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19 de nov. de 2022

Vemax

          A Vemax Usinagem, antiga MCA, teve como fundador o Sr. Mauro Costa de Abreu que, com o auxílio de três funcionários, iniciou suas atividades no ano de 1999 realizando serviços de usinagem para a empresa NEIVA. A Vemax tem sede no Jardim Santa Eliza, em Botucatu, interior de São Paulo.
          No ano de 2009, uma nova gestão foi implantada na empresa e iniciou um trabalho de expansão junto com sua equipe.
          Olhando para uma nova estratégia, em 2011, a empresa mudou o nome da empresa de MCA (iniciais de Mauro Costa de Abreu) para VEMAX Usinagem.
          Ao definir o novo nome, a empresa caprichou. O objetivo dessa alteração foi trazer para o nome da empresa aquilo que dela se esperava:

VEMAX
Velocidade máxima no
atendimento aos clientes

xima qualidade dos produtos
entregues aos clientes

X - Número 10 em algarismo romano, que representa para a empresa, a excelência no atendimento ao cliente.

(Fonte: site da empresa - parte)

18 de nov. de 2022

Caninha Pelé



          A história da Caninha Pelé, a cachaça que morreu antes de ter nascido, tem detalhes bem reveladores. O episódio parece ter sido uma grande lição para Edson Arantes do Nascimento, então com 18 anos.
          Pelé voltara da Copa de 1958 como revelação; o Brasil fora campeão mundial de futebol pela primeira vez; o velho complexo de vira-lata parecia estar com seus dias contados.
          O jovem que despontava no Santos não era ainda o incontestável Rei do Futebol que se tornaria, mas tornara-se, sem dúvida, um astro pop, com seu sorriso e jeito de bom garoto.
          Com isso, claro, muitas empresas se interessaram em ligar seus produtos à marca do astro. Uma dessas empresas foi a Chiabrando & Amandola Ltda.
          A empresa fora fundada em 1954, em Guarulhos, na grande São Paulo, por dois imigrantes italianos: Franco Chiabrando e Vincenzo Amandola.
          A empresa não contava com um portfólio de grande destaque. Tinha como carro-chefe o conhaque de ameixas – bebida em voga na São Paulo daquela época – com a marca Alba.
          O nome Alba também batizava um “vinho superior”, com uma embalagem caprichada, empalhada, típíca dos vinhos chianti.
          Ao longo da década de 1950, o casal Jan Bastiaan e Ana Margaret associou-se aos italianos e a empresa cresceu, aumentando seu capital e se mudando para uma sede maior, na Avenida Emílio Ribas, em Guarulhos.
          Com a vitória na Copa de 1958, veio a ideia de ligar o nome Pelé a uma bebida popular, a cachaça.
          O nome cachaça, na época, não era dos mais utilizados nos rótulos de bebidas. Os mais comuns eram “aguardente de cana”, “cana” ou “caninha”, muitas vezes acompanhados de adjetivações como “fina”, “finíssima” ou “superior”. Daí a opção por Caninha Pelé para batizar a cachaça do atleta.
          Os sócios procuraram o pai de Pelé, o ex-jogador Dondinho, e propuseram o negócio. Segundo informações da Folha de São Paulo, o valor negociado foi multiplicado por dez ao longo das tratativas e alcançou uma cifra que seria equivalente hoje a R$ 366 mil, por um contrato de dez anos.
          Nada mal para quem, naquele momento, ainda era o nono maior salário do clube que defendia, o Santos. E era mais do que Dondinho, atacante especialista em cabeceio que teve a carreira abreviada por uma entrada dura que lesionou seu joelho, recebera em toda a sua jornada por clubes de futebol de Minas Gerais e São Paulo.
          O pai do craque topou e a cachaça começou a ser produzida, em Piracicaba, interior de São Paulo.
           A bebida ganhou um belo rótulo em que a figura de Pelé, voltando da Suécia, com o paletó azul, após ter conquistado o mundo com seu futebol, se destacava. No rótulo, constava ainda a graduação alcoólica: “até 54º GL”.
          Aí entra na história um personagem importante: Zito, o capitão do Santos. Mas, antes dele, há uma outra figura que exerceu um papel indireto nessa história: Vasconcelos, o antecessor de Pelé na artilharia do Peixe.
          Vasconcelos estava presente quando Dondinho, vindo de Bauru (SP), entregou Pelé, então com 15 anos, aos cuidados dos jogadores mais experientes do Santos. E se comprometeu a cuidar do garoto.
          Boêmio inveterado, frequentador dos cabarés santistas, era o menos talhado para a tarefa. Mas cumpriu-a com denodo. Em episódio lendário, viu o garoto Pelé com um copo de bebida na mão na festa de aniversário do goleiro Manga e cruzou o salão resoluto, arrancando o copo da mão do garoto e lhe passando uma reprimenda. Desde então, o moleque não se atreveria mais a se aproximar de bebida.
          Vasconcelos acabou se contundindo seriamente pouco depois do episódio, abrindo espaço para Pelé, poucos meses depois, assumir a camisa 10.
          Zito já era o capitão do Santos, aonde chegara em 1952. O volante marcador era chamado “Gerente” e tinha forte influência sobre toda a equipe, não poupando de suas broncas nem Pelé, nem nenhum outro atleta.
          Em 1958, embarcara para a Copa da Suécia levando Pelé, então com 17 anos, sob suas asas. "Era
uma figura paterna para mim, quando entrei para o Santos e, ao longo dos anos, tornou-se um grande mentor e um ótimo amigo. Representamos o Brasil em todos os lugares”, lembraria Pelé quando da morte do amigo, em 2015.
          Pelé, vacinado pelas broncas de Vasconcelos, contou para Zito sobre a jogada do pai com Franco Chiabrando e seus sócios.
          O "gerente" percebeu que não seria uma boa ideia ligar o nome de um atleta tão jovem a uma marca de bebida alcoólica, sobretudo uma bebida que não tinha, naquele momento, um status social dos mais elevados, sofrendo constantemente limitações ao seu consumo por parte das autoridades. Declarou-se contra e ainda convocou Pepe para opinar. O ponta concordou com o capitão.
          Pelé desfez o acordo e a empresa teve que recolher o primeiro lote, que já começava a circular pelo comércio. É claro que algumas garrafas acabaram espalhadas, adquirindo imediatamente o status de raridade que só cresceu com o tempo.
          Pelé, à época, aproveitou a deixa para prometer que jamais faria propaganda de cigarros e bebidas. Em 1961, registrou seu apelido-marca junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e, desde então, vende café, chocolate, pilha, cartão de crédito e o escambau.
          Já virou até personagem de quadrinhos. Mas, seguindo os conselhos de Vasconcelos, o craque-boêmio, e de Zito, o “gerente”, ficou longe da cachaça.
          Quanto à empresa Chiabrando & Amandola, os sócios acabaram se separando. Franco Chiabrando seguiu atuando na década de 1970 como distribuidor, expandindo seu negócio para alimentos e para o mercado pet. E, provavelmente, sempre lamentando a perda do negócio que idealizou de forma pioneira nos anos dourados do futebol brasileiro.
           Caninha Pelé, a cachaça lendária do Rei – é aquela que foi sem nunca ter sido. A história da Cachaça Pelé, ou mais exatamente, Caninha Pelé, a lendária bebida se transformou em um dos grandes fetiches do colecionismo cachaceiro. Hoje, existem poucas unidades da Caninha Pelé. Giovani Moser, um dos maiores colecionadores do país, calcula – segundo declarou ao Mapa da Cachaça, em 2019 – a existência de 25 unidades espalhadas em museus e coleções, como a de Pedro de Alcântara e a da Cachaça Paratiana.
(Fonte: Devotos da Cachaça - novembro/2022 - autor: Dirley Fernandes)

8 de nov. de 2022

Harrogate Spring Water

          A Harrogate Spring Water foi fundada pela família Cain em 16 de agosto de 2000 e engarrafa água de nascente localizada em Harrogate, North Yorkshire, Inglaterra. As águas termais foram descobertas pela primeira vez em Harrogate no século XVI, mais precisamente em 1571. Em 1740 teve início o engarrafamento da água apenas para distribuição na cidade.
          A fonte principal localiza-se em um aquífero abaixo do Harrogate Pinewoods. Inicialmente sob o nome HSW Limited, o produto foi lançado em janeiro de 2002.
          Em 2020 o controle da empresa deixa de pertencer à família Cain e passou para as mãos da Danone que tornou-se o acionista majoritário.
          A empresa era anteriormente propriedade da Harrogate Water Brands, que também possuía a instituição de caridade Thirsty Planet, produzindo sua própria marca de água engarrafada.
          Em 2021, um plano para expandir a unidade de engarrafamento sobre uma área de floresta foi criticado pelos moradores de Harrogate porque a Harrogate Spring Water tinha projeto para  destruir uma área de floresta estabelecida e habitat natural plantado anteriormente por voluntários e crianças de escolas primárias locais.
          A Harrogate Spring Water é uma marca popular no Reino Unido. Todas as principais companhias aéreas britânicas (British Airways, Virgin Atlantic, Jet2.com, TUI Airways e Easyjet) fornecem Harrogate Water em seus voos e, no caso da British Airways, em seus lounges premium no Heathrow Airport, em Londres.
          A Harrogate Spa Water fornece água não só no Reino Unido mas também distribui suas garrafas em várias partes do mundo, inclusive para locais distantes como a Austrália. A Harrogate Spring Water também fornece água para a destilaria Masons Gin em Aiskew, North Yorkshire.
(Fonte: Wikipédia)

5 de nov. de 2022

Semco

          A Semco (o nome vem de Semler Company) era uma pequena fábrica de equipamentos industriais herdada do pai, por Ricardo Semler, o autor do livro Virando a Própria Mesa, aos 21 anos, portanto, em 1980.
          O negócio originalmente se amparava na manufatura de bombas hidráulicas, eixos e outros 
equipamentos para a combalida indústria naval.
          Os alicerces para que a Semco se transformasse numa usina de novos negócios, com receitas crescentes, começaram a ser construídos em 1980. Ao atingir a maioridade, Semler recebeu carta-branca do pai para tocar, à sua maneira, a companhia. A Semco, na época, passava por um período difícil. "Quero que você cometa todos os erros enquanto eu estiver vivo", disse-lhe o pai, falecido cinco anos mais tarde.
          O problema é que o herdeiro não demonstrava ter o menor pendor para os negócios. Aos 19 anos, Semler resolveu se envolver. Passou a vasculhar livros em busca de condições de concordata e abriu contas em vários bancos para manobrar os compromissos financeiros. Obtido um certo fôlego, tratou de buscar a diversificação da linha de produtos da Semco, até então muito dependente do setor naval. Em cinco anos, o sufoco ficara para trás. Para Semler esses tempos duros foram importantes para que criasse uma couraça.
          O panorama da empresa em 2001 era completamente diferente. A empresa atuava como uma espécie de holding que mantinha sob seu guarda-chuva cinco empresas de prestação de serviços variados. Os resultados da diversificação eram claros. Em 1993, a Semco tinha 99 funcionários em sua folha de pagamentos. Em meados de 2001, eram 2.140. Na época em que Semler começava a aparecer na mídia, as receitas não passavam de 4 milhões de dólares. Em 2001, o faturamento foi próximo ao
equivalente a 100 milhões de dólares.
          Empresas de serviços formam o grosso do grupo Semler. A Cushman & Wakefield Semler é a maior do grupo, com 1.360 funcionários. Associada ao grupo Rockefeller, atua na manutenção de edifícios e condomínios corporativos; a ERM Brasil, associada à americana Environmental Resources Management Group, presta serviços de consultoria em meio ambiente, segurança do trabalho e higiene industrial; a Semco Ventures é uma espécie de incubadora de novos negócios do grupo; a Semco Johnson Controls foi criada em 1994 em parceria com a americana Johnson Controls World Services e opera com serviços de quarteirização na área de administração e gerenciamento de prédios comerciais e industriais; a Semco Refrigeração, sob licença da americana Baltimore Aicoil, produz torres de resfriamento e condensadores, além de máquinas para produção de gelo; a Semco Processos fabrica equipamentos de mistura para as indústrias química, farmacêutica e de mineração; e a Semco RGIS é uma associação formada em 1997 com a americana Retail Grocery Inventory Service para executar tarefas de inventário em redes do comércio varejista.
          Enquanto na surdina remodelava a empresa, Semler protagonizou, no campo pessoal, outra mudança igualmente silenciosa. Sem que quase ninguém percebesse, seu nome firmou-se no exterior como um pensador requisitado do mundo corporativo.
          Em janeiro de 2006, quatro meses depois de anunciar a aposentadoria do diretor de recursos humanos Clóvis Bojikian, braço direito de Ricardo Semler na criação de um estilo de gestão de vanguarda -, a Semco finalmente encontrou um substituto para a vaga. O escolhido entre 500 candidatos foi o paulista Oscar Simões. Com passagens por companhias como Método Engenharia e Globo Cabo, Simões é sócio desde 2002 da empresa de serviços e ações promocionais Conectbus. O processo de seleção pouco convencional exigia que os candidatos enviassem cinco propostas inovadoras destinadas à área de recursos humanos da Semco. Simões enviou seis. Entre elas, a ideia de construir uma espécie de índice de felicidade que relacione a satisfação dos funcionários aos resultados da companhia. O que ficou evidente nesse episódio é que a Semco e Semler não conseguiram formar na própria empresa alguém com um perfil tão peculiar, à própria empresa, conforme carta de um leitor, publicada por Exame.
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001 / 01.02.2006 - partes)

4 de nov. de 2022

Midea

          A Midea Group Co Ltd é uma fabricante de eletrodomésticos e condicionadores de ar split, fundada em 1968, na China.
          Inicialmente, foram lançados condicionadores de ar tipo split residencial e comercial leve, que obtiveram grande aceitação pelos consumidores.
          O Grupo Midea é um conglomerado moderno e compreensivo que inclui principalmente a indústria de utensílios domésticos, bem como o domínio imobiliário e de logística. Esse grupo é também um dos maiores fabricantes e exportadores de aparelhos elétricos da China.
          A entrada na indústria de utensílios domésticos ocorreu em 1980. No ano seguinte, em 1981, a marca “Midea” foi criada e passou a ser usada.
          Em 2001, o Grupo Midea foi transformado numa empresa privada. Em 2004 a empresa procurou o Hefei, uma joint venture da Royalstar-Maytag (ROYALSTAR) e o grupo Guangzhou Hualing (HUALING), continuando no caminho para se tornar um gigante na área de utensílios domésticos.
          Em 2007, a Midea ampliou sua atuação inserindo os equipamentos de grande porte, criando a divisão de soluções de engenharia. Já em 2009, a empresa aumentou seu portfólio de produtos com a linha de eletrodomésticos e aquecedores de água e gás.
          No Brasil, a Midea estabeleceu-se no final de 2006, através de uma joint-venture com o FirstGroup, formando, assim, a Midea do Brasil. No primeiro ano de vida, a Midea atingiu a histórica marca de 84 mil aparelhos vendidos em apenas 11 meses de operação.
          São duas fábricas no Brasil, uma ampla rede de assistência técnica e produtos presentes nos principais pontos de venda do país. Mas não ficando só nisso, a Midea desenvolve produtos especialmente para o mercado nacional, levando em conta as necessidades e características dos consumidores e das casas brasileiras.
          No dia 23 de fevereiro de 2010, a Midea do Brasil fechou um acordo de 10 meses com o clube profissional de futebol Grêmio, para patrociná-lo em suas camisetas. De acordo com a imprensa, o valor é de 5 milhões de reais.
          Em 2011, a Midea e a fabricante americana Carrier anunciaram uma joint-venture para distribuição dos produtos de climatização na América do Sul. O Grupo Midea-Carrier é detentor das marcas Springer, Toshiba e Comfee, além das marcas Midea e Carrier.
          Desde 2019, a Midea passou a ser  uma das patrocinadoras oficiais do Sport Club Corinthians Paulista, promovendo ações de marketing com os torcedores do clube através das redes sociais.
          Os principais produtos do Grupo Midea incluem condicionadores de ar domésticos e comerciais, grandes centrais de condicionamento de ar, ventiladores elétricos, fogões elétricos, refrigeradores, fornos de micro-ondas, dispensadores de água, lavadoras de roupas, aquecedores elétricos, lavadoras de pratos, fogões de indução, aquecedores de água, fornos, esterilizadores, panelas elétricas, fornos elétricos, aspiradores a vácuo e pequenos utensílios elétricos, bem como produtos relacionados a estes já mencionados, como compressores, motores, magnetrons, transformadores e fios esmaltados. Este grupo tem a maior e mais compreensiva cadeia industrial de condicionadores de ar e de fornos de micro-ondas da China, além do maior e mais integrado complexo industrial de pequenos utensílios domésticos e para cozinha da nação.
          O Grupo Midea tem atualmente uma dúzia de marcas, incluindo a Midea e a Welling. Além do quartel general em Shunde (na Província de Guangdong), ele tem também dez bases principais de produção em Guangzhou (Guangdong), Zhongshan (Guangdong), Wuhu (Anhui), Wuhan (Hubei), Huai’an (Jiangsu), Kunming (Yunnan), Changsha (Hunan), Hefei (Anhui), Chongqing (Chongqing), Suzhou (Jiangsu) e na Província de Binh Duong (Vietnã), cobrindo uma área total de sete milhões de metros quadrados. A rede de marketing cobre todo o mundo e há dúzias de filiais nos Estados Unidos, na Alemanha, no Japão, em Hong-Kong, na Coreia do Sul, no Canadá e na Rússia.
          O grupo conta com  mais de 126 mil colaboradores em diversos países.
(Fonte: blog strar.com / Wikipedia)

Fazenda Boa Sorte

           A Fazenda Boa Sorte é uma das empresas mais tradicionais de Alagoas. Foi fundada em 1892, 
como uma usina de cana.
          No começo da década de 1970, a usina foi transferida para outra região e a imensa propriedade de 1.600 hectares foi invadida por bois e porcos, todos para corte.
          Na época, a ideia de transformar aquele terreno acidentado em pasto para gado foi considerado uma loucura. Mas o casal de proprietários, Aprígio e Themis Vilela, resolveu insistir. E deu certo. A 
fazenda ia bem com seu gado de corte.
          Cravada em uma região onde o cultivo de cana-de-açúcar é quase uma vocação, a Fazenda Boa Sorte faz do gosto pela diferença seu ofício. Em suas instalações no município de Viçosa, em Alagoas, ela deixou de lado a cana e passou a investir em leite. Mas não um leite comum, conforme pode ser visto nos parágrafos abaixo.
          Em 1993, por um grande acaso, Themis e Aprígio compraram um rebanho de gado de leite. "Era uma oportunidade irrecusável. O preço estava muito baixo por causa da seca da região e acabamos comprando", diz Aprígio. O casal foi para os Estados Unidos em busca de tecnologia de produção. Visitaram várias fábricas de laticínios e encontraram um novo tipo de leite, produzido de forma mais limpa, que conservava melhor as propriedades do produto.
          De volta ao Brasil, Themis e Aprígio investiram em novas instalações. Em 1996 começaram a sair da fazenda as primeiras garrafas do leite tipo A Boa Sorte. Em 2001, eram mais de 7.000 litros de leite produzidos por dia, tirados das 320 vacas que compunham o rebanho de então. A Boa Sorte era, 
em 2001, a única produtora no Nordeste do leite tipo A.
          Aprígio pensava em comprar uma fazenda no Sudeste para entrar no maior mercado do país. "A expansão para o Sul é só uma ideia", disse. O leite tipo A não pode ter adição de conservantes e por isso seu prazo de validade é de cinco dias, o que impossibilita a venda no Sul e Sudeste de garrafas vindas de Alagoas.
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001)

Flit/Detefon

          No final da década de 1950 e início da de 1960, quando a televisão ainda não aprisionava as pessoas dentro de casa e quando o verão fazia os pernilongos e mosquitos invadirem os lares, só tinha uma solução: a bomba de Flit, mas que dentro dela também se podia usar o Detefon.
          Nessa época o pernilongo fazia morada dentro das casas e era necessário o uso da conhecida bomba de Flit – um produto produzido pela Esso – e que era mortal para este bichinho.
          Colocava-se o produto dentro da bomba e esguichava o mesmo por toda a casa. Em cada cômodo onde se espalhava o produto, trancava-se a porta até deixar o imóvel completamente fechado. Cheiro forte, tanto do Flit como do Detefon – dependendo da preferência do consumidor – era necessário abandonar o recinto pois era insuportável ficar ali.
          Claro que os pernilongos daquela época não tinham pedigree como hoje e que são conhecidos por Aedes aegypti e que, a cada ano inovam, trazendo uma nova doença.

Detefon
          O Detefon teve seu inicio de produção e comercialização em 1924 pelo Laboratório Fontoura, que utilizou no material de divulgação o personagem Jéca Tatuzinho, criado pelo escritor Monteiro Lobato.
          No ano de 1947 o Laboratório Anakol registrou o produto em duas versões: o "Mata-Tudo" nas embalagens aerossol, líquida, espiral e isca e o "Mata-Baratas" nas embalagens líquida e aerossol.
          A revista O Cruzeiro anunciava em 1953 que o Detefon era indicado para matar insetos e no combate a malária, febre amarela e tifo e que o agente ativo diclorodifeniltricloroetano DDT tinha uma ação prolongada por vários meses.
          Em 1970 o Detefon precisou retirar de sua fórmula o DDT, que tinha dado o prêmio Nobel de Química ao cientista e entomologista da Suíça Paul Müllert em 1939, após o produto ter sido proibido em vários países por contaminar alimentos e intoxicar pessoas e animais. O livro Silent Spring de autoria de Rachel Carson publicado em 1962 foi um dos primeiros defensores do movimento ambientalista, teve papel importante no banimento do DDT.
          A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso doméstico do DDT em 1997 e em 2003 vetou a utilização da expressão "mata-tudo" das embalagens dos inseticidas. A linha foi relançada como o nome de "Ação Total".
(Fonte: Memória - Nelson Manzatto - 16.07.2017 / Wikipédia - partes)

25 de out. de 2022

Nobel (rede de livrarias)

          A rede de livrarias Nobel foi criada em 1943 pelo imigrante italiano Claudio Milano.
          Até a adoção do sistema de franquias em 1992, a Nobel tinha sete lojas próprias na capital paulista.
          Fazendo um raio X da empresa nove anos depois, em agosto de 2001, a Nobel era gerida pelo paulista Flávio Milano, neto do fundador por parte de mãe. Milano, seu pai Ary Benclowicz e seu irmão Sérgio eram donos de apenas dois pontos-de-venda. Mas a rede Novel contava com 79 franquias espalhadas por 19 estados brasileiros. A família também era proprietária da editora Nobel e da Fase, uma distribuidora de livros.
          Não era novidade que um determinado senso comum, baseado em muitas opiniões e poucos dados, reinava: o brasileiro lê pouco porque não gosta de ler. Em julho de 2001, porém, uma pesquisa criteriosa e abrangente realizada pela Câmara Brasileira do Livro e outras entidades ligadas ao mercado editorial finalmente revelou números que clarearam a relação do brasileiro com a leitura. Ele realmente não lia muito. Menos de um terço da população de então 86 milhões de alfabetizados, com pelo menos três anos de instrução, leu um livro nos últimos três meses.
          Nada na pesquisa, entretanto, sugeriu uma antipatia do brasileiro pelas letras. Na verdade, outros obstáculos o separam dos livros. Entre eles: poucas bibliotecas, baixo poder aquisitivo e até mesmo a força de meios de comunicação como a televisão e a internet. E, há mais um motivo: o Brasil tinha 
poucas livrarias. Eram apenas 2008 pontos-de venda para 5.500 municípios.
          A rede Nobel via isso como uma oportunidade. E espalhou lojas consideradas pequenas. Sua estratégia era única no mercado brasileiro de livrarias. Enquanto outras redes como a Saraiva e a Siciliano, cresciam com lojas próprias, de preferência concentradas nas grandes cidades, a Nobel adotou o sistema de franquia para colocar sua marca em locais menos explorados. Podia ser encontrada em extremos como Passo Fundo, no interior gaúcho, Lages, na Serra Catarinense, e Boa Vista, a capital de Roraima. A loja da Nobel em Macapá, capital do Amapá, onde chegou em 1999, vendia mais dicionários francês-português do que o dicionário de inglês. A explicação é simples: a proximidade da 
cidade com a Guiana Francesa.
          Flávio Milano, nascido em 1973, formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, passou a comandar o sistema de franquia em 1999, quando o irmão Sérgio, três anos mais 
velho, deixou o negócio para comandar a editora da família. De um escritório na loja própria da Nobel no shopping Market Place, na Zona Sul de São Paulo, ele atendia os franqueados com uma equipe de 14 pessoas.
          Em 2001, o faturamento da Nobel foi de aproximadamente 64 milhões de reais.
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001)

Carl's Jr

          A rede de fast-food premium Carl´s Jr.® começou com um solitário carrinho de cachorro-quente em Los Angeles – Califórnia, em 1941.
          Com mais de 70 anos de experiência na indústria de serviço de alimentação rápida, é reconhecida como a verdadeira representante do autêntico hambúrguer californiano por sua irreverência e ousadia.
          A Carl’s Jr. chegou ao Brasil em 2012, quando foram abertas uma loja no GRU Airport, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e outras duas lojas em shoppings da capital paulista, em parceria com o grupo International Meal Company (IMC).
          Em 2017, as lojas dos shoppings foram fechadas primeiro e, posteriormente, a loja do aeroporto também. “A marca foi bem recebida pelo consumidor brasileiro, e temos orgulho do nosso tempo de atuação no Brasil. Ficamos surpresos com o fato de os proprietários de nossos licenciados terem feito mudanças estratégicas imprevistas – e ficamos sabendo que eles desfizeram e encerraram muitas de suas operações de licenciamento em muitos países da região – foi um conjunto infeliz de eventos que não teve absolutamente nada a ver com Carl’s Jr.”, diz a empresa.
          Na época em que a Carl’s Jr. veio para o Brasil pela primeira vez, outras grandes marcas desembarcaram aqui e igualmente acabaram indo embora, como Hooters e P.F. Chang’s. Mas algumas ficaram. “Popeyes é um exemplo que deu muito certo. O principal motivo foi o profundo estudo do público brasileiro, permitindo os ajustes necessários. Outro case positivo é a Taco Bell que viveu momentos desafiadores, mas se deu tempo para aprender expectativas e desejos do público e hoje assumiu a expansão”, analisa Cristina Souza, , CEO da Gouvêa Foodservice e colunista da Mercado&Consumo.
          Depois dessa rápida passagem de cinco anos pelo Brasil, a rede californiana de fast-food Carl’s Jr. tem planos de voltar ao país. Para os amantes dos hambúrgueres de qualidade, chegou ao Brasil um novo conceito em gastronomia rápida, aliando a praticidade do fast-food à qualidade premium de um restaurante. A primeira bandeira da Carl´s Jr.® a ser fincada em territórios brasileiros ocorre no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, dia 29 de novembro de 2022, marcando a primeira inauguração de um plano de expansão agressivo para os próximos sete anos.
          A especialista Cristina Souza destaca que, agora, a Carl’s Jr. vai enfrentar a concorrência de quick service restaurants, franquias especializadas em hambúrgueres e o “mar de hamburguerias independentes” que tomou conta do País. Ainda assim, o potencial da marca por aqui é grande diante da extensão territorial do Brasil, do tamanho da população e da proposta de valor da marca.
          O restaurante Carl´s Jr® é operado no Brasil pela IMC – International Meal Company, maior empresa de alimentação fora do lar, detentora de 33 marcas amplamente reconhecidas nos países onde está presente. A IMC atua em aeroportos, rodovias, shopping centers e hospitais, tendo em seu portfólio de operações marcas como Viena, Frango Assado, RA Catering, Batata Inglesa e Wraps.
          A chegada da marca ao Brasil faz parte do plano estratégico da Carl´s Jr.® para acelerar o desenvolvimento de franquias no mercado internacional. Atualmente, a empresa californiana conta com mais de 1.200 restaurantes espalhados ao redor do mundo, em países como México, China, Turquia, Canadá, Nova Zelândia e Panamá.
          Carl´s Jr. ® alia a praticidade do fast-food à qualidade premium de um restaurante, sempre focado na qualidade e inovação dos pratos, conhecidos por seu tamanho e ingredientes inusitados como o Teriyaki Burger e o Jalapeño Burger. Primeira rede de fast-food a oferecer atendimento parcial de mesa e autosserviço de bebida com direito a free refil.
          Para se destacar no cenário competitivo brasileiro, a Carl’s Jr. também aposta na combinação do serviço “All-star” com comida de qualidade premium: hambúrgueres na brasa, sanduíches de frango empanados à mão e outros clássicos americanos.
          A rede vem se expandindo na América Latina em países como Chile (com 15 lojas inauguradas desde 2017) e Equador. Movimento semelhante será realizado em breve no Uruguai. O próximo capítulo de seu desenvolvimento de franquias terá como foco o Brasil.
          A marca é controlada pela CKE Restaurants Inc., que conta atualmente (outubro de 2022) com um total de 3.219 franqueados, entre restaurantes licenciados ou empresas, operando em 42 estados americanos e em 23 países, incluindo Carl´s Jr.® e lojas da rede Hardee´s®.
(Fonte: Mercado&Consumo - 14.10.2022 / GPHR - partes)