Em 2014, a empresa decidiu interromper temporariamente a produção de alumínio no Brasil devido à falta de competitividade nos preços da energia. O insumo é o item de maior peso na metalurgia do metal. No país, chegou a ultrapassar 50%.
Em 2016, a subsidiária brasileira decidiu dividir as operações que transformam metal em produtos acabados, criando a Arconic. Foi nessa ocasião que o executivo Otávio Carvalheira, após 34 anos de atuação em diversas funções no Brasil e no exterior, inclusive na China, assumiu o comando.
Sob as novas condições de demanda de alumínio, preços elevados e uso de energia renovável com preços competitivos – em contratos de longo prazo – a empresa decidiu em 2022 reiniciar sua fundição no consórcio Alumar, no qual detém 60% de participação e é o principal operador. A parceira é a australiana South32, com 40%, que tomou a mesma decisão. Juntas, as duas empresas estão investindo R$ 957 milhões (US$ 186 milhões). A Alcoa vai injetar R$ 520 milhões. A Alumar – que fica a 25 quilômetros da capital maranhense, começou a operar em 1984. O reinício levou à recontratação de 416 funcionários para a fundição. Ao todo, incluindo a divisão de alumina, o consórcio conta hoje com 1.250 funcionários.
A empresa volta a se posicionar no país, com produção que vai desde a mineração de bauxita até a alumina e o metal bruto. Globalmente, o alumínio ganhou nova dinâmica de mercado, com aplicações na eletrificação de veículos e em outros campos, como eletricidade e embalagens recicláveis.
A capacidade total da fundição no consórcio Alumar é de 447 mil toneladas. O recorde histórico de 1,66 milhão de toneladas foi alcançado em 2008. Ele gradualmente caiu para 685.000 toneladas em 2020. Outra frente de investimento é a unidade de Poços de Caldas, onde a empresa começou no Brasil e operou até 2015. A unidade também foi definitivamente fechada devido ao alto custo de produção, principalmente de energia, em relação ao mercado internacional.
No mesmo local, a Alcoa possui uma unidade de reciclagem, destinada à produção de alumínio a partir de sucata que é recuperada por meio de mistura com metal primário. O resultado são lingotes, tarugos e um produto considerado nobre – pó de alumínio. O volume varia entre 45.000 e 50.000 toneladas por ano e vai para o mercado interno e externo.
(Fonte: jornal Valor - 16.05.2022)
(Fonte: jornal Valor - 16.05.2022)
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