Em 15 de março de 1966 foi constituída a Indústria de Celulose Borregaard S.A., que propunha-se a fornecer matéria-prima vegetal renovável para uma fábrica do grupo localizada na Noruega.
Em 1968, a Borregaard tem seu primeiro plantio de eucaliptos, executado pela comissão técnica da Noreno do Brasil.
Na década de 1970, a Borregaard compra a Fazenda Barba Negra, no município de Barra do Ribeiro (RS), com mais de 10 mil hectares, para formação de florestas.
A Borregaard inaugura oficialmente a planta industrial de celulose de Guaíba, Rio Grande do Sul, em 16 de março de 1972.
Ao longo dos anos 1970, o odor fétido exalado das chaminés, deixava os moradores da região à beira de um ataque de nervos. A empresa era sinônimo de agressão ambiental.
Como resultado de inúmeras reclamações contra o mau cheiro exalado pela fábrica, que empesteava o ar com emanações de enxofre e poluição no Rio Guaíba, no qual lançava resíduos químicos, é feita, em 1974, a interrupção na produção durante o período de 100 dias, para instalação de avançados equipamentos tecnológicos com a finalidade de reduzir as emissões oriundas do processo fabril.
Em julho de 1975 o controle acionário é assumido pelo Sulbrasileiro/MFM.
Cinco meses mais tarde, em 23 de dezembro de 1975 a empresa passa a se chamar Rio Grande Companhia de Celulose do Sul – Riocell.
Em novembro de 1978 assumem dois novos acionistas, BNDES e Banco do Brasil.
Em 1982, a empresa é privatizada depois de vários anos sob intervenção do BNDES, arrebatada pela holding KIV Participações, formada por Klabin, Iochpe e Votorantim, que assumiu o comando. Em 10 de março de 1982, nova alteração da razão social é definida. A empresa passa a se chamar Riocell S.A. Também em março (1982), dá-se o início de Operação “Fábrica Nova” – Uma caldeira nova (carvão), uma unidade de branqueamento, uma máquina de secar celulose, uma unidade de produção de dióxido de cloro.
Em dezembro de 1985, é concedida a aprovação – Compra da Unidade de Produção de Papel do Grupo De Zorzi.
Foi na década de 1980 que a Riocell passou de vilã para modelo de gestão ambiental e de negócios. Convocou o maior inimigo da poluição causada pela empresa, o ecologista José Lutzemberger, para ajudar a resolver os problemas relacionados ao meio ambiente.
Cinco meses mais tarde, em 23 de dezembro de 1975 a empresa passa a se chamar Rio Grande Companhia de Celulose do Sul – Riocell.
Em novembro de 1978 assumem dois novos acionistas, BNDES e Banco do Brasil.
Em 1982, a empresa é privatizada depois de vários anos sob intervenção do BNDES, arrebatada pela holding KIV Participações, formada por Klabin, Iochpe e Votorantim, que assumiu o comando. Em 10 de março de 1982, nova alteração da razão social é definida. A empresa passa a se chamar Riocell S.A. Também em março (1982), dá-se o início de Operação “Fábrica Nova” – Uma caldeira nova (carvão), uma unidade de branqueamento, uma máquina de secar celulose, uma unidade de produção de dióxido de cloro.
Em dezembro de 1985, é concedida a aprovação – Compra da Unidade de Produção de Papel do Grupo De Zorzi.
Foi na década de 1980 que a Riocell passou de vilã para modelo de gestão ambiental e de negócios. Convocou o maior inimigo da poluição causada pela empresa, o ecologista José Lutzemberger, para ajudar a resolver os problemas relacionados ao meio ambiente.
Desde 1987 a Riocell tentou obter licença dos órgãos de proteção ambiental para duplicar sua fábrica de celulose. A autorização só foi dada no dia 28 de maio de 1992, depois de um longo embate com a população local.
Em março de 1990 é feita a montagem de uma unidade de deslignificação.
Em abril de 1992, é feita a montagem de uma unidade de Produção de Cloro Soda.
O Iochpe aliena, em outubro de 1995, a totalidade de suas ações para os fundos de previdência privada Previ (Banco do Brasil) e Petros (Petrobras).
A Riocell passou os anos 1990 mergulhada numa crise profunda. O preço da celulose despencou, e um plano de expansão, essencial para a sobrevivência da empresa, foi engavetado. Com isso, ela perdeu participação de mercado e se endividou. De 1996 a a 2000, a operação só deu prejuízo.
Em setembro de 1999, os sócios da Riocell contrataram o engenheiro mecânico paulista Geraldo Haenel, ex-executivo da Suzano, para comandar a tentativa de recuperação da empresa.
O esforço para dar fôlego à companhia incluiu até programas que em situações normais não entrariam em pauta: começou a exportar madeira e em outubro de 1999 foi embarcado o primeiro navio. Outro negócio para gerar receitas extras foi fechado com uma das maiores laminadoras do mundo, a americana Boise Cascade, que ficou com 13.000 hectares de florestas de eucalipto da Riocell.
Em maio de 2000, a razão social muda para Klabin Riocell S.A. Em outubro, a Klabin integraliza 100% do controle da empresa.
Por volta de setembro de 2000, os executivos da empresa, comandados por Josmar Verillo, deixaram claro que o foco da Klabin como um todo dali para frente seria em produtos de maior valor, como embalagens e papéis sanitários. Para a Riocell a ordem era buscar um sócio estratégico para produção de celulose ou mesmo um comprador.
Em 2002, em razão da classificação por ramo de negócio, a empresa passa a integrar o segmento Celulose da Klabin S.A.
Em maio de 2002, dentro do Projeto Riocell 2000, é feita a instalação de uma nova CR, evaporação e melhorias generalizadas nas áreas Ambiental e Produção de 300 para 400.000 toneladas.
Em 30 de maio de 2003, precisando fazer desinvestimentos para melhorar seu caixa, o Grupo Klabin anuncia a venda da Riocell para a Aracruz Celulose, que assume a Riocell S.A. em 2 de julho. O negócio foi fechado por 610 milhões de dólares. Para se ter uma ideia das condições financeiras da Klabin, em uma de suas edições de agosto de 2002. a revista Veja chegou a citar a empresa como a "quebrada Klabin". Considerando que essa citação estava dentro do texto e não em manchete, poucos no mercado aparentemente a notaram.
Em 1 de janeiro de 2004, a denominação da empresa passa a ser Aracruz Celulose S.A.
Em 24 de agosto de 2008 é feito o lançamento da pedra fundamental do projeto de expansão.
Em 8 de outubro de 2009, o grupo CMPC adquiriu a Celulose Riograndense (que nasceu como Borregaard e depois recebeu o nome de Riocell), uma fábrica de celulose em Guaíba, Rio Grande do Sul, que pertencia à Aracruz, depois Fibria/Suzano, por US$ 1,43 bilhão.
Também em 2009, a CMPC adquiriu da brasileira Melhoramentos Papéis, fabricante de tissue e fraldas, os ativos de fabricação de papéis tissue (papéis higiênicos, toalhas e guardanapos).
CMPC é um grupo chileno controlado pela família Matte, criado no dia 12 de março de 1920. Sua origem é oriunda da fusão das empresas de papel Ebbinghaus, Haensel & Cía e a Comunidad Fábrica de Cartón Maipú.
Em 1 de dezembro de 2009, é dado o inicio das operações como CMPC Celulose do Brasil Ltda. e, mais adiante, mudança da razão social para CMPC Celulose Riograndense Ltda.
Em julho de 2013 é dado o início das obras do Projeto Guaíba 2, cuja meta é elevar a produção de 450 mil toneladas por ano para 1,75 milhão de toneladas anuais de celulose de fibra curta. No mês seguinte, agosto de 2013, deu-se o lançamento da Pedra Fundamental do Projeto Guaíba 2.
Em 3 de maio de 2015, deu-se o inicio das operações da segunda linha de produção de celulose.
A CMPC atua em basicamente quatro segmentos:
Silvicultura: Gerencia os ativos florestais da empresa no Chile, Argentina e Brasil. Sua subsidiária CMPC Maderas desenvolve e vende produtos de madeira maciça, madeira serrada, remanufaturados e compensados.
Celulose: Produz e comercializa celulose. Em suas quatro fábricas (três localizadas no sul do Chile e uma no estado do Rio Grande do Sul, Brasil), produz 2,5 milhões de toneladas por ano. Tem mais de 200 clientes em 40 países.
Papel: produz e vende papelão, papelão ondulado, caixas de papelão ondulado e sacos de papel. Possui também uma área especializada na distribuição de papel e outra área para a reciclagem destes. Exporta seus produtos para países da América, Europa e Ásia.
Tissue: produz e comercializa produtos de papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos, papel toalha, fraldas para crianças e adultos e toalhas femininas.
A CMPC vende localmente e exporta para mais de 50 países. Os produtos do grupo fazem parte e estão integrados ao cotidiano de milhares de pessoas. A empresa tem atualmente operações em 8 países: Chile (sede), Brasil, Argentina, Uruguai, México, Colômbia, Peru e Equador. É composta por mais de 17 mil colaboradores diretos, distribuídos em 40 plantas industriais.
No Brasil, a CMPC tem quatro plantas: Recife (PE), Caieiras (SP), Mogi das Cruzes (SP) e Guaíba (RS). Sua capacidade de produção de celulose de eucalipto é de cerca de 1,8 milhões de toneladas por ano.
Em agosto de 2019, sua coligada Softys adquire a paranaense Sepac, por R$ 1,3 bilhão e consolida a liderança no mercado de tissue.
Em março de 1990 é feita a montagem de uma unidade de deslignificação.
Em abril de 1992, é feita a montagem de uma unidade de Produção de Cloro Soda.
O Iochpe aliena, em outubro de 1995, a totalidade de suas ações para os fundos de previdência privada Previ (Banco do Brasil) e Petros (Petrobras).
A Riocell passou os anos 1990 mergulhada numa crise profunda. O preço da celulose despencou, e um plano de expansão, essencial para a sobrevivência da empresa, foi engavetado. Com isso, ela perdeu participação de mercado e se endividou. De 1996 a a 2000, a operação só deu prejuízo.
Em setembro de 1999, os sócios da Riocell contrataram o engenheiro mecânico paulista Geraldo Haenel, ex-executivo da Suzano, para comandar a tentativa de recuperação da empresa.
O esforço para dar fôlego à companhia incluiu até programas que em situações normais não entrariam em pauta: começou a exportar madeira e em outubro de 1999 foi embarcado o primeiro navio. Outro negócio para gerar receitas extras foi fechado com uma das maiores laminadoras do mundo, a americana Boise Cascade, que ficou com 13.000 hectares de florestas de eucalipto da Riocell.
Em maio de 2000, a razão social muda para Klabin Riocell S.A. Em outubro, a Klabin integraliza 100% do controle da empresa.
Por volta de setembro de 2000, os executivos da empresa, comandados por Josmar Verillo, deixaram claro que o foco da Klabin como um todo dali para frente seria em produtos de maior valor, como embalagens e papéis sanitários. Para a Riocell a ordem era buscar um sócio estratégico para produção de celulose ou mesmo um comprador.
Em 2002, em razão da classificação por ramo de negócio, a empresa passa a integrar o segmento Celulose da Klabin S.A.
Em maio de 2002, dentro do Projeto Riocell 2000, é feita a instalação de uma nova CR, evaporação e melhorias generalizadas nas áreas Ambiental e Produção de 300 para 400.000 toneladas.
Em 30 de maio de 2003, precisando fazer desinvestimentos para melhorar seu caixa, o Grupo Klabin anuncia a venda da Riocell para a Aracruz Celulose, que assume a Riocell S.A. em 2 de julho. O negócio foi fechado por 610 milhões de dólares. Para se ter uma ideia das condições financeiras da Klabin, em uma de suas edições de agosto de 2002. a revista Veja chegou a citar a empresa como a "quebrada Klabin". Considerando que essa citação estava dentro do texto e não em manchete, poucos no mercado aparentemente a notaram.
Em 1 de janeiro de 2004, a denominação da empresa passa a ser Aracruz Celulose S.A.
Em 24 de agosto de 2008 é feito o lançamento da pedra fundamental do projeto de expansão.
Em 8 de outubro de 2009, o grupo CMPC adquiriu a Celulose Riograndense (que nasceu como Borregaard e depois recebeu o nome de Riocell), uma fábrica de celulose em Guaíba, Rio Grande do Sul, que pertencia à Aracruz, depois Fibria/Suzano, por US$ 1,43 bilhão.
Também em 2009, a CMPC adquiriu da brasileira Melhoramentos Papéis, fabricante de tissue e fraldas, os ativos de fabricação de papéis tissue (papéis higiênicos, toalhas e guardanapos).
CMPC é um grupo chileno controlado pela família Matte, criado no dia 12 de março de 1920. Sua origem é oriunda da fusão das empresas de papel Ebbinghaus, Haensel & Cía e a Comunidad Fábrica de Cartón Maipú.
Em 1 de dezembro de 2009, é dado o inicio das operações como CMPC Celulose do Brasil Ltda. e, mais adiante, mudança da razão social para CMPC Celulose Riograndense Ltda.
Em julho de 2013 é dado o início das obras do Projeto Guaíba 2, cuja meta é elevar a produção de 450 mil toneladas por ano para 1,75 milhão de toneladas anuais de celulose de fibra curta. No mês seguinte, agosto de 2013, deu-se o lançamento da Pedra Fundamental do Projeto Guaíba 2.
Em 3 de maio de 2015, deu-se o inicio das operações da segunda linha de produção de celulose.
A CMPC atua em basicamente quatro segmentos:
Silvicultura: Gerencia os ativos florestais da empresa no Chile, Argentina e Brasil. Sua subsidiária CMPC Maderas desenvolve e vende produtos de madeira maciça, madeira serrada, remanufaturados e compensados.
Celulose: Produz e comercializa celulose. Em suas quatro fábricas (três localizadas no sul do Chile e uma no estado do Rio Grande do Sul, Brasil), produz 2,5 milhões de toneladas por ano. Tem mais de 200 clientes em 40 países.
Papel: produz e vende papelão, papelão ondulado, caixas de papelão ondulado e sacos de papel. Possui também uma área especializada na distribuição de papel e outra área para a reciclagem destes. Exporta seus produtos para países da América, Europa e Ásia.
Tissue: produz e comercializa produtos de papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos, papel toalha, fraldas para crianças e adultos e toalhas femininas.
A CMPC vende localmente e exporta para mais de 50 países. Os produtos do grupo fazem parte e estão integrados ao cotidiano de milhares de pessoas. A empresa tem atualmente operações em 8 países: Chile (sede), Brasil, Argentina, Uruguai, México, Colômbia, Peru e Equador. É composta por mais de 17 mil colaboradores diretos, distribuídos em 40 plantas industriais.
No Brasil, a CMPC tem quatro plantas: Recife (PE), Caieiras (SP), Mogi das Cruzes (SP) e Guaíba (RS). Sua capacidade de produção de celulose de eucalipto é de cerca de 1,8 milhões de toneladas por ano.
Em agosto de 2019, sua coligada Softys adquire a paranaense Sepac, por R$ 1,3 bilhão e consolida a liderança no mercado de tissue.
Em 9 de dezembro de 2021,o grupo CMPC fez mais uma aquisição no Brasil, estreando no mercado local de embalagens. Por cerca de R$ 946 milhões, acertou a compra da Iguaçu Celulose Papel, segunda maior fornecedora de sacos industriais do país. O negócio inclui ativos de celulose, papel e sacos de papel no Paraná e Santa Catarina, além de florestas de pinus. O valor acordado inclui dívidas. Conforme comunicado de fato relevante encaminhado à Comissão do Mercado Financiero (CMF), que regula o mercado de capitais no Chile, a CMPC informou que o acordo inclui três fábricas com capacidade anual de produção de 105.000 toneladas de celulose, 120.000 toneladas de sack kraft e 21 mil toneladas de papéis especiais, além de linhas de conversão com capacidade de 500 milhões de sacas de papel por ano. Uma área para plantio de pinus, com cerca de 1,9 milhão de metros cúbicos, também faz parte do pacote. O negócio foi concluído em abril de 2022.
Em maio de 2022, a coligada Softys concluiu uma nova aquisição, a mexicana MABE, por US$ 265 milhões.
Um mês depois, (junho de 2022), a CMPC acertou a compra da Powell Valley Millwork, especializada na fabricação de painéis, esquadrias e outros produtos de madeira, por cerca de US$ 40 milhões, tornando-se sua primeira operação industrial nos Estados Unidos.
Com R$ 5,5 bilhões já investidos no Brasil (dados de agosto de 2023), a CMPC destinou R$ 2,75 bilhões ao projeto BioCMPC, que aumentará em 350 mil toneladas a capacidade de produção de celulose de eucalipto da fábrica de Guaíba, no Rio Grande do Sul, tornando-a a fábrica mais sustentável do grupo — e um dos mais sustentáveis do mundo. As operações estavam programadas para começar em 1º de novembro de 2023.
Questionado (em agosto de 2023) sobre os planos de expansão geográfica do grupo, Francisco Ruiz-Tagle, CEO das empresas CMPC, disse que a CMPC é uma empresa regional com operações na América Latina e agora nos Estados Unidos. Mas chega a 50 países por meio das exportações.
(Fonte: revista Exame - 28.10.1992 / 04.10.2000 / 04.08.2004 / jornal Valor online international edition - 03.04.2017 / 07.08.2019 / site da empresa / Wikipédia / LinkedIn / Valor - 10.12.2021 / 13.12.2021 / 21.08.2023 - partes)
Um comentário:
Excelente matéria. Era o que eu estava buscando. Gracias. Marcos Saraçol.
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