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30 de set. de 2023

Liquid Death

          O primeiro esboço do que viria ser a Liquid Death surgiu em 2014, enquanto o empreendedor americano Mike Cesario trabalhava em uma campanha publicitária para conscientização do público sobre os riscos do consumo excessivo de bebidas com açúcar. Assim surgiu a primeira versão da água enlatada "Morte Líquida", em uma espécie de chacota às marcas já existentes. O slogan também tem propósito igual: "Mate sua sede".
          A abertura de um novo negócio passa pela difícil etapa de escolha do nome. Uma árdua decisão e que muitas vezes pode deixar os empreendedores de cabelo em pé. Afinal, como definir o nome e slogan perfeitos para um novo empreendimento e que possam ser originais, criativos e, ao mesmo tempo, memoráveis?
          Para Mike Cesario, a irreverência respondia parte desta questão. Ele é criador da Liquid Death (morte líquida, na tradução livre), marca de água enlatada popular entre os jovens e que hoje compete num disputado mercado de 350 bilhões de dólares ao lado de gigantes como Danone, PepsiCo e Coca-Cola.
          A inspiração para o negócio veio após Cesario, um designer e profissional de marketing, perceber que músicos careciam de opções saudáveis durante shows. Um admirador do estilo musical punk-rock, era comum encontrá-lo acompanhando shows pelos Estados Unidos, especialmente em grandes festivais.
          Em uma dessas ocasiões, Cesario percebeu que era comum que marcas de bebidas energéticas fossem os principais patrocinadores de eventos desse tipo, o que tornava comum o consumo de energéticos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas — entre os visitantes e também pelos próprios músicos. O que ele também reparou, porém, era que os músicos estavam substituindo os energéticos por água para se manterem hidratados durante os shows.
          Dessa análise surgiu o incômodo de Cesario em criar uma alternativa saudável, mas com embalagens igualmente coloridas, chamativas e irreverentes — assim como a dos energéticos. “Isso começou a me fazer pensar: por que não existem produtos mais saudáveis ​​que ainda tenham marcas engraçadas, legais e irreverentes? A maior parte do marketing de marca mais engraçado, memorável e irreverente é todo para junk food”, disse Cesario à CNBC.
          Ao que tudo indica, muitas pessoas não temem ingerir uma bebida com o nome de morte. A inspiração, segundo ele, veio do desejo de pensar no nome mais "idiota possível" para o negócio e assim, passar longe da associação do público a marcas de sucesso. “Funciona muito bem porque você começa a pensar: ’Oh, qual é o nome mais idiota possível para uma bebida super saudável e segura possível? Morte Líquida", disse.
          Cesario registrou a marca em 2017, e dois anos depois, lançou sua primeira linha de produtos. O que o empresário não esperava, contudo, era que o sucesso da marca se daria de forma tão repentina. Em apenas três anos, as vendas da Morte Líquida saltaram de US$ 2,8 milhões para US$ 130 milhões.
          Parte do crescimento da marca se deve ao sucesso do combo nome engraçado e design das latas que foge à regra dos típicos desenhos de montanhas e alpes, nas redes sociais. Por lá, postagens da marca viralizaram não apenas entre os fãs de música punk-rock, mas também entre o público mais jovem até mães que precisam convencer seus filhos a beber mais água no dia a dia.
          A marca também atraiu a atenção de investidores dispostos a injetar capital para fazê-la crescer. Em três anos, a Liquid Death já recebeu cerca de 195 milhões de dólares. Atualmente, o valor de mercado da marca é de 700 milhões de dólares, (algo como 3 bilhões de reais), segundo o fundador.
          A ascensão meteórica da Liquid Death em apenas três anos torna a empresa mais do que apenas um nome inteligente, mas um exemplo de boas práticas de diálogo com o publico por meio da internet.
          Depois de um tempo restrito ao e-commerce próprio, a Liquid Death passou a vender seus produtos em redes de varejo pelos Estados Unidos, como Whole Foods, 7-Eleven e Publix, que juntas somaram vendas de 45 milhões de dólares em 2022. O preço médio de venda das latas é US$ 1,89.
          Para Cesario, a única maneira de manter os bons resultados da Liquid Death em meio à dura concorrência com líderes no mercado de bebidas enlatadas é continuar apostando no humor e na identificação do público. "A única maneira de a marca ter uma chance de sobrevivência é se o produto em si seja incrivelmente interessante, com grande parte do marketing embutido no produto”, disse.          Considerando dados de janeiro de 2023, a Liquid Death tem mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram. A marca é vendida em mais de 60.000 pontos de venda no país, incluindo as lojas de departamento Kroger e Target. Segundo a CNBC, a Liquid Death é a marca de água sem gás mais vendida da Amazon.
(Fonte: Exame - 28.01.2023)

29 de set. de 2023

Copasul

          A cooperativa agropecuária Copasul tem sede em Naviraí, a 360 quilômetros da capital do estado, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Está localizada às margens da rodovia BR-163.
          A empresa conta com duas unidades industriais – uma fiação de algodão, instalada em 1996 e e uma fábrica de fécula, inaugurada em 2012. Na época do primeiro projeto agroindustrial da cooperativa – a fiação de algodão – o investimento girou em torno de R$ 9 milhões e o faturamento da cooperativa era inferior a R$ 10 milhões, segundo Gervásio Kamitani, presidente da Copasul.
          A cooperativa iniciará em 2024 as obras de sua primeira planta industrial de processamento de soja em Naviraí. O projeto deverá estar operacional em 2026, com investimento de R$ 1,4 bilhão.
          A planta de processamento de soja é considerada parte essencial do plano da cooperativa para atingir a meta de R$ 10 bilhões em vendas anuais até 2026, e deve responder por 30% desse total, segundo Gervásio Kamitani. “A britagem é o nosso grande sonho, depois da fiação e da fábrica de amido”, disse Kamitani.
          A nova unidade terá capacidade para processar 3 mil toneladas ou 50 mil sacas de soja por dia e armazenar 150 mil toneladas de soja, 70 mil toneladas de farelo de soja, 10 mil toneladas de óleo bruto degomado e 3,6 mil toneladas de cascas. A produção estimada da nova planta é de 944.230 toneladas por ano, entre óleo, farelo de soja e pellets de casca. Segundo a cooperativa, a expectativa é que o projeto gere 150 empregos diretos e 1,9 mil indiretos.
          A nova unidade será construída ao lado da fábrica de fécula da cooperativa, às margens da rodovia BR-163. A unidade de processamento ocupará 42 hectares de uma área total de 115 hectares.
          Segundo a Copasul, um dos diferenciais da unidade será o conceito de zero efluentes. Isso será alcançado por meio do controle da geração de resíduos e do plantio de 1.000 hectares de eucalipto por ano para produção de madeira própria, que será utilizada no processo de esmagamento da soja.
          A previsão para o faturamento do grupo em 2023 gira em torno de R$ 6,2 bilhões
(Fonte: jornal Valor - 29.09.2023)

28 de set. de 2023

Bitso

          A plataforma de negociação de bitcoins e outros criptoativos Bitso foi fundada no México em 2014.
          Em junho de 2021, a empresa recebeu um aporte de US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão) de importantes fundos globais de venture capital, como Tiger e Coatue, além de Kaszek, Valor Capital e Paradigm.
          Com esses investimentos, se tornou o primeiro unicórnio do segmento de criptomoedas na América Latina (unicórnios são as startups que atingem valor de mercado superior a US$ 1 bilhão).
          Instalada no Brasil em maio de 2021, a Bitso já viu, poucos meses depois, sinais relevantes de crescimento na base de usuários e no volume negociado no país, mas quer mais.
          A base de clientes e o volume negociado vêm apresentando fortes crescimentos, e, de olho em rivalizar com as líderes do mercado local, a exchange “importou” seu presidente (CEO), o mexicano Daniel Vogel, que passou a morar em São Paulo em julho (de 2021).
          A ideia dele é supervisionar de perto os ambiciosos planos da empresa: tomar a liderança do mercado de criptoativos no país, hoje repartida entre diversos players, principalmente a brasileira Mercado Bitcoin e a estrangeira Binance.
          “O Brasil é nossa prioridade, e vemos a liderança local como um projeto de longo prazo. Na nossa visão, há oportunidades enormes para inclusão financeira a partir do uso de tecnologia. Já oferecemos a melhor experiência para comprar e vender criptoativos, e agora queremos melhorar a infraestrutura para lançar produtos que sejam úteis no dia a dia”, comenta o presidente da Bitso.
          Em setembro de 2021, planejava investir R$ 1,5 bilhão no crescimento da operação no Brasil. Mais especificamente, em tecnologia, lançamento de novos produtos e serviços, contratações e publicidade, como em comercial já veiculado após o Jornal Nacional, da Globo.
          O volume negociado em reais cresceu quase 90% nos primeiros meses do lançamento. E, em outros reflexos de que a empresa está ganhando impulso no Brasil, o número de clientes dobrou no período, e o total de clientes ativos (ou seja, que efetuaram negociações) cresceu 25% nesses meses. Isso tudo apenas de maio a setembro de 2021.
          A empresa não abre o número de clientes no país, mas especula-se que a meta é chegar a 1 milhão em um ano. Nesse patamar, Vogel calcula que seria possível competir com as marcas mais conhecidas no mercado e sair vitoriosa de um processo de crescimento e consolidação de segmento cripto local, que começou no início de2021, com a compra da brasileira BitcoinTrade pela argentina Ripio.
          Também cresceram, desde então, as opções ao investimento em bitcoin via exchanges, como os fundos de investimentos e os ETFs, em alguns casos até com participação de grandes bancos, como o Itaú e o BTG Pactual.
          O principal diferencial da plataforma com relação à maioria dos players de criptos no mercado brasileiro, diz Vogel, é a oferta de produtos e serviços que facilitam o uso de criptoativos para além da especulação ou mesmo do investimento de longo prazo – a célebre faceta do bitcoin enquanto reserva de valor, uma espécie de “ouro digital”.
          Entre as possibilidades, podem estar aplicações que foram lançadas em outros países, como um serviço de remessa de recursos no México focado em imigrantes mexicanos que mandam dinheiro para a família (uma espécie de dekasseguis só que mexicanos), e uma conta digital remunerada com juros, como na Argentina.
          Também estão no cardápio de possibilidades as aplicações de finanças descentralizadas, os DeFi, protocolos automatizados que vêm sendo criados e usados para oferecer serviços financeiros tradicionais – como empréstimos, seguros e consórcios – com garantia em criptomoedas e, comparativamente, menos taxas e mais acesso.
          “O universo do DeFi está elevando o emprego da blockchain no fomento à inclusão financeira. Estamos começando a avaliar qual poderá ser nossa contribuição a esse universo, de olho nas demandas da população brasileira”, diz Vogel.
          Um primeiro movimento da empresa neste sentido foi a parceria anunciada pouco depois de meados de 2021 com a Pyth Network, um DeFi desenvolvido na tecnologia de registro distribuído (blockchain) Solana.
          Conhecido como “o oráculo dos dados descentralizados”, o protocolo faz uma espécie de ponte entre o universo tradicional e o ecossistema cripto, fornecendo dados sobre preços de ativos em tempo real e facilitando a escalabilidade de projetos baseados em automação.
          “Nossa colaboração com a Pyth é nosso primeiro passo no universo DeFi, baseado na ideia de que, ao prover dados fidedignos e em tempo real aos participantes de mercado, a Bitso está ajudando a melhorar a confiabilidade e a transparência do ecossistema cripto”, comenta Vogel.
          Considerando dados de setembro de 2021, a plataforma tem quase 500 funcionários e 2,5 milhões de clientes, em 27 países. Já haviam sido realizadas 70 contratações até então no Brasil. 
(Fonte: Valor Investe - 14.09.2021

27 de set. de 2023

mosmann Alimentos

 Mosmann


          A Mosmann Alimentos foi fundada em Parobé (RS) em 1° de maio de 1945, ano em que encerrava a Segunda Grande Guerra Mundial, época em que o mundo inteiro passava por enormes dificuldades, e no Brasil não era diferente. Foi quando deu-se início às atividades de uma indústria de massas alimentícias e biscoitos, hoje denominada Mosmann Alimentos Ltda. No início das atividades o grupo de trabalho era composto por aproximadamente 10 pessoas que trabalhavam para o fábrica e comercialização dos produtos. Os fundadores Edésio, que controlava a área administrativa e financeira, Paulo que controlava a produção e Luiz que fazia as vendas dos produtos, faziam parte da equipe.
          As dificuldades eram colossais, desde a aquisição de matérias primas que vinham de trem e eram transportadas em carretas de bois até a fábrica. A produção era de cerca de 300 kg por dia, e eram embaladas em barricas de madeira. Nas vendas, as dificuldades não eram diferentes. A maior parte era transportada por trem, quando se vendia para cidades mais distantes. Para cidades mais próximas o transporte era feito com uma camionete Ford modelo 1939. Para Taquara, cidade distante 40 quilômetros da fábrica, levava-se de carreta de bois e para Parobé (onde fica a fábrica) levava-se de carrinho de mão.
          O tempo passou e, em dezembro de 1998 foi inaugurado o novo complexo industrial, com novos equipamentos e tecnologia de ponta, onde produtos e serviços foram aprimorados, ampliando a capacidade de produção. A fábrica da Mosmann trouxe para a região uma serie de vagas de trabalho e empregos. Atualmente a empresa busca aliar o tradicional sabor caseiro da marca à saúde e bem-estar do consumidor, investindo em produtos que tragam benefícios.
          A empresa conta com a linha: bem-estar é ser saudável, onde incorpora ingredientes funcionais como aveia, chia, linhaça, quinoa, entre outros, assim como produtos feitos a partir de trigo integral, sempre investindo em pesquisa para que o desenvolvimento da linha seja sustentado com embasamento em estudos clínicos comprovados. Os principais produtos são biscoitos e massas, de diversos tipos.
          Em Mosmann Alimentos tem sua sede na rodovia RS 239 - km 43, em Parobé, Rio Grande do Sul. A fábrica possui atualmente cerca de 200 funcionários internos e mais 60 funcionários externos, na área de vendas.
(Fonte: Boomi)

26 de set. de 2023

Galápagos Capital / Galápagos Taler

          Fundada em 2019, a investidora Galápagos Capital tem um histórico de crescimento por meio de aquisições e foi fundada por Carlos Fonseca que permanece como sócio.
          A empresa entrou no espaço de gestão de patrimônio em 2020 após adquirir a Ativa Wealth Management (AWM).
          Em fins de setembro de 2023, a Galápagos adquire a gestora Taler e expande serviços de gestão de patrimônio. A Taler fundada em 2005 por Mari Emmanouilides e atende 142 famílias de alta renda e tem escritórios em São Paulo e Minas Gerais. O escritório presta serviços de gestão de portfólio nos mercados nacional e internacional, planejamento patrimonial e governança familiar.
          A Galapagos pretende ampliar sua atuação no mercado de gestão de patrimônio com a compra da Taler e a chegada de sócios da Mandatto, duas empresas focadas na gestão de patrimônio de famílias ricas. Com essas mudanças, a empresa lançará uma nova unidade chamada Galapagos Taler, voltada para “multi-family offices”.
          Com a chegada de novos parceiros e clientes, o volume de fundos de ultra-alto patrimônio – investidores com patrimônio líquido superior a R$ 20 milhões – sob gestão deverá ultrapassar R$ 5 bilhões, disse Fonseca. O volume total sob gestão é próximo de R$ 22 bilhões, disse.
          Segundo Fonseca, a necessidade de criar uma área dedicada a esse público específico surgiu em discussões com Arnaldo Curvello, sócio de Galápagos responsável pela gestão de patrimônio. “Sempre entendemos que o serviço prestado aos clientes ‘ultra-altos’ deve ser feito por alguém que o faça há muito tempo e conheça esse cliente. Temos capacidade de gerenciar e estruturar muito bem, mas a conversa com esse tipo de cliente precisava ser feita por alguém que já estivesse fazendo isso”, disse Curvello.
          Foi aí que começaram as negociações com a Taler. Durante as discussões, Fonseca viu uma oportunidade de trazer Flavio Stanger e dois outros sócios da Mandatto, uma empresa de gestão com sede no Rio de Janeiro fundada em 2018, para a mesma estrutura. Além dos sócios, também serão incorporadas a estrutura de gestão e os colaboradores.
          O plano de Galápagos é que a transição para os clientes não seja abrupta, principalmente considerando o perfil dos clientes. “As empresas que forem constituídas deverão seguir o caminho natural, sem mudanças, sem medo. Será um processo contínuo”, disse Fonseca.
          As mudanças também deverão impulsionar os negócios de Galápagos no mercado internacional. Há um ano, a empresa de Fonseca estreou nos Estados Unidos com permissão como “consultor de investimentos”, o que lhe permite fazer alocações e recomendações da mesma forma que o seu braço de gestão de fortunas faz no Brasil. A Taler está a operar da mesma forma na Suíça, depois de adquirir uma estrutura de gestão em 2019. “Há clientes que preferem estar nos Estados Unidos e outros que preferem a Europa, por isso é importante para nós podermos oferecer as duas opções”, disse Fonseca.
​(Fonte: jornal Valor - 25.09.2023)

25 de set. de 2023

Ó do Borogodó

          O bar e casa de shows Ó do Borogodó foi inaugurado em 2001 na Vila Madalena, distrito de Pinheiros, na capital paulista. Sua proprietária é a empresária Stefania Gola.
          Há 22 anos no mesmo endereço, a casa fica num imóvel alugado. No início de 2023 o proprietário 
informou que quer vender o terreno.
          Em junho de 2023, Stefania Gola entrou com um pedido para que a prefeitura reconheça o espaço como uma área de relevância cultural. O processo ainda não foi aberto. “Continuamos pagando o aluguel certinho. O proprietário faz pressão pra gente sair e nós estamos tentando chamar a atenção da Secretaria de Cultura para a questão”, explica Stefania.
          No domingo, 24 de setembro de 2023, mais de 80 músicos participaram sem cobrar cachê do festival Fica Ó, realizado para chamar a atenção do público e conseguir apoio para a permanência do Ó do Borogodó no endereço. O festival também foi gratuito.
          Em meio a uma ação de despejo, a mobilização pela preservação do bar e casa de shows Ó do Borogodó obteve uma vitória na semana de 15 de novembro (2023). O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade (Conpresp) aprovou abertura de 
estudo para avaliar se o tradicional espaço de samba pode ser considerado área de proteção cultural.
          A proteção do bar Ó do Borogodó também obteve posicionamento favorável da Comissão Técnica de Análise (CTA) da Zepetec-APC, da Prefeitura, em outubro (2023). O entendimento foi remetido ao Conpresp e embasou a decisão do conselho. Na deliberação, o comitê destaca que “quando uma atividade cultural se exerce há anos em um mesmo lugar, tornando-se parte do bairro, não é possível mover a atividade cultural de maneira forçada para outro local sem que haja significativa perda simbólica”. A comissão também lembrou da “intensa disputa imobiliária” que tem transformado a paisagem de Pinheiros nos últimos anos, citando espaços culturais fechados no distrito nos anos 2000, como o Espaço Cultural Rio Verde.
(Fonte: Estadão 23.09.2023 / 17.11.2023 - partes)

23 de set. de 2023

Viña Tondonia

           A Viña Tondonia é um dos ícones entre os vinhos de Rioja, na Espanha. Fundada em 1877 por Rafael López de Heredia y Landeta, a vinícola nasceu inspirada no que os vizinhos franceses faziam de 
melhor.
          López de Heredia seguia os preceitos segundo os quais os vinhos tinham de amadurecer nos barris de carvalho por um longo tempo – pelo menos três anos. Era o conceito dos empresários bordaleses que haviam migrado para a região em plena crise da filoxera, que havia destruído os vinhedos franceses, e estavam então voltando para casa.
          A vinícola faz questão de manter a tradição de seus quase 150 anos. O melhor exemplo é o modo como lida com as barricas de carvalho, responsável por seu estilo, hoje único e valorizado, de brancos e tintos com longo estágio em madeira. Eles saíram da Rioja, as vinhas passaram a ser plantadas em portaenxerto (como é chamada a enxertia entre vinhas, que resistem ao inseto da filoxera); e a cultura das barricas ficou por lá – a Tondonia, aliás, tem a sua própria tonelaria. “Aprendemos com os franceses a envelhecer nossos vinhos, era o conceito moderno na época”, conta Yolanda Varona, diretora de exportação da vinícola, em passagem pelo Brasil para participar do Encontro Mistral, da importadora 
que traz os rótulos para o país.
          E assim começou a tradição desta que é a terceira vinícola mais antiga da Rioja em funcionamento. Primeiramente vieram as barricas, com uvas compradas na região, mas logo López de Heredia decidiu adquirir vinhedos à beira do Rio Ebro. Mas, mesmo com a crença nesse envelhecimento, os herdeiros de López de Heredia não estão parados no tempo. O melhor exemplo, conta Yolanda, é a preocupação em aumentar o plantio de variedades como graciano e mazuelo. Minoritárias no blend, essas duas variedades trazem maior frescor ao vinho e são mais resistentes ao clima quente. Ou seja, são uma das apostas para enfrentar a mudança climática. Aqui não se trata de 
obter novos vinhedos ou de arrancar tempranillo, sua principal cepa, para priorizar essas variedades.
          A vinícola mantém um rodízio entre os seus 170 hectares de vinhas, divididas entre as viñas Tondonia, Bosconia, Cubillo e Zaconia. Cerca de 100 hectares estão sempre em produção, cultivados com variedades como tempranillo (a principal), garnacho, graciano e mazuelo, e as brancas viura e malvasia. Os demais ou estão “descansando” entre oito e dez anos com o plantio de cereais e leguminosas, para fixar nutrientes no solo, ou são vinhedos jovens, que ainda não entram no blend de seus vinhos.
(Fonte: Estadão - 23.09.2023 - Suzana Barelli)

22 de set. de 2023

Atlas Lithium

          A Atlas Lithium foi fundada em 2011 na Califórnia e posteriormente foi transferida para Boca 
Raton, na Flórida. Teve como um de seus criadores, o empresário brasileiro Marc Fogassa.
          Natural de Assis, interior de São Paulo, Fogassa estudou em São Paulo e foi estudar engenharia no Instituto Brasileiro de Engenharia Aeronáutica (ITA). Pouco tempo depois, aos 18 anos, em 1985, frequentou o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Também estudou em Harvard, onde se formou em Medicina, aventurando-se posteriormente na área de capital de risco, com foco em biotecnologia. “Depois de um tempo, fechei meu primeiro contrato como estudante e isso foi o 
começo de muitos outros. Tornei-me generalista”, relembra.
          Aos 31 anos, ele investiu US$ 2 milhões em uma empresa que mais tarde ostentaria uma capitalização de mercado de US$ 1 bilhão na Nasdaq. “Então decidi ser empreendedor, reconhecendo o potencial inexplorado do Brasil no setor de mineração.” O primeiro projeto focou em 
ouro e diamantes.
          A Atlas iniciou sua jornada com operações de ouro aluvial em Minas Gerais. Em 2018, um geólogo partilhou uma previsão dura sobre o futuro dos minerais e metais estratégicos. Este momento crucial marcou o início da incursão da Atlas no lítio, com aplicações estratégicas e aquisições em desenvolvimento. “Aproveitamos os desafios prevalecentes da pandemia, que restringiu a mobilidade dos investidores estrangeiros, em nosso benefício. Como resultado, a Atlas agora comanda a maior área de concessão dentro do Vale do Lítio”, disse a empresa.
          Desde janeiro de 2023, ganhou destaque como uma entidade listada na Nasdaq. Além do foco imediato no lítio, a empresa possui reservas substanciais de níquel, titânio, grafite e terras raras. O lítio é um dos minerais mais cobiçados atualmente no mundo.
          Em setembro de 2023, um (mais um) projeto de extração e industrialização, envolvendo o lítio, começa a ser estruturado no “Vale do Lítio” brasileiro, na região Nordeste de Minas Gerais. Liderada pelo empresário brasileiro Marc Fogassa, a Atlas Lithium está preparada para iniciar operações em 2024 em Araçuaí, cidade situada no Vale do Jequitinhonha, a aproximadamente 600 quilômetros de
Belo Horizonte. Em Araçuari também há investimentos da canadense Sigma Lithium.
          As projeções da empresa indicam uma crescente demanda global por equivalente de carbonato de lítio (LCE) – um componente primário para refinarias de lítio – com estimativas subindo para 3,5 milhões de toneladas até 2033. Para contextualizar, os volumes de LCE previstos para o ano de 2023 permanecem abaixo de 1 milhão. toneladas, de acordo com Fastmarkets. A principal aplicação do lítio gira em torno da produção de baterias para veículos elétricos.
          Em 2022, os preços do lítio dispararam, com o preço de uma tonelada refinada de hidróxido de lítio ultrapassando a impressionante marca de 84 mil dólares. No entanto, 2023 testemunhou uma descida moderada, com os preços atuais (setembro) oscilando perto dos 27.000 dólares na China, conforme relatado pela Goldman Sachs. O concentrado de espodumeno, o produto específico que a Atlas deverá fabricar, contendo 5,5% a 6% de lítio, atualmente (setembro 2023) comanda uma faixa de negociação de US$ 2.700 a US$ 3.000 por tonelada, uma queda notável em relação ao pico de US$ 8.000 testemunhado em novembro de 2022.
          O projeto Atlas tem como objetivo produzir um rendimento anual de 300.000 toneladas de concentrado de lítio para baterias a partir de minerais de espodumênio extraídos de uma mina a céu aberto.
          Fogassa prevê que o projeto Atlas será o esforço final para aproveitar os minerais extraídos da superfície no Vale do Lítio, atingindo profundidades de até 250 metros. Uma faceta vantajosa em termos de eficiência de custos e desenvolvimento de projetos, distinguindo-o de futuros projetos de mineração subterrânea. O extenso domínio do Atlas abrange 54 direitos minerais (240 quilômetros quadrados), abrangendo os municípios de Araçuaí e Itinga.
          Em setembro de 2023 a empresa encontra-se no meio de uma extensa campanha de perfuração com o objetivo de quantificar as suas reservas minerais. O relatório final está previsto para ser divulgado no final de 2023. O estudo de viabilidade técnica e econômica está previsto para ser publicado em meados de 2024.
          De acordo com o CEO e presidente da Atlas, avaliações metalúrgicas abrangentes conduzidas por empresas geológicas especializadas revelaram um teor médio de lítio de 6,04% nas amostras de perfuração. “O mercado está preparado para abraçar materiais de lítio contendo 5,5% ou mais, o que é evidente pelas crescentes consultas de montadoras interessadas em nosso projeto”, observou ele.
Fogassa prevê um mercado de lítio próspero durante a próxima década, citando a notável estatística da Califórnia, onde os veículos eléctricos representaram 25% das vendas de automóveis novos no segundo trimestre, desafiando as projeções anteriores de que este marco não seria alcançado até 2025.
          Para facilitar este ambicioso empreendimento, a Atlas prevê investimentos superiores a 100 milhões de dólares para o estabelecimento do projeto e iniciará a produção no segundo semestre de 2025. A empresa informa também que há potenciais desembolsos adicionais elevando o desembolso total para 200 milhões de dólares.
          A tecnologia que sustenta a planta de concentração de espodumênio está enraizada em métodos bem estabelecidos, conhecidos há mais de um século, e agora é parte integrante do processo de beneficiamento de lítio – Separação de Meios Densos (DMS). O concentrado de espodumênio, proveniente de rocha dura, é amplamente reconhecido como o insumo superior para a produção de hidróxido de lítio, um ingrediente chave na fabricação de baterias.
          Ao traçar a rota de exportação, a Atlas avalia as opções entre os portos de Ilhéus (BA) e Vitória (ES), com tendência para este último. O início dos embarques da vizinha Sigma Lithium pelo porto do Espírito Santo, ocorreu em julho de 2023.
          Fogassa, que é sócio da empresa, expressa confiança inabalável na disponibilidade de capital para galvanizar a realização do projeto. “Os investidores demonstraram grande interesse em nossa empresa, expressando até intenção de estabelecer parcerias.”
          No primeiros meses de 2023, a Atlas investiu US$ 20 milhões em royalties para a empresa canadense LRC, uma entidade que possui mais de 30 empreendimentos de lítio. Além disso, em julho, a empresa garantiu um investimento de US$ 10 milhões de partes interessadas estrangeiras, com metade do financiamento proveniente do fundo institucional Waratah.
          Marc Fogassa formou alianças com fundos institucionais, incluindo Waratah, BlackRock, ExodusPoint, Weiss, UBS, BTG Pactual, Polar, Fidelity e uma série de outros investidores. Fogassa controla quase 40% do capital da Atlas juntamente com a sua equipa de gestão.
(Fonte: jornal Valor - 20.09.2023)

21 de set. de 2023

Rosewood Hotel

          Exalando brasilidade, o hotel Rosewood São Paulo ancora a Cidade Matarazzo – e é um destino em si. Alojado no antigo prédio da Maternidade Filomena Matarazzo (1943), o hotel também ocupa a 
Torre Mata Atlântica, com 160 quartos e 100 suítes reservadas a proprietários.
          Considerado um “oásis metropolitano”, o hotel fica dentro da Cidade Matarazzo, complexo de edifícios do início do século XX que foram transformados em residências particulares, lojas e locais de entretenimento.
          Ao lado da avenida Paulista, a enorme área de 30 mil metros quadrados (da Cidade Matarazzo), com edifícios tombados e a capela Santa Luzia (1922), foi adquirida pelo empreendedor francês Alexandre Allard, que se apaixonou pelo local em 2007, arrematou-o em 2011. O projeto da Cidade Matarazzo custou em torno de R$ 2,7 bilhões, mas o valor gasto apenas na construção do hotel não foi divulgado. A Capela Santa Luzia, outro edifício histórico que foi restaurado para manter sua arquitetura ornamentada de 1922. Ao longo dos trabalhos de reforma, a fundação original da capela revelou peças adornadas, que foram reformadas e incorporadas à estrutura.
          Ele trouxe a bordo uma miríade de talentos, como o designer Phillip Starck, diretor criativo do projeto. O paisagismo explode em jardins tropicais no interior, em volta do hotel e, sobretudo, na torre contemporânea vestida com várias espécies da Mata Atlântica. A Torre foi projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel, premiado pelo Pritzker em 2008. Esta é a primeira obra de Nouvel no continente sul-americano (assim como o hotel, o primeiro Rosewood na América do Sul).
          A Torre tem níveis de tamanhos variados, com sacadas e árvores adultas formando jardins suspensos. No chão, alamedas floridas permitirão passeios entre árvores centenárias e jardins de
ciprestes e oliveiras.
          Com reservas disputadas, as opções gastronômicas do hotel viraram hotspots instantâneos. Com pé-direito altíssimo, o Le Jardin tem hits como o polvo grelhado com mandioquinha assada e iogurte de limão. Ao lado, na brasserie Blaise, mais intimista, a culinária de alto nível se espelha nas vieiras grelhadas com creme de couve-flor e no contrafilé de wagyu brasileiro, com creme de mandioquinha: obras do chef Felipe Rodrigues e de Rachel Codreanschi, a sous-chef executiva. Saiko Izawa, eleita melhor chef pâtissier dos 50 Best da América Latina em 2017, cria as saborosas sobremesas.
          No Taraz, pratos sul-americanos com assinatura do chef Felipe Bronze. O cardápio – que imita um passaporte – prenuncia a viagem pelos sabores. Drinques, música e fogo completam o astral com vista para um jardim de oliveiras.
          O bar Rabo di Galo apoia-se em ótimos drinques e música ao vivo, com predomínio de jazz. O Belavista Rooftop Pool & Bar exibe uma simpática sala em arcos, objetos e móveis antigos e, depois da escada, a piscina com vista para a cidade.
          Mais de 50 artistas brasileiros criaram 450 obras exclusivas para o hotel. Desenhos, pinturas, colagens, esculturas e instalações ocupam corredores, salas, restaurantes, hall, jardins, escadas e elevadores. Nestes, a série “Etnografia da Flora Mágica Brasileira”, de Walmor Correa, provoca o desejo de subidas e descidas mais lentas para a apreciação de cada quadro; no corredor que dá acesso aos apartamentos do 6º andar, as pinturas de Ananda Nahú denotam um forte e colorido multiculturalismo; chegando ao Belavista, vê-se que toda a área da piscina é de azulejos pintados à mão e inspirados na flora e fauna do Brasil, criados pela artista Sandra Cinto.
          No restaurante Blaise, Fernando de La Roque criou pitorescos murais de azulejos; no Rabo di Galo, difícil tirar os olhos do teto pintado por Cabelo; no chão, os tapetes de Regina Silveira.
Na capela, o novo vitral criado por Vik Muniz. No lobby, Art Concierge e Art Library (onde é possível arrematar criações) oferecem um último olhar para a marcante Poltrona Mole, de Sérgio
Rodrigues, e para a bela Poltrona Jangada. Um deleite do início ao fim.
          Cinco destaques artísticos do hotel
               • Grafites de Speto no túnel de entrada
               • Caligrafia de Caligrapixo no antigo hospital interagindo com o trabalho da tribo Warli
               • Afresco de céu noturno feito por Cabelo Cobra Coral no teto do bar Rabo di Galo
               • Escultura de Artur Lescher nas escadas até o busto da Condessa Matarazzo
               • Esculturas-pêndulo de flores de Laura Vinci no 5º andar e pinturas de Ananda Nahú no corredor do 6º andar.
          Ao todo, o Rosewood conta com 160 quartos e 100 suítes hoteleiras, que se espalham pelo edifício restaurado da Maternidade Matarazzo e pela nova torre com jardins verticais. O Rosewood São Paulo faz parte da marca de mesmo nome considerada de ultraluxo e que administra 29 hotéis, resorts e residências em 17 países.
(Fonte: CNN - 13.04.2022 / revista Forbes - 25.04.2022 - partes)

Antiga maternidade e nova torre com jardim vertical compõem o hotel Rosewood São Paulo

Antiga maternidade e nova torre com jardim vertical compõem o hotel Rosewood São Paulo

20 de set. de 2023

Frimesa

          A Frimesa (então denominada Sudcoop) foi fundada em 1977 e em sua trajetória foi formada uma Cooperativa Central que industrializa a matéria-prima carne e leite. A história oficial foi iniciada em 13 de dezembro de 1977, durante as festividades do jubileu de prata de Francisco Beltrão (PR) na câmara de vereadores.
          No fim da década de 1990, milhares de produtores de feijão, soja, milho, frango, leite e, principalmente suínos, buscavam uma renda na agroindustrialização.
          Cinco cooperativas do Sudoeste do Paraná, inspiradas pelo projeto Iguaçu de Cooperativismo, planejaram a criação da Cooperativa Central Agropecuária do Sudoeste – Sudcoop, hoje Frimesa Cooperativa Central. Foi o primeiro passo da organização dos agricultores das quatro cooperativas fundadoras: Coasul - Cooperativa Agropecuária Sudoeste Ltda., de São João, Comfrabel - Cooperativa Mista, de Francisco Beltrão, Camdul - Cooperativa Agrícola Mista Duovizinhens, de Dois Vizinhos e Coopersabadi - Cooperativa Mista Agropecuária Sabadi Ltda., de Barracão.
          Somadas, as quatro cooperativas fundadoras reuniam 6,8 mil cooperados, dos quais 85% eram propriedades de pequeno porte. Elas atuam em 20 municípios do Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina.
          Quando a Sudcoop (hoje Frimesa) começou a operar, em 1978, seu escritório se localizava no último andar das instalações da filiada Comfrabel, em Francisco Beltrão.
          No fim da década de 1970, a atividade já tinha um duplo propósito: valorizar o milho e a soja convertendo esses insumos em ração para os animais e, consequentemente, otimizar a produção de carne. Com esse objetivo, as cooperativas decidiram pela construção de uma fábrica de ração com capacidade de 20 toneladas ao dia. O primeiro empreendimento, iniciado após a criação da Central, foi edificado em terreno doado pela prefeitura de Francisco Beltrão.
          A suinocultura enfrentava muitas dificuldades. Os produtores eram obrigados a entregar os suínos em Ponta Grossa (PR), e os animais percorriam mais de 500 quilômetros por uma malha rodoviária precária. Outros compradores, de São Paulo e Minas Gerais, ficavam a mais de mil quilômetros de distância. Os produtores de suínos negociavam por meio de atravessadores, uma situação que, somada ao custo de transporte, inviabilizava a produção do Sudoeste. A solução era produzir alimentos em grande escala e atender diretamente ao mercado dos centros urbanos.
          No ano seguinte ao da fundação, a diretoria já se debruçava sobre estudos de viabilidade para aquisição de um frigorífico de suínos. Havia duas propostas: uma no município de Clevelândia e outra em Palmas, ambos no Paraná.
          A empresa estava propensa a decidir pelo projeto de Palmas, que tinha apresentado um melhor estudo de viabilidade, e já negociaçãocom o Banco BRDE. Foi quando surgiu o movimento do Oeste, através da Cooperativa Cotrefal, hoje Lar, liderado por Inácio Donel, propondo uma oportunidade de negócio em Medianeira.
          Após inaugurar, em março de 2023, sua maior planta de abate de suínos em Assis Chateaubriand (PR) e elevar em 80% a capacidade produtiva do ano (2023), a Frimesa investe no mercado paulista. Passou a promover eventos com potenciais clientes e no primeiro semestre de 2024 deve inaugurar seu quarto centro de distribuição em São Paulo, na cidade de Campinas. Com cerca de 12 mil pontos de venda hoje no Estado, entre varejo, atacado e padarias, a cooperativa quer chegar a 20 mil até julho de 2024. No País, serão 60 mil, ante 48 mil atualmente. A contribuição do consumidor paulista ao faturamento, de 15% das vendas internas, deve ir a 25% pelo menos, diz Elias Zydek, presidente executivo. “Nosso maior esforço de vendas está em São Paulo”, afirma.
          Considerando dados de 2022, a cooperativa emprega mais de 9 mil pessoas.
(Fonte: site da empresa / Estadão - 18.09.2023 - partes)

19 de set. de 2023

Lombard Odier

          A empresa suíça Lombard Odier se posiciona como uma boutique independente de gestão de 
patrimônio, sem vínculos com corretores ou bancos.
          A Lombard Odier abriu caminho para a abertura de um escritório no Brasil no final de 2021, quando as taxas de juro atingiram um mínimo histórico de 2% ao ano sob os efeitos da pandemia. Houve um fluxo crescente para classes alternativas em diferentes moedas e geografias.
          A gestora pretende tornar o Brasil um mercado relevante. Numa primeira fase, isso significa 
atingir pelo menos 1% a 2% do volume que tem sob a sua alçada no âmbito global.
          "A Lombard tem interesse estratégico no Brasil, o principal mercado para nós na América Latina”, disse Marc Braendlin, chefe do grupo para a América Latina. “Queremos crescer e continuar fortes com uma equipe local. Respeitamos os nossos concorrentes, mas não temos medo porque pensamos que a Lombard tem uma oferta boa e interessante.”
          A Lombard Odier contratou Rogério Zanin, ex-banqueiro do Julius Baer, no início de 2023 para chefiar sua unidade local. O Sr. Zanin veio originalmente da GPS (que se fundiu com a Reliance quando a empresa rival suíça adquiriu ambas as empresas) e tornou-se líder do Julius Baer Family Office no Brasil como parte de seu comitê executivo. Juliana Lage, como chefe de operações, também veio de Julius Baer.
          A escassez de eventos de liquidez que tradicionalmente engordam a fortuna das famílias, como ofertas secundárias de ações ou fusões e aquisições de empresas, não enfraquece o plano da Lombard para operações locais, acrescentou Zanin. “Quando se trata de investimentos internacionais, há um grande caminho a explorar porque muitas famílias não têm sequer exposição fora do Brasil, então nesse campo a concorrência é menor.”
          A empresa contratou seis executivos comerciais seniores e pretende contratar outros quatro até o final de 2023. A companhia vê como positivo que grandes concorrentes passem a oferecer investimentos internacionais, pois isso ajuda a desmistificar a diversificação de moedas e mercados 
independentemente da faixa de riqueza.
          Considerando dados de meados de setembro de 2023, a Lombard Odier administra o equivalente a US$ 300 bilhões em ativos de milionários.
(Fonte: jornal Valor - 19.09.2023)

18 de set. de 2023

StopClub

          O StopClub é uma startup brasileira, banco digital, que tem Luiz Pereira como cofundador, que fornece ferramentas para trabalhadores baseados em aplicativos.
          A startup oferece créditos e contas para motoristas e entregadores que usam seu aplicativo, em aliança com a XP Investimentos e a fintech mexicana Bankuish.
          O neobanco, lançado na semana de 11 a 15 de setembro de 2023, é baseado em um modelo banking as a service (BaaS) fornecido pela XP Investimentos (que comprou, em 7 de janeiro de 2022, o Banco Modal), em um exemplo de como o modelo de open finance pode agilizar lançamentos digitais, inclusive, para empresas não-financeiras.
          "A velocidade do modelo BaaS faz toda a diferença, já que não é necessário tirar todas as licenças nem fazer registros no Banco Central, um processo caro e demorado. Além disso, ter a infraestrutura da XP nos dá credibilidade e também acesso a produtos vendidos através de sua rede", disse à iupana Luiz Pereira, cofundador do StopClub, que oferece serviços como monitoramento online e registro de viagens para motoristas.
          “A grande diferenciação é que, por meio de APIs, conseguimos oferecer em nosso app principal soluções financeiras, como, por exemplo, poder consultar saldo, cobrar PIX e ser notificado de entrada de recursos”, afirma o cofundador. Isto permite que o usuário trabalhe sem o app do banco no seu celular, o que dá mais segurança e tranquilidade, ao saber que não pode ter suas economias roubadas, acrescenta Pereira.
          A empresa observa que os trabalhadores da gig economy, muitas vezes, não têm acesso a produtos como o crédito, por não terem uma relação contratual tradicional. Com essa integração, buscam fortalecer a proposta à sua comunidade, ao mesmo tempo em que geram novas fontes de renda.
          O uso e a permanência no aplicativo também podem ser utilizados para avaliar o comportamento financeiro. Este produto é apoiado pela fintech Bankuish, um credor para trabalhadores colaborativos.
          “Dividimos os ganhos e custos com o banco, é como um parceiro no negócio”, acrescenta Pereira. “O maior desafio é acelerar a receita para compensar custos [...], porque começa como uma operação deficitária”, explica o cofundador.
(Fonte: iupana - 15.09.2023)

17 de set. de 2023

Forethought (PowerPoint)

          O PowerPoint, programa tão amado quanto odiado por trabalhadores de escritório, professores e 
burocratas, foi lançado em 1987 pela Forethought, uma pequena empresa de software.
          O PowerPoint foi o sucessor digital dos projetores de transparências e foi desenvolvido por Dennis Austin (1947-2023). Ele transformou o trabalho de criar slides em um processo muito mais fácil.
          Poucos meses após a estreia do PowerPoint, a Microsoft comprou a Forethought por US$ 14 milhões em sua primeira grande aquisição.
(Fonte: Estadão - 15.09.2023)

16 de set. de 2023

Bloomingdale's Brown Bag.

          A Bloomingdale's Brown Bag foi originalmente projetada por Massimo Vignelli em 1973 para acomodar os travesseiros e lençóis cada vez maiores vendidos no departamento de linho da Bloomingdale, e desde então se tornou um símbolo de status da cidade de Nova York e um item básico do estilo de rua (ao lado da Medium Brown Bag e da Little Brown Bag , claro).
          Nada une mais os nova-iorquinos hoje em dia do que a afinidade por sacolas de compras e bolsas de lona de marca. Você não pode entrar em um apartamento sem encontrar uma coleção escondida debaixo da pia – ou andar pela rua sem ver uma pendurada no ombro de um morador do East Village vestido com camiseta de bebê. Bolsas da LLBean, Outdoor Voices, Jill Sander e até Trader Joe's tiveram seu momento, mas nenhuma teve a longevidade ou o impacto cultural da Bloomingdale's Brown Bag.
          A sacola é tão influente, na verdade, que o humilde saco de papel teve sua própria extravagância de festa de aniversário em 2023. De setembro em diante, a Bloomingdale’s lançou grandes colaborações e realizou eventos nas lojas para comemorar seu 50º aniversário. O espaço carrossel da loja de departamentos se tornou um pop-up repleto de produtos exclusivos com tema Brown Bag de marcas de moda, beleza e estilo de vida como Ralph Lauren, Stoney Clover Lane, Aqua, Recess Pickleball e Clinique. Pense em um suéter de gola redonda adornado com a imagem do urso Ralph Lauren segurando uma Big Brown Bag da Bloomingdale's.
          O carro-chefe da Bloomingdale’s 59th Street dará uma festa no sábado, 9 de setembro, das 13h às 17h. com ativações em todos os andares. O artista Matthew Langille criará seu padrão exclusivo em uma Big Brown Bag em tamanho real, e os alunos da FIT estarão lá para personalizar sacolas de compras de aniversário. Enquanto isso, os clientes poderão desfrutar de comidas e bebidas temáticas e sabores de edição limitada no BKitchen, um pop-up Big Brown Bistro e um pop-up Nespresso.
          O querido departamento de beleza da Bloomingdale’s também participaria das comemorações. No dia 7 de outubro (2023), balcões de beleza em todo o país ofereceriam diversas ativações e guloseimas. Os destaques? Um estande onde os clientes podem girar uma roda para ganhar amostras exclusivas e serviços de beleza, sorteios de prêmios de suas marcas favoritas e a chance de levar para casa uma sacola de comemoração de 50 anos em compras de US$ 150 ou mais.
(Fonte: The Cut - 07.09.2023)
Photo: Getty Images
Photo: Matthew Carasella

15 de set. de 2023

Biotrop

          A Biotrop,  é uma startup de controle biológico de pestes, criada em 2018 pelo biólogo Antônio Carlos Zem, ex-presidente para a América Latina da FMC Soluções Agrícolas e tem sede em Vinhedo, interior paulista.
          Como uma “agritech”, a Biotrop vem se destacando entre as líderes no mercado brasileiro de produtos biológicos com um rápido crescimento.       
          No mesmo ano, em 13 de dezembro (2018), a Aqua Capital anuncia a compra da Total Biotecnologia e a combina com a Biotrop, com o biólogo Antônio Carlos Zem como presidente da empresa.
          Em 2021, o GIC, fundo soberano de Cingapura, comprou uma participação minoritária na Biotrop.
          Em 9 de setembro de 2023 o Grupo Biobest, o Aqua Capital e o Fundo Soberano de Singapura (GIC) anunciaram a assinatura de um acordo para a aquisição da brasileira Biotrop, pela Biobest, uma das líderes mundiais em biocontrole de pragas e doenças e polinização natural. Pelo acordo, firmado em 9 de setembro, a Biobest, com sede na Bélgica, vai adquirir 85% das ações da companhia por 532 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões). A expectativa é de que a transação seja concluída até o final de 2023.           
          Os 15% restantes das ações serão adquiridos pela Biobest após um período de transição de três anos. A Biotrop hoje é controlada pelo Aqua Capital, gestora de private equity com sede em São Paulo e foco no agronegócio. A operação, diz o CEO da empresa, Jean-Marc Vandoorne, é parte da estratégia de fusões e aquisições, e permitirá à companhia ocupar posição importante na América do Sul, abrindo caminho à sua transformação de especialista em biocontrole e polinização na horticultura em grande player em produtos biológicos na agricultura.
          A expectativa da Biotrop é alcançar faturamento de R$ 679 milhões (128 milhões de euros) em 2023. 
(Fonte: Valor - 13.12.2018 / Estadão - 09.09.2023 - partes)

14 de set. de 2023

M.Officer

          A a marca de jeanswear M.Officer foi fundada por volta de 1993 pelo designer Carlos Miele. Ela nasceu como seu projeto de graduação na Fundação Getúlio Vargas.
          Em 13 e setembro de 2023, alegando "concorrência desequilibrada com gigantes players asiáticos", o grupo M5, da marca de moda M.Officer, entrou em recuperação judicial. A empresa alega ter dívidas na casa dos 53,5 milhões de reais. O pedido já foi aceito pela Justiça de São Paulo.
          "Quanto às razões da crise econômico-financeira enfrentada pelas requerentes, ressaltam a concorrência desequilibrada com gigantes players asiáticos, as consequências econômicas do período da pandemia da covid-19 – contexto em que a M.Officer teria sofrido uma queda de 91% nas vendas, bem como grande inadimplência dos consumidores", diz parte do despacho da Justiça que apresenta os argumentos da M.Officer para o pedido de recuperação judicial.
          Os fatores que a empresa justificou em seu pedido de recuperação judicial teriam gerado, de acordo com o despacho da Justiça, "recorrentes resultados financeiros negativos com excesso de endividamento, o que levou à inviabilização de obtenção de novas linhas de crédito junto às instituições financeiras".
          A empresa alegou, porém, que já estava procurando a reestruturação de suas operações e finanças e que estava com um "corpo de gestores altamente qualificado apto a reverter a situação". Mesmo assim, entendeu que para que haja uma "integral reestruturação", seria preciso aderir a uma recuperação judicial.
          Considerando dados no momento do deferimento da recuperação judicial, emprega 130 pessoas diretamente. Por ano, vendem cerca de 200.000 peças, todas, de acordo com a empresa, produzidas "integralmente" no Brasil. Tem 12 lojas físicas espalhadas em três estados e no Distrito Federal.
(Fonte: revista Exame - 13.09.2023)

13 de set. de 2023

TKO Holdings

          A TKO Holdings surgiu da união das operações do UFC com a WWE.
          Em abril de 2023, a Endeavor, controladora do UFC, comprou a WWE, maior organização de “telecatch” do mundo, por US$ 9,3 bilhões. No processo, a Endeavor fez cisão das operações do campeonato de artes marciais mistas (MMA) e juntou com a WWE na nova empresa TKO.
          A WWE e o UFC geram receita por meio de venda de direitos de transmissão dos seus eventos, além da venda de ingressos e produtos licenciados.
          O conglomerado de mídia ficou com 51% da TKO Holdings após a operação de troca de ações, enquanto acionistas antigos WWE ficaram com os 49% restantes. A família McMahon, antiga controladora da WWE, permanece com participação minoritária.
          “Estamos bem posicionados para capitalizar a demanda por esportes e eventos de entretenimento ao vivo e por plataforma de streaming”, diz Mark Shapiro, novo diretor-presidente da TKO Holdings.
          Em 12 de setembro de 2023 as ações da TKO Holdings começaram aser negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE). As ações da Endeavor continuam sendo negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse) sem o UFC. O conglomerado é dono de agências de talentos e companhias de marketing.
(Fonte: jornal Valor - 12.09.2023)

12 de set. de 2023

Zepz

          A Zepz, uma das maiores fintechs da Europa, começou sua operação em 2010 e tem sede em 
Londres.
          A fintech iniciou seu trabalho com foco no fluxo de países desenvolvidos para os países africanos. Não à toa. A região é menos atendida pelos players tradicionais, e isso se reflete no custo das transações: enviar dinheiro para os países da África Subsaariana é historicamente mais caro. No primeiro trimestre de 2023, custava, em média, 8,35% do total transferido.
          A empresa cresceu e passou a explorar outras regiões. Depois do sudeste asiático, começou a olhar para a América Latina.
          Em fins de agosto de 2023, a Zepz chega ao Brasil – e quer ajudar os brasileiros a enviarem
dinheiro para o Brasil.
          Segundo Giancarlo Braccia, head da empresa para a América Latina, um dos resultados da reaceleração (de remessas de dinheiro) após a pandemia, é uma grande mudança no mercado global de transferências internacionais de dinheiro, as chamadas remessas. Esse segmento cresce rapidamente em tamanho, complexidade e concorrência. De 2019 para 2022, o valor total das remessas saltou de US$ 726,9 bilhões para US$ 831,1 bilhões, segundo o World Bank Global Knowledge Partnership on Migration and Development. De longe, os principais destinos são os países de renda média e baixa, destinatários de 78% do fluxo total.
          O problema é que o custo de enviar dinheiro de um país a outro ainda é elevado. Segundo o Banco Mundial, a média global foi de 6,25% sobre o total enviado no primeiro trimestre de 2023. Os operadores digitais de remessas têm ajudado a mudar o cenário, oferecendo o serviço a preços mais atrativos. Considerando apenas as transações digitais, o custo médio no período foi de 3,90%. Reduzir esses valores em 5 pontos porcentuais, diz o Banco Mundial, traria economias de até US$ 16 bilhões por ano.
          De acordo com Giancarlo Braccia, em suas duas marcas – WorldRemit e SendWave – a companhia busca facilitar e baratear as remessas. Os fluxos vão, majoritariamente, dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento.
          Por enquanto, a empresa não planeja o serviço de enviar dinheiro do Brasil para outros países, apenas dos países desenvolvidos para o Brasil. Há uma boa razão para isso: por enquanto, o foco é nos maiores corredores das remessas. Só para se ter uma ideia, no ano passado, brasileiros enviaram do exterior para o Brasil um pouco mais de US$ 4,2 bilhões. E esse fluxo tem aumentado.
          O México é a maior oportunidade para a Zepz. Segundo Braccia, está-se falando em US$ 58 bilhões, enviados principalmente dos Estados Unidos para o México. Ou seja, os mexicanos fora do país enviam ao México mais de US$ 1 bilhão por semana.
          Braccia explica que "para enviar dinheiro pelos players tradicionais, você precisa ir até uma loja física e depositar o dinheiro. Você gasta tempo fazendo isso. Com a SendWave, só é preciso baixar o app e, de forma bastante automática, o dinheiro é descontado tanto do seu cartão de débito ou do seu cartão de crédito, e é depositado quase automaticamente onde você quiser no Brasil".
          A Zepz já opera em mais de 130 países, incluindo o Brasil. São mais de 70 moedas e 5,7 milhões de usuários. Os números renderam à Zepz uma avaliação de mercado de US$ 5 bilhões, tornando a empresa uma das maiores fintechs baseadas na Europa (sua sede fica em Londres, apesar de seus funcionários estarem espalhados pelo mundo).
(Fonte: Época Negócios - 31.08.2023)

7 de set. de 2023

Quinta da Pacheca (vinhos)

          Foi em 1977 que se iniciou a comercialização de vinhos DOC com as marcas Quinta da Pacheca e Quinta de Vale Abraão, cujas vinhas ainda hoje pertencem à Quinta da Pacheca, sob a liderança do pioneiro D. Eduardo Mendia Freire de Serpa Pimentel que foi o primeiro em Portugal a produzir vinhos brancos de Sauvignon Blanc, Riesling e Gewurztraminer.
          Com cerca de 75 hectares de vinha própria plantados no Património Mundial da Humanidade, classificado pela UNESCO em 2001, a Quinta da Pacheca sempre esteve focada na produção de vinhos Douro DOC e Porto de qualidade e foi uma das primeiras na região a engarrafar Vinhos DOC com marca própria.
          Em 1995 a Quinta da Pacheca iniciou oficialmente o seu projeto de enoturismo abrindo as portas para visitas guiadas à propriedade e venda dos seus vinhos na loja da Quinta. O conceito foi desenvolvido ao longo dos anos com outras atividades de relevante interesse enoturístico e resultou na abertura do The Wine House Hotel Quinta da Pacheca em 2009, explorando assim mais uma forma de negócio e contribuindo para alargar a oferta turística num região cada vez mais procurada e reconhecida como destino de excelência.
          Hoje em dia, a família Serpa Pimentel continua envolvida no projeto com a quarta geração da família.
(Fonte:marketing@vaivinho.com)  


5 de set. de 2023

100% Amazônia

          A 100% Amazônia foi criada em 2010 com foco em dar escala global aos produtos extraídos do
bioma. A empresária Fernanda Stefani é uma de suas criadoras.
          Para articular a compra dos insumos da produção familiar, a 100% Amazônia criou um programa específico para integrar os produtores no processo e promover mudanças nas comunidades onde estão localizados os recursos naturais. O programa Aryiamuru realiza visitas nas comunidades e desenha com os fornecedores a construção de planos de negócios comunitários.
          A companhia trabalha no processamento de mais de 50 produtos da região para exportação. A principal fonte de matéria-prima da empresa são pequenos produtores de quase 600 famílias. Entre os produtos vendidos estão óleos, manteigas e grãos de diversos itens da floresta, como açaí, copaíba, cupuaçu, entre outros, que são comercializados em 65 países.
          “O mercado do açaí é um mercado que tradicionalmente existia, mas a escala (do produto) foi criada muito rápido. O açaí começou a ter uma demanda muito forte nos EUA a partir de 2006, após uma matéria da (apresentadora) Oprah Winfrey sobre as superfrutas e, de repente, milhões de lares ouviram que o açaí era uma das superfrutas. As indústrias tiveram uma remexida enorme”, afirma Fernanda Stefani,
          A empresa é uma das companhias participantes do Plano Estadual de Bioeconomia do Pará, o primeiro do Brasil criado para desenvolver um modelo econômico pautado na sustentabilidade da exploração dos recursos da floresta. A empresa já vende o açaí orgânico com um processo de rastreabilidade. Isso significa que os consumidores poderão saber sobre toda a cadeia de produção do açaí, desde a colheita e onde ela ocorre até o processamento na Fábrica da Floresta, recém-construída pela 100% Amazônia.
(Fonte: Estadão - 05.09.2023)

4 de set. de 2023

Energo-Pro

          A empresa de energia Energo-Pro foi fundada pelo empresário Jaromír Tesar na República Tcheca, por volta de 1993.
          Sua área de atuação nas primeiras três décadas, foi na Europa e no Oriente Médio, incluindo Turquia, Bulgária, Geórgia e República Tcheca.
          A Energo-Pro começou a considerar entrar no mercado brasileiro em 2020 e até participou de alguns processos de aquisição de ativos. Porém, optou-se por estabelecer um escritório local com uma equipe para estruturar sua operação.
          Em 2023, iniciou sua expansão nas Américas com escritório na Colômbia. No entanto, a estratégia ali gira em torno do desenvolvimento de projetos antes mesmo da fase de construção, área onde políticas públicas recentes incentivam a integração de fontes de energia renováveis.
          Com mais de 1,5 bilhões de euros em ativos, a Energo-Pro já estabeleceu um escritório em São Paulo e começou a explorar ativos para construir um portfólio através de aquisições. Divergindo da recente onda de transações de energias renováveis focadas em energia eólica e solar, o principal interesse da Energo está nas usinas hidrelétricas.
          No início de setembro de 2023, a Energo-Pro projeta a sua entrada no mercado brasileiro. Para liderar o escritório local, supervisionar as operações locais e fazer aquisições de ativos a empresa tcheca contratou o ex-executivo da Actis Bruno Moraes. Moraes passou os últimos 10 anos adquirindo e investindo em empresas de energia por meio do fundo de private equity Actis. Seus investimentos totalizaram cerca de US$ 2 bilhões em empreendimentos como Omega, Echoenergia (vendida para a Equatorial) e Atlantic (vendida para a China General Nuclear – CGN). Portanto, ele conhece bem as aquisições de energia.
          As discussões entre Moraes e a administração da Energo começaram quando ele estava em quarentena contratual após deixar o fundo, enquanto definia seus próximos passos. “Inicialmente, ingressar em uma empresa tcheca não estava nos meus planos, mas as conversas avançaram após algumas reuniões na rota São Paulo-Praga”, contou.
          Como funcionário número um, Moraes está montando a equipe da empresa, que deverá crescer para cerca de 15 pessoas em 18 meses. “Só adquiriremos ativos operacionais ou, em algumas exceções, ativos muito próximos de entrarem em operação. A empresa tem como foco a verdadeira energia renovável, que inclui ativos hidrelétricos e será nossa prioridade no curto prazo”, afirmou.
          A empresa não definiu um orçamento fixo para aquisições locais, mas dá uma ideia da sua ambição: almejar cerca de 1,5 GW em cinco anos. Empresa familiar, possui usina hidrelétrica e concessões de distribuição.
          Após adquirir usinas e pequenas centrais hidrelétricas, a empresa poderá voltar sua atenção para ativos operacionais em energia eólica e solar. Uma vez solidificada a operação no Brasil, a Energo-Pro poderá explorar novos mercados na região para diversificar seu portfólio e moeda – considerando que os contratos de venda de energia são denominados em dólares nos países vizinhos.
(Fonte: jornal Valor - 04.09.2023)

3 de set. de 2023

Constellation Asset Management

          A história começou em 1998 com a fundação da Utor Asset Management pelos antigos sócios do Banco Garantia: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
Em 1998 Florian Bartunek é convidado para gerir os investimentos em ações dos ex-sócios do Banco Garantia. Bartunek deixou o Banco Pactual pela Utor Investimentos para tocar a carteira proprietária de ações.
          Em 2002, fruto da parceria entre Florian e Jorge Paulo Lemann, nasce a Constellation, com R$ 64 mi sob gestão. Florian e Lemann decidiram criar a Constellation e disponibilizar a bem-sucedida estratégia para mais investidores.
          Em 2005, quando do lançamento da estratégia Long Only, a Constellation atingiu R$ 203 milhões sob gestão.
          A Lone Pine Capital se associa a Constellation em 2007, e a gestora tornou-se a 1ª asset a ter um hedge fund americano como sócio. R$ 943 milhões estavam sob gestão
          O ano de 2013 é encerrado com mais de R$ 2,4 bilhões sob gestão da Constellation.
          Em 2017, com os fundos passando a ficar disponíveis nas plataformas digitais, o valor sob gestão ultrapassou R$ 3,3 bilhões.
          Em 2019, a Constellation torna-se signatária do PRI (Principles for Responsible Investment ).
          A Constellation tem a participação de Jorge Paulo Lemann e na área de investimentos conta com os sócios Florian Bartunek, Eduardo Dumans, André Lima, Victor Furlan e Nathan Sboarine. A Estratégia e Trading estão sob o comando do sócio Rodrigo Magdaleno. Já os sócios Cândido Gomes e Alex Rodrigues respondem pelas áreas de Relação com Investidores e Operação, Risco e Compliance, respectivamente.
(Fonte: site da empresa)

2 de set. de 2023

Constellation (ex-QGOG)

          A QGEP Participações S.A. é uma empresa do Grupo Queiroz Galvão criada em 2010 a partir da reestruturação da então Queiroz Galvão Óleo e Gás S.A. (QGOG), quando foram separadas as atividades da nova empresa daquelas relacionadas a serviços de perfuração (fornecimento de sondas, afretamento de plataformas e outros serviços). Controladora da Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (QGEP), foi concebida com o objetivo de permitir maior crescimento no segmento de exploração e produção. A QGOG tornou-se então uma empresa de sondas de perfuração para explorar e produzir 
petróleo e gás.
          Uma dívida de bilhões de dólares surgiu na última década. A antiga QGOG investiu em novas sondas de perfuração para suprir a demanda esperada do mercado com a descoberta do petróleo em águas profundas. O cenário, porém, não se concretizou, com a Petrobras reduzindo investimentos após a Operação Lava-Jato e a queda do preço do barril de petróleo em 2014.
          Em 2018, a Constellation Oil Services – antiga Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG), com
uma dívida de US$ 1,84 bilhão– inicia o processo de recuperação judicial.
A Constellation encerrou o processo de recuperação quando reduziu sua dívida de US$ 1,84 bilhão para US$ 918 milhões. Além disso, os acionistas controladores foram substituídos. Dessa forma, a empresa então começa a olhar para o futuro e estudar alternativas no novo contexto do setor no país e na transição energética.
          A reestruturação da Constellation incluiu uma injeção de capital de US$ 60 milhões e a conversão de dívida em patrimônio, um movimento que levou a uma nova composição de propriedade. O fundo Sunstar e Capital, ex-controlador, teve sua participação reduzida para 27%. Assim, os obrigacionistas passaram a ser os acionistas controladores, com 47% do total. Os 26% restantes estão nas mãos dos bancos credores.
          Após o período tempestuoso, no entanto, o mercado local se recuperou. Hoje, a Constellation tem todas as oito sondas de perfuração offshore contratadas e é a empresa de perfuração offshore com maior número de unidades em operação no Brasil. A empresa é responsável por 4% da frota global de sondas flutuantes para perfuração de poços para a indústria de óleo e gás. Uma das unidades foi contratada 
pela ONGC da Índia.
          Com o fim do processo de recuperação judicial, a Constellation quer aproveitar as transformações observadas no mercado. Para isso, a empresa vai reestruturar seu conselho de administração e terá a primeira mulher presidente do colegiado. A executiva escolhida é a britânica Maria Gordon, que trabalhou na Goldman Sachs e na Pimco.
          As outras sete sondas têm contratos no Brasil e juntas respondem por um terço do mercado nacional. A maioria das unidades teve contratos renovados entre o final de 2021 e o início de 2022, com uma melhora nas taxas de operação de 48% em relação aos contratos anteriores.
          Segundo Ribeiro, a diversificação das empresas que atuam no mercado brasileiro além da Petrobras tem contribuído para um mercado mais saudável. Nos últimos anos, com a venda dos ativos da Petrobras e as novas rodadas de licitações de blocos exploratórios pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a indústria nacional passou a contar com mais petroleiras.
(Fonte: taboolaLinks patrocinadosConteúdo Publicitário / Site da empresa - partes)

1 de set. de 2023

Bossa Invest (antiga Bossanova Investimentos)

          A Bossanova Investimentos, empresa de venture capital, anunciou, em 31 de agosto de 2023
mudança no nome da empresa que passa a se chamar Bossa Invest.
          Agora como Bossa Invest, a empresa terá um novo CEO, Paulo Tomazela, que comandará a 
companhia com o apoio de João Kepler, que assume o novo cargo de CVO (Chief Visionary Officer).
          Paulo Tomazela foi executivo da Fiat por sete anos e head de Fundos da gestora de venture capital KPTL. Segundo a empresa, Kepler deve reforçar sua proximidade com investidores e fundadores, além de criar novas vias e estratégias de crescimento da empresa e de seu ecossistema, incluindo produtos
como a Platta, Bossa Bank e Academy.
          A companhia também anunciou novos produtos: a Clubb.vc, uma plataforma de educação, informação e investimento para ampliar o conhecimento sobre Venture Capital; uma área de Dados & Reports; e um novo app de acompanhamento dos investimentos, plataforma de mentoria e aceleração das startups.
          Segundo a companhia, o objetivo das mudanças é aumentar a proximidade com empreendedores e investidores, escalar sua operação e ter posicionamento mais voltado à educação, cooperação e dados para o ecossistema.
          A Bossa Invest tem mais de 1.500 startups investidas e mais de 100 exits, considerando números de fins de agosto de 2023.
(Fonte: Época Negócios - 31.08.2023)