O aplicativo Tinder criou um atalho para quem quer conhecer gente nova ou namorar. Ao se inscrever no app, o usuário monta um perfil com fotos e informações pessoais. Em seguida, tem acesso a um catálogo com fotos de outros usuários (do sexo oposto ou do mesmo) selecionados por idade e proximidade geográfica. Para escolher um potencial parceirto, basta deslizar a tela do celular para a direita. Para decartá-lo, o movimento é para a esquerda. Caso a pessoa escolhida também goste do seu perfil, ambos podem começar uma conversa pelo aplicativo. Claro que nem todas as escolhas são recíprocas, mas a quantidade de perfis é tão grande que sempre aparece alguém a fim de papo.
Até o começo de 2015, o aplicativo era gratuito e não gerava receita. Em fevereiro (2015), foi criado um modelo batizado de "freemium" - parte de graça, parte pago. No caso do Tinder, o usuário tinha um limite de "curtidas" gratuitas a cada dia e pagava para ter acesso a mais. Paga também para poder ver pessoas de outras cidades e enviar um "super like", uma maneira de demonstrar seu interesse.
Embora o começo e as perspectivas do Tinder fossem positivas, o aplicativo teria de enfrentar alguns desafios. O primeiro era a concorrência. O francês Happn (que tem como cofundador Didier Rappaport) tinha, no início de 2016, 11 milhões de usuários no mundo e adicionava 1,5 milhão de pessoas a essa base todo mês. O Brasil era o o maior mercado do Happn, com 1,7 milhão de usuários, cerca de 500.000 só na cidade de São Paulo.
Considerando dados de fevereiro de 2016, o Tinder tinha 25 milhões de usuários ativos - aqueles que usam pelo menos uma vez por mês. O Brasil era o segundo maior mercado, atrás somente dos Estados Unidos. Na média, cada usuário avalia 146 perfis por dia. A empresa não revela qual é a taxa de sucesso dos cadastrados, mas, a julgar pelo barulho que estava fazendo, deveria ser alta. O Tinder deu escala à Paquera.
Além do Tinder, o Match Group é dono de outras 44 marcas relacionadas à busca de parceiros online. No Brasil, opera os sites ParPerfeito, para público em geral, Gencontros, para o público gay, e Divino Amor, para os evangélicos.
Com faturamento de 1 bilhão de dólares em 2015, o Match Group tornou-se o maior do gênero no mundo, adquirindo grandes concorrentes, como o europeu Meetic e o também americano OkCupid. Toda essa trajetória contou para o sucesso da abertura de capital do Match Group no final de 2015 na bolsa americana, mas o que mais entusiasmou os investidores foi mesmo o Tinder.
(Fonte: revista Exame - 17.02.2016)
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