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15 de ago. de 2021

Werten

          A Werten do Brasil foi criada pelo empresário gaúcho Paulo Triches, dono da Enxuta, para atuar no mercado de linha branca.
          Às voltas com anos consecutivos de maus resultados, a Enxuta preparou o lançamento de uma lavadora de luxo, a Besser, na moita, pois não queria associar seu nome à Enxuta.
          O ator americano George Clooney, que então havia ficado famoso no seriado Plantão Médico, foi o protagonista da campanha publicitária da então mais nova marca de lavadoras brasileiras de luxo.
(Fonte: revista Exame - 02.12.1998)

Simas

          A Simas Industrial é uma empresa familiar de Natal, no Rio Grande do Norte, produtora de balas, pirulitos e doces em geral.
          Em 1977, por necessidade, segundo Thiago Simas, a empresa começou a exportar. O caminho seguido, no início, foi o de parcerias com fabricantes dos Estados Unidos. A Simas passou então a produzir sob encomenda e, em contrapartida, era beneficiada com a transferência de tecnologia em produção e controle de qualidade por seus clientes americanos.
          Era, em 1998, administrada pelos três irmãos Simas: Thiago Simas, diretor-superintendente, Washington Luiz Simas, diretor comercial, e Eduardo Simas, diretor financeiro.
          Num setor onde apareciam nomes de peso da indústria internacional de alimentos, como a Lacta Suchard Kraft, a Nestlé e a Warner Lambert (Adams), a Simas Industrial era a campeã de vendas no exterior, segundo os números da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Balas e Derivados. Na exportação de balas e pirulitos de 1997, a Simas contribuiu com 21% do total, com suas marcas Sam's, Sam Blue, Cherry Pop mais as marcas licenciadas Pateta e Donald, da Disney.
          Um ponto a favor da Simas foi a rapidez com que os três irmãos ocuparam os espaços deixados pelos concorrentes. Com recursos próprios, eles adquiriram a maquinaria de todas as fábricas de balas falidas do Nordeste. Além disso, compraram toda a linha de produção de balas da Garoto, quando foi desativada.
(Fonte: revista Exame - 02.12.1998)

14 de ago. de 2021

Sifco (Brasifco)

          O grupo paulista Sifco era controlado pela família do empresário Alexandre Smith de Vasconcellos, e empregava, em fins de 1993, mais de 3.000 funcionários. Seu patrimônio líquido era de 70 milhões de dólares. O Sifco era o vice-líder do mercado brasileiro de forjados para a indústria automobilística. Tradicional exportador, o Sifco recolhia no exterior, principalmente nos Estados Unidos, a metade de suas receitas
          Em 1993, a Acesita arranjou fôlego financeiro para, em associação com a Eletrometal, bancar a compra de dois terços do controle acionário da Brasifco, a holding do grupo Sifco.
          A família Smith de Vasconcellos tentara negócio com o grupo Iochpe. As discussões se arrastaram por mais de um ano, mas não houve acerto. Um dos motivos para o impasse foi a insistência dos antigos controladores em manter participação no grupo. O Iochpe queria ficar sozinho na parada.
(Fonte: revista Exame - 05.01.1994

Acesita

          Antes de ser privatizada, em 1992, a Acesita, com sede em Timóteo, Minas Gerais, era uma empresa sonâmbula: vivia dormindo, com breves intervalos de lucidez e com o sono induzido pela anestesia estatal. Verdadeira morta-viva, a empresa acumulava prejuízos de 600 milhões de dólares nos anos anteriores. Obsoleta, com funcionários desmotivados e sem dinheiro para investir, a Acesita tinha mesmo de mudar para dar a volta por cima. A privatização ocorreu em outubro de 1992, por US$ 451 milhões. Individualmente, o maior acionista era a Previ, o fundo dos funcionários do Banco do Brasil.
          Poucas vezes o espaço de um ano terá marcado tanto a vida de uma empresa como no caso da Acesita e, em 1993, ela voltou ao lucro.
          Ao fazer as pazes com a rentabilidade, a empresa arranjou fôlego financeiro para, em associação com a Eletrometal, bancar a compra de dois terços do controle acionário da Brasifco, a holding do grupo paulista Sifco. Com folga de caixa, a siderúrgica gerou ainda novos projetos, como uma fábrica de tubos de aço inoxidável em sociedade com a sueca Sandvik e uma prestadora de serviços, em parceria com uma distribuidora de aço, a Dimap.
          Tudo isso passou a ser possível porque a Acesita se viu obrigada a tornar-se competitiva internacionalmente. Descentralizou a administração, e os gerentes têm não só o direito como a obrigação de decidir. Quem os empurra para a frente, à base de desafios, é o executivo Wilson Nélio Brumer, mineiro nascido em 1948, que dirigia a Vale do Rio Doce até assumir a presidência da Acesita em dezembro de 1992. Brumer negociou as dívidas, que caíram de 220 milhões de dólares para cerca de 160 milhões, e cortou 25% do pessoal (de 7.500 para 5.600 funcionários).
          A Acesita contratou os serviços da McKinsey e o grau de atualização de seus equipamentos foi um dos itens cotejados. Parte das máquinas era da década de 1940. Outra, mais moderna, era dos anos 1970. Uma das primeiras recomendações dos consultores da McKinsey foi a busca pela Acesita de um parceiro com boa tecnologia. A escolha recaiu sobre a Kawasaki Steel, uma das maiores e mais modernas siderúrgicas do mundo.
          No início de 1995, a Acesita, junto com a Sul América, adquiriu o controle da Villares. Para manter sigilo, o acordo que selou o negócio foi fechado em Belo Horizonte, no apartamento do presidente do conselho da Acesita, Wilson Nélio Brumer.
(Fonte: revista Exame - 05.01.1994 / 05.07.1995 - partes)

Tintas Renner

          A Tintas Renner foi fundada pela avó paterna do empresário Marcos Bier Herrmann, nascido em 1954, no Rio Grande do Sul.
          Herrmann arrumou a casa, unificando marcas sob o nome Renner, com o símbolo do cavalo branco, e apostou na tecnologia de ponta associando-se à Du Pont e à Hoechst. Assim preparado, saiu à cata de negócios no Cone Sul.
          Em 1993, quando já tinha fábrica no Uruguai, ganhou, ramificações na Argentina e no Chile. Além disso, abriu um centro de distribuição no Paraguai e licenciou a Espintbol, líder do mercado de tintas na Bolívia, para fabricar produtos da marca naquele país.
(Fonte: revista Exame - 05.01.1994)

12 de ago. de 2021

Grupo Martiniano de Calçados

          O grupo Martiniano de Calçados foi fundado em 1955, com sede em Franca, interior de São Paulo.            Em 1984, o grupo acabara de perder o licenciamento do tênis Nike no Brasil e estava no vermelho. A briga com a Nike na justiça, em seguida, deu em nada e veio a concordata.
          Em 1987,  Antônio Galvão Martiniano Júnior, nascido em 1965, o filho do dono, criou o tênis M2000.
          Em 1993, com o sucesso da marca que criou, o M2000, o Martiniano fechou o ano com 80 milhões de dólares de faturamento, com 2.900 funcionários, 900 a mais que em 1992.
          Quem comandou a volta por cima foi Antônio Galvão Martiniano Júnior. Ele vivia nos Estados Unidos jogando tênis, foi chamado de volta ao grupo, para ajudar na recuperação. Gal, como é conhecido, lançou o M2000, levantou a concordata e ainda entrou na área de confecções, com roupas esportivas e de uso íntimo.
          O M2000 era o único tênis brasileiro capaz de enfrentar, aos olhos da garotada, sangues azuis como Reebok e Nike.
          O grupo, porém, se meteu de novo em dificuldades. Na última semana de julho de 1995, duas de suas empresas - a Martiniano, que produz o tênis M2000, e a GM Artefatos de Borracha, que fabrica solados - pediram concordata. O problema teria ocorrido porque o nível de inadimplência dos clientes aumentou muito. Isso para não falar na perda de mercado para os produtos asiáticos.
(Fonte: revista Exame - 05.01.1994 / 16.08.1995 - partes)

Cougar

          A marca americana de eletrodomésticos Cougar desembarcou no Brasil no início de 1992. A Cougar, considerando dados do início de 1994, pertence à família americana Reich.
          A empresa, com sede em Nova York, chega com sua linha a países como Canadá, Itália e França. Na Europa, a Cougar também vende equipamentos de som para carros com outras marcas: Artech e Legacy. A produção fica diluída entre China, Malaísia, Formosa e Coreia do Sul.
          Considerando o início de 1994 como parâmetro, as vendas de eletroeletrônicos de áudio leves tinham grande participação nas vendas de empresas de varejo como G. Aronson, Mesbla e Casa Centro.
(Fonte: revista Exame - 05.01.1994)

Future Kids

          A rede americana Future Kids orienta-se pela teoria do construtivismo de Piaget e utiliza-se de recursos de multimídia.
          A primeira unidade nos Estados Unidos foi aberta em 1983.
          Em agosto de 1992, a Future Kids chega ao Brasil pelas mãos do engenheiro eletrônico Luís Namura. "Aqui, as crianças aprendem brincando e brincam aprendendo", diz Namura.
          Com a proposta de familiarizar a criança com a linguagem de informática, Namura já tinha aberto, até final de 1993, 29 escolas no Brasil. Nos Estados Unidos, já eram 300 unidades franqueadas, com mais de 200.000 alunos. No Brasil, eram quase 6.000 alunos.
(Fonte: revista Exame - 05.01.1994)


Banco Icatu

          O Banco Icatu foi fundado  em 1988 (1986?) e, desde o início foi comandado por Daniel Dantas, formado engenheiro mas financista por vocação, nascido em 1956. O banco foi criado a partir de uma holding que administra a fortuna da família do empresário Antônio Carlos de Almeida Braga.
          Dantas fez do ano de 1993 um marco na vida do banco. O Icatu passou a oferecer a investidores 
estrangeiros o primeiro fundo criado no Brasil com flexibilidade para aplicações em todo o mundo.
          Pedro Bodin, ex-diretor do Banco Central, é um dos sócios do Icatu.
          A área de fusões e aquisições passou a ser levada tão a sério que o próprio Daniel Dantas deixou o comando do banco, em 1994, para pilotar o Icatu Asset Management. O objetivo dessa nova área do grupo é comprar total ou parcialmente empresas e administrar fundos de investimento para estrangeiros.
(Fonte: revista Exame - 05.01.1994 / 22.06.1994 - partes)