramo farmacêutico.
Por volta do ano 2000, o grande negócio do grupo ainda era a distribuidora de medicamentos. Na época, a Jamyr Vasconcellos tinha 70% de participação no total de vendas do grupo.
O movimento para o varejo se acentuou a partir de 1999 - somente naquele ano foram abertas 18 farmácias. De 107 lojas em 1998, pulou para 190 em outubro de 2003.
A rápida expansão lhe rendeu acusações de concorrência desleal. Em um estudo sobre o varejo farmacêutico do Rio de Janeiro, a pesquisadora Ilana Kogan Goldsmid, do Instituto de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro afirma que a Jamyr Vasconcellos se aproveitou do relacionamento com seus clientes para impulsionar a própria rede. Ilana relata diversas queixas dos varejistas de que a Jamyr Vasconcellos usava informações sobre o giro deles para identificar bons pontos, onde mais tarde seriam abertas farmácias Pacheco.
Entre os analistas, não é uma visão generalizada. "A Jamyr conhece muito bem a região e pode mapear os pontos com potencial sem ser desleal", diz Mauro Pacanowski, professor de varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing, no Rio de Janeiro, e ex-superintendente da rede fluminense Max Padrão, de 200 farmácias. De qualquer forma, em vários bairros da cidade, a Pacheco tem uma certa overdose de pontos de venda, como por exemplo, na rua 7 de setembro no centro do Rio de Janeiro. Uma via apertada, em que em apenas um quarteirão, o pedestre tem três alternativas para comprar seus remédios. Concorrência acirrada? Não dá para dizer bem isso. As três pertencem à mesma rede - Drogarias Pacheco.
Nos primeiros anos da década de 2000, Barata afastou-se do dia a dia das operações - abrindo espaço para profissionais e para sua filha, Helena, nascida em 1956 -, mas continuou a visitar regularmente as lojas e os pontos dos concorrentes. Sua marca registrada é a discrição. Jamais aparece em eventos sociais, mesmo os promovidos pelo setor (pelo qual é visto com certa reserva), e evita os holofotes da mídia.
Em 2011, a Pacheco se juntou à drogaria São Paulo, formando a DPSP. Juntas, as duas empresas - fortes em regiões diferentes do país - poderiam resistir à onda de consolidação do setor.
As empresas continuam funcionando de forma separada. Os antigos donos das duas drogarias - Samuel Barata, da Pacheco, e Ronaldo Carvalho, da São Paulo - têm visões diferentes para o futuro da nova empresa. Pelo acordo da fusão, o controle da companhia é compartilhado. A família Barata tem 51% da nova empresa e os 12 acionistas da São Paulo, 49%, com o poder de indicar o presidente executivo. Os dois lados ainda não fizeram grande esforço para unificá-la. Com a aproximação de pretendentes à aquisição, talvez tenham que mudar de ideia.
A DPSP, considerando as duas bandeiras, São Paulo e Pacheco, possui mais de 700 lojas nos quatro estados da região Sudeste e na Bahia.
(Fontes: revista Exame SP - julho 2002 / revista Exame - 15.10.2003 / Exame online - 09.06.2014 - partes)
2 comentários:
Meu pai trabalhou na Jamir Vasconcelos como posso entrar em contato pra poder solicitar um documento
Também queria saber
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