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1 de mai. de 2024

Edge Group / Condor

          A  Edge Group é uma estatal de tecnologia avançada do setor de defesa, dos Emirados Árabes. Criada em 2019, a 
          Em setembro do ano passado, a Edge comprou pouco menos de metade do capital da brasileira Siatt (Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico). Quatro meses depois, a empresa brasileira do setor de defesa anunciou investimentos de R$ 3 bilhões para a montagem de uma fábrica de 7 mil metros quadrados, em São José dos Campos (SP), para a produção de armamentos de alta complexidade. A Edge firmou acordo com a Marinha brasileira para produzir mísseis antinavio de longo alcance. A partir dessa parceria e da compra da Siatt, a ideia do grupo árabe é competir com os franceses, que produzem mísseis com alcance de 200 quilômetros. O governo dos Emirados Árabes já encomendou US$ 350 milhões em mísseis, que devem ficar prontos a partir de 2026.
          O Edge Group assinou, em 30 de abril de 2024, contrato de compra de 51% do capital da Condor, empresa sediada no Rio de Janeiro e fundada por Carlos Erane de Aguiar. Presente em mais de 85 países, a Condor é a principal produtora mundial de gás lacrimogêneo e líder em outros produtos não letais militares, de defesa civil e segurança pública. A Condor é também a empresa com maior portfólio mundial de NTL, sigla em inglês para tecnologias não letais, com mais de 160 produtos como munições de borracha, granadas de fumaça sprays e câmeras corporais com reconhecimento facial.
          As empresas não divulgaram as cifras financeiras da operação. Com a aquisição da Condor, a Edge, que vem ampliando sua presença no Brasil, pretende se tornar líder global no segmento de 
segurança e defesa e entrar em novos mercados, especialmente nos Estados Unidos.
          Esta é a segunda empresa brasileira comprada pela Edge, que tem mantido conversas com outras três companhias no país. A intenção da estatal árabe é transformar o Brasil em um polo de exportação de armamentos.
          A Condor fez um trabalho muito bom, mas tem a desvantagem de ter outras regiões muito distantes”, disse Hamad Al Marar, diretor geral e CEO do Grupo Edge, em entrevista ao Estadão. Ele cita o Oriente Médio e a África como mercados cuja logística é desfavorável à Condor. A parceria com a Edge, diz o executivo, seria uma maneira de fazer a empresa alcançar novos mercados. “Entendemos que essa parceria com o grupo Edge vai impulsionar as duas empresas a expandir a participação de mercado em diferentes segmentos de NLT, e entrar em novos mercados estrategicamente importantes, como os Estados Unidos”, diz Carlos Erane de Aguiar.
          Segundo Aguiar, a Condor não deixará de ser uma empresa estratégica de defesa nacional, pois vai manter a governança brasileira. O executivo seguirá como presidente da Condor. “Isso, por si só, não se configura como uma compra tradicional. Entendemos que essa parceria marca uma busca conjunta por inovação contínua e novos mercados na América Latina, nos EUA e em outras partes do 
mundo”, diz Aguiar.
          A Edge tem ampliado os investimentos no Brasil, que quer usar de base para a expansão de sua participação na América Latina. Atualmente, o Brasil investe cerca de 1,2% do PIB em defesa – número considerado baixo por especialistas da área.No início, a Edge tinha 25 empresas. Hoje, tem 42. Nos 
últimos 12 meses, o grupo adquiriu 13 empresas fora dos Emirados.
          O Brasil é considerado um parceiro estratégico no setor de defesa dos Emirados Árabes, que vê no País o potencial de adquirir empresascom tecnologia e operação avançada. l Indústria de defesa
          O mercado de armas não letais, que movimentou US$ 6 bilhões em 2023, é considerado por ele como “bastante promissor”. Desde sua criação, a Edge aumentou suas exportações em 300% e alcançou US$ 5 bilhões em negócios e presença em 30 países, figurando entre as 25 maiores empresas do setor. A meta da estatal árabe é ficar entre as cinco primeiras desse ranking. “Ao longo dos anos, o Brasil estabeleceu uma indústria de alta tecnologia muito boa.
(Fonte: Estadão - 01.05.2024)

29 de abr. de 2024

Cerveja Santista

          Um vitorioso time de futebol, onde jogou Pelé. O maior porto da América Latina. Esses são alguns dos motivos que fazem Santos ser reconhecida em todo planeta. O que muitos não sabem é que um novo produto fabricado na cidade vem ganhando o mundo: a cerveja. As marcas locais, que conquistaram o coração dos santistas, já estão sendo exportadas para diversos países da Europa e até para a China.
          Atualmente (abril de 2024), o município conta com cinco cervejarias e uma produção que ultrapassa os 70 mil litros/mês. A prefeitura lançou a Rota da Cerveja Artesanal de Santos, que permite aos participantes conhecer todas as empresas locais e degustar algumas criações.
          Com grande potencial de crescimento, as cervejarias santistas são recentes. Com produtos de qualidade, elas vêm ganhando cada vez mais espaço na preferência do consumidor. Mas, a relação de Santos com a cerveja é antiga, sendo o Porto o grande responsável, por receber grande parte das cervejas que vinham importadas para o País, desde a chegada da família real portuguesa, em 1808.
          Antes de seguirem para outras regiões, matavam a vontade de muitos santistas, que logo viraram fãs da novidade. De lá pra cá, virou a bebida mais consumida no país e, nos últimos anos, Santos vem resgatando esta história com suas novas fábricas artesanais.
          E ao falar das marcas locais, é impossível não citar a Cervejaria Santista. O proprietário Victor Marsaioli Doneux faz questão de deixar claro que é santista de coração, nascimento e torcida, daí vem o nome da empresa. “Nosso diferencial é fazer cervejas bem elaboradas, com estilos que não são tão comuns por aqui. Trazer novidades sempre, mas sem perder o estilo original da cerveja catalogada”.
          A empresa foi fundada em 2021 com o desejo de resgatar a cultura e a história de Santos, entregando um pouco desse legado a cada gole de seus produtos. Uma das missões propostas no empreendimento é contar a história da Cidade através de rótulos clássicos, modernos e experimentais de cervejas com qualidade, consistência, criatividade e respeito à cultura local.
          Hoje (abril de 2024), a cervejaria produz cerca de 12 mil litros/mês e conta com três funcionários. Entre eles, os irmãos Bartolomeu de França Filho e José Francisco da Silva França, de 52 e 51 anos, respectivamente. Bartolomeu é cozinheiro industrial e conta que está apaixonado pelo ramo cervejeiro. “É algo completamente novo, um caminho que me deram a oportunidade de seguir e já me apaixonei completamente”.
          José, o irmão mais novo, também está empolgado. “Muito feliz com a oportunidade. Estou aprendendo todo o processo de produção, desde a feitura da cerveja até a limpeza e esterilização”.
          A sede da empresa fica na Rua Dr Cochrane, 125 e 127 – Paquetá.
(Fonte: Rota da Cerveja Artesanal - Turismo Santos - Abril/2024)

@cervejariasantista

28 de abr. de 2024

Cerveja Estiva (Estiva Cervejaria)

          O porto de Santos, por onde passam produtos importados se torna também porta de saída da bebida brasileira e, porque não dizer, santista. Entre as cervejas que passam pelo porto, há uma que, em seu nome, homenageia o Porto e seus trabalhadores.
          Trata-se da Estiva Cervejaria, que nasceu em 2016 para experimentar alquimias e inovar sabores e experiências. Em 2020, inaugurou seu Brewpub (estabelecimentos onde a cerveja é feita e consumida no mesmo local) no primeiro Food Market da região (Praia Palace Food Market), com dois ambientes e deck ao ar livre (pet friendly).
          O proprietário da empresa e cervejeiro da marca Ricardo Pereira Veloso, a.o Cadu, conta que o nome surgiu justamente para homenagear o Porto de Santos e os trabalhadores da categoria portuária (lembrando que grande parte dos trabalhadores são estivadores)
          Engenheiro de formação e oriundo da indústria, Cadu conta que tudo começou com a paixão pela fabricação caseira. “Em 2010 teve início como diversão, mas vieram os cursos, o aprendizado e a paixão pessoal virou profissão. A nossa intenção é trazer uma cerveja viva, in natura, que traga as características originais, sem química ou adição de qualquer composto e com variedade o suficiente para agradar todos os gostos”.
          A cervejaria conta com 20 torneiras de variados estilos em sistema de autoatendimento, bastando o consumidor usar o cartão recarregável da empresa. Para o cliente José Pedro Estrella, essa comodidade é um diferencial. “Dá liberdade de o cliente escolher o que quer, conhecer novos estilos, isso para mim é um diferencial. Mas o sabor é o principal, conheço a cervejaria desde o início e penso 
que eles atingiram um padrão de excelência”.
          Considerando abril de 2024 como base, a cervejaria gera 12 empregos diretos e mais de 30 indiretos, com uma produção mensal de 15 mil litros.
          A sede da empresa é na Avenida Ana Costa, 410 – Gonzaga, em Santos)
(Fonte: Rota da Cerveja Artesanal - Turismo Santos - Abril/2024)

23 de abr. de 2024

Oldsmobile

          A Oldsmobile foi fundada por Ramsom Eli Olds com o nome de Olds Motor Vehicle Co em Lamsing, Michigan em 1897. A sede continuou em Lamsig.
          Em 1901 a empresa produziu o Oldsmobile Curved Dash, primeiro automóvel produzido em larga escala em linha de produção.
          A empresa foi comprada pela General Motors em 1908.
          Para os que se interessam pelo automobilismo, sem duvida esta é uma noticia interessantíssima: No jornal O Estado de S.Paulo de 20 de abril de 1924, consta o artigo como segue: um carro “Oldsmobile” modelo n. 30, de seis cylindros, percorreu recentemente cerca de 6.000 kilometros de Nova York a Los Angeles, com as primeira e segunda velocidades retiradas do eixo de transmissão. O carro, guiado pelo celebre corredor “Cannonball” Baker, atravessou todo o continente americano em doze dias apenas, percorrendo em media, aproximadamente 200 kilometros com o consumo de uma lata de gazolina. É extraordinaria a façanha da travessia completa dos Estados Unidos.
          Em 1940 a Oldsmobile lançou o primeiro carro com transmissão automática. Durante a Segunda Guerra Mundial a empresa chegou a produzir armas.
          Em 2004 ocorreu o enceramento da empresa.
(Fonte: Estadão - 20.04.2024 / Wikipédia - partes)
Logotipo usado em veículos de 1962 a 1964
O primeiro logotipo da
Oldsmobile.
Logotipo usado de 1981 a 1996. Também utilizado em alguns poucos modelos no início de 1997.

22 de abr. de 2024

Grupo Monteiro Aranha

          O Grupo Monteiro Aranha teve início em 1919 quando os engenheiros Alberto Monteiro de Carvalho e Silva e Olavo Egídio de Sousa Aranha Júnior fundaram a Companhia Técnica Brasileira de Engenharia Civil e Arquitetura, renomeada Monteiro & Aranha Engenharia, Comércio e Indústria. Dois anos depois, em 1921, fundaram a Cisper, indústria de vidro.
          Em 1940, durante o Estado Novo, Getúlio Vargas incentivou os primos Wolf Klabin e Horácio Lafer a empreender na fabricação de bobinas de papel jornal que até então o país importava. Getúlio insistiu que 20% do capital da Klabin S.A fosse para o grupo Monteiro Aranha.
          Durante o governo de Juscelino Kubitschek, em 1951, o grupo Monteiro Aranha investiu para produzir veículos Kombi. Cinco anos depois foi criada a Volkswagen do Brasil. 
          Em 1969, após o falecimento do sócio Carvalho e Silva, Olavo Aranha Júnior se casou com a viúva o que reuniu o capital da empresa. Quando esse último fundador morreu em 1972, o grupo tinha 20% do capital da Volkswagen do Brasil, das indústrias Klabin, e da Cisper. Tinha também 12% da Papel e Celulose Catarinense e da empresa Oxiteno. Participava com 48% da Cotil, holding detentora de 15% do capital da Petroquímica União.
          Em 1978, Olavo Monteiro de Carvalho, nascido no Rio de Janeiro, em 24 de fevereiro de 1942, tornou-se presidente do grupo Monteiro Aranha e dois anos depois conduziu um grande negócio para um grupo privado na época: a venda da metade da participação acionária da Monteiro Aranha na Volkswagen do Brasil para o governo do Kuwait.
          Olavo Monteiro de Carvalho é filho de Alberto Monteiro de Carvalho e de Maria Salamanca Monteiro de Carvalho, da nobreza espanhola. Estudou no tradicional Colégio Santo Inácio, e em seguida foi para a Europa. Na Alemanha, trabalhou como auxiliar na fábrica da Volkswagen e fez o curso de engenharia mecânica da Techniscle Hoschule, em Munique.
          Além da atuação no Grupo Monteiro Aranha, Olavo Monteiro de Carvalho investiu em outros negócios como a empresa EcoAqua Soluções, de saneamento industrial, e Bioexton, de tratamento de resíduos orgânicos, e tornou-se exportador de cavalos mangalarga marchador. Foi também membro do conselho de administração da Klabin e da Ultrapar.
          A partir da transação da Volkswagen, o grupo, que já possuía investimentos em diversos setores, expandiu ainda mais seus negócios, abrangendo desde investimentos nas áreas automobilística, de telecomunicações e saneamento, até o setor financeiro e petroquímico.
          Em 1982, após um familiar vender sua posição de 20%, seguida de recompra pela família de metade daquelas ações, o grupo Bradesco, um sucessor da Atlântica Seguros, tornou-se acionista do grupo. Em julho de 2020, o Bradesco vendeu suas ações para o grupo de controle.
          Em 1996, Olavo Monteiro de Carvalho deixou a presidência do grupo Monteiro Aranha e assumiu a presidência do conselho de administração. 
          Em 1997, o grupo Monteiro Aranha comprou o Banco Boavista, que foi vendido três anos depois (2000) para o Bradesco.
          Em 2011 deixou de ser acionista da Cisper; que tinha uma participação de 20% do capital.
          Olavo Monteiro de Carvalho morreu em 20 de outubro de 2022.
(Fonte: Rede TV - 20.10.2022 / Wikipédia - partes)

21 de abr. de 2024

Veracel


          A produtora de celulose de eucalipto Veracel é uma joint venture entre Fibria (hoje, Suzano) e a finlandesa Stora Enso (cada uma com 50% de participação) e tem fábrica de Eunápolis, no sul da Bahia.
A joint venture foi criada antes de 2009, quando foi oficializada a criação da Fibria, como resultado da fusão da VCP e Aracruz.
          Em 2018, a Veracel caminhava para registrar o melhor ano de sua história. Se tudo corresse dentro do projetado até dezembro, teria produzido cerca de 1,13 milhão de toneladas, 25% acima da capacidade nominal instalada, de 900 mil toneladas por ano.
          Em fins de março de 2024, a Veracel, fechou um financiamento de R$ 200 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o replantio de florestas de eucalipto, utilizado na produção de celulose de fibra curta. Serão replantados mais de 20 mil hectares nas áreas próximas de Eunápolis, onde fica instalada a fábrica da empresa. O crédito vai financiar uma área equivalente a 20% do ativo florestal comercial da Veracel. A empresa também dispõe de outros 90 mil hectares de áreas voltadas para preservação ambiental.
(Estadão 26.03.2024 - parte )

19 de abr. de 2024

J6 Energia Renovável (antiga J.Malucelli Energia)

          A paranaense J. Malucelli atua no mercado de energia elétrica desde por volta de 2001. O investimento feito pela empresa desde 2001 (atém 2024), em geração e transmissão de energia, é de cerca de R$ 7,7 bilhões.
          Em 2024, através da J6 Energia Renovável, antiga J. Malucelli Energia, está implementando um plano de expansão no mercado de energia elétrica, retomando o ritmo de atuação. Para isso, planeja investir R$ 1,65 bilhão até 2029 em novos projetos solares fotovoltaicos e pequenas centrais hidrelétricas. A empresa planeja implantar usinas solares de pico de 70 megawatts e serão implantados 95 megawatts de PCHs nesse período.
          Os projetos estarão localizados em estados das regiões Sudeste, Nordeste, Sul e Centro-Oeste. Com os projetos, a empresa espera poder negociar contratos de energia num contexto de crescente procura de eletricidade verde.
          A J6 já desenvolveu, operou e implementou cerca de 1.300 quilômetros de linhas de transmissão antes de se desfazer desses ativos para focar na geração.
          Um dos primeiros passos para o investimento em renováveis é implementado em fins de abril de 2024, quando a empresa dará início à operação de três usinas fotovoltaicas em Trindade (Goiás), em minigeração distribuída, totalizando 3 MWp de capacidade instalada, cada uma com 1 MWp .
          Fernanda Sawaia, CEO da J6 Energia Renovável, diz que os investimentos em geração solar se dividem em geração distribuída e centralizada (em que as usinas comercializam energia em leilões e no mercado livre). “Estamos prospectando outros projetos bastante avançados, que poderão começar [a implementação] simultaneamente. O portfólio de desenvolvimento é 100% da empresa, sem sócios”, disse o CEO.
          No caso das PCHs, a empresa aposta em um mercado que perdeu espaço na matriz energética para parques eólicos e solares nos últimos anos. A luta para obter licenças ambientais deslocou a atenção dos investidores para outras fontes de energia com viabilidade mais rápida. Segundo Sawaia, alguns projetos de PCH da empresa já obtiveram licenças ambientais.
          A empresa também possui em seu portfólio os complexos híbridos solar-eólicos Joazeiro e Belos Ventos, ambos no Rio Grande do Norte, totalizando 1,57 gigawatts de capacidade instalada. Joazeiro possui 718,7 MW de energia eólica e 198 MW de energia solar, totalizando 916,7 MW. Belos Ventos possui 522,4 MW de energia eólica e 130,5 MW de energia solar, totalizando 652,9 MW de potência.
A empresa também possui uma pequena participação, de 28 MW, em Belo Monte, usina hidrelétrica de 11.233 MW no estado do Pará.
          Os projetos híbridos envolvem a construção de painéis solares em áreas de geração eólica, agilizando o uso de sistemas de transmissão e complementando a produção de energia. O vento costuma ser mais intenso à noite, opondo-se à incidência da luz solar ao longo do dia.
(Fonte: jornal Valot - 18.04.2024)

18 de abr. de 2024

Embraed

          Em 12 de setembro de 1984, o filho de pescador, empreendedor nato e visionário Rogério Rosa fundou a Embraed Empreendimentos, Empresa Brasileira de Edificações, na cidade litorânea catarinense de Balneário Camboriú. Na época, mesmo quando tudo parecia desviá-lo de seus projetos e, apesar de todos os desafios vividos durante a sua trajetória, o empresário manteve o foco e não desistiu de seus sonhos: “construir apartamentos de alta qualidade e proporcionar bem-estar e lazer aos seus moradores”.        
          Segunda menor cidade em extensão territorial de Santa Catarina, Balneário Camboriú renova de tempos em tempos a posição de metro quadrado mais caro do país. O munícipio virou destino certo de ricaços em busca de uma segunda casa para chamar de sua. Boa parte dos arranha-céus que contornam o litoral do munícipio surgiram a partir dos investimentos da incorporadora Embraed.
          No fim de 2013, Tatiana Rosa assumiu a empresa após a morte de seu pai, o fundador.  Ela conta que viu a vida virar do avesso do dia para noite.
          “Foi um desafio grande. Eu precisei de uma hora para outra aprender direito, controladoria, vendas, arquitetura, engenharia e tudo mais. E me vi naquela pressão de agir como o meu pai agiria”, diz Tatiana. “Em certo momento, caí na real de que eu deveria agir como eu mesma. Daí, as coisas começaram a fluir mais e comecei a trabalhar dando um passo de cada vez.”
          Uma das poucas mulheres na linha de frente do setor imobiliário no país, sob o comando de Tatiana Rosa, a empresa tem dado vazão ao mercado de condomínios de luxo na região. Diante da baixa vacância no local, a Embraed tem apostado em substituir projetos antigos por unidades novas e buscado diversificar seu roteiro de expansão, fazendo lançamentos, inclusive, no Paraná.
          Ela conta que a empresa estava “na cabeça do pai”. “De relatórios financeiros a clientes, fornecedores, a quem procurar”, diz a CEO da Embraed. Diante disso, enxergou a necessidade de promover uma profissionalização da gestão da companhia. “Começamos a caminhada da governança corporativa, avaliando processos e trazendo funcionários de outras regiões, com outros pensamentos e outros jeitos de resolver problemas que tínhamos na operação.
          Um dos projetos que a CEO fala com mais orgulho é o Hyde Atlântica 4312. Com 200 metros de altura, o arranha-céu de Balneário Camboriú será um dos dez edifícios mais altos do país e tem previsão de entrega para 2028. O projeto conta com uma “praia privativa” em um espaço de 2,4 mil metros quadrados, uma piscina revestida em cristal pool, que proporciona sensação de pisar na areia.
          Tatiana chama o projeto de “pérola” e diz que o foco é promover uma experiência calcada na natureza e no bem-estar em seus edifícios. Apesar dos atrativos, ela revela que os apartamentos ficam vazios na maior parte do tempo. “A maioria dos nossos edifícios fica vazio durante 80% do ano. Eles lotam mais aos fins de semana”.
          Para 2024, a grande aposta da empresa está em um empreendimento que será lançado em Curitiba, no segundo semestre. Com valor geral de vendas (VGV) de R$ 250 milhões e apartamentos de 380 metros quadrados, será o primeiro projeto da Embraed na capital paranaense, após um investimento em outra cidade do estado: Maringá.
          Embora diversificar pareça um movimento inevitável para a construtora, a executiva adota parcimônia antes de desbravar novas regiões. “Sair para além de Santa Catarina e do Paraná não é uma coisa que a gente está estudando agora”, diz a executiva ao IM Business. “Mas queremos, aos poucos, testar novos mercados, de preferência em cidades onde os moradores já têm uma segunda casa em Balneário.”
          Um fenômeno apontado por Bruno Cassola, corretor de imóveis de Balneário Camboriú, é a derrubada de prédios antigos a fim de dar espaço para novas estruturas. “A gente vê uma virada de chave que é a demolição de prédios mais baixos e pequenos comércios antigos para substituir por novos hotéis e novas construções”, diz. Nesse sentido, a Embraed pretende demolir um prédio de 16 andares para construir um de 75 no mesmo local.
(Fonte: site da empresa / InfoMoney - 17.04.2024 - partes)

 Empreendimento da Embraed em Balneário Camboriú. 

Tatiana Rosa, CEO da Embraed - Divulgação

17 de abr. de 2024

Fras-le

          Em 1996, a Randon adquire o controle da Fras-le (FRAS3, na B3), fabricante de lonas e pastilhas de freios com sede também em Caxias do Sul.
          Em meados de dezembro de 2019, a Fras-le, anunciou a aquisição da Nakata no Brasil por R$ 457 milhões. Esta transação está alinhada com o visão da empresa, segundo seus executivos. Nakata é produtora de amortecedores e outros componentes, como suportes a montagem de motores para o mercado de reposição. Os principais destaques da teleconferência para discutir esta transação de M&A foram: 1) A Fras-le pagará R$ 457 milhões (R$ 17 milhões em dívida líquida) por uma participação de 100% da Nakata, resultando em um múltiplo de aquisição de 6,6x EV/EBITDA (esperado para 2019). Nakata reportou receita líquida em 2018 de R$ 464 milhões.
          Em meados de fevereiro de 2023 a Fras-le (FRAS3) amplia atuação global com aquisição de empresa no Reino Unido. O conselho de administração da Fras-le aprovou a celebração do contrato no qual foram estabelecidos os principais termos e condições para aquisição da totalidade das ações da AML Juratek Limited, com sede em Doncaster, Reino Unido. O preço de aquisição é de £18,22 milhões, estando o valor final sujeito a ajustes. A AML Juratek é controladora da Juratek, que atuava há 28 anos e da Bettaparts, que atuava há mais de 40 anos, ambas no mercado europeu de reposição de autopeças. No ano de 2022, o Grupo de empresas teve receita de aproximadamente £25 milhões.
“A operação insere-se na estratégia da companhia de ampliação de seus negócios no setor de reposição em mercados maduros, por meio da diversificação de produto e expansão de marcas em seu portfólio”, afirmou a Fras-le.
          A Fras-le destacou que segue reafirmando seu posicionamento como uma das maiores “house of brands” do mercado de reposição de autopeças do Brasil, expandindo esse modelo em mercados que permitam crescimento, boas sinergias operacionais e consequentemente adição de valor em seu modelo de negócios.
          Em meados de abril de 2024, a Fras-le comunicou o encerramento das atividades da sua controlada Fanacif, unidade industrial fabricante de material de fricção, localizada em Montevideo, no Uruguai.
(Fonte: Rel.Bradesco - 18.12.2019 / Dica de Hoje Research - 17.02.2023 / Valor - 17.04.2024 - partes)