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28 de jan. de 2023

RenauxView

          A história da RenauxView iniciou em 1892, quando o cônsul Carlos Renaux fundou uma das primeiras fábricas de tecidos de Santa Catarina. Três décadas mais tarde, identificando uma oportunidade na produção de tecidos para decoração, o filho Otto Renaux, juntamente com Otto Neitsch, engendra um spinoff da fábrica mãe.
          Surge assim, em 27 de abril de 1925, e contando com 18 colaboradores, as Industrias Renaux S.A.
          Até o final da década de 1960, a empresa foi uma das principais fornecedoras nacionais de tecidos para estofamentos, cortinas, toalhas de mesa e outras aplicações domésticas.
          A partir dos anos 1970, a empresa passa a produzir tecidos para vestuário, voltados principalmente para a camisaria masculina. Desde a década de 1980, quando já empregava mais de 1.000 profissionais, a empresa figura entre as melhores empresas para se trabalhar na região.
          Levando a empresa para além da camisaria masculina, uma nova orientação estratégica é estabelecida a partir de 2006. Com foco em “soluções de moda” para os segmentos feminino, infantil e masculino, a nova estratégia contempla grandes investimentos em novas tecnologias de produção e beneficiamento.
          Em 2007, refletindo essa mudança, a empresa agrega a nova visão ao seu nome e passa a chamar-se RenauxView.
          Atualmente a empresa é reconhecida como uma das mais criativas fornecedoras de tecidos para a indústria da moda com soluções de coleção e exclusivas em tecidos de algodão, tecidos de viscose, tecidos de linho e tecidos com diferentes blends de fibras. Os artigos RenauxView são oferecidos em quatro linhas de produtos: tecidos fio tinto, tecidos estampados, tecidos em Jacquard e tecidos.
          Hoje, tendo sido reconhecida por seis vezes consecutivas pelo instituto Great Place to Work® como uma das melhores empresas para se trabalhar em Santa Catarina, é uma empresa alegre e criativa que oferece uma rica gama de tecidos para o vestuários em quatro linhas de produtos: unicolor, fio tinto, estampado e Jacquard.

A RenauxView não quer apenas produzir tecidos e fios, por isso, dá ênfase na criatividade, inovação e design. Busca uma vertente artística em tudo o que faz, pelo simples fato de ter vontade de produzir arte. Abastece, a cada coleção, os mercados nacional e internacional com soluções para atender à necessidade de cada cliente, sempre sob rígidos padrões de qualidade e respeito ambiental.

           Em 23 de janeiro de 2023, a RenauxView e a L.A. Administradora de Bens e Participações Eireli, divulgam Fato Relevante informando que decidiram realizar Oferta Pública de Aquisição de Ações (“OPA”) da Têxtil RenauxView S.A. com vistas ao cancelamento de registro de Companhia Aberta junto a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”).


Primeiro prédio - 1925

26 de jan. de 2023

Dexxos (ex-GPC)

          O Grupo Peixoto de Castro - GPC, fundado pela família que lhe emprestou o nome, teve início de
suas atividades em 1997.
          Em abril de 2013 a Dexxos, então GPC, entrou em recuperação judicial — e permaneceria nela por sete anos. Uma estrutura de capital alavancada, com um nível de endividamento incompatível com a geração de caixa, levou a companhia a uma situação financeira crítica.
          Cerca de 39% dos papéis ON — os que dão direito a voto nas assembleias — estão nas mãos de membros da família Peixoto de Castro, que controla a empresa (daí o nome GPC).
          Dexxos é o novo nome da antiga GPC Participações — a mudança foi aprovada pelos acionistas
em 7 de junho de 2021.
          A troca da marca, nas palavras da própria empresa, trata-se de uma estratégia para a "modernização da identidade visual". Um rejuvenescimento à la Benjamin Button para um grupo que
está na ativa desde 1997.
          Uma das primeiras decisões, ainda em 2013, foi paralisar as operações no setor de Metanol, que demandavam recursos sem gerar um retorno atrativo. A partir daí, a empresa passou a focar nos segmentos químico, de aço e de óleo e gás, em que permanece até hoje.
          A recuperação judicial demorou longo tempo para ser concluída. Um dos motivos foi porque a venda do terreno da planta de metanol, no Rio de Janeiro, esbarrou em entraves burocráticos que atrasaram o processo em dois anos — o que travou o plano de recuperação, que atrelava a alienação
desse ativo à quitação de dívidas concursais.
          Em 2015, quando a venda finalmente foi liberada, o país encontrava-se em recessão econômica — e os potenciais compradores do terreno desapareceram. Foi necessária uma nova versão do plano, aprovada no ano seguinte, desta vez tendo fluxos de pagamento como base.
          Em 12 de novembro de 2020, pouco mais de sete anos e meio no limbo, a Dexxos conquistou um feito para poucos: conseguiu renascer das cinzas após um longo processo de recuperação judicial.
"Não dá pra fazer uma recuperação judicial somente para tratar do passivo, sem cuidar da operação. A estrutura estava inadequada, mas tinha bons ativos e negócios. Precisava de uma gestão melhor do portfólio, disse Rafael Alcides, CEO da Dexxos, E é claro que essa combinação entre recuperação judicial bem-sucedida e melhor ambiente de negócios não passou despercebida na bolsa: as ações da Dexxos (DEXP3) acumularam ganhos de 690% no período de um ano (parte de 2019 e 2020).
          A empresa hoje atua principalmente nos segmentos químico e de aço, sendo fornecedora importante para a indústria de óleo e gás. Ela também é sócia da Petrobras na Companhia Petroquímica do Nordeste (Copenor). Cada uma tem metade do ativo.
          Em maior ou menor escala, o aquecimento da construção civil dá forças a ambos os braços de atuação da Dexxos: as resinas químicas feitas pela empresa são vendidas principalmente à indústria de painéis de madeira; os tubos de aço também são demandados pelo mesmo setor.
          E a recuperação vista no setor de aço se deve também ao bom momento da cadeia de óleo e gás, em que a Dexxos é uma fornecedora reconhecida de tubos para campos terrestres — um segmento que possui contratos de prazos estendidos, dada a natureza dos projetos.
(Fonte: SeuDinheiro - 14.06.2021)

25 de jan. de 2023

Caemi

          Em 1964, quando o executivo Eliezer Batista deixou a Vale, foi convidado pelo empresário Augusto Trajano de Azevedo Antunes do Grupo Caemi. Na Caemi, Eliezer ajudou a criar a Minerações Brasileiras Reunidas, uma bem-sucedida concorrente da Vale.
          A Caemi se estabeleceu no Edifício Barão de Mauá (projetado por Oscar Niemeyer), no Rio de Janeiro.
          Augusto Trajano de Azevedo Antunes morreu em 1996,
          Nos anos 2000, a Caemi Mineração é adquirida pela Vale, quando esta tinha em seu conselho de administração o executivo Roger Agnelli.

24 de jan. de 2023

Chevron

          A petrolífera americana Chevron é uma das empresas resultantes da divisão da Standard Oil Company. Era inicialmente conhecida como Standard Oil California, ou Socal. Fez parte do grupo conhecido como sete irmãs - as sete maiores empresa petrolíferas do início do século XX.
          Em 1933, a Socal conseguiu a concessão do governo da Arábia Saudita para prospecção de petróleo no país. Em 1938, a empresa encontrou o que viria a ser a maior reserva de petróleo do mundo e apoiou economicamente a Alemanha Nazista. Sua subsidiária, California-Arabian Standard Oil Company, viria a evoluir para a empresa Arabian American Oil Company ou Aramco (atualmente, Saudi Aramco).
          Em 2001, fundiu-se com a Texaco, mudando seu nome para ChevronTexaco. Em maio de 2005, a empresa anunciou que retornaria a se chamar apenas Chevron.
          Em novembro de 2011, a Chevron teve um vazamento de 3700 barris de óleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A empresa pagou 35 milhões de reais de multa.
          A Chevron anunciou, em 23 de outubro de 2023, que vai comprar a rival e também americana Hess por US$ 53 bilhões, informou a agência Dow Jones. Segundo o anúncio da companhia, a aquisição vai ajudar a melhorar e diversificar seu portfólio, adicionando ativos na Guiana e no Golfo do México. A companhia adquirida também tem entre suas unidades de negócio reservas de xisto nos Estados Unidos e de gás natural no sudeste da Ásia.
(Fonte: Exame - 30.10.2019 / Wikipédia / Valor - 23.10.2023 - partes)

21 de jan. de 2023

Saci (refrigerante)

          Na década de 1960, alinhada às preocupações da época, a Coca Cola Company voltou os esforços de seus pesquisadores para o desenvolvimento de bebidas a base de proteína. A ideia era que, uma vez que refrigerantes tinham enorme popularidade, uma mudança na fórmula poderia colaborar para melhor nutrir a população.
          Três iniciativas foram desenvolvidas na época visando os mercados emergentes com altos índices de subnutrição. O Tai, o Samson e a primeira delas, lançada no Brasil, no dia 7 de fevereiro de 1968. Era Saci – o refrigerante poderoso. Segundo a divulgação da época, cada garrafa da bebida continha seis gramas de proteína. “Ou seja, 3 por cento por volume, a um nível que de acordo com os nutricionistas internacionais, pode oferecer uma valiosa contribuição ao problema da carência de proteínas na alimentação humana”.
          Focar o marketing na suplementação se provou ineficiente, por isso logo a estratégia mudou para falar em energia e saúde. Por isso o garoto propaganda dos anúncios é sempre um rapaz musculoso, e nunca o duende perneta que a batizou. Ao que parece a escolha do nome se deu exclusivamente pela cor da bebida, buscando uma ligação afetiva com o público.

1966-Nutritional-Project-Coca-Cola.jpg          A festa de lançamento do Saci no Brasil ocorreu na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, onde também o produto era fabricado. A cidade foi escolhida, esclarecem os jornais da época, devido à alta produção de soja. Afinal, o Saci, apesar de vendido como refrigerante, tinha como seus principais ingredientes o leite de soja como fonte de proteínas e o cacau para o sabor. Mais tarde foi lançada também a versão caramelo.
          William Shurleff e Akiko Ayoagi, em History of Soybeans and Soyfoods in South America, apontam que o Saci era na verdade uma bebida leitosa não carbonada, algo como os Sucos Ades que tanto sucesso fizeram nos anos 2000. Só que em garrafas de vidro.
          O sucesso esperado nunca chegou. Após três anos de comercialização, a produção do Saci foi interrompida, tendo circulado entre 1968 e 1971. Em 1970 o Samson teve outros níveis de sucesso quando lançado no Suriname e no México. Sua base era caseína, proteína do leite semelhante ao Whey. Não demorou muito para que surgisse na América Latina versões do Samson em pó e em barra.
          O Saci teve uma sobrevida no país em 1976, quando o governo brasileiro anunciou seu Programa de Alimentação do trabalhador. Ainda segundo Shurleff e Ayoagi, repetindo a estratégia adotada com o Samson, a Coca Cola Co. desenvolveu Saci em pó para atender as especificações do governo. Inicialmente o produto estava disponível apenas no sabor chocolate, sendo posteriormente complementado pelos sabores mocha, morango e coco.
          Para Neville Isdell, antigo CEO da Coca, o motivo do fracasso do Saci foi muito simples. Em seu livro Inside Coca-Cola: A CEO’s Life Story of Building the World’s Most Popular Brand ele descreve sua experiência ao acompanhar o lançamento do produto. Todos estavam empolgados com o que o Programa Nutricional da Coca poderia fazer, tanto é que o próprio Saci teve seu preço subsidiado no começo a espera do lucro. Não deu certo. “Tinha um gosto horrível, ninguém queria beber. Nós chegamos até mesmo a distribuí-lo para as escolas, mas mesmo quando era de graça ninguém o consumia”.
          Teria sido o Saci um produto a frente do seu tempo? Ou uma soma de decisões equivocadas, desde o marketing até o sabor? Atualmente você pode encontrar uma garrafinha do Saci no World of Coca-Cola. em Atlanta, nos Estados Unidos.
(Fonte: colecionadordesacis.com.br - 05.02.2018)

13 de jan. de 2023

Granja Faria

          A Granja Faria foi criada em 2006, pelo empresário Ricardo Faria em Nova Mutum, Mato Grosso.
          Considerando o período desde que foi criada até o início de 2023 a empresa investiu mais de R$ 1,5 bilhão em 15 aquisições e mantém (novas) aquisições no radar.
          Com sede e produção comercial de ovos em Santa Catarina, e unidades no Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Tocantins, a Granja Faria está focada em se estabelecer na região Nordeste.
          Os ovos férteis são produzidos em unidades no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás e Mato Grosso. Nesta divisão, 50% da produção é exportada.
          Como a área de ovos comerciais foi uma consequência natural do negócio de ovos férteis, grande parte das galinhas da empresa são caipiras — cerca de 1,5 milhão, de um total que chegará a 13 milhões, incluindo os 3 milhões que virão com o BL Ovos e os 4 milhões da divisão dos ovos férteis.
          Ainda no segmento de ovos, a Granja Faria também possui uma indústria de processamento que fabrica produtos líquidos e em pó, vendidos para empresas dos segmentos de massas e panificação, entre outros. Esse negócio representa cerca de 5% do faturamento da empresa.
          Em dezembro de 2022, a Granja Faria compra da BL Ovos, cujo negócio foi fechado por R$ 290 milhões.
          A Granja Faria aguarda o sinal verde do CADE, órgão regulador antitruste, para assumir as operações da BL Ovos, e as fazendas da empresa também serão aprimoradas com novas tecnologias, disse o CEO Denilson Dorigoni.
          Com a aquisição da BL, que tem unidades no Espírito Santo e em Goiás e faturou R$ 300 milhões em 2022, a Granja Faria amplia sua produção e presença geográfica. A marca tende a se manter porque o mercado de ovos ainda é muito regionalizado.
          A empresa tem 22 unidades, todas com suas áreas produtivas e comerciais. E com o BL passa a atender Espírito Santo e Bahia, onde não estava presente.
          Em forte expansão, empresa de ovos estima faturamento de R$ 2 bilhões para o ano de 2023. Além das aquisições, a empresa conta com o crescimento orgânico e a entrada efetiva na fase comercial de um novo ramo de negócios – a produção de fertilizantes organominerais, em que atua desde 2021, com duas fábricas, no Tocantins e em Minas Gerais.
          Faria atua na produção agrícola por meio da Terrus, empresa que comprou a Insolo em 2021. Esse negócio, segundo ele, transformou sua atuação nessa frente na maior empresa de produção agrícola do Cerrado do Maranhão, Tocantins, Piauí, e Bahia, região conhecida como Matopiba. No ciclo 2023/24, as culturas da Insolo cobrirão 230 mil hectares (incluindo culturas de verão e de entressafra).
          As lavouras de soja, milho e sorgo da empresa cobrirão 150 mil, 50 mil e 30 mil hectares, respectivamente. A forte expansão da Insolo acontecerá apesar dos problemas climáticos do ciclo atual, afirmou o empresário.
          Desde junho de 2023, o empresário Ricardo Faria é extraoficialmente o “rei dos ovos” do país. Ele assumiu o cetro ao anunciar a aquisição da octogenária Katayama Alimentos, empresa fundada por imigrantes japoneses em Guararapes, no estado de São Paulo, em 1942 – e até então a terceira maior do segmento no Brasil.
          A Granja Faria alcançou R$ 3 bilhões de receita em 2023.
          Ricardo Faria informou, em fevereiro de 2024, que o Rio de Janeiro e a Bahia receberão, em média, 15 milhões de ovos por mês, produzidos pelos 2 milhões de aves da antiga fazenda BL, para serem vendidos através de uma nova marca, a Iana.
          A Granja Faria é a maior produtora de ovos do Brasil e uma das maiores empresas avícolas da América Latina. A empresa é líder no segmento de frango caipira, com 1 milhão de aves nesse modelo.
          A empresa detém atualmente pouco menos de 10% do mercado brasileiro de ovos, estimado em R$ 35 bilhões por ano.
(Fonte: jornal Valor - 12.01.2023 / 12.12.2023 / 15.02.2024 - partes)

OL Papéis

          A operação da OL Papéis, sediada em Feira de Santana na Bahia, começou em 2007 e ampliou seu escopo no decorrer dos anos, aproveitando a demografia da região e a menor concorrência local.
          A OL tem três fábricas na Bahia e em Pernambuco, que produzem 50 mil toneladas de papel higiênico por ano, das marcas Velud, Familiar e Absoluto, além de toalhas e lenços de papel, e mais de 30 milhões de fraldas por mês, da marca própria Fofura Baby.
          A empresa baiana produz mais de 50 mil toneladas de papel tissue por ano. O mercado estima que a companhia detenha 20% do mercado de papel higiênico do Nordeste.
          Em 12 de janeiro de 2023, o grupo asiático Royal Golden Eagle - RGE, compra OL Papéis e expande negócios de tissue no Brasil.
          A transação deu à OL um valor de empresa (capital e dívida) de R$ 500 milhões.
          A RGE não desistiu após perder a disputa pelos ativos da Kimberly-Clark no Brasil para a Suzano, em outubro de 2022. Interessada em se expandir no segmento de tissue no Brasil, finalmente encontrou um negócio de M&A no país.
          No Brasil, a RGE opera por meio da Bracell, uma das maiores fabricantes de celulose do mundo, que possui unidades de produção na Bahia e em São Paulo. A aquisição da OL antecipa em um ano a entrada da empresa asiática no mercado brasileiro de tissue em relação ao cronograma de investimentos orgânicos. O motivo é que a empresa anunciou no ano passado a construção de uma fábrica de papel tissue em Lençóis Paulista, com início das operações previsto para o segundo trimestre de 2024.
(Fonte: jornal Valor - 12.01.2023)

11 de jan. de 2023

OHLA (antiga OHL)

          A empresa espanhola OHL assumiu estradas no Brasil em 2007, durante o governo Lula..
          A agência federal ANTT é criticada por fazer exigências descabidas aos parceiros privados. Até hoje é piada no setor uma imposição contratual feita à OHL. Ela teria de contratar jardineiros para evitar que a grama no acostamento superasse os 30 centímetros de altura em toda a extensão das vias. A exigência, obviamente absurda num país tropical como o Brasil, juntamente com outras esquisitices, rendeu multa de 
10 milhões de reais à OHL que colaboraram para a construtora espanhola sair do paí
          Em 2011, após quatro anos de contrato, a empresa sai do país.
          A OHL vendeu os ativos para a Arteris e deixou o negócio de rodovias no Brasil.
(Fonte: revista Exame - 29.03.2017 - parte)

Grupo Telles

          O Grupo Telles é uma empresa cearense que atua na distribuição de combustíveis, fabricação de embalagens e água mineral. Aproximadamente 50% proveniente da distribuição de combustíveis, por meio da YPetro
          Em meados de agosto de 2022 vem a lume que o grupo se juntará ao setor de energia renovável com um investimento de R$ 200 milhões em uma fazenda solar de 50 megawatts. O investimento em Jaguaruana, no mesmo estado, será feito com recursos próprios – a família controladora embolsou R$ 900 milhões com a venda da cachaça Ypióca para a Diageo em 2012. Antes de decidir entrar no mercado de energia, o grupo equipou suas fábricas com unidades solares para consumo próprio, totalizando 15 MW já instalados.
          Nos 10 anos que se seguiram à venda da Ypióca, o Grupo Telles realizou diversos investimentos em negócios anteriormente ligados à marca da cachaça. A empresa continuou investindo durante a pandemia, segundo Aline Telles Chaves, diretora de operações do grupo.
          A empresa está também investindo em uma fábrica de caixas de papelão em Aquiraz para ampliar a capacidade de produção diária de 110 toneladas para 140 toneladas.
          O grupo também está reformulando sua fábrica de embalagens plásticas para melhor posicionar as operações dentro do conceito ESG. A unidade de Fortaleza passará a produzir sua própria resina PET a partir de embalagens descartadas de estabelecimentos comerciais do estado. Cerca de 30% da resina produzida será destinada ao consumo das empresas da família – os Telles têm um negócio de água mineral, a Naturágua, com faturamento de R$ 85 milhões. O excedente será vendido para outros fabricantes de embalagens de alimentos e bebidas.
          O Patriarca Everardo Telles tem sete filhos, dos quais cinco trabalham no grupo – três deles em cargos de gestão. Ele se diz satisfeito com a atual composição da empresa familiar – que soma 1.500 funcionários – e não pretende se desfazer de nenhum ativo como fez com a Ypióca em 2012. A possível exceção, diz ele, é a usina de etanol que possui em Rio Grande do Norte. “Não é uma prioridade nossa.” O empresário é o presidente da empresa, enquanto um de seus filhos, Paulo Telles, é o CEO.
          No segmento de água, algumas aquisições estão no radar. “Neste setor, por essência, só é possível crescer comprando novas fontes, já que o transporte a granel de água não é possível”, disse o diretor de operações do grupo.
          Em 2022, a receita bruta foi de R$ 580 milhões.
(Fonte: jornal Valor - 15.08.2022)