Total de visualizações de página

4 de nov. de 2024

Tania Bulhões

          Em 1989, Tania Bulhões abria sua primeira loja, ainda em Uberaba, Minas Gerais.
          De lá pra cá, a artista e empreendedora só viu o seu negócio crescer e transformar-se em um verdadeiro império do luxo – focado em peças de decoração, porcelanas, perfumes e, mais recentemente, até um restaurante e bar (localizados dentro de sua loja conceito, nos Jardins).
          Tania Bulhões começou em Minas pintando louça. Com 14 anos, vendia para vizinhos e parentes. Depois, abriu uma loja pequena em Uberaba (Minas Gerais). Era uma lojinha na frente, escritório e um ateliê na parte de trás – onde ela pintava pratos, telas, móveis e tudo mais.
          O passo seguinte foi vir para a Alameda Itu (São Paulo). Uma loja bem pequena, uma garagem. Seus clientes já eram de fora. Naquela época, Uberaba tinha uma feira e exposição de gado muito relevante. Então, tinham pessoas do Brasil inteiro que frequentavam a região. Depois da Alameda Itu, Tania foi para a Alameda Gabriel Monteiro da Silva. E, mais tarde, a loja conceito na Rua Colômbia. Tania chegou a São Paulo porque seu filho veio trabalhar com ela.
          Sua área é design. É artista, mas também é empreendedora. Em dois momentos muito marcantes sentiu que a marca iria decolar. Primeiro, quando ela passou a loja para a Alameda Gabriel Monteiro da Silva. Ali, consegui colocar uma coisa que acha super importante para a marca, o lifestyle. Ela sempre preservou duas coisas que, acredita, a trouxeram até aqui: qualidade e um estilo próprio. Ela acho que isso foi muito importante para essa virada. E, em 2016, a outra grande virada, foi quando convidou meu filho (Virgílio Castro Cunha, CEO da Tania Bulhões), que era do mercado financeiro, para trabalhar com ela. Ele quem veio com a proposta de crescer, foi atrás de investidores.
          Tania Bulhões acha três coisas super importantes para definir o que é luxo: qualidade, design e lifestyle. Ela sempre admirou o caminho que algumas marcas de luxo fizeram – que é o de se manter fiel ao longo do tempo. com o próprio estilo. "Essa coisa de seguir tendências é muito complicado para o luxo" segundo ela. "Eu tenho visto marcas grandes que estão se perdendo. E, outras, claro, que conseguem manter o foco. Eu fico sempre atenta em relação a isso. Você tem que ser fiel ao próprio estilo e não abrir mão de qualidade. É difícil – porque qualidade exige preço. O mercado de luxo se define por qualidade e estilo próprio", diz.
          Uma coisa que Tania Bulhões acha importante dentro da sua história é a curiosidade que lhe inspira a viajar e olhar o mundo, lhe inspira também a natureza do Brasil, sair nas ruas, observar as pessoas. Para além dos museus e das galerias, se interessa em andar nas ruas e observar as pessoas. A França, por exemplo, é um lugar muito importante. Paris é uma segunda casa para ela. Tem relação com o seu trabalho e admira a arquitetura e o movimento da cidade.
          A ideia da loja conceito, com bar e restaurante surgiu porque ela adora receber. Talvez isso venha da cultura mineira. Em sua casa sempre teve isso de reunião de familiar, de receber as pessoas. Ela vem deste convívio de mesa. Ela sempre pensou em proporcionar esse estilo de vida. "Também, por ir muito para Paris, conheci muitos chefs por lá. Por isso, pensei em juntar essa experiência de um convívio com restaurante e bar". Neste contexto, na primeira semana de novembro de 2024, começa a promover um chá da tarde na loja.
          A empresa está começando a organizar uma internacionalização da marca. Será aberto em dezembro um showroom em Nova York. Nossa internacionalização está sendo bem pensada dando um passo de cada vez. Tem outro nicho que está aí no  horizonte que é a hotelaria. Ainda não é nada concreto, mas há algumas propostas de ter um hotel com a marca e o estilo da casa. Mas ainda é muito embrionário.
(Fonte: Estadão - 04.11.2024)

25 de out. de 2024

Ouribank (antigo Ourinvest)

          O Ouribank, que antes se chamava Ourinvest, foi protagonista do mercado de investimentos imobiliários da década de 1990. Nessa época, o setor carecia de opções de financiamento além do crédito bancário tradicional, ao contrário do que acontece hoje, quando há diversidade de opções para captação de recursos.
          O grupo foi o primeiro a lançar um fundo imobiliário destinado ao varejo – o fundo do Shopping Pátio Higienópolis, de 1999, que está em operação até hoje. Além disso, criou uma companhia hipotecária independente, a Brazilian Mortgages, e uma securitizadora, a Brazilian Securities, que deram o pontapé nas primeiras emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) há mais de 20 anos.
          Em 2011, o Ouribank vendeu a operação na área imobiliária, a Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), para o BTG Pactual. Mais recentemente, em 2022, foi a vez da venda da operação de gestão de recursos e securitização para o Fator.
          No segundo semestre de 2024, após vender as operações do setor imobiliário, o Ouribank decidiu recolocar os pés nos canteiros. O banco montou um time para atuar no financiamento de obras, compra de recebíveis e emissão de dívida com garantia de imóveis. A previsão é construir uma carteira de R$ 500 milhões nos próximos três anos.
          A decisão de voltar ao setor se deve à experiência do banco e ao crescimento do mercado de crédito imobiliário. Além disso, as cláusulas de não competição já foram quase todas superadas. “Temos conhecimento, experiência e apetite”, afirma o líder de negócios imobiliários do Ouribank, Jefferson Pavarin, que trabalhou na Brazilian Securities e retornou ao grupo em 2023.
          Nesse retorno, o foco será atender incorporadoras e loteadoras de pequeno e médio portes espalhadas pelo país. Essa é a categoria de empresas que têm mais dificuldade de tomar dinheiro nos bancos. Com a escassez de recursos da poupança para abastecer os financiamentos bancários, as empresas tendem a buscar alternativas de liquidez, segundo o diretor comercial da instituição, Izzy Politi.
          Em 2024, até outubro, o Ouribank já fez duas operações de financiamento a obras. Um dos projetos é um residencial de alto padrão em Barra Velha (SC), cidade que fica na vizinhança de Penha e Balneário Camboriú (SC). O outro foi um loteamento no município de São José dos Campos (SP). Juntas, as operações somaram R$ 45 milhões.
          A instituição está concluindo a sua primeira emissão de Letra de Crédito Imobiliário (LCI), em torno de R$ 15 milhões. Esse modelo de captação vai ajudar a financiar mais projetos nos próximos meses, combinada com o caixa próprio em tesouraria.
(Fonte: Estadão - 24.10-.2024)

24 de out. de 2024

Herreshoff Automóveis

          Charles Herreshoff, um americano de ascendência alemã, nasceu na França e recebeu parte da sua educação na Escócia. Herreshoff seguiu os seus antepassados no negócio dos iates e, mais tarde, desenhou casas em estilo espanhol e italiano.
          Para além de tudo isto, fundou uma empresa de automóvel com o seu próprio nome. Foram 
produzidos vários modelos, com uma variedade de tipos de carroçaria e motores.
          Embora não tenha tido uma vida extraordinariamente curta para os padrões da época, a marca 
Herreshoff esteve em atividade apenas de 1909 a 1914.
          Mesmo os especialistas americanos em clássicos podem passar uma vida inteira sem ver um dos seus automóveis.
(Fonte: msn)

22 de out. de 2024

Beep Saúde

          A Beep Saúde é uma healthtech especializada em serviços domiciliares de saúde foi fundada em 2016 no Rio de Janeiro pelo médico Vander Corteze, presidente da Beep.
          A Beep faz atendimento domiciliar em diferentes serviços de saúde. Lançada no início com o serviço de imunização, passou a realizar exames médicos.
          Em setembro de 2024, a Beep recebeu novo investimento de R$ 100 milhões. Liderado pela gestora americana Lightsmith, o aporte teve a participação de investidores renomados que já tinham participação na Beep, como o CZI (fundo de Mark Zuckerberg e Priscilla Chan) e David Vélez (fundador do Nubank). Já a gestora Actyus (de Sergio Furio, fundador da Creditas) está entrando na Beep pela primeira vez. Com o aporte, a empresa passou a ser avaliada em R$ 1,2 bilhão.                       
          “Equilibramos as contas na virada de 2023, nos tornamos lucrativos e ficamos independentes de novas rodadas de captação”, diz Vander Corteze. “Mas, quando contei o resultado de nossa reestruturação em maio (2024), na Brazil Week (evento voltado ao empreendedorismo brasileiro, em Nova York), fomos surpreendidos com essa oferta de aporte da Lightsmith.”.
          Especializada em investimentos em soluções para problemas ligados ao meio ambiente, a Lightsmith fez com que Corteze entendesse que facilitar o acesso da população ao diagnóstico e à prevenção de doenças via imunização faz parte da tese de adaptações dos seres humanos às mudanças climáticas. “A dengue é uma doença que tem correlação com mudança climática, e doenças respiratórias também”, diz ele. “Para a gente, foi um ângulo novo e bastante interessante, que não tínhamos percebido.”
          A Beep trabalha hoje (setembro de 2024), com cerca de 50 operadoras de saúde – que, juntas, têm 6 milhões de clientes. Com esse público potencial, a Beep tem cerca de mil funcionários, 400 carros e já realizou 1 milhão de atendimentos desde que foi criada. Hoje, está presente em 100 cidades, como São Paulo e Brasília. Os R$ 100 milhões do novo aporte serão usados em desenvolvimento de tecnologia nos próximos dois anos.
          Considerando números de 2024, a Beep tem receita anual de aproximadamente R$ 300 milhões,
(Fonte: Estadão - 13.09.2024)

21 de out. de 2024

Itafos Fertilizantes

          A Itafos (lê-se Itafós) é uma empresa norte-americana de fertilizantes fosfatados e tem unidade em Arraias, no estado de Tocantins.
          Devido aos preços baixos dos adubos, a fábrica ficou parada entre 2020 e 2022, quando retornou com a produção de ácido sulfúrico para atender a crise de abastecimento do produto.
          Em 2023, foram 45 mil toneladas de fertilizantes produzidas e, em 2024, deve colocar no mercado 120 mil toneladas de adubos acabados e 100 mil toneladas apenas de ácido sulfúrico. A empresa prevê superar R$ 100 milhões em receita no Brasil em 2024 com a retomada da unidade de Arraias.Até 2027, quer fabricar aqui 350 mil toneladas de fosfato natural e superfosfato simples e ter suas próprias misturadoras em Tocantins, diz Felipe Coutas, presidente.
          Além de ter suas próprias misturadoras dentro do complexo de Arraias, a Itafos também procura parcerias. “Já estamos discutindo com algumas grandes empresas que pretendem se instalar na região”, revela Coutas.
          A Itafos planeja iniciar em 2030 o projeto de mina de fosfato que será explorada em São Félix do Xingu (PA), atualmente em fase de licenciamento. A exploração está prevista no Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), política do governo que visa diminuir a dependência que o Brasil tem de adubos importados, hoje (2024) em 85%.
          Os produtos da Itafos chegam à região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), e a Minas Gerais, Pará e Goiás.
          Hoje (2024) é uma das principais fornecedoras no País.
(Fonte: Estadão)

20 de out. de 2024

Durant Motors

          Expulso da General Motors pela segunda vez, William C. Durant, o homem que criou a General Motors, fundou uma nova empresa com o seu próprio nome, a Durant Motors por volta de 1922.. Um modelo de 1923 foi um dos seus primeiros automóveis. Outras marcas, como a Star e a Locomobile, foram adicionadas à Durant Motors, numa aparente tentativa de imitar a GM.
          Os resultados não foram bons. Durant estava mais uma vez tentando expandir-se demasiadament depressa, o que, combinado com a Grande Depressão, levou ao fracasso tanto da marca como da empresa ao fim de apenas dez anos.
          Durant foi um grande empreendedor, cuja visão influenciou decisivamente a indústria automobilística. Apesar de não ter se tornado tão famoso como Henry Ford, seu contemporâneo, Durant foi tão importante quanto ele. Sua visão do futuro da indústria automobilística se mostraria mais lúcida do que a de qualquer outro.
(Fonte: msn)

18 de out. de 2024

Terra Brasil (mineradora)

          A mineradora Terra Brasil tem como acionistas os irmãos Eduardo Duarte de Freitas (CEO) e 
André Luis Duarte Freitas (CFO).
          Em meados de outubro de 2024, a Yerra Brasil contratou a Genial Investimentos como assessora financeira exclusiva para atrair investidores para a próxima fase da empresa. A empresa busca financiamento para extrair fosfato, potássio e elementos de terras raras de uma jazida em Presidente Olegário, no noroeste de Minas Gerais. O investimento previsto totaliza R$ 2,4 bilhões. O banco será responsável por identificar potenciais investidores e estruturar a operação financeira.
          “Estamos reunindo informações para montar o data room. Até o início de 2025, devemos ter o valuation da empresa pronto, o que ajudará a definir os próximos passos”, disse Luiz Werner Brandão, diretor de estratégia da Terra Brasil. As opções incluem uma rodada de investimentos Série A com fundos de capital de risco ou acordos com um grupo de investidores financeiros ou comerciais.
          Até então, os irmãos Eduardo e André Luis investiram R$ 220 milhões em estudos de viabilidade técnica e econômica, obtenção de licenças e desenvolvimento de tecnologias para extração e concentração mineral.
          O projeto envolve a exploração de um depósito de kamafugita, uma rocha vulcânica rica em fosfato, potássio e elementos de terras raras, localizada na divisa entre Presidente Olegário e Patos de Minas (Minas Gerais). De acordo com pesquisas iniciais, o depósito contém 3,1 bilhões de toneladas de kamafugita, que pode ser minerada por até 50 anos.
          Eduardo Duarte observou que a produção de fertilizantes será o principal negócio da empresa. A Terra Brasil, em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia e a Universidade Federal de Viçosa, está desenvolvendo fertilizantes de liberação controlada para soja, milho e milheto. Os testes de campo devem ser concluídos no início de 2025, após o qual a empresa solicitará o registro no Ministério da Agricultura.
          “Kamafugite é um fertilizante natural e orgânico, altamente eficaz para remineralização do solo. Estamos trabalhando para concentrar seus nutrientes para aumentar a eficiência”, disse Eduardo Duarte.
          Brandão acrescentou que se a empresa garantir o financiamento com sucesso, a planta de processamento de minerais estará operacional até 2028, inicialmente com foco na extração de potássio e fosfato. O potencial para elementos de terras raras ainda está em pesquisa. Dos 17 elementos classificados como terras raras, 15 estão presentes no depósito, incluindo gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio, lutécio, lantânio, cério, praseodímio, neodímio, samário, ítrio e európio.
          A produção de fertilizantes deve começar em 100.000 toneladas por ano, aumentando gradualmente para 1 milhão de toneladas anualmente. Segundo o Sr. Duarte, a produção atenderá a demanda em um raio de 200 quilômetros do depósito.
          O depósito está localizado a 70 quilômetros da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), operada pela VLI Multimodal, com acesso a rodovias federais, facilitando as conexões com portos para exportação de terras raras.
          Como muitos projetos de mineração, o plano da Terra Brasil é de longo prazo, tendo começado em 2016. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), US$ 5,58 bilhões em investimentos são projetados para o setor até 2028. No entanto, o progresso é frequentemente prejudicado por atrasos na obtenção de licenças e desafios legais. Atualmente, o Brasil importa 75% de seus fertilizantes fosfatados e 95% de seu potássio, de acordo com o Conselho Nacional de Fertilizantes (CONFERT).
          Outro exemplo é a Potássio Brasil, em Autazes, no Amazonas, que começou em 2013 e deve entrar em operação em 2029. A reserva é estimada em 170 milhões de toneladas de potássio, com investimentos projetados para chegar a US$ 2,5 bilhões.
          No setor de fosfato, a Galvani Fertilizantes planeja investir R$ 3 bilhões até 2027 para dobrar a capacidade de produção na Bahia para 1,2 milhão de toneladas por ano e construir uma planta no Ceará em parceria com as Indústrias Nucleares do Brasil. Esse plano, iniciado em 2008, ainda depende da obtenção das licenças necessárias para seguir adiante.
(Fonte: Valor - 19.10.2024)

17 de out. de 2024

Brushes

          A carreira de Alanson Brush incluiu períodos de trabalho para a Buick, Cadillac e Oldsmobile. Em 1907, criou a sua própria empresa. O automóvel Brush era movido por um motor monocilíndrico e apresentava um chassis, rodas e eixos feitos de madeira, o que suscitou algumas críticas.
          A empresa durou apenas até 1913, mas nessa altura a Brushes já se tinha espalhado por todo o lado. 
Carros da Brushes foram fotografados, por exemplo, em Estocolmo, por volta de 1910.
          Em 1912 ,o notável Francis Birtles utilizou um para completar a primeira travessia da Austrália de oeste para leste, começando em Fremantle e terminando em Sydney.
          Anos mais tarde, Birtles disse: "Naqueles tempos, era um bom carro", mas acrescentou: "Hoje em dia, um homem habituado a um carro moderno dificilmente confiaria num carro como o nosso para o levar de um subúrbio para outro".
(Fonte: msn)msn

16 de out. de 2024

Detroit Electric

          Na virada do século XIX para o século XX, não estava claro se o caminho a seguir seria o de alimentar um automóvel com um motor a vapor, um motor de combustão interna ou um motor elétrico.
          Como o seu nome sugere, a Detroit Electric optou pela terceira opção. Isso era comum naquela altura dos acontecimentos no tocante à evolução dos automóveis. O que era menos comum era o fato de a marca ter se mantido assim durante três décadas.
          A Detroit Electric foi fundada em 1907 e ainda estava apresentava bons resultados quando o Modelo 93, de aspecto muito antiquado, foi construído em 1922. As vendas caíram depois disso, mas a Detroit Electric continuou até 1939.
(Fonte: msn)