A Fábrica de Rendas e Bordados Hoepcke foi fundada em 1913 por Carl Hoepcke e Ricardo Ebel em Florianópolis, nos altos da Rua Felipe Schmidt, hoje o principal calçadão de Florianópolis.
Em 1928 tinha mais de 20 máquinas e passou a vender para outros países, tornando-se uma das mais tradicionais empresas catarinenses. Seu crescimento econômico é contínuo e, em 1942, já sociedade anônima, Aderbal Ramos da Silva torna-se presidente da empresa.
Em 1979, a empresa mudou-se para São José, município localizado nos arredores de Florianópolis, transformando-se em uma unidade industrial superior a 10 mil metros quadrados, ocasião em que ocorreu a primeira modernização com a renovação de máquinas e equipamentos.
Em 1991, a empresa passou a ser comandada pela bisneta do fundador, Sílvia Hoepcke da Silva, nascida em 1945, que elegeu como prioridade a capacitação dos recursos humanos e o desenvolvimento industrial e tecnológico.
Ao longo de seus oitenta anos, a Hoepcke, a maior e mais tradicional indústria de rendas do país, praticamente se manteve à margem do néon. A empresa nunca tinha aparecido em campanhas nacionais de propaganda. Até então, a Hoepcke se enquadrava naquela categoria de empresa familiares, competitivas, tecnologicamente avançadas, mas preocupadas apenas em ter produtos de qualidade - não em mostrá-lo ao mercado.
No início de 1993, Sílvia pisou pela primeira vez numa agência de publicidade. Ela bateu à porta da agência de publicidade Salles/Inter-Americana, em São Paulo, com 500.000 dólares para investir. O objetivo era comemorar o aniversário da empresa.
O batismo da Hoepcke na mídia, em junho, pareceu coisa de anunciante que já sabe muito bem o caminho das pedras. Um catálogo de oito páginas foi encartado em seis revistas femininas de circulação em todo o país. O resultado veio no mês seguinte: o faturamento da Hoepcke cresceu 50%. Para atender à demanda, a empresa teve de criar às pressas um terceiro turno de trabalho na fábrica de São José.
A agência não se limitou a criar um catálogo bonito e ousado e encartá-lo nas revistas. Antes de tudo, a Salles foi a campo conhecer o que acontecia com os bordados e as rendas Hoepcke no mercado. Constatação: a imagem da marca era boa, mas a distribuição poderia melhorar. Até então, a empresa colocava seus produtos principalmente nos grandes atacadistas. Deixava de fora as confecções. A Salles sugeriu que as indústrias recebessem mais atenção, que os revendedores fossem mais treinados; mudou toda a identidade visual da marca; e, por fim, mexeu na linha de produtos.
Até então, o mercado de rendas no Brasil concentrou esforços nas linhas voltadas para as confecções de roupas de cama. As rendas mais finas, para vestuário, foram relegadas a um segundo plano. Eram associadas a modelos do tempo da vovó, nunca estavam na moda. As tendências para as estações seguintes mudaram a situação. As rendas passaram a fazer parte do guarda-roupa. As então outras três maiores empresas do mercado - a Arp e a Unida, do Rio de Janeiro, e a Trufana, de São Paulo - também teriam que descobrir o novo filão.
A empresa vem passando por transformações significativas. Conquistou novos mercados e atualizou sua linha de produção. Hoje, foca em pesquisa e desenvolvimento e produtos de valor agregado. Desta maneira aproxima-se do mundo fashion de ponta da moda brasileira. A lista de clientes inclui grifes de moda, cama, mesa, banho, calçados e decoração, como também o varejo.
O relacionamento com estilistas e a participação em eventos como o São Paulo Fashion Week conecta a empresa com as tendências, aproximando-a do seu público-alvo.
Com uma área direcionada para Pesquisa e Desenvolvimento, a empresa está constantemente alinhada às novas tendências, oferecendo aos seus clientes produtos diferenciados, soluções criativas para suas coleções e também seu tradicional bordado em cambraia de algodão.
(Fonte: revista Exame - 18.08.1993 / site da empresa - partes)
Em 1928 tinha mais de 20 máquinas e passou a vender para outros países, tornando-se uma das mais tradicionais empresas catarinenses. Seu crescimento econômico é contínuo e, em 1942, já sociedade anônima, Aderbal Ramos da Silva torna-se presidente da empresa.
Em 1979, a empresa mudou-se para São José, município localizado nos arredores de Florianópolis, transformando-se em uma unidade industrial superior a 10 mil metros quadrados, ocasião em que ocorreu a primeira modernização com a renovação de máquinas e equipamentos.
Em 1991, a empresa passou a ser comandada pela bisneta do fundador, Sílvia Hoepcke da Silva, nascida em 1945, que elegeu como prioridade a capacitação dos recursos humanos e o desenvolvimento industrial e tecnológico.
Ao longo de seus oitenta anos, a Hoepcke, a maior e mais tradicional indústria de rendas do país, praticamente se manteve à margem do néon. A empresa nunca tinha aparecido em campanhas nacionais de propaganda. Até então, a Hoepcke se enquadrava naquela categoria de empresa familiares, competitivas, tecnologicamente avançadas, mas preocupadas apenas em ter produtos de qualidade - não em mostrá-lo ao mercado.
No início de 1993, Sílvia pisou pela primeira vez numa agência de publicidade. Ela bateu à porta da agência de publicidade Salles/Inter-Americana, em São Paulo, com 500.000 dólares para investir. O objetivo era comemorar o aniversário da empresa.
O batismo da Hoepcke na mídia, em junho, pareceu coisa de anunciante que já sabe muito bem o caminho das pedras. Um catálogo de oito páginas foi encartado em seis revistas femininas de circulação em todo o país. O resultado veio no mês seguinte: o faturamento da Hoepcke cresceu 50%. Para atender à demanda, a empresa teve de criar às pressas um terceiro turno de trabalho na fábrica de São José.
A agência não se limitou a criar um catálogo bonito e ousado e encartá-lo nas revistas. Antes de tudo, a Salles foi a campo conhecer o que acontecia com os bordados e as rendas Hoepcke no mercado. Constatação: a imagem da marca era boa, mas a distribuição poderia melhorar. Até então, a empresa colocava seus produtos principalmente nos grandes atacadistas. Deixava de fora as confecções. A Salles sugeriu que as indústrias recebessem mais atenção, que os revendedores fossem mais treinados; mudou toda a identidade visual da marca; e, por fim, mexeu na linha de produtos.
Até então, o mercado de rendas no Brasil concentrou esforços nas linhas voltadas para as confecções de roupas de cama. As rendas mais finas, para vestuário, foram relegadas a um segundo plano. Eram associadas a modelos do tempo da vovó, nunca estavam na moda. As tendências para as estações seguintes mudaram a situação. As rendas passaram a fazer parte do guarda-roupa. As então outras três maiores empresas do mercado - a Arp e a Unida, do Rio de Janeiro, e a Trufana, de São Paulo - também teriam que descobrir o novo filão.
A empresa vem passando por transformações significativas. Conquistou novos mercados e atualizou sua linha de produção. Hoje, foca em pesquisa e desenvolvimento e produtos de valor agregado. Desta maneira aproxima-se do mundo fashion de ponta da moda brasileira. A lista de clientes inclui grifes de moda, cama, mesa, banho, calçados e decoração, como também o varejo.
O relacionamento com estilistas e a participação em eventos como o São Paulo Fashion Week conecta a empresa com as tendências, aproximando-a do seu público-alvo.
Com uma área direcionada para Pesquisa e Desenvolvimento, a empresa está constantemente alinhada às novas tendências, oferecendo aos seus clientes produtos diferenciados, soluções criativas para suas coleções e também seu tradicional bordado em cambraia de algodão.
(Fonte: revista Exame - 18.08.1993 / site da empresa - partes)