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30 de jan. de 2024

Osten

          O grupo Osten está desde 2001 sob o comando da família Yamaniski, de origem japonesa.
          O grupo é mais conhecido pela rede de concessionárias de automóveis de luxo de marcas icônicas, como BMW, Jaguar, Land Rover, Jeep e mais recentemente pela chinesa BYD e seus carros elétricos. Também está se transformando num grupo voltado para soluções ligadas à mobilidade, indo além da venda de veículos.
          Em 2020, a empresa entrou no mercado de locação de frota de veículos premium e também diversificou no segmento de seguros, indo além de veículos. 
          Em 2021, iniciou no segmento de carro de luxo por assinatura. Em 2022, virou aceleradora de startups em áreas com potencial de crescimento – não apenas as ligadas à mobilidade –, como jogos e aprendizado de máquina (machine learning), por exemplo. 
          Em 2023, a maior parte do faturamento (67%) foi da comercialização de veículos e do pós-venda. Segmentos de locação e carro por assinatura representaram 32%. Mas a intenção da empresa é mudar esse mix a médio prazo, ampliando a fatia de outros segmentos ligados à mobilidade. A meta é, em no máximo cinco anos, que a locação e a assinatura respondam pela metade do faturamento do grupo. Nos últimos tempos, com o avanço dos carros eletrificados (híbridos e elétricos) de várias marcas de luxo que a empresa representa e a mudança do comportamento do consumidor – que tem preferido alugar veículo de luxo no lugar de comprar –, a companhia precisou mudar para atender a essas novas demandas.
          Terminado o ano de 2023, a Osten vira uma empresa bilionária. A companhia faturou pela primeira vez R$ 1 bilhão. 
          Em 2024 a companhia desenvolve um projeto piloto de uma nova empresa de soluções para veículos elétricos, a Revo, cuja assinatura da marca é “Electric Revolution” e está desde dezembro de 2023 funcionando em caráter experimental. A transformação da concessionária de carros de luxo para um grupo com foco na mobilidade acompanha as mudanças que estão ocorrendo no mercado de veículos. “Não podemos ficar dependentes das concessionárias, temos de diversificar”, diz Jorge Yamaniski Neto, diretor da Osten Group. Nascido em 1992, Yamaniski Neto começou na empresa da família aos 25 anos de idade. O executivo diz que o modelo de concessionárias pode ter prazo de validade no Brasil, assim como já ocorre no mercado externo. Como as pessoas estão cada vez mais tendo acesso ao ambiente online, as marcas de veículos entenderam que não faz sentido ter tantas lojas físicas, que exigem investimento, argumenta.
          Em 2024, duas novas revendas da Osten que estão em construção, localizadas em São Paulo (SP) e Santos (SP), por exemplo, irão revender carros da marca BYD. As duas novas lojas se juntam às dez concessionárias em funcionamento hoje no grupo.
          Outro acelerador da transformação da Osten foi o avanço do carro elétrico. Esse tipo de veículo exige menos manutenção e revisões do que o carro a combustão. Como as idas às concessionárias após a venda devem diminuir, a perspectiva é que a receita com serviços também recue. Por isso, a saída do grupo é buscar faturamento em outros mercados relacionados à mobilidade.
          A atividade da companhia irá além dos equipamentos. Entre empresas e pessoas físicas, Yamaniski Neto observa que ainda há pouco conhecimento sobre carros elétricos. E os temas sobre os quais falta informação são infraestrutura, pós-venda, manutenção e autonomia, por exemplo.
(Fonte: Estadão - 26.01.2024)

29 de jan. de 2024

Momo Gelato

          A gelateria Momo foi fundada por Walter de Mattos Júnior que é o CEO da empresa.
          Antes de abrir a casa-mãe, em 2014, no Leblon, Walter, economista com MBA em Harvard, foi aprender com os italianos a fazer gelato. Na volta ao Rio, deu uma “cariocada” nas receitas. Surgiu assim o best-seller Momocookies (com biscoitinhos e brigadeiro de chocolate belga), o pavê de doce de leite e o grego de Momo (de iogurte grego com damascos, amêndoas e mel orgânico), vendidos em casquinhas e copinhos.
          Por incrível que pareça, sorvete não é um amor de verão. Sorvete é uma receita comestível de prazer, autoindulgência e bom humor. Para o Momo Gelato, é um modo de vida. Aliás, sorvete não: gelato, que tem menos gordura e é batido em velocidade mais lenta para evitar a adição de ar. Como resultado, a massa tem textura densa e sabor mais intenso. Não congela completamente e é servida em temperatura mais elevada, 11 graus negativos. “A gente não serve produto congelado, a 18, 20 graus negativos, que só não vira pedra porque incorpora muito ar, gordura e açúcar”, explica Walter de Mattos Júnior.
          Apesar de vender 10 toneladas por mês, algo como 100 mil porções, a Momo não é um negócio de volume. As produções são diárias e artesanais. A casa conta ainda com as Tortas di Gelato, caso da 
Fior di Pistacchio (pão de ló caseiro, recheio e cobertura de pistache mediterrâneo).
          Em São Paulo a Momo tem unidade na Rua Oscar Freire, 168, Jardim Paulista.
(Fonte: Estadão - 29.01.2024)

28 de jan. de 2024

Coelho da Fonseca

          A tradicional imobiliária Coelho da Fonseca, especializada em imóveis de alto padrão, foi 
fundada por Alvaro Coelho da Fonseca, em 1975.
          Alvaro Marco Coelho da Fonseca, de nascido em 1986 e o irmão Luiz Alfredo Coelho da 
Fonseca, nascido em 1994, são os diretores da companhia. Ambos tocam o dia a dia da imobiliária.
          O fundador, nascido em 1952 está no conselho da empresa e coordena projetos especiais, como a 
incorporação do Haras Larissa, condomínio de luxo de casas de campo em Monte Mor (SP).
          No início de 2024 a empresa anuncia que vai passar a usar ferramentas de inteligência artificial para facilitar a venda de imóveis – uma atividade que tem cada vez mais a ajuda dos meios online. É uma forma de alcançar um público que vem rejuvenescendo. “A ideia é implementar a inteligência artificial em 2024. É um projeto grande, complexo, desenvolvido por uma equipe interna, mas 
queremos fazer o quanto antes”, disse ao Estadão Alvaro Marco Coelho da Fonseca.
          O projeto de IA está recebendo investimentos de mais de R$ 1 milhão. Com o uso dessas ferramentas, quem acessar o site poderá descrever oralmente ou por meio de texto as características do imóvel que procura, como se estivesse em contato com um corretor. Até então, a busca no site da imobiliária ocorre por meio da seleção de vários quesitos: se a procura é por casa ou apartamento, o valor ou a localização, por exemplo. É uma dinâmica um tanto cansativa, na opinião de Alvaro Marco. Já com o uso da inteligência artificial, argumenta ele, será possível fazer uma busca mais apurada, com muitos detalhes, como o estilo do imóvel, o arquiteto que o projetou e o tamanho do terreno. A partir de cada demanda, as informações serão processadas por meio da inteligência artificial mais rapidamente e com mais detalhes. A ferramenta fará uma leitura do banco de dados, hoje com 20 mil imóveis, 
selecionando os que se enquadram no perfil do comprador.
          O movimento de usar inteligência artificial no dia a dia da empresa ganha importância especialmente no momento em que a clientela de imóveis de alto padrão está rejuvenescendo. Com a explosão das startups, das consultorias, das gestoras de ativos e das butiques financeiras, por exemplo, um público mais jovem, na faixa de 40 anos, começou a comprar imóveis de alto padrão. “Os ‘faria limers’ (em alusão às pessoas que trabalham nessas novas empresas localizadas na Avenida Faria Lima, em São Paulo) estão ganhando muito dinheiro hoje”, observou Alvaro Marco. Por isso, disse ele, a imobiliária precisa estar em constante modernização. “Não podemos ser só tradicionais, atendendo o 
cara de 60, 70 anos.”
          Além do rejuvenescimento do perfil dos compradores de imóveis de alto padrão, avaliados acima de R$ 2 milhões, a pandemia de covid-19 aumentou a demanda por casas fora da cidade de São Paulo. Com a normalização das atividades, o que se observa agora é o aumento da procura por casas dentro da capital, mas em condomínios fechados. No entanto, esse produto está escasso. “Antigamente, a procura era muito maior por apartamentos do que casas, e agora está equilibrada”, disse Luiz Alfredo.
(Fonte: Estadão - 24.01.2024)

24 de jan. de 2024

Prologis

          A empresa americana de galpões Prologis tem sede em São Francisco, Califórnia. Por ser global, a Prologis tem a conta mundial de grandes empresas do comércio eletrônico e de distribuição.
          A Prologis investe no Brasil desde 2008 e tem uma joint venture com o grupo canadense Ivanhoe 
Cambridge para fazer galpões logísticos no mercado brasileiro.
          No início de 2024, a subsidiária brasileira da Prologis ganha força nas operações internacionais. O CEO para o Brasil, Armando Fregoso, foi promovido ao comando de toda a operação na América Latina.
          Em 12 de janeiro de 2024, numa transação de R$ 850 milhões, o terreno onde ficava a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, no ABC, com mais de 1 milhão de metros quadrados, foi comprado pela Prologis. No local, deve ser construído um centro logístico, com investimento total estimado em mais de R$ 2 bilhões. O terreno pertencia a dois fundos imobiliários, o SJ AU Logística, que detinha 75%, e outro do BTG Pactual, com os 25% restantes. A Ford vendeu o local após a decisão de interromper a produção no país e se desfez de vários ativos, incluindo um na Bahia e outro em Taubaté (SP). A área estava sendo usada em locações para alguns inquilinos, como uma antena de celular.
          A transação demorou alguns meses para ser fechada. O ABC tem localização imbatível em termos de logística, ao lado de São Paulo, perto do Porto de Santos e de grandes rodovias. Mas não tem mais locais disponíveis. O que há é muito caro e acaba usado para imóveis residenciais e escritórios.
          O terreno foi bem disputado. Brookfield, Autonomy, HSI, LOG CP, Banco Fator, além de fundos locais e internacionais e construtoras, olharam o negócio. Os donos planejavam encontrar um parceiro para desenvolver um centro logístico, mas com a alta dos juros e dos custos de construção acabaram optando por vender.
          Os proprietários se aproveitaram da valorização que a pandemia gerou em espaços perto de grandes centros, em especial para o comércio eletrônico. Só o fundo do BTG teve ganho de capital de 20,5% em relação ao que foi pago, segundo comunicado
          Uma fonte ouvida pela Coluna diz que o empreendimento deve ser o maior parque logístico do Brasil. A expectativa é que só as obras custem mais de R$ 1 bilhão, fora outros investimentos, que elevam o total de gastos para além de R$ 2 bilhões.
          Segundo fontes, a obra no ABC tem chance alta de contar com financiamento do Canadá.
          A venda do terreno ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
(Fonte: Estadão - 16.01.2024)

23 de jan. de 2024

Gardner Motor Company

 

1922 Gardner Roadster R

          Sem um dólar no bolso, Russell E. Gardner trocou seu estado natal, Tennessee, por St. Louis em 1879. Três décadas e meia depois, ele era multimilionário. Gardner fez sucesso em St. Louis ao fabricar carrinhos Banner antes da virada do século e, ao contrário de muitos construtores de vagões, estava bem ciente do que a era automobilística significava para seu negócio. Ele começou construindo novas carrocerias Chevrolet e, paralelamente, sua empresa construía vagões.
          Em 1915, isso levou à montagem completa dos Chevrolets em St. Louis e Russell Gardner controlava todo o comércio da Chevrolet a oeste do rio Mississippi.
          Gardner vendeu seu negócio Chevrolet para a General Motors depois que seus três filhos ingressaram na Marinha durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
          Após a guerra, seus filhos decidiram construir seus próprios automóveis. A Gardner Motor Company foi fundada em 1920 por Russell E. Gardner, Sr. como presidente do conselho, Russell E. Gardner, Jr. como presidente e Fred Gardner como vice-presidente. Sua sede era em St. Louis, Missouri.
          Sua experiência anterior tinha sido na montagem de automóveis, por isso não foi surpreendente que o Gardner fosse montado a partir de peças compradas. Os motores Lycoming foram usados ao longo dos anos de produção. Um modelo de quatro cilindros com distância entre eixos de 112 polegadas (2.800 mm) e preço médio foi lançado no final de 1919 como modelo de 1920.
          As vendas em 1921 foram de 3.800 carros, que aumentaram em 1922 para 9.000.
          No início de 1924, Cannon Ball Baker estabeleceu um novo recorde transcontinental no meio do inverno de Nova York a Los Angeles em 4 dias, 17 horas e 8 minutos em um Gardner.
          Foi quando começaram a se preparar para ampliar a linha de produtos e a rede de distribuição. A capacidade da fábrica passou a 40.000 carros anualmente e, em 1925, estes incluíam seis e oito cilindros. Os quatro cilindro foram abandonados em 1925, com os seis e os oito cilindro sendo produzidos em 1926 e 1927.
          Em 1927 e 1929, os oitos cilindros foram os únicos motores usados. O interior dos carros da Série 90 tinha muitos materiais de alta qualidade, como ferragens com acabamento prateado, cortinas de seda, peças de madeira de nogueira e estofamento de mohair (as séries 75 e 80 não tinham nogueira no interior). Todos os carros tinham um padrão de medidor de combustível e temperatura. Durante o verão de 1929, Gardner anunciou dois contratos automobilísticos "muito importantes". O primeiro foi com a Sears, Roebuck and Company, que queria que Gardner desenvolvesse um novo carro para ser vendido pelo correio. O outro foi com a New Era Motors, para fabricar o Ruxton com tração dianteira. Com a quebra do mercado de ações no final de 1929, ambos os negócios foram cancelados.
          Para o modelo Gardner de 1930, eles retornaram apenas ao motor de seis cilindros. Em janeiro de 1930, a empresa anunciou um carro de seis cilindros com tração dianteira, um seis de 80 cv (60 kW) em uma distância entre eixos de 133 pol. (3.380 mm) com carroceria Baker-Raulang que ostentava um capô mais longo e com rebaixamento distinto. Raros na América, eles usavam freios hidráulicos de expansão interna Lockheed e amortecedores hidráulicos bidirecionais. Infelizmente, descobriu-se que eles produziriam apenas protótipos deste modelo.
          Os modelos de 1931 eram iguais ao modelo de 1930, apenas ligeiramente atualizados. Em meados de 1931, Russell E. Gardner Jr. solicitou permissão de seus acionistas para interromper a produção de automóveis. As razões que ele deu para o fracasso de sua empresa foram que Gardner não tinha sido rentável depois de 1927 devido à concorrência feroz dos principais produtores de automóveis e ao seu controle de muitas fontes de fornecimento de peças. O carro funerário Gardner foi construído até 1932, mas então a empresa encerrou toda a produção.
          A produção, portanto da Gardner, durou 12 anos: de 1920 a 1931.
          O Gardner era importado no Brasil. Em janeiro de 1924, por exemplo, propaganda do carro era feita no jornal O Estado de S.Paulo (Estadão).
(Fonte: Wikipédia - parte)

22 de jan. de 2024

Vast (antiga Açu Petróleo)

          A Açu Petróleo é controlada pela Prumo Logística, empresa responsável pelo Porto do Açu. A empresa começou a operar o terminal na zona norte do estado do Rio de Janeiro em 2016 com atividades de transbordo e, desde então, vem registrando um crescimento médio anual de 30%. A expansão ocorreu paralelamente à entrada de novos derivados de petróleo no Brasil e ao aumento das 
exportações.
          A Açu Petróleo é a empresa responsável pelo transbordo de petróleo no terminal do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).
          No início de fevereiro de 2022, a empresa foi rebatizada de Vast. "Não queremos mais estar só no Açu ou só no petróleo, então não era mais possível ser a Açu Petróleo”, explica o CEO da empresa, 
Victor Bomfim.
          A Açu Petróleo (Vast) anuncia que começará o ano investindo entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões na construção de um gasoduto que ampliará a operações da empresa, conectando o terminal que opera no porto da zona norte do Rio de Janeiro à malha de dutos da Petrobras. Em linha com a expansão além do Açu, a empresa vai se reposicionar no mercado e, a partir desta terça-feira, passará a se chamar Vast Infraestrutura, de olho na expansão dos negócios com a venda de ativos da Petrobras e na aceleração da transição energética.
          No início de 2022, a Vast assinou um acordo preliminar de interligação com a Petrobras e a Transpetro para a construção de um gasoduto do Porto do Açu até a malha existente da estatal, que sai do Terminal de Cabiúnas, localizado em Macaé (RJ). A ligação, de cerca de 40 quilômetros, permitirá que o petróleo que chega e sai do Açu seja entregue às refinarias de Duque de Caxias (Reduc), também no estado do Rio de Janeiro, e Gabriel Passos (Regap), no estado de Minas Gerais.
          Bomfim conta que parte dos dutos da Petrobras que ligam o Terminal de Cabiúnas às refinarias da região Sudeste está ocioso, devido à redução da produção na Bacia de Campos nos últimos anos. Já o Açu fica próximo à Bacia de Santos, região onde a produção vem crescendo na última década.
A Regap, refinaria que faz parte da malha de dutos à qual a Vast quer se conectar, está incluída no processo de desinvestimento da Petrobras. O ativo ainda está em negociação. Bomfim explica que a Vast já atua no fornecimento de petróleo para refinarias, incluindo a Refinaria Abreu e Lima, Rnest (PE), e a Refinaria Mataripe (BA), operada pela Acelen, o primeiro ativo de refinaria vendido pela Petrobras. “Com o aumento da produção e exportação de petróleo brasileiro e o desinvestimento do parque de refino, aumentará a dinâmica do mercado de petróleo e derivados. O Brasil certamente importará e exportará mais petróleo. Entendemos que todo esse movimento de desinvestimento da refinaria é bom para o Brasil, vai dinamizar o mercado e os fluxos”, afirma.
          O terminal do Açu é o único projeto privado do país capaz de receber navios Very Large Crude Carrier (VLCC), modelo amplamente utilizado para exportações para a Ásia. A Vast assinou no início de 2022 contrato com as estatais chinesas CNOOD e CNDC para exportar o petróleo a que essas empresas terão direito no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. As empresas chinesas têm participação minoritária nos volumes excedentes da área, que é operada pela Petrobras.
          Considerando dados do início de 2022, o terminal do Açu tem capacidade para movimentar até 1,2 milhão de barris de petróleo por dia, com possibilidade de expansão para 2 milhões de barris por dia. Com contrato para atender as principais petroleiras que produzem no país, em 2021, um total de 26% do volume de petróleo exportado pelo Brasil no ano passou pelo terminal de São João da Barra, incluindo volumes da Petrobras e Shell, então os dois maiores produtores . 
          Paralelamente ao desenvolvimento do gasoduto, a Vast está planejando iniciar a construção de um parque de tanques de 100.000 metros cúbicos para receber combustíveis em 2022. O empreendimento permitirá à empresa manusear outros líquidos além do petróleo.
(Fonte: Valor - 05/02/2022)

21 de jan. de 2024

TSMC

          A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, Limited - TSMC ( em chinês : 台灣積體電路製造股份有限公司), foi fundada em 1987 por Morris Chang e tem sede no Hsinchu Science Park, em Hsinchu, Taiwan.
          Uma das maiores empresas de Taiwan, é fabricante de semicondutores. É a maior fábrica 
independente de semicondutores do mundo.
          TSMC foi a primeira fabrica a produzir chips de 7 e 5 nanômetros, posteriormente aplicados no microprocessador Apple A14, o primeiro a comercializar a tecnologia de litografia Extreme Ultraviolet (EUV) em grandes volumes.
          Em 2022, a TSMC foi considerada uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Considerando dados de 2022, a TSMC atendeu 532 clientes e fabricou 12.698 produtos para diversas aplicações, cobrindo uma variedade de mercados finais, incluindo computação de alto desempenho, 
smartphones, Internet das Coisas (IoT), automotivo e eletrônicos de consumo digitais.
          A capacidade anual das instalações de fabricação gerenciadas pela TSMC e suas subsidiárias excedeu 15 milhões de wafers equivalentes de 12 polegadas em 2022. Essas instalações incluem quatro fábricas GIGAFAB® de wafer de 12 polegadas, quatro fábricas de wafer de 8 polegadas e uma fábrica de wafer de 6 polegadas – todas em Taiwan – bem como uma fábrica de wafer de 12 polegadas em uma subsidiária integral, TSMC Nanjing Company Limited, e duas fábricas de wafer de 8 polegadas em subsidiárias integrais, TSMC Washington nos Estados Unidos e TSMC China Company Limited.
          Em dezembro de 2022, a TSMC anunciou que, além da primeira fábrica da TSMC Arizona, que está programada para iniciar a produção da tecnologia de processo N4 no primeiro semestre de 2025, a empresa também iniciou a construção de uma segunda fábrica que está programada para iniciar a produção de tecnologia de processo de 3nm em 2026. Ao mesmo tempo, a empresa continua a executar seu plano para uma fábrica em Kumamoto, no Japão, com produção prevista para o final de 2024.
(Fonte: Wikipédia / site da TSMC - partes)

20 de jan. de 2024

Salta

          Salta é uma rede de escolas de educação básica fundada em 2013. A empresa era antes conhecida como Eleva.
          Desde a sua fundação, o grupo realizou de 45 a 50 aquisições, sendo a mais significativa a compra de escolas da Cogna, em 2021, duplicando o tamanho de Salta, que abandonou sua estreia no B3 em 2021 para adquirir as 42 escolas da Cogna, pagando R$ 700 milhões pelo ativo, o que levou ao escrutínio do mercado. A empresa pretendia captar R$ 1,5 bilhão, com a IPO, com incertezas se a oferta seria na Nasdaq ou na B3. “Desta vez com certeza será no Brasil. No mesmo ano de 2021 vendeu seus sistemas de ensino.
          A empresa tem o bilionário Jorge Paulo Lemann entre seus investidores, 
          Em 2022, vendeu a Eleva School para o grupo britânico Inspired por R$ 2 bilhões.
          Segundo Bruno Elias, CEO da Salta, o IPO, previsto para o segundo semestre de 2024, permitirá transações maiores, semelhantes às realizadas com a Cogna. “A abertura de capital abre possibilidades; Posso fazer uma operação maior com troca de ações, por exemplo”, disse Elias, “Desta vez com certeza será no Brasil".
          A Salta deve finalizar a aquisição de duas escolas em São Paulo até abril de 2024 e está retomando seu projeto de oferta pública inicial para o final do mesmo ano.
          Simultaneamente, o fundo Gera – maior acionista de Salta com aproximadamente 55% – está em negociações para a venda parcial de sua participação a gestoras de recursos como Atmos e Advent. A participação atualmente detida por Lemann, Marcel Telles, Opportunity, família Vidigal, entre outros, está em negociação. O Warburg Pincus, que detém 25% do fundo, deverá permanecer e potencialmente aumentar a sua participação, segundo fontes.
          Os detalhes da transação não estão totalmente definidos, pois o prazo do fundo é de 10 anos e já expirou, mas alguns investidores querem ficar para o IPO. Apesar de negociarem a venda de suas participações por meio do Gera, os Srs. Lemann e Telles são investidores de outros fundos que investiram em Salta. Os Srs. Lemann e Telles detêm aproximadamente 10% da empresa cada, indicando seu contínuo envolvimento no grupo educacional.
           Considerando números de janeiro de 2024, a Salta possui escolas como Anglo, pH e Elite, distribuídas em 185 unidades no país, com mensalidades que variam de R$ 800 a R$ 4 mil mensais, dependendo da marca. A Salta conta com 130 mil alunos e é avaliada em R$ 5 bilhões, A receita bruta esperada para 2024 é de R$ 2,4 bilhões.
          O Salta tem 17 unidades no estado de São Paulo e até o meio do ano seriam 22, a partir de um investimento de R$ 300 milhões.
(Fonte: jornal Valor - 16.01.2024 / Estadão - 29.02.2024 - partes)

16 de jan. de 2024

Bonolat

          A história da Bonolat começou com o investimento do Grupo Asperbras Alimentos Lácteos S.A em 2011.
          A primeira unidade foi instalada em Itapagipe, Minas Gerais e, recentemente foi inaugurada a unidade de Penápolis, no interior de São Paulo.
          A Bonolat produz e comercializa produtos de origem láctea, e, também, refrescos a base de frutas, a fim de garantir um mix de produtos completo, com a qualidade total para o consumidor, transparência nas relações, respeito ao consumidor, meio ambiente e sociedade.
          Completando 12 anos desde a fundação da primeira unidade, a empresa lança mais uma nova linha de produtos e investe na expansão da marca.
(Fonte: ....................)

15 de jan. de 2024

Em Sherif Restaurante

          Em Sherif é uma rede de restaurantes libaneses de alto padrão com origem em Beirute, a capital do Líbano. O Em Sherif é conhecido pela gastronomia sofisticada e tradicional. O restaurante de alto padrão promove excelência na supervisão da comida com pratos requintados feitos com ingredientes 
frescos e de qualidade.
          Em Sherif, que se traduz como “a mãe de Sherif” em árabe, é um restaurante tradicional mas requintado que é um centro de encontro para a cultura libanesa, não importa em que posto avançado se encontre – uma cultura que é provada, vista, ouvida e constantemente sentida – através da sua gastronomia, decoração, música e hospitalidade familiar.
          A fundadora e chef, Mireille Hayek, abriu seu primeiro restaurante em Beirute, no Líbano, em 2011 e desde então cresceu para ter 12 restaurantes em toda a região do Oriente Médio, incluindo até o momento no Egito, Kuwait e Catar, para citar alguns, e mais emocionantes locais internacionais entrarão em seu controle em breve.
          No segundo semestre de 2024 São Paulo ganha uma unidade do Em Sherif. Trata-se da primeira
unidade da rede na América Latina.
          O restaurante de culinária oriental fará parte do complexo Cidade Matarazzo. “Estamos muito entusiasmados com o anúncio de mais um empreendimento na Cidade Matarazzo. A autenticidade e experiência sensorial do Em Sherif traz o DNA do que fazemos diariamente em nossos projetos”, diz
César Antonelli, CEO da Mfoods, pilar gastronômico da Cidade Matarazzo, por meio de nota.
          A Cidade Matarazzo contará ainda com mais de 35 novas experiências, entre cafés, lojas pequenas de serviço rápido, bares e restaurantes. As filiais focam em empreendimentos luxuosos no mundo, como no Palm Hotels, no Kuwait; no Four Seasons de Damasco, na Síria; na Harrods de Londres; no Hotel de Paris, de Mônaco; e na Maha Island, em Doha, no Catar. Além do Em Sherif, a Cidade Matarazzo contará com o Preta Maria, restaurante de cozinha africana da chef e apresentadora
Bela Gil.
(Fonte: Estadão - 15.01.2024 / site da empresa - partes)

EM SHERIF CAFE, Beirute - Cardápio, Preços & Comentários de ...






14 de jan. de 2024

Bhering Chocolates

          O chocolate é uma das preferências nacionais e a fábrica Bhering, fundada em 1880, no Rio de Janeiro, foi a primeira fábrica de chocolate e café moído do Brasil. Produtora de alimentos derivados de chocolate, café e guloseimas, como a “bala Toffe”, “bala Boneco”, “chocolate Refeição”, “café Globo”, a fábrica reuniu modernização e arquitetura durante o seu funcionamento.
          O início das atividades da fábrica foi na Rua Sete de Setembro. No entanto, com as obras de modernização da cidade, na gestão de Pereira Passos, o prédio foi demolido. Com a construção da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, a fábrica deslocou-se para a rua Treze de Maio, próximo ao Teatro Municipal. Já na década de 1930, instalou-se na zona portuária da cidade. Em um prédio de arquitetura imponente, possuía maquinários modernos, importados da Europa, operava com sofisticação e com técnicas aprendidas no exterior.
          Entre as décadas de 1940 e 1950, auge da fábrica, mais de 800 funcionários chegaram a operar as máquinas. Em 1995, a fabricação dos produtos foi terceirizada e levada a Minas Gerais e os maquinários pararam de operar. A fábrica acabou desativada. Atualmente, as máquinas, assim como o prédio, estão disponíveis à visitação do público. E uma nova atividade ocupa o espaço, diversos artistas possuem ateliês no local, lojas de moda, além do espaço ser frequentemente utilizado para gravações cinematográficas.
(Fonte: gov.br/Ministério da Cultura/Biblioteca Nacional)

icon1486975.jpgA embalagem em destaque é de chocolate em pó produzido pela Fábrica Bhering,

13 de jan. de 2024

Adcos

          Em 1984, a capixaba Ada Mota, recém-formada em Paris como doutora em dermofarmácia – uma inovação que surgiu na França, em 1971, com a proposta de unir ciência e cosmetologia –, retornou depois de quatro anos à sua cidade natal, Vitória, no Espírito Santo.
          A partir daí, empreendeu: abriu cinco farmácias em dez anos e entendeu esse novo movimento de mercado como um passo importante para a criação dos seus primeiros cosméticos eficazes. Assim, em 1993 nasceu a Adcos, marca de cosméticos 100% brasileira e com uma base sólida de estudos científicos, uma das mais respeitadas marcas de dermocosméticos do país. Ada não informa, mas dá para se supor que o nome da empresa foi escolhido com o uso das primeiras letras de seu próprio nome para formar a marca: Ada Cosméticos.
          Nos anos 1990, com a Adcos já há alguns anos na estrada, ela criou o primeiro carro-chefe da marca, o creme anticelulite Reduxcel. “Pesquisamos um produto com alta concentração de cafeína, um drenante, e fiz a composição precisa e eficaz para o melhor resultado”, conta Ada. Ela também explica que um dos grandes diferenciais é a alta concentração de ativos em cada produto, para que ele realmente entregue a promessa feita. “Temos compromisso com resultados”, enfatiza.
          “Dediquei-me completamente à minha paixão: o desenvolvimento e estudo de novos ativos e fórmulas para a criação dos dermocosméticos, enquanto administrava farmácias e cuidava das crianças”, relembra Ada, que teve quatro filhos.
          O impacto de Ada no mercado de beleza nacional, no entanto, foi além do seu próprio negócio. A Adcos implementou, em seus 30 anos de vida no Brasil, uma nova categoria de produtos de beleza, pautada por seus princípios ativos e fórmulas exatas para o tratamento de pele. A era dos dermocosméticos finalmente se firmava com um público que estava acostumado apenas com os cosméticos, como são classificados os produtos para higiene ou beleza sem fundo científico.
          “O que acontece por dentro da sua pele? Eu explicava esse panorama viajando pelo Brasil todo para dar palestras em simpósios para profissionais, de dermatologistas a farmacêuticos e esteticistas”, relembra a fundadora. “Comecei a trabalhar esses públicos no sentido de exigência de comprovação científica, queria que o mercado entendesse que isso era necessário não só para a Adcos, mas para a evolução dos produtos nacionais. Essa jornada compartilhando nosso conhecimento e propósito colocou a empresa em contato com muitos profissionais e contribuiu para a formação de uma cultura científica”, explica.
          Em três décadas de história, Ada segue na empresa, liderando a área de inovação, e conta hoje com os quatro filhos como executivos nos setores de administração, tecnologia e comitê científico. “O cenário hoje é bem diferente. O Brasil se tornou o quarto maior mercado de beleza do mundo, o público tem informação, exige e questiona o que contribui para o desenvolvimento constante dos produtos. Continuamos, na Adcos, seguindo a missão de inovar no segmento de beleza. Hoje, por exemplo, a categoria de fotoproteção tem enorme relevância. Como marca brasileira, nos vimos na obrigação de criar os melhores produtos para proteção solar e lançamos os primeiros protetores solares brasileiros em formato stick, uma tendência mundial”, completa.
          Segundo a dermatologista paulista Adriana Vilarinho, a indústria brasileira de dermocosméticos tem oferecido produtos com tecnologia de ponta, nanoencapsulados e adequados ao clima brasileiro, com eficácia comprovada. “Nos últimos 20 anos, o Brasil se transformou e hoje oferece produtos de alta qualidade e excelente custo-benefício, como os da Adcos”, diz.
          São 170 lojas da Adcos em todos os estados e um faturamento anual em torno de R$ 500 milhões, considerando como base o ano de 2023.
(Fonte: Estadão - 13.01.2024)

12 de jan. de 2024

Chaika

          A loja da Rua Visconde de Pirajá, 321, da lanchonete Chaika foi inaugurada nos anos 1970, com um grande salão refrigerado em estilo modernista com muitas cores e efeitos de luz.
          A Chaika se transformou numa das lanchonetes mais marcantes na história da gastronomia de Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro.
          O cardápio era puro encanto. Impossível não lembrar dos profiteroles, frapê de coco, banana split e o sorvete batido com Coca-Cola, waffle com manteiga e mel, bolo de sorvete, Beirute Chaika, e claro, o sofisticado café da manhã que chegava a ter fila na porta.
          Quem não se lembra dos milk shakes e sundaes enfeitados por guarda-chuvas de papel colorido, a variedade de sorvetes e tortas, além dos mais de 50 sabores de sanduíches? No cardápio de sorvetes, um dos mais imponentes (e respeitados) tinha um nome sugestivo: "Aguenta Coração".
          Quem pedia o sorvete Cerejinha já podia até imaginar que o sorvete era portentoso, mas, para os marinheiros de primeira viagem, não tinha como não ficar estupefato e boquiaberto. Sobre uma verdadeira montanha (não é força de expressão) de sorvete, vinha, lá no topo, uma cerejinha.
          O início do fim da Chaika foi um incêndio que destruiu parte das instalações justamente da loja de Ipanema em 2012. Mas é sabido também que houve briga familiar que acabou dificultando a gestão do negócio.
          No mesmo ano de 2012, a Chaika de Ipanema fechava suas portas. Além da loja de Ipanema fechou também a do shopping RioSul.
          Quem sabe um dia os donos não fazem as pazes e brindam a cidade com um repeteco do Chaika?
(Fonte:: www.bafafa.com.br - parte)

11 de jan. de 2024

Ocyan / EIG

          A brasileira Ocyan era conhecida como Odebrecht Óleo e Gás.
          Nos últimos dias de 2023, numa transação histórica no setor de energia, a EIG, uma importante empresa americana de investimentos em energia e infraestrutura, finalizou a aquisição da Ocyan. O negócio, avaliado em US$ 390 milhões ou R$ 1,8 bilhão pela taxa de câmbio de então, canalizará os recursos para o BNDESPar, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Esse pagamento visa compensar parte da dívida detida pela Novonor (ex-Odebrecht), antiga controladora da Ocyan.
          A Ocyan, notadamente ausente do processo de recuperação judicial da Novonor, teve suas ações penhoradas ao BNDES. A negociação, iniciada pela Novonor em novembro de 2020 para quitar uma dívida de R$ 2,8 bilhões, foi liderada pelo BNDES, iniciando a venda da Ocyan por volta do início de 2022. De acordo com especialistas do mercado, o processo atraiu interesse de vários setores, incluindo o fundo Mubadala e a empresa americana Oaktree.
          O BNDES, em comunicado de fins de 2023, destacou a transação como produto de um rigoroso processo competitivo, levando a “uma recuperação significativa de créditos para o BNDESPar”. O acordo fixa a avaliação da Ocyan em US$ 390 milhões, sendo US$ 283 milhões atribuídos à participação acionária da Novonor. O valor restante é destinado à liquidação das debêntures de participação nos lucros da empresa, desprovidas de direitos políticos. “A parcela patrimonial da Novonor será redirecionada para a BNDESPAR, auxiliando na quitação parcial da dívida do Grupo Novonor, garantida por ações da empresa. A conclusão deste negócio, condicionada a pré-condições padrão, está prevista para o primeiro trimestre de 2024”, afirmou o banco.
          O diretor-gerente da EIG no Brasil, Flávio Valle, revelou que a EIG cobriria metade dos custos da transação usando seus recursos. Esse capital foi acumulado localmente em parceria com a Lake Capital, marcando o primeiro caso de captação majoritária de recursos no Brasil para tal empreendimento. Os principais contribuintes foram investidores individuais com elevado patrimônio líquido. O saldo será financiado pelo BNDES, que elaborou um acordo de project finance de sete anos para a compra de ações da Ocyan pela EIG. No último ano, 40% do empréstimo está previsto para ser reembolsado.
          Com o contrato em vigor, a EIG, dona do Porto do Açu, no Rio de Janeiro, passará a deter a propriedade integral da Ocyan. A atual liderança de Roberto Prisco Ramos permanecerá, acompanhada pela formação de um novo conselho composto pelo Sr. Valle, outros investidores do EIG dos EUA e consultores independentes especializados no setor.
          O interesse da EIG no negócio depende fortemente da joint venture entre Ocyan e Brookfield, denominada Altera & Ocyan. Essa entidade, única especialista em plataformas do tipo FPSO com sede no Brasil, conforme observa Valle, possui clientes como Karoon e Petrobras. Segundo o executivo, dados os contratos de longo prazo denominados em dólares e a procura sustentada de combustíveis fósseis ao longo da próxima década, este empreendimento é bastante promissor.
         O portfólio da Ocyan inclui ainda outros dois ativos: uma participação de 6,5% na DrillCo, fruto da reestruturação extrajudicial da dívida da empresa, que levou à segregação de cinco sondas de perfuração que atendem principalmente a Petrobras e um segmento dedicado à manutenção e serviços de sondas no indústria de petróleo e gás.
          A EIG, não limitando seu escopo ao petróleo e gás tradicionais, está de olho nas oportunidades de energia renovável para a Ocyan, área em que a empresa americana atua. “Estamos focados em parques eólicos offshore, explorando caminhos como a pré-fabricação de turbinas, pás e torres. É um terreno novo para nós”, comentou o CEO da Ocyan, Roberto Prisco Ramos.
(Fonte: Valor - 28.12.2023)

10 de jan. de 2024

Morana (acessórios)

          O ano era 1972. O casal Lee e seus três filhos – Marcos, Jae e Sandra – saíram da Coreia com destino ao Brasil em busca de novas oportunidades. Quando a família já estava estabelecida, o casal decidiu abrir um negócio. Foi assim que, em 1978, surgiu na Rua Augusta, em São Paulo, a Poppy Art, uma loja de joias e objetos de decoração. “A colônia coreana no Brasil estava muito concentrada no 
comércio. Incentivados pelos amigos, meus pais decidiram abrir a loja”, lembra Jae Ho Lee.
          Ciente de que o mercado de bijuterias era uma opção rentável e preocupada com o risco do comércio de peças de ouro, a família mudou o plano do negócio e passou a vender apenas bijuterias. A nova estratégia aconteceu ao mesmo tempo em que os shoppings começavam a cair no gosto dos consumidores. Naturalmente, o Sr. Lee transferiu a loja da Augusta para o Shopping Center Norte; o Marcos abriu operações no Ibirapuera e no Aricanduva; e a Sandra, no Interlagos.
          Ao longo de 20 anos, a Poppy Art teve sete unidades. Após a morte do Sr. Lee, em 1999, os irmãos assumiram a loja do pai. Enquanto isso, Jae, que já estava formado em Administração de Empresas, se aventurava pelo franchising com a Jin Jin Wok; e Marcos tinha, no Bom Retiro, uma importadora de tecidos.
          Com o conhecimento dos irmãos em bijuterias e franchising, Marcos enxergou uma nova oportunidade de negócio. A ideia era criar a primeira franquia de bijuterias do Brasil. Com base na experiência que acumulou em varejo, shopping e comportamento de consumo, Jae fez uma análise do cenário e também viu boas perspectivas. “Naquele momento, crescia a presença da mulher no mercado de trabalho. Eram consumidoras que queriam e precisavam estar mais bonitas e tinham poder de compra. Com conhecimento técnico em bijoux, varejo e franquias, enxergamos que era possível criar uma marca para esse novo mercado”, conta Jae.
          Foi assim que, em 2002, eles transformaram a Poppy Art na Morana, uma loja com novo posicionamento, novo layout e novos produtos. O nome da marca é em homenagem à esposa de Jae, Morana. O lançamento da marca foi na ABF Franchising Expo daquele mesmo ano e marcou o início de uma nova história.
          Grande parte dos produtos da Morana é importada da Coreia. Para oferecer peças de qualidade e ter segurança no abastecimento, Marcos se mudou com a família para Los Angeles e, assim, fica no meio do trajeto entre a Coreia e o Brasil. “A qualidade das mercadorias da Coreia sempre foi melhor do que as da China, por exemplo, mas ainda não estava adequada ao nosso nível de exigência. Estando mais próximo dos fornecedores, passamos a pagar para ter mais qualidade e começamos a selecionar os fornecedores que trabalhavam sério e entendiam a nossa exigência. Hoje, eles são nossos parceiros.”
          A responsável pela compra dos produtos é Ana Lee, esposa do Marcos – no início, a Morana, esposa do Jae, também participava desse processo. Em 2010, a empresa abriu um escritório na Coreia para facilitar ainda mais as etapas de compra. A equipe atual é formada por nove pessoas, entre administração, fotografia, produção, controle de qualidade e compras.
          Em 2017 a Morna atingiu 15 anos de história e muitas adaptações nesse período, porém, sem perder o seu DNA. Foi assim que a Morana se tornou uma das marcas mais desejadas pelas mulheres. “Por ser uma marca feita para as mulheres, nossa preocupação e nosso foco estão no desenvolvimento e no crescimento do universo feminino. Elas se posicionam, têm identidade e opinião”, explica Marcia Teodoro, gerente de Marketing da marca.
          Para estar atenta a essa evolução, a Morana observa tudo ao seu redor e faz as mudanças que forem necessárias. “A comunicação da marca mudou bastante. Hoje fazemos um trabalho forte no off-line, mas forte também no digital, porque há muitas marcas conversando com essas mulheres”, diz Marcia.
          Peças clássicas, atemporais e também atuais fazem com que a marca esteja totalmente alinhada aos desejos de consumo da mulher do século XXI. “Hoje, a informação chega muito mais rápido e faz com que a mulher queira estar atual. Antes, se elas esperavam a Vogue para conhecer as tendências da Europa, hoje elas sabem de tudo pelo Snapchat. Com isso, as pessoas passam a não ter condições de consumir joias o tempo todo, e a bijoux acaba ganhando força no mundo inteiro”, analisa Jae.
          O caminho natural dessa evolução passa por mudanças na cadeia de fornecedores e resulta em melhorias no design e na qualidade das peças. “Hoje é cool usar bijoux mesmo entre as mulheres de classe alta, porque são peças fashion”, diz Jae.
          A top Gianne Albertoni é a estrela da coleção de alto verão 2023/2024 da marca de acessórios Morana. Gianne foi a primeira celebridade que fez uma campanha para a marca há quase 20 anos. A estação mais quente do ano inspirou a marca que apostou em peças com muitos elementos que realçam a vibe refrescante do verão. Na coleção, o consumidor também vai encontrar acessórios clássicos e muitas argolas. “Trazer a Gianne para dar vida à nossa campanha foi especial. Além disso, celebramos a chegada do verão que é uma estação que traz inspiração para quem gosta de curtir a temporada. A Gianne chegou para somar”, conta Nara Dutra, head de marketing, e-commerce e CRM da Morana.
(Fonte: Grupo Ornatus - 10.01.2017 / Estadão - 06.01.2024 - partes)

9 de jan. de 2024

Cristallo Confeitaria

          A unidade da Cristallo da Oscar Freire, quase na esquina com a Rua Bela Cintra, na zona oeste de São Paulo, foi aberta por ali em 1978. Ao longo das quase cinco décadas em que esteve aberta na Oscar Freire, a confeitaria virou um ponto de encontro de diferentes gerações. O domingo, 7 de janeiro de 2024, era, porém, dia de despedida.
          Era por volta de 17 horas quando a aposentada Leni Colaferri, de 71 anos, se acomodou em uma mesa de calçada da confeitaria Cristallo. Na cadeira ao lado, colocou com cuidado a cachorrinha Lolla Bani, companhia inseparável das caminhadas de fim de tarde. O domingo, porém, foi a última vez que a dupla seguiu esse roteiro. A unidade da Cristallo da Oscar Freire, viveu seu dia de despedida do número 914, em tarde marcada por comoção entre funcionários e frequentadores assíduos. A confeitaria, assim como outros estabelecimentos vizinhos, será demolida para a construção de um residencial de alto padrão.
          “O charme da Oscar Freire está nas pequenas lojas, é uma pena isso estar se perdendo”, afirmou Leni. Muitos dos frequentadores ouvidos pela reportagem disseram que não era preciso sequer combinar com os amigos para encontrá-los por lá. “Esse lugar marcou minha infância, saber que vai fechar dá um aperto no coração”, disse a estudante Ava Lopes, de 16 anos. Quando ficou sabendo da notícia pelas redes sociais, ela fez questão de ir com a mãe até o local para se despedir. Pediu o de sempre: uma empada de frango e um suco de frutas vermelhas. “Não tem outro lugar como esse por aqui na Oscar Freire”, disse o economista Julius Serruya, de 42 anos. Natural do Pará, ele afirma que um dos pontos positivos da confeitaria é a informalidade que se vê por ali. “Vinha com meus pais na infância, agora encontro diariamente com os amigos por aqui.” Morador da Rua Bela Cintra, Julius aproveitou o último dia da confeitaria com o administrador de empresas Rogério Joaquim de Carvalho, de 70 anos, em uma mesa de calçada. Pouco depois, juntou-se aos dois o músico e advogado Austin Robert, de 85 anos, que passeava com o cachorro Tyson. “Esse lugar é um marco da cidade”, disse ele, que é morador da Rua Haddock Lobo. “Sempre foi nosso ponto de encontro, não tem outro local como esse.”
          Além da unidade da Cristallo, ao menos cinco lojas na Oscar Freire – entre elas, uma unidade da Kopenhagen – devem ser demolidas para a construção de um empreendimento de luxo nomeado Oscar 900. O projeto, que terá uma unidade de até 514 metros quadrados, é encabeçado pela incorporadora RKG e pela construtora RFM. Como já mostrou o Estadão, uma transformação que vai além da troca de uma grife por outra chama a atenção na Rua Oscar Freire. Novas lojas, sorveterias e restaurantes atraem um público curioso por experiências gastronômicas e de compras com milhares de visualizações em redes sociais, como o TikTok. Ao mesmo tempo, a construção de prédios altos altera a paisagem em vários trechos.
          Por ora, não há previsão de uma nova unidade da Cristallo na região – permanece aberta a do Shopping Pátio Higienópolis, na região central. 
(Fonte: Estadão - 09.01.2024)

8 de jan. de 2024

I Squared Capital

          A I Squared Capital, uma empresa de gestão de investimento, abriu seu escritório no Brasil pouco depois de meados de 2023.
          No início de 2024, a I Squared adquiriu uma participação de 49% na empresa de energia renovável Órigo Energia, contribuindo com US$ 400 milhões. Este investimento está destinado à expansão da empresa. O acordo, assinado no final de dezembro, deverá ser finalizado no primeiro trimestre de 2024.
          Esse movimento marca seu investimento inaugural no país. O investimento na Órigo deverá ser financiado através de dois fundos do grupo: a maior parte será proveniente de um fundo global avaliado em cerca de 15 bilhões de dólares, com uma parte suplementar de um fundo dedicado exclusivamente aos mercados emergentes, que acumulou um total de US$ 1,7 bilhão.
          A Órigo possui atualmente uma capacidade instalada de 300 megawatts-pico (MWp) em parques de energia solar e pretende adicionar mais 2 gigawatts-pico (GWp) de 2024 a 2026.. O investimento projetado para esta expansão é de R$ 6 bilhões.
          O envolvimento da I Squared ocorrerá por meio de injeção de capital, resultando na diluição das participações dos sócios existentes enquanto permanecerem no negócio. Os atuais acionistas da empresa incluem a americana Augment Infrastructure, Mitsui, TPG ART, BlaO (Blue like an Orange Sustainable Capital) e MOV Investimentos.
          A Órigo atende atualmente cerca de 100 mil clientes em Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso do Sul, Brasília e São Paulo. A empresa pretende expandir seu alcance para pelo menos 20 estados.
          O modelo de negócios da empresa gira em torno da geração compartilhada, visando principalmente clientes de menor porte, incluindo residências e pequenas e médias empresas. A Órigo constrói parques solares perto das cidades e aluga “quotas” destas unidades geradoras, que depois fornecem energia à rede local de distribuição de eletricidade.
           Em troca, os clientes detentores de “cotas” dos parques solares recebem descontos na conta de luz. Este acordo oferece um método mais econômico para os consumidores acessarem o mercado de geração distribuída, eliminando a necessidade de investimentos individuais em instalações de painéis solares em suas residências ou empresas.
          “Esta transação é um marco histórico para a I Squared. Estabelecemos metas ambiciosas em energia renovável e estamos utilizando nossa experiência neste campo para desenvolver uma plataforma global de primeira linha centrada em energia renovável”, afirmou Gautam Bhandari, sócio-gerente e diretor de investimentos da I Squared, em um comunicado da empresa.
          Fundada em 2010, a Órigo esteve entre as pioneiras no setor de geração cedida de energia. Em 2022, a empresa reportou receita líquida consolidada de R$ 90,4 milhões, aumento de 66,7% em relação ao ano anterior. Apesar desse crescimento, a Órigo registrou prejuízo líquido de R$ 235,8 milhões no ano, após resultado igualmente negativo em 2021, no valor de R$ 96 milhões. Internamente, a empresa vê estes números como reflexo de uma fase de rápida expansão, onde os investimentos estão a ser feitos, mas ainda não produziram retornos.
          “Este investimento permitirá à Órigo agilizar o desenvolvimento de parques solares, alargando assim os nossos serviços a milhares de novos clientes e a mais de 20 estados nos próximos anos”, 
anunciou Surya Mendonça, presidente da Órigo, no comunicado.
          A empresa gerencia ativos de infraestrutura avaliados em aproximadamente US$ 40 bilhões.
(Fonte; jornal Valor - 08.01.2024)