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31 de jul. de 2020

Wells Fargo

          Em 1850 Henry Wells e William Fargo estabeleceram a Wells Fargo Companhia de Diligências em São Francisco, Califórnia. Os dois homens compraram as carroças da Concord, construídas pela companhia Abbott-Tragando em New Hampshire.
          A fundação da empresa foi em 18 de março de 1852, em Nova York.
          As carroças variavam no tamanho e poderiam conduzir seis, nove ou doze passageiros. As carroças maiores poderiam carregar até 12 homens no telhado. As carroças eram puxadas por quatro ou por seis cavalos. Ao lado do cocheiro, na parte dianteira, sentava um protetor armado.
          As carroças tinham os compartimentos de couro do armazenamento (carregadores) na parte dianteira e na parte traseira da carroça. O compartimento sob o assento do cocheiro carregava geralmente a caixa forte onde os passageiros mantinham seu dinheiro e artigos de valor. O carregador maior na parte traseira carregava o correio e os sacos dos passageiros.
          Essas diligências foram paradas e roubadas várias vezes pelos fora-da-lei. O mais conhecido deles era Charles Bolton (Black Bart) que durante o período de mais ou menos seis anos roubou mais de 30 carroças. Outros envolvidos em roubos das diligências incluíam Jessie James, James Frank, Cole Younger, Bob Younger e James Younger.
          Em 1880 a Wells Fargo Companhia de Diligências teve 573 escritórios e agentes. Era a companhia mais poderosa de diligências do oeste americano. Entretanto, começou a investir em companhias da estrada de ferro e em 1888 a Wells Fargo estabeleceu o primeiro transcontinental expresso através de trilhos.
          A Wells Fargo, como é conhecida hoje, nasceu da aquisição da Wells, Fargo & Co. pela Norwest Corporation em 1998.
          Hoje, a Wells Fargo é uma companhia de capital aberto que presta serviços financeiros. A sua rede de subsidiárias ligadas ao crédito pessoal estende-se do Canadá às Marianas Setentrionais e às Caraíbas. É um dos maiores bancos dos EUA.
          É um provedor de serviços bancários, seguros, investimentos, financiamento imobiliário, serviços comerciais e ao consumidor, operando através de suas divisões de comunidade bancária, atacado e de administração de bens e investimentos. Possui a divisão Wells Fargo Rail.
          Com mais de 6.200 pontos bancários em 39 estados dos EUA, a empresa de serviços financeiros Wells Fargo atende seus clientes, fornecendo serviços bancários, hipotecários, de investimento, de cartões de crédito e de seguros.
          Com sede em São Francisco, a Wells Fargo & Company tinha, em 2019, 258.700 funcionários.
(Fonte: Wikipédia / (Fonte: MSN notícias - 18.09.2017 - partes)
































30 de jul. de 2020

Chrysler

          A marca norte-americana Chrysler foi fundada em 6 de junho de 1925 por Walter Chrysler. O primeiro automóvel da marca foi apresentado em 5 de janeiro de 1924, com a designação de Six. Tratava-se de um automóvel de gama média que apresentava uma série de novidades pouco comuns nesse tipo de viaturas, como um motor de alta-compressão com pistões de alumínio. Walter Chrysler tinha adquirido experiência no ramo de automóveis ao trabalhar em cargos de chefia de empresas como a Buick e a General Motors.
          Em 1926, a Chrysler entrou no segmento dos carros de luxo com o modelo Imperial E-80, que alcançava as 80 milhas por hora. Em 1928, a Chrysler, que tinha Walter Chrysler como presidente, comprou a Dodge, uma importante empresa de fabrico de motores. Nesse ano começou a produzir os modelos DeSoto e Plymouth.
          Em 1935 Walter Chrysler demitiu-se da presidência da empresa, quando a essa altura a Chrysler já era uma das principais marcas de automóveis norte-americanas.
          Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Chrysler forneceu às forças aliadas cerca de meio milhão de caminhões Dodge, assim como tanques M4 Sherman, os mais utilizados pelas tropas norte-americanas.
          Em 1951 a marca apresentou o motor Hemi V-8, o mais potente destinado a carros de passageiros. Quatro anos mais tarde, Chrysler 300, equipado com esse motor, era o carro de passageiros mais potente do mundo.
          Nos anos 1950, a fabricante de automóveis Chrysler Corporation, realizou algumas pesquisas diretas com consumidores e concluiu que as pessoas queriam um carro que estivesse em sintonia com os novos tempos, um carro sem frescuras que fosse resistente e fácil de estacionar. Com as ruas cada vez mais cheias de carros, os tempos pareciam obviamente exigir um carro mais compacto.
          Em 1953, a Revista Tide, um importante veículo especializado em marketing, publicou um artigo com a pergunta “Is this the end of the 'Big Fat Car’?”, em referência ao fim dos carros grandalhões da época, para comentar a decisão da Chrysler de revolucionar o estilo das suas marcas. No artigo, um diretor da montadora chegou afirmar que: "As pessoas não querem mais comprar um carro grandalhão. O público quer um carro menor". O que aconteceu? A participação da Chrysler no mercado de automóveis caiu de 26% em 1952 para cerca de 13% em 1954. A empresa entrou em desespero, parou para analisar mais profundamente o que realmente vende carros e descobriu que as pessoas queriam o oposto: carros longos. A venda de carros estava (e talvez ainda está) muito mais associada com o símbolo de status que o modelo e marca representam do que a funcionalidade dos veículos.
          Em 1957, depois de uma grande expansão interna no pós-guerra, a Chrysler formou uma equipe de operações internacionais sediada na Suíça para vender os seus modelos na Europa. O ano de 1958 ficou marcado por uma inovação mundial introduzida pela marca, ao disponibilizar nos seus modelos o controle automático de velocidade. No ano seguinte, lançou um dos primeiros carros compactos da história do automóvel, o Plymouth Valiant.
          Em novembro de 1978, entra na empresa o executivo Lee Iacocca, recém saído da Ford, enxotado da companhia onde trabalhou por quase três décadas. Se, ao ser demitido da presidência da Ford, Iacocca disse que "havia caído do Everest", se soubesse o que o aguardava na Chrysler, provavelmente não teria aceitado o convite. A Chrysler passava por gravíssimos problemas. Mas, Lee conseguiu reerguer a Chrysler. Em meados de 1983, a empresa estava sólida outra vez. Iacocca se vingou do antigo empregador ao tirar a concorrente do buraco. Sob seu domínio, a Chrysler tornou-se a montadora mais lucrativa do planeta.
          Em 1983 a empresa lançou-se na produção de mini-vans, a Dodge Caravan e a Plymouth Voyager, criando assim um novo segmento de mercado. No ano seguinte, adquiriu parte da Maserati e em 1987 comprou a Lamborghini. É ainda em 1987 que a marca norte-americana volta a entrar no mercado europeu.
          Quando se aposentou, em 1992, Iacocca havia se tornado um dos mais lendários nomes da indústria automotiva mundial.
          Em 1992, a empresa apresentou o Dodge Viper, um carro superesportivo de dois lugares que foi o primeiro da marca a ter origem numa plataforma comum a outros modelos Chrysler. Nesse mesmo ano, lançou uma linha de carros familiares constituída pelo trio Chrysler Concorde, Dodge Intrepid e Eagle Vision.
          Quatro anos depois, em 1996, a marca já era vendida em mais de cem países. O modelo mais vendido era o Jeep Cherokee.
          Desde que o célebre e controvertido executivo Lee Iacocca a deixou, aparentemente de má vontade com a aposentadoria, nas mãos de Robert Eaton, em 1995, a montadora deu um salto. Marcou mais pontos com o design inventivo de suas minivans e jipes, aprimorou a qualidade de seus produtos e acertou em cheio na hora de detectar novas tendências de mercado. Hoje (1996) nenhuma indústria de automóvel lucra mais por carro vendido do que a Chrysler. A empresa investiu bilhões de dólares para modernizar suas fábricas e reduziu as dívidas praticamente a zero. Pouco ou nada lembra, na Chrysler, a companhia que quase quebrou duas vezes no então passado recente e que Iacocca salvou da bancarrota.
          Nos tempos duros a imprensa fez marcação cerrada em torno da crise da Chrysler. Hoje (1996), as críticas se tornaram rarefeitas. A montadora ganha tanto dinheiro que chega a ser motivo de espanto, pelos padrões da indústria automobilística. "O retorno obtido pelos nossos acionistas é o mais alto do mercado de automóveis. Temos orgulho disso. Mas não chegamos lá através de nossa tabela de preços, mas por oferecer um valor superior aos consumidores, disse Lutz.
          Em 1995, o maior acionista individual da Chrysler, Kirk Kerkoriam, estimou que a empresa tivesse 7 bilhões de dólares em caixa. Achou que, por ter se tornado uma máquina de fazer dinheiro, seria alvo, mais cedo ou mais tarde, de uma tentativa de takeover. Decidiu então ele mesmo tentar se apoderar da companhia, auxiliado pelo velho amigo Lee Iacocca. A tentativa fracassou. Kerkoriam recompôs suas relações com os executivos da Chrysler, mas não Iacocca. Hoje (1996) seu cartaz na companhia onde era considerado herói está baixíssimo. Com Lutz, seu rival histórico, as relações simplesmente deixaram de existir. No passado, as divergências entre os dois, chegaram ao ápice quando Iacocca tentou fundir a Chrysler com a Fiat. Lutz boicotou a ideia, dizendo que a Chrysler parecia a noiva deitada em seu leito de morte. Depois recebeu o troco. Apontado como sucessor de Iacocca dentro da companhia, foi passado para trás. Iacocca escolheu Robert Eaton, um egresso da General Motors, para sucedê-lo. Lutz teve de se contentar com o segundo posto para sempre. Aos 64 anos, ele não pode esperar mais numa montadora que costuma aposentar seus executivos aos 65.
          No Brasil, no início de 1998 (?), a Chrysler inaugura uma fábrica no Paraná para produzir a picape Dodge Dakota, para consumo de brasileiros e argentinos. O investimento previsto era de 315 milhões de dólares. A decisão de construir essa fábrica foi tomada no fim de 1996, pelo executivo Robert Lutz, o homem número 2 da Chrysler no mundo, só abaixo de chairman Robert Eaton, marcando uma mudança do status do Brasil na escala de prioridades da Chrysler. A picape Dodge Dakota foi fabricada no Brasil entre 1998 e 2001. Teve sua versão esportiva R/T lançada em 2000, equipada com o motor V8 de 5,2 litros de 232 cv.
          Em 1998, a Chrysler e suas subsidiárias foram compradas pela alemã Daimler Benz e tornaram-se parte da DaimlerChrysler. Quando se aposentou, em 1992, Iacocca havia se tornado um dos mais lendários nomes da indústria automotiva mundial. Os tempos áureos, porém, tinham ficado definitivamente para trás. Em seu livro Cadê os Líderes, que chegou ao Brasil em junho de 2007, Iacocca mais fala (mal) dos governantes do que sobre automóveis. Mas, no capítulo em que relata sua saída da Chrysler, sem meias palavras, ele conta que, ao escolher Bob Eaton para sucedê-lo no comando da montadora, tomou uma decisão infeliz. Segundo ele, Eaton foi o grande responsável pela ideia de fazer a "fusão" da Chrysler com a alemã Daimler-Benz. "O negócio não fazia nenhum sentido", afirmou Iacocca. 
          Em 14 de maio de 2007 foi anunciada a venda da Chrysler para o Cerberus Capital Management, por mais de 7 bilhões de dólares, tendo em vista a não-realização das sinergias previstas na época da fusão. Colocou-se assim um ponto final numa das mais malsucedidas fusões da história do capitalismo. O nome Chrysler LLC foi adotado após a dissolução da DaimlerChrysler AG. A Chrysler LLC continua existindo sendo proprietária das marcas Dodge, Chrysler e Jeep.
(Fonte: Wikipédia / revista Exame - 06.11.1996 / 20.06.2007  / Eleven - 26.07.2020 - partes)

29 de jul. de 2020

AMC (Hudson/Nash-Kelvinator)

Hudson
          A Hudson fabricava o modelo Hudson Hornet, que por sua vez desfez o mito de que todos os carros americanos se pareciam em 1950. Sim, ele tinha grandes faróis redondos e cromados suficientes para ser visto do espaço sideral, mas suas semelhanças com os concorrentes da época terminam por aí.
          Ele tinha uma linha de teto longa e em queda que terminava em uma traseira pontuda. Se fosse fabricado hoje, seria classificado como um cupê de quatro portas, do mesmo naipe do Mercedes-Benz CLS. Ele também era rápido: o Hornet dominou as corridas de Nascar no começo dos anos 1950.

AMC
          Em 1954, a Hudson foi unida à Nash-Kelvinator para formar a American Motors (AMC). O emblema da Hudson sobreviveu até 1957.
          A maior contribuição da AMC para a edição automotiva da Arca de Noé é o Eagle (águia, em inglês). Ele era um carro familiar sobre chassi que se apoiava em um sistema de tração nas quatro rodas de respeito e em um vão livre amplo para se enfiar em trilhas e em montes de neve que chegavam aos joelhos. De muitas formas, o Eagle foi um predecessor dos modernos crossovers. Se hoje é grande a popularidade dos SUVs cupês, a AMC foi a primeira a criá-los com o Eagle SX/4. E ele tinha só duas portas, como convém a todo cupê.
          A AMC foi comprada pela Renault em 1979, mas a linha de carros pequenos da AMC sofreu quando o preço dos combustíveis nos EUA caiu nos anos 1980. O CEO da Renault na época, Georges Besse, que colocou a presença da Renault no mercado americano como meta, foi assassinado por terroristas comunistas em 1986. Seu sucessor perdeu interesse na empreitada e vendeu a AMC para a Chrysler em 1987, quando o emblema da empresa simplesmente desapareceu do mercado.
(Fonte - Autocar Brasil - msn - 20.03.2019 - parte)






28 de jul. de 2020

Drastosa

          Em meados de 1991, Monica Radomysler, nascida em 1952, uma das herdeiras da malharia Drastosa, largou sua carreira de marchande de arte contemporânea para tomar conta do principal negócio da empresa: a fabricação de meias. Monica não se arrependeu. "Agora estou desenvolvendo todo o meu potencial criativo", afirmou. Mas ela não se desvencilhou completamente da arte. Levou para a empresa parte de sua coleção de telas e desenhos.
          A malharia Drastosa tinha números reluzentes em 1992. Capacidade para produzir 300.000 peças de roupas por mês, fora 1,8 milhão de pares de meias que colocava no mercado a cada trinta dias.
          A exportação era importante para a empresa. Ela fornecia para as redes americanas Liz Claiborne e The Gap. Fabricante no Brasil da marcas Adidas, a Drastosa lançou, em maio de 1992, uma nova grife: Compagnie da Forma, uma roupa para o dia-a-dia, com o objetivo de relacionar a nova marca com moda, como faziam com os artigos que eram exportados.
(Fonte: revista Exame - 29.04.1992)

27 de jul. de 2020

Banco Rothschild / Banco N M Rothschild

          A ascensão da família para a preeminência internacional iniciou-se em 1744, com o nascimento de Mayer Amschel Rothschild (1744-1812), em Frankfurt am Main, Alemanha. Foi filho de Amschel Moses Rothschild (nascido cerca 1710), um cambista que havia negociado com o Príncipe de Hesse. Nascido no gueto judaico (chamado "Judengasse"), Mayer construiu uma casa de finanças e espalhou seu império por instalar cada um de seus cinco filhos nos principais centros financeiros europeus, para conduzir negócios. Foi Mayer que proferiu a famosa frase: "Os acionistas são ovelhas ou tigres".
          Seus filhos foram:
Amschel Mayer Rothschild (1773–1855): Frankfurt (faleceu sem filhos e sua fortuna foi herdada pelos irmãos Salomon e Calmann).
Salomon Mayer Rothschild (1774–1855): Viena.
Nathan Mayer Rothschild (1777–1836): Londres.
Calman Mayer Rothschild (1788–1855): Nápoles.
Jakob Mayer Rothschild (1792–1868): Paris.
          Nathan se estabeleceu na Inglaterra em 1798, ano que é considerando o início da dinastia. Primeiramente ele fundou uma companhia têxtil com capital de £20.000 (que seriam equivalente hoje em dia a £1,9 milhões). Ele (Nathan Mayer Rothschild) também começou uma operação de corretora de valores na bolsa de Londres — a London Stock Exchange e posteriormente, em 1811 fundou um banco, o N M Rothschild & Sons Ltd. que segue controlado pela família Rothschild até os dias de hoje. Em 1818, ele garantiu um empréstimo de 5 milhões de libras (equivalente a 340 milhões de libras em 2017) para o governo da Prússia, e a emissão de títulos para empréstimos para governos foi uma marca dos negócios de seu banco. Ele ganhou uma posição de tal poder na cidade de Londres que, em 1825-26, conseguiu fornecer moeda suficiente para o Banco da Inglaterra, a fim de evitar uma crise de liquidez no mercado. Assim como os demais bancos abertos na Europa pela família Rothschild, o N M Rothschild & Sons forneceu crédito a governos durante épocas de guerra e crises.
          Dos filhos de Mayer Amschel Rothschild que empreenderam, Nathan foi aquele que obteve o maior sucesso nos negócios. Em vista das dificuldades para exportar impostas pelo bloqueio do Canal da Mancha, Nathan se voltou para os mercados financeiros de Londres, onde acabou fazendo fortuna. Havendo cada um dos filhos de Mayer estabelecido uma filial bancária nos principais centros de negócios da Europa, os Rothschilds foram de fato o primeiro banco a ter operações internacionais, em diversos mercados. Nathan foi um pioneiro em finanças internacionais e utilizando-se de uma rede de correspondentes para se comunicar com seus irmãos, atuou como uma espécie de Banco Central da Europa – Intermediando compras para reis, socorrendo bancos centrais dos países europeus e financiando projetos de infraestrutura como ferrovias, que ajudaram o começo da revolução industrial.
          Nathan Mayer Rothschild é reconhecido pelo seu papel na defesa do fim do tráfico de escravos, financiando a emissão de 15 milhões de libras esterlinas que eram necessárias para aprovar a Lei de Abolição da Escravatura em 1833.
          Em 1875, Benjamin Disraeli, o primeiro-ministro predileto da rainha Vitória, mandou um bilhete através de seu secretário particular informando Lionel Nathan de Rothschild (o filho mais velho de Nathan Mayer Rothschild) de que o tesouro de sua majestade requisitava a soma de 4 milhões de libras (naquela época equivalente a mais de 5% de todo o orçamento anual do governo britânico) com o objetivo de adquirir o Canal de Suez. O crédito foi aprovado no mesmo dia. Disraeli foi o único primeiro-ministro a quem a rainha Vitória permitia que se sentasse diante dela durante os despachos semanais. A um desafeto na Câmara dos Lordes que o “acusou” de ser judeu, Disraeli disse a frase que ficou famosa: “Sim, sou judeu, e quando os ancestrais do nobre cavalheiro eram selvagens brutais em uma ilha desconhecida, os meus eram sacerdotes no templo de Salomão”.
          A casa francesa (capitaneada inicialmente por Jakob Mayer Rothschild), teve o seu apogeu no século XIX, apesar dos maus momentos do anti-semitismo francês. Quando o socialista François Mitterrand nacionalizou 39 bancos franceses em 1982, a Banque Rothschild saiu das mãos da família, que procurou asilo com os primos ingleses da NM Rothschild e na operação Rothschild North America, controlada 50/50 pelas duas casas.
          Em 1986, os socialistas caíram e os Rothschild voltaram candidatos a uma nova licença. Nesses 17 anos, a Rothschild & Cia. foi reinventada, mesmo se transformando em um pequeno banco de 550 funcionários (dados de 2002). Os primos ingleses conseguiram manter-se independentes na onda de aquisições que levaram uma dezena de bancos londrinos familiares a ser devorados pelos gigantes americanos Citigroup, Goldman Sachs e Morgan Stanley. Saíram de sena os centenários Fleming e Kleinwort Benson, Warburg e Morgan Grenfell.
          Renascido em 1986, o Banque Rothschild pôde recrutar novos talentos e refazer a cultura. O ano 2000 foi bom para mediação em fusões e aquisições, mas em 2001 o mercado desabou. Rothschild e Lazard são os dois únicos bancos de família sobreviventes com independência.
          Com escritório no Brasil, em 1999, a subsidiária brasileira atuou como intermediária na aquisição de uma participação de 26,2% no Pão de Açúcar, no valor de 1 bilhão de dólares, pelo francês Casino.
          Em 2010, Nigel Higgins é nomeado como principal executivo da companhia. É a primeira vez que um executivo não membro da família assume tal posição em seus 213 anos de história.
          Dois anos depois, em 2012, a família Rothschild, capitaneada por David de Rothschild, define que pretende assegurar "controle de longo prazo" sobre seu império bancário internacional por meio da fusão de seus ativos franceses e britânicos numa única instituição e a adoção de uma nova forma de governança que protege a empresa contra tomadas de controle hostis (a adoção de uma estrutura de sociedade limitada atuará como proteção contra tentativas de tomada de controle).
          David é o tataraneto de Mayer Amschel Rothschild, o fundador da dinastia, e descendente do barão James de Rothschild, que fundou um banco em Paris em 1812.
          O Rothschild é uma das maiores firmas de assessoria independente, com dezenas de escritórios, presente em 42 países e com mais de 3 mil funcionários.
(Fonte: revista Carta Capital - 15.05.2002 / jornal Valor - 10.04.2012 / Wikipédia / Estadão - 14.01.2024 - partes)

26 de jul. de 2020

Caco de Telha

          O grupo Caco de Telha foi criado em 1996 por integrantes da família e amigos próximos à cantora baiana Ivete Sangalo. O grupo surgiu com um propósito relativamente modesto: gerenciar a então nascente carreira-solo de Ivete Sangalo, já em vias de se desligar da Banda Eva.
          Uma de suas primeiras atribuições foi concentrar atividades então relegadas a outras companhias, como a produção dos shows e a gravação de CDs e DVDs. Não demorou para que a iniciativa chamasse a atenção de outros astros da música, como o cantor Nando Reis. Impressionado com o sucesso do primeiro DVD da cantora, gravado no estádio da Fonte Nova, em Salvador, em 2003, Reis contratou a Caco de Telha para produzir seu show em Porto Alegre naquele mesmo ano.
          Desde então, a Caco não parou mais. Por meio de suas dez empresas, o grupo realiza dezenas de eventos por mês, que vão de megaespetáculos a formaturas em faculdades, passando por eventos corporativos, gravação de álbuns e gerenciamento da carreira de 11 bandas - além, é claro, da própria Ivete Sangalo.
          Em 2010, a cantora detinha 95% da Caco de Telha, mas não participa da gestão. A Caco de Telha tinha 220 funcionários.
          Ivete Sangalo é uma das celebridades mais bem-sucedidas do país. Já assinou dezenas de contratos de patrocínio ao longo de sua trajetória, com empresas como TAM, Philips, AmBev e Itaú. Isso sem falar na frenética agenda de shows, que inclui mais de 100 aparições por ano, e na gravação de pelo menos um DVD por temporada.
          Com a ajuda da cantora, a Caco de Telha esteve por trás de grandes eventos. Em 2010, num consórcio com a Mondo, do Grupo ABC, de Nizan Guanaes, e com a Panmusic, foi uma das responsáveis pela vinda da cantora americana Beyoncê ao Brasil.
          O grande desafio da Caco de Telha, é evitar que criador e criatura fiquem tão dependentes que um não consiga sobreviver sem o outro. Apesar de toda a diversificação, o desempenho da empresa permanecia (no início de 2010) extremamente atrelado ao sucesso de Ivete Sangalo, então responsável por 60% das receitas.
(Fonte: revista Exame - 24.02.2010)

25 de jul. de 2020

Prosperitas

          Em 2006, o contador Jorge Carlos Nuñez e os economistas Luciano Lewandowski e Maximo Pinheiro Lima, deixaram a GP Investimentos para fundar a Prosperitas (a prosperidade, em latim), uma gestora de fundos de investimento imobiliário. O escritório foi montado na Avenida Juscelino Kubitschek, na zona sul de São Paulo.
          Logo no início das operações da empresa os sócios tiveram que forjar um estilo mão na massa por pura necessidade. Quando iniciaram suas atividades, eles tiveram dificuldade de cumprir a proposta inicial de investir apenas em imóveis prontos - em grande medida porque havia poucas opções interessantes disponíveis. A saída para crescer foi desenvolver do começo ao fim os próprios projetos, seguindo o modelo de concorrentes como a americana Tishman Speyer.
          Passou a ser comum, então, os sócios deixarem o conforto do ar condicionado, pelo mormaço que envolve obras erguidas em vários estados, do Rio Grande do Sul a Alagoas. O grupo assume todos os riscos mas consegue taxas de retorno bem mais polpudas. Um dos grandes empreendimentos da Prosperitas foi o Eco Berrini, edifício comercial de 32 andares na zona sul de São Paulo, orçado em 600 milhões de reais.
          No início de 2010, a empresa já era a maior gestora de fundos de investimento imobiliário do país, com 2 bilhões de reais em ativos.
(Fonte: revista Exame - 24.02.2010) 

24 de jul. de 2020

IMC

          A International Meal Company (IMC), é dona de marcas Frango Assado, Viena, Pizza Hut, KFC, Brunella, Batata Inglesa e Olive Garden no Brasil.
          Em setembro de 2018, a IMC decidiu rescindir o acordo de fusão com a Sapore, terceira maior operadora de restaurantes corporativos no país. A união das duas empresas foi anunciada em junho de 2018 e criaria uma companhia de alimentação de R$ 3,1 bilhões de receita e mais de 24 mil funcionários. Segundo comunicado da IMC, a decisão foi tomada por seu conselho de administração após término dos trabalhos de auditoria.
          Em fins de julho de 2019, a IMC fechou acordo de associação com a Família Martins, proprietária da MultiQSR Gestão de Restaurantes, indiretamente detentora de direitos de masterfranquia dos sistemas Pizza Hut e KFC no Brasil. O acordo contempla a incorporação, pela companhia, das ações da MultiQSR. O acordo entre os grupos começou a ser costurado no início de 2019. As conversas iniciaram-se em janeiro, depois que o acordo da IMC com a empresa de refeições corporativas Sapore não avançou.
          Com a implementação da incorporação, a Família Martins receberá, em conjunto, 29.387.930 ações ordinárias de emissão da companhia, no momento da negociação equivalentes a 15% do total de ações ordinárias da companhia.
          A relação de substituição baseia-se na avaliação da Multi QSR em 31 de março de 2019 em virtude de sinergias e análise de fluxo de caixa descontado, transações precedentes com empresas comparáveis e múltiplos de empresas comparáveis, e na avaliação da companhia em R$ 1.332.252.800,00, equivalente a R$ 8,00 por ação.
          A combinação da IMC com os sistemas Pizza Hut e KFC, resulta em uma companhia única no setor de food service que, considerando 2018, teria faturado mais de R$ 1,8 bilhão em receita bruta (ou aproximadamente R$ 2,3 bilhões, considerando o faturamento também de franqueados) e mais de 460 pontos de vendas, incluindo um portfólio de marcas como Frango Assado, Viena, KFC, Pizza Hut, Margaritaville, entre outras. A empresa dos Martins é master franqueadora das marcas de alimentação Pizza Hut, KFC e Taco Bell, com cerca de 300 unidades, segundo dados de abril de 2019. A IMC controla cerca de 15 negócios (considerando as marcas menores em aeroportos). Entre as cadeias principais estão Frango Assado, Viena e Olive Garden. A rede tem pontos nos Estados Unidos e no Caribe.
          Considerando dados de novembro de 2020, a rede Frango Assado tem 25 unidades e a Pizza Hut, 229.
          A IMC é negociada na B3, sob o código MEAL3
          Em 2022 a IMC concluiu a venda de ativos no Panamá. A venda de nove lojas da marca Carl’s Jr. foi realizada para a companhia Excelencia Y Superación.
          Em 23 de agosto de 2023, a IMC informou que sua subsidiária direta Pimenta Verde Alimentos firmou um contrato com a sociedade Wow Restaurantes. O objetivo é a venda da subsidiária indireta da IMC, a OG do Brasil Alimentação, a qual opera a marca Olive Garden no Brasil. O preço total da proposta é de R$ 45 milhões. O negócio envolve a venda dos seis restaurantes da rede Olive Garden operados pela companhia no Brasil – quatro localizados em shoppings das cidades de São Paulo e Campinas e dois no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
(Fonte: Valor - 18.09.2018 / 26.07.2019 / 17.11.2020 / Dica de Hoje Research - 24.08.2023 - partes)

23 de jul. de 2020

Ludwig Schokolade (Trumpf, Mauxion, Schogetten, Fritt)

          During study trips in the mid-nineteenth century, pharmacist Leonhard Monheim discovered a precious, new luxury food: chocolate. With the help of an Italian chocolatier, his first product was manufactured from 1857 onwards. Up to 400 health chocolate bars were made daily by hand. Leonard Monheim sold them in his pharmacy under the name ‘Trumpf’, laying the foundations for Ludwig Schokolade’s success story.
          In 1865, to meet the rapidly rising demand for his chocolate, Leonhard Monheim switched from manufacture by hand to machine production. Special equipment acquired from France simplified the manufacturing process, made new production techniques possible and increased production capacity.
          With the introduction of new recipes and preparation techniques the company witnessed significant growth. The first chocolate factory was opened in 1903 in Aachen, where the finest boxed chocolates could also be produced in large quantities. Aachen is the westernmost city in Germany, located near the borders with Belgium and the Netherlands.
          The demand for Trumpf chocolate continued to rise – and production capacity grew accordingly: another factory opened its gates in Berlin in 1921. In the same year an innovation was launched in the form of the Praletten chocolate bar which soon enjoyed a high degree of popularity and became a classic.
          As the fifties progressed, Leonard Monheim AG became one of Europe’s biggest manufacturers of chocolate and cocoa products. The opening of a third factory in Saarlouis boosted the company’s success. Saarlouis is located close to the French border and not far from the Luxembourg border.The growing international business was also expanded with the addition of the traditional Mauxion brand: its integration in 1958 was a further milestone in the company’s history.
          1962 was a special year, with the introduction of a real innovation in the world of chocolate bars – the Schogetten chocolate bar, uniquely divided into individual segments. Schogetten quickly made chocolate history. The success which it continues to enjoy to this day has made Schogetten one of the best known chocolate brands of all.
          In 1966 the chocolate speciality Edle Tropfen in Nuss was launched on the market. The combination of classic liqueurs, smooth chocolate and crunchy nuts has been delighting connoisseurs ever since. To this day, Edle Tropfen in Nuss is significant not only to the Ludwig Schokolade product range, but also to the liqueur segment of the chocolate market, making its mark in its own inimitable style.
          Leonard Monheim AG has been trading as Ludwig Schokolade GmbH & Co. KG since 1986.
The company’s competitive capabilities were significantly boosted in 1998: incorporation into the globally operating Krüger Group set the course for a successful future in the national and international markets and created new potential for the 21st century.
          The Polish company Inda Chocolate was acquired in 2007, significantly enhancing the product range in the area of chocolate bars.
          Since 2010, new perspectives opened up following the takeover of Fuchs & Hoffmann GmbH (Hoco). The move secured the supply of high-quality cocoa mass and chocolate liquor while also establishing access to an attractive industry sector.
          In 2014, Ludwig Schokolade emphasised the importance of sustainability in its business activities with the establishment of the Suscom company group. Suscom works specifically through a subsidiary at a local level with farmers and cocoa cooperatives in the Ivory Coast. It purchases certified raw cocoa from sustainably managed farms and exports it to Germany.
(Fonte: site da empresa)
(This product is imported into Brazil by Dia Brasil Sociedade Ltda. - Bairro Pinheiros - São Paulo)

21 de jul. de 2020

BioNtech

          A empresa de imunoterapia BioNTech foi fundada em 2008. A biofarmacêutica, com sede em Mainz, no sudoeste da Alemanha, é pioneira em novas terapias para o câncer e outras doenças graves.
          Ugur Sahin é um dos milhões de turcos que foram para a Alemanha em busca de uma vida melhor. Nascido em 1966, ele se mudou para o território alemão na infância, quando os pais conseguiram emprego na fábrica da Ford em Colônia. Sahin se formou em medicina na Universidade de Colônia, onde conheceu sua mulher, Oezlem Tuereci.
          O casal decidiu fundar a BioNTech em 2008. O foco era desenvolver terapias para tratamento de câncer com vacinas personalizadas, capazes de ensinar as células a atacar o tumor presente no organismo.
          A tecnologia de ponta da BioNtech foi o argumento utilizado para levar os papéis da empresa para a Nasdaq, em 10 de outubro de 2019.
          Em um fim de semana de janeiro de 2020, Sahin leu um artigo sobre o vírus covid-19 na revista científica The Lancet e percebeu que uma pandemia com potencial de fechar escolas estava a caminho. Foi quando ocorreu mudança de foco para o combate ao covid-19.
          “Na segunda-feira seguinte, ele chegou para a sua equipe e, embora a maioria deles fosse oncologista, os colocou para trabalhar no desenvolvimento da vacina”, disse em entrevista Thomas Strüngmann, empresário alemão do setor farmacêutico que desenvolveu projetos em parceria com Sahin.
          Em fervereiro, Sahin procurou Kathrin Jansen, chefe de pesquisas e desenvolvimento de vacinas da Pfizer, para oferecer uma parceria no desenvolvimento da vacina. Jansen topou e Pfizer assumiu o compromisso de investir US$ 1 bilhão no projeto, incluindo um pagamento adiantado de US$ 185 milhões. O anúncio da parceria com a Pfizer, foi feito em 17 de março (2020).
          Em junho, o Banco Europeu de Investimentos aceitou investir outros 100 milhões de euros, em duas parcelas de 50 milhões a serem liberadas de acordo com a evolução das pesquisas.
          “Os investimentos que fizemos para desenvolver nossa plataforma de vacinas ao longo de 12 anos nos permitiram responder rapidamente à crise global com o início do programa de vacina contra a covid-19. Este financiamento nos permitirá atingir o próximo estágio de desenvolvimento do tratamento contra a covid-19”, disse o diretor financeiro e de operações da BioNTech, Sierk Poetting.
          Assim como a norte-americana Moderna, a BioNTech busca um caminho diferente das técnicas tradicionais no desenvolvimento da sua candidata à vacina para covid-19. As biofarmacêuticas apostam no uso de mRNA, que tenta transformar as células do corpo em “fábricas de medicamentos”.
          De uma forma geral, a maior parte dos estudos tradicionais parte da lógica de injetar no corpo de pacientes proteínas ou o próprio vírus, seja ele morto ou atenuado, para que o organismo possa produzir uma resposta imunológica contra o invasor.
          Na técnica adotada pela BioNTech e Moderna, os cientistas trabalham com uma só parte do vírus, o mRNA, que carrega a instrução para o corpo produzir a proteína spike, presente no SARS-CoV-2. Caso o organismo, já com as proteínas spike, reconheça a presença da proteína do vírus, ele passa a produzir os anticorpos para combater o invasor.
          A parceria entre uma empresa norte-americana (Pfizer), uma alemã (BioNtech) e uma chinesa, a Fosun Pharma, tem despontado entre as principais concorrentes.
          Em julho de 2020, a Anvisa aprovou o ensaio clínico desta vacina no Brasil. Segundo a agência, o estudo seria feito em 29 mil pessoas no mundo, sendo que 5 mil no país. Se a vacina for aprovada, a Pfizer esperava conseguir produzir mais de 100 milhões de doses ainda em 2020, e potencialmente outras 1,2 bilhão de doses até o fim de 2021.
          A Anvisa aprovou o uso da vacina contra a covid-19 da Pfizer BioNtech em fevereiro de 2021.
(Fonte: Estadão - 02.07.2020 / Época Negócios - 22.07.2020 - partes)

CanSino Biologics

          Em 2008, um grupo de cientistas chineses se reuniu para um churrasco em Toronto, quando as conversas giraram em torno das vacinas de sua terra natal, que há muito tempo estavam aquém do mundo desenvolvido em qualidade e segurança. Quatro deles decidiram agir. Deixaram posições de destaque em farmacêuticas globais no Canadá para estabelecer uma empresa de biotecnologia a meio mundo de distância em Tianjin, na China, na esperança de produzir vacinas em pé de igualdade com países ocidentais.       
          A CanSino Biologics, frequentemente abreviada como CanSinoBIO, foi fundada em 13 de janeiro de 2009 em Tianjin, pelos quatro cientistas chineses Yu Xuefeng, Zhu Tao, Qiu Dongxu e Helen Mao Huihua. A empresa não explica mas, na criação de sua denominação CanSino, "Can" é em homenagem ao Canadá e "Síno" vem do grego e significa povo chinês.
          Em julho de 2018, a CanSino entrou com um pedido para listar suas ações na Bolsa de Valores de Hong Kong e teve sua estreia em 28 de março de 2019.
          A empresa possui um portfólio de vacinas em fase de pesquisa, incluindo a Ad5-EBOV para prevenir o Ebola e a Ad5-nCoV para o Covid-19. Ambos são desenvolvidos em conjunto com o Instituto de Biotecnologia da (e a) Academia de Ciências Médicas Militares do Exército de Libertação Popular.
          A CanSino também colaborou com o Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá no desenvolvimento de vacinas. As duas organizações começaram a colaborar em 2013 e depois trabalharam juntas para desenvolver uma vacina contra o Ebola.
          Em março de 2020, a CanSino fez um acordo para colaborar com o NRC no desenvolvimento do candidato à vacina Covid-19 Ad5-nCoV, para ajudar a encerrar a pandemia do Covid-19, com planos de realizar um ensaio clínico no Canadá.
          O CEO da CanSino, Yu Xuefeng, ex-executivo da unidade canadense de vacinas da farmacêutica Sanofi, mantém contatos no Canadá e na China, mesmo quando as divergências geopolíticas polarizam os dois países. Yu reforçou as proezas científicas de sua empresa ao se associar à maior organização de pesquisa do governo canadense. Na terra natal, trabalhou com um proeminente cientista militar chinês, primeiro com uma vacina contra o ebola, e agora, com a vacina experimental de coronavírus da CanSino.
          A CanSino Biologics está no centro das atenções globais: conexões dos dois lados do Pacífico a colocam entre as líderes na corrida por uma vacina contra o coronavírus.
          Um porta-voz da empresa chinesa, citando reportagens da mídia em maio (2020), disse que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, apoia os pesquisadores canadenses que trabalham em ensaios clínicos para uma vacina contra o coronavírus com a CanSino.
          Em maio de 2020, a CanSino se tornou a primeira empresa a publicar globalmente um estudo científico completo sobre seus primeiros testes em humanos, um passo importante porque permite que pesquisadores do mundo todo avaliem o potencial da vacina. O Ad5-nCoV foi o primeiro candidato a vacina Covid-19 no mundo a iniciar testes em Fase II em humanos.
          A empresa — que ainda não gera receita e registrou perda de US$ 22 milhões em 2019 — até agora conseguiu acompanhar e, ocasionalmente, superar gigantes farmacêuticas ocidentais com a velocidade de seus testes iniciais de vacina contra o coronavírus. A pesquisa ainda é muito incipiente para saber se a vacina da CanSino, ou mesmo de qualquer empresa, fornecerá a bala mágica que países buscam para reabrir as economias em meio à pandemia. Mas as incursões da CanSino mostram que a jovem indústria de biotecnologia da China se torna uma concorrente global e uma ferramenta poderosa para o presidente Xi Jinping.
          Apoiando a CanSino, há uma velha conhecida do setor farmacêutico norte-americano. A companhia tem como um de seus principais investidores a Lilly Asia Ventures, braço de venture capital da Eli Lilly no continente asiático. E na corrida entre países pelo acesso à vacina, a CanSino tem do seu lado também o Canadá. Em maio de 2020, o conselho nacional de pesquisa canadense anunciou que iria trabalhar ao lado dos chineses para acelerar o desenvolvimento e produção da vacina.
(Fonte: Wikipédia / Época Negócios / Bloomberg - 02.07.2020 - partes)

Moderna Inc.

          A farmacêutica Moderna Inc. foi fundada em 2010 por Noubar Afeyan, Sandra Horning e Robert Langer e tem sede em Cambridge, estado de Massachusetts, nos Estado Unidos.
          Foi criada como laboratório de biotecnologia para desenvolver medicamentos e vacinas com base no RNA mensageiro – uma “fita” que é responsável por levar a informação do DNA do núcleo até o citoplasma, local onde determinadas proteínas são produzidas.
          A empresa se dedica, principalmente, a desenvolver pesquisas e medicamentos sobre câncer, doenças cardíacas e doenças infecciosas. Até hoje, não trouxe nenhum medicamento ou vacina ao mercado.
          A startup se dedica ao desenvolvimento de vacinas personalizadas para doentes oncológicos e foi também responsável por grandes conquistas nos tratamentos do surto de zika em 2015. Agora é uma das empresas que estão à frente das pesquisas por uma vacina contra a Covid-19. A sua vacina introduz no organismo uma imitação da proteína que existe na superfície do vírus.
          A Moderna foi a primeira companhia a iniciar testes em humanos, em 16 de março de 2020, em Seattle, e suas ações quase triplicaram de valor desde que a OMS declarou a pandemia em 11 de março.
          Em 12 de maio de 2020, a Moderna anunciou que a Food and Drug Administration (FDA, o equivalente à Anvisa no Brasil) incentivou seu esforço na criação do que pode vir a ser a primeira vacina para a Covid-19.
          Em 18 de maio de 2020, a empresa informou que obteve resultados positivos nos testes iniciais para o desenvolvimento de uma vacina para o coronavírus. Era um estudo pequeno, com apenas oito pessoas, mas todas elas desenvolveram anticorpos contra a covid-19 – uma ótima notícia. O próximo passo é testar a substância em 45 voluntários.
          Parte das pesquisas conduzidas pela Moderna Inc. está sendo financiada pela Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), entidade criada pela Bill & Melinda Gates Foundation para apoiar o desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra surtos desse porte. O trabalho também conta com uma estreita colaboração, desde janeiro de 2020, com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).
          A Moderna informou que a vacina foi “no geral bem tolerada” e que os pacientes não sofreram nada além de vermelhidão ou dor pelas injeções.
          O laboratório analisou a sequência genética do novo vírus publicada por cientistas chineses em 10 de janeiro. O Niaid (Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, em português) concordou em executar uma pesquisa clínica se a farmacêutica pudesse desenvolver uma vacina.
          Para fabricar o produto, a empresa adaptou alguns equipamentos robóticos que estavam fabricando vacinas contra o câncer, adaptadas às mutações genéticas dos tumores dos pacientes. Mais de 100 funcionários participaram da fabricação e do processo de controle de qualidade.
          O 1º teste será realizado na unidade de pesquisas clínicas do Niaid em Bethesda, no Estado norte-americano de Maryland, no nordeste do país. Se os resultados forem positivos, um 2º teste com centenas ou milhares de voluntários poderá ser realizado – o que pode levar de 6 a 8 meses.
          Se esse 2º teste for bem-sucedido, a vacina poderá estar pronta para uso geral. A extensão da disseminação do vírus determinará se o produto será direcionado a grupos-alvo, como profissionais de saúde, ou para toda a população.
          Pelo menos dois dos investidores iniciais da Moderna ficaram bilionários considerando como base maio de 2020. Um deles é o CEO Stéphane Bancel, um veterano da indústria farmacêutica com passagens pela bioMérieux e pela Eli Lilly, que acumula uma fortuna de US$ 2,45 bilhões em ações da empresa. O segundo é o professor de medicina de Harvard Timothy Springer, que já chegou ao US$ 1,38 bilhão. O próximo que deve alcançar a marca é Robert Langer. Com uma participação de 3,2% na empresa, o professor do MIT acumula uma fortuna de US$ 934,3 milhões. Langer é um reconhecido pesquisador na área da biotecnologia. Segundo levantamento usando a plataforma Google Scholar, ele é o oitavo cientista mais citado em pesquisas científicas.
          A Moderna briga (no bom sentido) com a gigante alemã no campo científico: ambas utilizam a mesma técnica para chegar à vacina contra o covid-19 por meio de RNA mensageiro (mRNA).
          Até agora (julho de 2020), a Moderna firmou uma parceria com a companhia suíça Lonza para iniciar a produção ainda em 2020.
          A farmacêutica Moderna tem mais de 800 funcionários.
(Fonte: NeoFeed / PFarma.com.br / IstoÉDinheiro / Poder 360 - 18.05.2020 / ÉpocaNegócios - 20.05.2020 / 22.05.2020 / 22.07.2020 - Partes)

Sinovac Biotech

          A biofarmacêutica Sinovac Biotech Ltd. foi fundada em 1999 e tem sua sede em Pequim, na China. A empresa que se concentra na pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de vacinas contra doenças infecciosas.

          Em 2009, a Sinovac foi a primeira do mundo receber autorização para a vacina contra a gripe H1N1.
          Também já produziu vacinas contra o enterovírus, e gripe aviária, além de imunizações contra varicela e caxumba.
          As vacinas comercializadas pela Sinovac incluem Healive (hepatite A), Bilive (hepatite combinada A e B), Anflu (gripe), Panflu (H5N1) e PANFLU.1 (H1N1). Atualmente, a Sinovac está desenvolvendo a vacina contra a gripe pandêmica universal e a vacina contra encefalite japonesa .
          Em meados de abril de 2020, a China aprovou um ensaio clínico para uma provável vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Sinovac.
          A Sinovac tem um acordo de cooperação com o Instituto Butantan, em São Paulo. De acordo com o diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, a vacina do laboratório chinês foi escolhida em detrimento das outras porque usa a mesma tecnologia dominada pelo Butantan. A vacina do Sinovac usa o vírus da Covid-19 inativo, o que torna a imunização mais segura.
          Foram investidos na parceria cerca de R$ 85 milhões pelo governo paulista. Se a vacina se mostrar eficaz e segura nos testes com os voluntários, o Butantan será o responsável pela produção do soro.
          De acordo com o governo, a vacina pode estar no sistema público de saúde já no primeiro semestre de 2020.
(Fonte: Jovem Pan - 13.06.2020  / Wikipedia - partes)

Equillium

          Equillium is a biotechnology company leveraging deep understanding of immunobiology to develop products for autoimmune and inflammatory disorders, or immuno-inflammation, with high unmet medical need.
          The company was founded in 2017 and has is headquartered in San Diego, California.
          Its initial product candidate, EQ001, is a first-in-class monoclonal antibody that selectively targets the novel immune checkpoint receptor CD6. CD6 plays a central role in effector T cell activity, which drives a number of immuno-inflammatory diseases such as graft versus host disease, asthma, uveitis, colitis, lupus and multiple sclerosis. Equillium believes EQ001 may have broad therapeutic utility and its current pipeline is focused on developing EQ001 as a best-in-class treatment for multiple severe immuno-inflammatory disorders.
          In July 2020 Equillium announced that it's planning to conduct a global randomized controlled clinical trial of first-in-class monoclonal antibody, itolizumab, in patients with COVID-19 under a US IND. This follows the encouraging topline results that its partner Biocon recently shared showing itolizumab significantly reduced mortality in hospitalized patients with COVID-19 in India, and they subsequently announced that the Drugs Controller General of India (DCGI) has granted restricted emergency use of itolizumab for the treatment of cytokine release syndrome in COVID-19 patients with moderate to severe acute respiratory distress syndrome in India.
          Based on the encourage data from Biocon and subsequent DCGI approval, Equillium is planning to conduct a global randomized controlled clinical trial of itolizumab to treat moderate to severely ill patients with COVID-19 in the U.S. and abroad for which teh company will file a U.S. investigational new drug application (IND).
(Fonte: LinkedIn)

Medicago

          Medicago is a biopharmaceutical company manufacturing plat-based vaccines and therapeutics that is headquartered in Quebec City, Quebec and was founded in 1999. Medicago, established based on research at Agriculture Canada and Laval University, is named after the Latim word for alfalfa, the first plant the company worked on. Medicago is 40% owned by the cigarette company, Philip Morris, and 60% of Medicago’s shares were purchased by Mitsubishi Tanabe Pharma in 2013.
          Medicago developed technology for producing vaccines, antibodies, protein-based products and therapeutic proteins inside plants, called Proficia. Medicago developed a modified version of the platform called VLP Express for drug discovery. Their system introduces recombinant DNA into the bacteria Agrobacterium tumefaciens, which are introduced into tobacco leaves where they infect surrounding cells and transfer the recombinant DNA, called transfer DNA (T-DNA) to the plant nucleus. Without integrating into the plant genome, the T-DNA is transcribed and translated, producing the encoded protein. After 11 days leaves are harvested and proteins are extracted and purified to produce clinical-grade pharmaceutical ingredients.
          Medicago uses Nicotiana benthamiana, a tobacco species that naturally makes proteins at high speed. Whereas a vaccine produced using eggs is a six-month process, Medicago’s plant production cycle takes about six weeks. The plants produce virus-like particles that resemble the flu virus and are claimed to elicit an immune response against the flu. As of 2018 their flu vaccine was in phase 3 clinical trials.
          Medicago USA is a wholly-owned subsidiary based in Research Triangle Park, North Caroliana and partnered with the U.S. Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), which has a manufacturing facility that produces vaccines for clinical studies.
          Medicago’s candidate products include H5N1 pandemic influenza VLP vaccine, seasonal influenza and H1N1 vaccines. Products in development include Rotavirus vaccine in alliance with Mitsubishi Tanabe Pharma Corporation and an Ebola prevention vaccine in collaboration with DARPA. Medicago’s seasonal recombinant quadrivalent VLP vaccine for influenza is under review by Health Canada and has completed a safety and efficacy clinical program with more than 25,000 patients
          Medicago is developing both a vaccine and potential treatment of Covid-19. The company produced a virus-like particle (VLP) of the novel coronavirus SARS-CoV-2, which mimics the shape and dimensions of the virus so that the body can recognize and create an immune response. VLPs activate both arms of the immune system, the antibody and cell-mediated responses. After preclinical testing, clinical trials for the vaccine are expected in July or August 2020. Medicago is also developing antibodies against SARS-CoV-2 in collaboration with the Laval University Infectious Disease Research Centre, which could potentially be used to treat people already infected with the virus. Medicago has received $7 million from the Quebec provincial government for its Covid-19 vaccine development.
          On March 1, 2010 Medicago received a research grant worth $300,000 from the Canadian Institutes of Health Research (CIHR).
          On May 13, 2010 Medicago completed a venture capital funding round with $10 million in funding from Yorkville Advisors.
          On September 27, 2011 Medicago completed a private equity round with $25 million in funding from Fonds De Solidarite FTQ, CTI Life Sciences Fund, and AgChecm Venture Fund.
          On December 12, 2012 Medicago received $415,000 in financial support from the Quebec Government and Quebec City for Innovative Regional Project.
          In July 2020 Medicago and Dynavax covid-19 vaccine starts testing with patients. Vaccine uses a coronavirus-like particle, along with an adjuvant, to stimulate an immune response to protect patients against the disease.
(Fonte: site da empresa)

Dynavax

           The biopharmaceutical company was formerly known as Double Helix Corporation and changed its name to Dynavax Technologies Corporation in September 1996. Dynavax Technologies Corporation was founded in 1996 and is headquartered in Emeryville, California.
          Dynavax focuses on leveraging the power of the body's innate and adaptive immune responses through toll-like receptor stimulation. The company markets Heplisav-B, a hepatitis B vaccine for prevention of infection caused by all known subtypes of hepatitis B virus in age 18 years and older. Its immuno-oncology portfolio includes development stage products, such as SD-101 and DV281.
          Dynavax Technologies Corporation has a research collaboration with Clover Biopharmaceuticals; the University of Queensland and the Coalition for Epidemic Preparedness; and Sinovac Biotech Ltd. for the development of a vaccine candidate to prevent coronavirus (Covid-19).
          Dynavax Technologies Corporation has partnership with the Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) to create a vaccine against Covid-19 infection; a collaboration with Valneva SE to initiate a vaccine program for the coronavirus, Covid-19; and collaboration with Medicago to develop a novel adjuvanted Covid-19 vaccine candidate.
(Fonte: Yahoo! Finance)

20 de jul. de 2020

Goya


          Goya was founded in 1936, by Prudencio Unanue Ortiz (1886–1976) from Valle de Mena, Spain. Unanue immigrated to Puerto Rico, where he met and married Carolina Casal (1890–1984), also a Spanish immigrant; they later moved to New York City and started Goya in a small storefront on Duane Street in Lower Manhattan. Ortiz purchased the "Goya" name from a Moroccan sardine company because he believed that his last name was too difficult to pronounce for American customers and also liked the association to Spanish artist Francisco Goya.
          Driven by the belief that there was a growing consumer market for high-quality, fresh-tasting, Latin foods, the Unanues catered to local Hispanic families by distributing authentic Spanish products including olives, olive oil, and sardines.
          As the Hispanic population grew in New York and throughout the United States, Goya’s product line and facilities expanded as well. The company relocated from Lower Manhattan to Brooklyn in 1958, until it established its current headquarters in New Jersey in 1974.
          When Prudencio Unanue died in 1976, he left Goya to his sons, Joseph, Charles, Francisco and Anthony. Upon his father's death, Joseph A. Unanue became chief executive of Goya, then a fairly small, $8.5 million company. As president and chief executive of the company, Joseph shared control with his brother Francisco, who served as president of Goya de Puerto Rico Inc., responsible for much of the company's manufacturing operations. Joseph A. Unanue's son, Joseph F. Unanue, was general manager and vice president of Goya de Puerto Rico from 1989 to 1996, when he became executive vice president at the company's New Jersey, assuming the No. 2 position in the company; he died two years later.
          During Joseph A. Unanue's decades at the head of the company, Goya grew to become a major corporation. By 1998, the company produced about 800 food items (including rice, beans, sauces, and spices), had 2,000 employees, and about $700 million in revenue. Joseph A. Unanue was ousted from his position as Goya chairman and CEO in 2014, amid an feud in the Unanue family about the direction of the company.  At the time of Joseph A. Unanue's ouster, Goya was generating from $750 million, to more than $1 billion in revenue. Joseph's son Andy Unanue, the chief operating officer of the company, also left Goya amid the disagreement, prompting litigation. Robert Unanue and his cousin Francisco Unanue made the decision to remove Andy, who had previously been considered the "heir apparent" to Goya. Joseph Unanue retained a significant stake in the company, and retained a seat on its board; he died in 2013. Robert Unanue has been the chief executive since 2004. The fracturing of Goya's ownership among its founders' descendants has frequently led to disputes about the company's strategy.
          In 2012, the company began construction on a $127 million distribution center in the industrial Meadowlands area of Jersey City, backed by state tax incentives that aided the company in its move from Secaucus to the Jersey City site.
          In 2019, Goya had talks with The Carlyle Group about a possible buyout; the company ultimately decided not to sell itself to The Carlyle Group.
          Goya manufactures and distributes products from the Spanish, Puerto Rican, Caribbean, Mexican, Cuban and Central and South American cuisine. Their products are sold in stores and supermarket chains throughout the United States, Puerto Rico, and international markets.
          Between 2014 and 2016 Goya opened five new facilities including manufacturing and distribution centers located in New Jersey, Texas, California, and Georgia to meet rising consumer demand. Currently, Goya Foods is headquartered on a 40-acre (16 ha) lot in Jersey City, New Jersey. Goya also operates a manufacturing facility in San Cristóbal, Dominican Republic, and a distribution center in Bayamón, Puerto Rico.
          In total, the company now boasts 26 facilities throughout the United States, Puerto Rico, Dominican Republic and Spain, and employs over 4,000 worldwide.
          Goya provides consumers with over 2,500 high-quality and affordable food products from the Caribbean, Mexico, Spain, Central and South America. Goya has fostered a longstanding history in leading the culinary culture of Latin cuisine in the United States while solidifying its position as an iconic symbol beginning in New York City. The company’s commitment to excellence is the cornerstone of Goya’s popular credo, “If It’s Goya, It Has To Be Good”. The result of this simple, yet deeply resonant pledge is the evolution of Goya Foods as a leader in the Latin American food industry and a trusted American brand.
          Goya has positioned its diverse product lines as a reputable brand among both the Hispanic market and mainstream consumers, generating $1.5 billion in annual sales. Once only sold in bodegas, mom & pop specialty stores to now, national club stores like Costco, Sam’s Club, and BJ’s Wholesale, Goya Foods can be found in aisles across the nation. The evolution and success of Goya Foods have demonstrated the company’s strength and brand power within the Hispanic market and its crossover into mainstream America.
(Fonte: site da empresa / Wikipedia - partes)

19 de jul. de 2020

SAM

          A Sul Americana de Metais S.A. – SAM é uma empresa brasileira com sede em Minas Gerais, que tem atuação voltada para extração e comercialização de minério de ferro.
          Criada em 2006, a SAM é controlada pela companhia chinesa Honbridge Holdings Ltd., com sede em Hong Kong e possui escritórios nas cidades mineiras de Salinas, Grão Mogol e Belo Horizonte. Há ainda uma pequena estrutura na capital de São Paulo.
          A SAM aguarda licenças para montar projeto de US$ 2,1 bi no norte de Minas Gerais. A empresa tem plano de produzir 27,5 milhões de toneladas ao ano e ter a operação de dentro da mina feita por controle remoto.
(Fonte: site da empresa / jornal Valor - 13.07.2020 - partes)

18 de jul. de 2020

EQI Investimentos

          Em 2003, Juliano Custódio começou como gerente regional da empresa até a criação da EuQueroInvestir.com, blog de informações de finanças e investimentos que deu origem ao escritório de investimentos.
          A criação do nome da empresa foi simples: bastou pegar as letras iniciais de EuQueroInvestir    para se chegar à sigla EQI.     
          Em julho de 2020 a EQI Investimentos era um dos maiores escritórios de agentes autônomos (AAI), até então ligado à XP Investimentos.
          Em 15 de julho de 2020, uma das maiores disputas do mercado financeiro ganhou novo capítulo, quando foi noticiado que o BTG Pactual comprou 49% de participação na EQI Investimentos.
          'Recebemos uma proposta irrecusável', conta Custódio, presidente da EQI, sobre o negócio com o BTG. "Muito boa financeiramente e, ao mesmo tempo, a chance de ter a minha liberdade, de dar mais um passo como empreendedor", disse Custódio ao Valor Investe, citando seu sonho de dar "um passinho a mais" nos negócios.
          Custódio afirma que o negócio é mais um passo dentro do empreendedorismo. A mudança marca mais um capítulo na disputa entre XP e BTG. Mas crises envolvendo o controlador do banco pode dificultar migração de clientes. Custódio prefere se manter distante da disputa de mercado protagonizada pelas gigantes e conta que sempre teve a vontade de empreender, inspirado, inclusive, pela trajetória de sucesso de Guilherme Benchimol, presidente da XP.
          A negociação, como já era de se esperar, é cercada de confidencialidade e Custódio não revela valores e condições para a migração para a nova "casa". A coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, publicou a informação de que o BTG teria desembolsado R$ 200 milhões por 49% de participação na EQI Investimentos.
          O "divórcio" tem suas regras. São 60 dias de uma espécie de "aviso prévio", em que a EQI - e seus mais de 300 agentes autônomos - continuará prestando seus serviços à XP. Após esse prazo, a EQI passará a ser um escritório de AAI ligado ao BTG, até que receba autorização do Banco Central para atuar como corretora.
          "A corretora do BTG vai ser cindida", conta Custódio. Fazer da EQI uma corretora é a realização de um sonho, segundo ele. "O próximo passo natural de um agente autônomo de investimentos é ter a própria instituição financeira", diz. A mudança ocorre após uma longa trajetória de Custódio dentro da XP.
          A EQI tem sob gestão, considerando números de meados de julho de 2020, R$ 9,5 bilhões em investimentos de cerca de 40 mil clientes que estão hoje na XP. Após os 60 dias de "aviso prévio", os clientes que quiserem seguir com os profissionais da EQI podem migrar a custódia de suas aplicações para o BTG. Uma fonte do mercado afirma que, em média, os escritórios de AAI que "mudam de casa" tem levado consigo apenas de 10% a 15% dos clientes para o BTG. O problema, argumenta a fonte, não estaria no relacionamento já estabelecido com os AAIs do escritório, mas com o envolvimento de, André Esteves, fundador e controlador do BTG, em crises como a investigação de crimes de lavagem de dinheiro na Lava-Jato.
          Segundo uma fonte ouvida pelo jornal Valor, a saída da EQI do guarda-chuva da XP deve ter impacto "irrelevante" para a empresa como um todo. Ainda que o porte do escritório seja grande, representa cerca de 2% de tudo o que a XP tem distribuído em seus 7 mil AAIs que atuam em 700 escritórios.
          Pablo Spyer, executivo que ficou conhecido por suas incursões matinais com o 'Minuto Touro de Ouro' iniciou sua trajetória na EQI em 8 de março de 2021. No dia 15, inaugurou seu escritório em São Paulo, no número 3.600 da Av. Brigadeiro Faria Lima, onde a matriz da corretora passou a ter sua sede.  
(Fonte: Valor Investe - 16/07/2020 / 08.03.2021 - partes)

17 de jul. de 2020

FitBank

          A fintech de pagamentos brasileira FitBank foi criada em 2015 por Otávio Farah (CEO), Rener Menezes e Mauricio Zaragoza. Não é informação da empresa, mas fit significa "em forma", em inglês.
          Em 2016, eles conseguiram atrair três ex-sócios da XP Investimentos: Marcelo Maisonnave, Eduardo Glitz e Pedro Englert. Dois anos depois, a fintech trouxe João Chacha e Alejandro Vollbrechthausen, ex-executivos do Goldman Sachs. Ambos passaram a fazer parte do conselho de administração da empresa.
          O FitBank desenvolveu uma plataforma de gestão de pagamentos “white label“. Nessa ferramenta, diversas instituições financeiras, como bancos, fundos de investimento, varejistas e até mesmo fintechs podem oferecer contas digitais e serviços financeiros aos seus clientes.
          O processo utiliza-se da tecnologia do FitBank, mas com sua marca própria. Segundo informações da empresa, já foram abertas 180 mil contas para 96 clientes. O valor transacionado por mês é de aproximadamente R$ 1 bilhão.
          Em julho de 2020, o FitBank recebeu aporte do banco norte-americano J.P. Morgan. Esse é o primeiro investimento da instituição no ramo de pagamentos na América Latina. Segundo o J.P. Morgan, os recursos serão destinados para a expansão do portfólio de produtos da fintech, assim como sua ampliação internacional — o objetivo é se tornar uma “big tech financeira”. Os valores envolvidos não foram divulgados. Essa é a terceira rodada de investimentos que o FitBank participa.
          “O acordo envolve o aporte na operação, o desenvolvimento de novos produtos, ‘cross selling’ com outras áreas do banco e a expansão internacional, em um primeiro momento para a América Latina”, afirmou João Chacha, membro do conselho de administração do FitBank.
          As negociações entre as partes duraram cerca de oito meses, resultando numa participação minoritária do J.P. Morgan na empresa. O investimento foi realizado através de um veículo de investimentos estratégicos do banco nos Estados Unidos, direcionando os recursos para a operação da fintech.
          Em contrapartida, o J.P. Morgan tomou posse de um assento no conselho do FitBank, que será ocupado por Renata Vilanova Lobo, diretora de pagamentos para clientes do atacado do banco.
          O FitBank poderá ser utilizado pelos clientes do ramo de atacado do J.P. Morgan com o intuito do desenvolvimento de novos produtos, como uma solução para pagamentos, tanto no Brasil como no exterior.
          Concluído o negócio com o J.P. Morgan, o FitBank aguarda a licença de instituição de pagamentos do Banco Central (BC). A empresa quer se tornar “a fintech das fintechs”. “Partimos do entendimento de que a tecnologia tem de ser livre, para que possa ser usada a partir da nuvem e por APIs, para facilitar o dia a dia das empresas e dos consumidores”, afirmou Rener Menezes, responsável pela área tecnológica da companhia.
          No segundo semestre de 2021, o Fitbank iniciou seu processo de expansão internacional, um esforço liderado pelo ex-CEO do Goldman Sachs no Brasil, Alex Vollbrechthausen. O primeiro destino foi o México, mas outros países da América Latina também estão no roteiro.
          No início de maio de 2022, o Fitbank comprou o mercado online de crédito EasyCrédito por um valor não revelado. O objetivo é fortalecer seu negócio de banking as a service (BaaS), agregando crédito além dos pagamentos. Fundado em 2015 em Goiânia, por Marcos Ramos e outros, o EasyCrédito utiliza um algoritmo que analisa o perfil de cada consumidor e aumenta em até cinco vezes as chances de ter seu pedido de empréstimo aprovado. No momento do negócio, o EasyCrédito trabalha em parceria com 26 empresas e recebe mais de 10 milhões de pedidos de crédito por mês. Começou a trabalhar diretamente com o consumidor final (B2C), mas depois reforçou o acordo com plataformas (B2B2C) como OLX e Méliuz.
          Considerando dados de maio de 2022, o Fitbank tem mais de 200 clientes diretos e 60 milhões de usuários indiretos. Os volumes processados ​​já chegam a R$ 3,5 bilhões por mês. O Fitbank também tem a CSU entre seus acionistas.
(Fonte: SunoResearch - 13.07.2020 / Valor - 05.05.2022 - partes)

13 de jul. de 2020

Lanxess

          A indústria química Lanxess é originária de uma cisão mundial de parte da área de produtos químicos e polímeros da alemã Bayer, ocorrida em julho de 2004. A empresa nasceu como uma companhia sem dono, com capital pulverizado e negociado na bolsa de Frankfurt.
          No Brasil, quem assumiu o comando quando de sua criação foi o paulistano Marcelo Lacerda. Formado em direito e administração de empresas, Lacerda começou a carreira como advogado da Bayer em 1998. Galgou postos em diversas áreas até chegar a diretor financeiro da subsidiária brasileira. Na época da cisão, ele decidiu trocar um alto posto na Bayer para comandar uma empresa nova porque era a única oportunidade que via para se tornar presidente.
          A empresa no Brasil teve que inventar da noite para o dia uma identidade própria, segundo Lacerda. "E, embora a matriz tenha dado algumas diretrizes, tivemos muito espaço para criar um estilo de trabalhar", conclui.
          O estilo de trabalhar, a que Lacerda se refere, engloba, por exemplo, anúncios (ruidosos) de negócios fechados ou uma meta alcançada. Assim que o chefe toca o sino no escritório, dezenas de executivos e vendedores se reúnem para comemorar. O ritual, incorporado ao dia-a-dia da empresa por volta de meados de 2006, é o símbolo de uma nova - e agitada - cultura que Lacerda adotou na companhia.
          Mas, para que ocorram comemorações, é necessário o cumprimento de metas mais agressivas. Em contrapartida, os vendedores passaram a ter mais autonomia.
          Nem todos se adaptaram ao choque proposto pelo executivo. Dos 480 funcionários que compunham a empresa na época da cisão, 180 saíram no meio do caminho. Outras 100 pessoas foram contratadas ao longo de três anos para repor as baixas.
          Um dos desafios de Lacerda foi melhorar o ânimo dos 400 funcionários da operação brasileira, que de uma só vez perderam o sobrenome corporativo e ficaram com o negócio à época considerado menos charmoso e promissor dentro da antiga estrutura da Bayer.
          A unidade brasileira da Lanxess tem sua sede em São Paulo.
(Fonte: revista Exame - 24.10.2007)

12 de jul. de 2020

Raphy

           A Raphy Indústria Têxtil foi criada em 1.962 na Rua Silva Teles, no Brás em São Paulo, pela família Chammah confeccionando camisas.
          Em 1976 a empresa instalou sua sede própria, em uma área construída de 24.000 metros quadrados, no km 16 da Rodovia Anhanguera no município de Osasco.
          Em 2013 abriu um escritório showroom na Rua João Annes, no bairro da Lapa na capital paulista.
          Em 2014, a empresa instala-se em Camanducaia, sul de Minas Gerais, na divisa com Cambuí, com um novo centro logístico e onde possui um outlet.
          Também em 2014, a empresa inicia a criação de lojas próprias com a abertura da primeira loja no Shopping Tietê Plaza, em São Paulo, onde começou a vender no Canal Monomarca, seguindo uma tendência de mercado. Há lojas próprias também nos shoppings Cidade São Paulo, Center 3, entre outros.
          A empresa atua na linha de produtos masculinos como camisas, calças sociais, ternos, gravatas, blazers, suéter, jeans, camiseta, bermudas e cintos. 
(Fonte: revista Nova Enfoque - parte)

11 de jul. de 2020

Compagnie d'Occident

          Na década de 1710, tendo Paris como cenário, um escocês, de nome John Law, para uns, gênio das finanças, para outros, espertalhão, falsário e até mesmo assassino, estabeleceu a Compagnie d’Occident. Esta foi agraciada pela coroa francesa com os direitos de exploração de ouro no território da Louisiana, hoje um estado americano, na época pertencente à França.
          Law ofertou ações da nova companhia ao público. A aceitação foi fantástica, embora não houvesse nenhum indício da existência de ouro na Louisiana. Uma investigação mais apurada mostraria que a Compagnie d’Occident nem mesmo chegou a iniciar uma prospecção. Mas isso era um detalhe irrelevante para os especuladores parisienses. Lançaram-se ávidos à compra e venda dos novos papéis, no velho mercado de valores da Rue Quincampoix.
          Em 1720, o mercado vacilou. Um príncipe, De Conti, suscitara algumas dúvidas sobre a existência daquele ouro. John Law respondeu aos rumores contratando centenas de mendigos nas ruas de Paris. Equipou-os de pás e picaretas. Fê-los marchar pela cidade, como se se dirigissem à Louisiana. Mas, quando, algumas semanas depois, os especuladores viram os pedintes de volta, em seus pontos tradicionais, perderam as esperanças. O mercado desabou, lançando na miséria milhares de investidores.
(Fonte: livro Os Mercadores da Noite - Ivan Sant'Anna - Ed.Inversa)

10 de jul. de 2020

MCassab

          Em 1928, os libaneses João Pedro Cassab, Elias Cassab e Mansur Cassab, recém-chegados ao Brasil, fundam a empresa João Pedro Cassab & Companhia em Morro Grande, no distrito de Rio Claro, SP.
          Cinco anos depois, em 1933, Jorge Cassab torna-se sócio de Mansur e a empresa passa a se chamar J.Cassab & Companhia. A empresa expande suas atividades para a região de Leme, também no interior de São Paulo.
          Na década de 1940 a J.Cassab & Companhia cria novas filiais nas cidades de Araras, Piracicaba, São Carlos e Limeira.
          Em 1948 a empresa transfere a sede para a cidade de São Paulo e inclui novas atividades ao grupo: os serviços de importação e exportação de produtos químicos e farmacêuticos.
          Na capital paulista, cria em 1950 a Companhia Mercantil de Armazéns Gerais, localizada na região da Vila Prudente, com 11 unidades de armazenamento, para armazenar a produção de algodão própria e a de terceiros.
          Em 1969 a empresa inicia atividades na área de Tecnologia Animal.
          Em 1972, Mansur Cassab, o mais inovador e ambicioso dos patriarcas da primeira geração, passa a contar com a participação do seu filho José Carlos e do genro Fábio Cutait no gerenciamento da empresa. Nesse momento, a empresa já está sediada na Alameda Campinas, em São Paulo.
          Três anos depois, em 1975, a J.Cassab ganha novo nome: M.Cassab.
          A terceira geração da família estreia no grupo em 1979. Mário Sérgio, Victor e André Cutait, os três filhos de Fábio, ingressam na empresa.
          Em 1988 o grupo cria o Laboratório de Análises Químicas e a unidade de Nutrição e Ingredientes.
          Em 1990, o Grupo M.Cassab passa a ser propriedade exclusiva de Fábio, de sua esposa e de seus filhos. A empresa continua com capital 100% nacional.
          O grupo entra no mercado de bens de consumo em 1993, com a abertura da unidade de Utilidades Domésticas.
          Em 2003, o grupo abre escritório em Shangai, na China. Duas novas unidades de negócio iniciam suas operações: Eletrodomésticos e Utensílios Profissionais.
          Em 2004, o grupo passa a ser distribuidor exclusivos da Lego no Brasil.
          Em 2007, a MCassab inaugura o escritório de Buenos Aires, na Argentina.
          Em 2009, o grupo cria a unidade de negócios M.Cassab Foods.
          Dando sequência nos investimentos para a distribuição da Lego, são inauguradas, em 2010, as brinquedotecas Lego no Hospital das Clínicas e no Hospital Sírio Libanês, ambos em São Paulo.
          A M.Cassab Foods inicia, em 2011, a operação de alevinagem no município de Rifaina, interior de São Paulo.
          O Grupo MCassab, hoje controlado pela família Cutait, continua com capital 100% nacional. Possui cinco grandes áreas de atuação: Distribuição, Nutrição e Saúde Animal, Consumo, Pescados e Investimentos Imobiliários. Juntas, englobam 14 unidades de negócio e 1,3 mil colaboradores diretos.
          A empresa é responsável pela marca Lego no Brasil e loja de utilidades domésticas Spicy
          O Grupo MCassab tem sua sede na Avenida Nações Unidas, 20.882, na zona sul de São Paulo.
          Em 2022, a MCassab,  investe R$ 170 milhões em um novo complexo operacional em Jarinu, São Paulo, para dobrar sua capacidade. A unidade terá área de armazenagem de 55 mil metros quadrados ao longo da Rodovia Dom Pedro I e abrigará fábricas de diferentes linhas de negócios da empresa, cuja atuação é bastante diversificada. Algumas estruturas já foram finalizadas e estão em operação, como os armazéns para produtos Lego e Spicy, uma fábrica de poliuretano e tanques para produtos químicos. Até o final de julho (de 2022), a construção de outras três plantas – para alimentação humana, nutrição animal e produtos para saúde – deverá ser concluída. Além das instalações em São Paulo, a empresa possui unidades industriais em Cascavel (Paraná) e Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e centros de distribuição em Cachoeirinha (Rio Grande do Sul) e Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco).
          O Grupo MCassab tem sua sede na Avenida Nações Unidas, 20.882, na zona sul de São Paulo.
(Fonte: site da empresa / LinkedIn / Valor 16.06.2022 - partes)


9 de jul. de 2020

BCP

          A empresa de telefonia BCP iniciou suas operações em 1998. Era a operadora de telefonia celular da banda B na Grande São Paulo.
          Depois de um começo promissor em 1998, quando chegou a deter 46% do maior mercado do país, a partir de meados de 1999 a BCP passou a assistir à queda contínua de sua participação, que chegou a 37% em meados de 2001.
          No final de 2000, o engenheiro paulistano Dante Iacovone assumiu o comando da empresa no lugar do executivo mexicano Roberto Peón. Iacovone estimou que, no máximo em quatro anos, os acionistas da empresa teriam o retorno sobre os investimentos realizados - algo como 4 bilhões de reais.
          Os obstáculos naturais que a BCP tinha pela frente tornavam-se ainda mais difíceis se considerados dois fatos. O primeiro: a enorme demanda por celular na região, que gerou uma fila de mais de 1 milhão de clientes no início das operações da empresa, deixaram de existir por volta de meados de 2001. O segundo: o aumento da concorrência. A partir de 2002, a Telecom Itália, dona de uma carteira mundial de 22 milhões de clientes de telefonia móvel, começaria a operar celulares em todo o país.
          Por muito tempo, a BCP foi uma espécie de espectadora, uma posição arriscadíssima, sobretudo numa época em que a inovação podia definir perdedores e vencedores. Esperava sua concorrente, a Telesp Celular, colocar no mercado as novidades na área de serviços para então oferecer suas alternativas.
          Um exemplo foi o lançamento do celular pré-pago, responsável por cerca de 63% das vendas totais. A Telesp Celular, controlada pela Portugal Telecom, foi a primeira a tornar o produto disponível. O mesmo aconteceu com o Wap - que permitia a navegação por sites desenhados especialmente para telefones celulares. A BCP só ofereceu algo semelhante a seu 1,7 milhão de clientes sete meses depois.
(Fonte: revista Exame - 25.07.2001)