O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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25 de nov. de 2023
Canetas Birome
O modelo de Loud foi desenvolvido para ser uma caneta capaz de escrever em superfícies duras, e utilizava aço com a esfera na ponta. A aplicação, portanto, era limitada e distante da eficácia que a caneta esferográfica como conhecemos viria a trazer: a caneta de Loud não fez sucesso, e a patente original simplesmente expirou. Mais de 20 anos após a morte de Loud, o jornalista e editor László Bíró desenvolveu uma nova versão de uma caneta esferográfica, utilizando uma tinta diferente.
Mais leve, fina e portátil, a invenção foi chamada de Birome, e utilizava uma tinta de jornal, porém um pouco mais grossa, desenvolvida pelo irmão de László, György Bíró, que também havia fugido do nazismo na Europa para a Argentina ao lado do irmão. A esfera era molhada no cartucho interno da tinta e, assim, a Birome permitiu uma escrita fácil e macia sobre qualquer tipo de papel, e principalmente que secava rapidamente, resolvendo assim os problemas das velhas canetas tinteiro.
A caneta esferográfica tornou-se inicialmente um grande sucesso na Argentina, e ganhou o planeta após as empresas Eversharp Co. e Eberhard Faber Co. adquirirem o direito de venderem a Birome nos EUA e no resto do mundo. A invenção transformou por completo a escrita e mesmo a comunicação humana, facilitando a escrita de cartas, cartões postais, trabalhos e livros. Em 1945, o empresário francês Marcel Bich comprou a patente da caneta de Biró, para tornar a esferográfica o principal produto de sua empresa, a Bic.
Não é por acaso, portanto, que o Dia do Inventor é comemorado na Argentina em 29 de setembro, data de nascimento do inventor. László József Bíró faleceu em Buenos Aires em 1985, aos 86 anos de idade, mas sua invenção permanece atual, funcional e imortal, sendo utilizada em toda parte: estima-se que a Bic já tenha vendido mais de 100 bilhões de canetas esferográficas em todo o mundo.
(Fonte: hypeness - 14.07.2022 - Vitor Paiva (redator))
24 de nov. de 2023
Gulliver Brinquedos
Nos anos 1980, estabeleceu parcerias com empresas de fora do país e passou também a importar brinquedos.
Em fins de novembro de 2023, a fábrica desativada da Brinquedos Gulliver, de São Caetano do Sul, entrou em leilão, com lance mínimo de R$ 74.777.511,00. O edital do leilão está no site da Leje (Leilão Virtual Eletrônico) e descreve os dois terrenos da tradicional empresa que estão à venda da seguinte forma: “Imovel I, lote de terreno urbano, em esquina, com área de 4.413,97 m² e área edificada de 8.687,00 m², em dois pavimentos. Imóvel II, lote de terreno urbano com área de 2.864,00 m² e área edificada de 2,864,00 m²”.
Além de detalhar a localização dos imóveis: “Próximo a estabelecimentos comerciais mistos, galpões e nas proximidades do ParkShopping São Caetano e do Centro Médico São Luiz”.
A primeira fase do leilão fica aberta até o dia 18 de dezembro (2023). Se não houver interessados, inicia-se a segunda fase, com lances a partir de R$ 52.337.257,70. O pagamento pode ser à vista ou parcelado, com entrada de 25% + 30 parcelas mensais.
Os valores arrecadados servirão para quitar dívidas com credores da empresa e o comprador receberá os imóveis livres de quaisquer ônus. O edital de leilão, assinado pela juíza Daniela Anholeto Valbao Pinheiro Lima, da 6ª Vara Cível da Comarca ee São Caetano, foi publicado no dia 14 de novembro (2023).
(Fonte: Diário do Grande ABC - 22.11.2023 / IstoÉDinheiro - 09.10.2024 - partes)
23 de nov. de 2023
Firefox
(Fonte: msn-19.09.2018)
22 de nov. de 2023
Jabil Circuit
“A chegada do 5G [tecnologia sem fio] no país é uma oportunidade de criar tecnologias que antes não estavam disponíveis. Há uma necessidade de desenvolver hardware para preencher lacunas no mercado. No Brasil, as startups investem muito em software, mas são poucos os projetos de hardware”, disse Christiano Porto, diretor de negócios sênior da Jabil Brasil.
Para apoiar as startups, a Jabil Brasil abriu em março de 2022 um centro de inovação anexo à sua fábrica em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. É o primeiro da empresa no mundo com foco em inovação aberta..
O centro conta com ambiente para reuniões e desenvolvimento de projetos, laboratório com linha de montagem de placas eletrônicas e impressora 3D para prototipagem de hardware e sistema de verificação de falhas. O Sr. Porto disse que os engenheiros da fábrica da Jabil fornecerão orientação na aquisição de matéria-prima, logística de produção e busca de fornecedores, entre outros assuntos.
Segundo a empresa, o centro receberá startups que já possuem projetos de hardware e também lançará desafios – propostos pela Jabil ou por seus clientes – para desenvolver inovações, remunerando as startups. “As startups que podem lançar seus produtos e vender em maior escala podem se tornar parceiras de fabricação da Jabil”.
Em todo o mundo, a Jabil atende clientes como Apple, Cisco Systems, Dell Technologies, HP, General Electric, NetApp e Zebra Technologies. No Brasil, a empresa possui unidades fabris em Manaus (Amazonas), Betim e Valinhos (São Paulo).
A Jabil emprega 260.000 pessoas em todo o mundo em 100 unidades localizadas em 30 países. Em Betim, a Jabil emprega cerca de 1.500 pessoas. A unidade produz itens como conversores de energia renovável, reguladores de tensão, placas e cartões de telecomunicações.
A empresa possui centros de desenvolvimento de produtos nos Estados Unidos, Alemanha, Israel e Taiwan.
Para um ano fiscal completo, considerando 2022 como base, a Jabil tem receita aproximada de US$ 32,6 bilhões.
(Fonte: Valor - 28.04.2022)
21 de nov. de 2023
DPA Brasil
Em 11 de outubro de 2023, o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com a imposição de remédios, a compra da DPA Brasil pela francesa Lactalis.
“Acordo preza pela transferência de marcas bastante valiosas. A consumação da operação depende de efetiva conclusão do contrato de licenciamento”, afirmou o relator Victor Oliveira, que foi acompanhado por unanimidade pelos outros conselheiros do tribunal.
17 de nov. de 2023
Brasil TecPar
Em 25 de outubro de 2023, a Brasil TecPar anunciou a compra da Blink Telecom, empresa mineira de acesso à internet, em uma transação avaliada em R$ 370 milhões. O negócio, que foi fechado no início do mês, representa a maior negociação em valores do grupo, além de sua estreia em uma nova região e envolve 30% do valor em troca de ações e os 70% restantes em dinheiro.
Com a aquisição, o grupo recebe 150 mil clientes e 550 colaboradores da provedora mineira. “Com isso, a gente abre o mercado em Minas Gerais, um Estado que já estudávamos há um bom tempo”, disse Gustavo Pozzebon Stock, presidente da Brasil TecPar.
A Blink possui uma receita bruta anual superior a R$ 180 milhões, e segundo Stock, a negociação adiantou para outubro a meta de faturamento anual da Brasil TecPar para R$ 1 bilhão, em 2023, mais do que o dobro da receita de R$ 483 milhões no ano passado.
A Brasil TecPar ainda planeja adquirir outras empresas para dar continuidade aos planos de expansão para 2024 e 2025, que também passam pela entrada em Santa Catarina, Paraná, Goiás e Espírito Santo. A holding tem cerca de 100 empresas no radar para futuras aquisições com contratos de confidencialidade assinados, afirma Stock.
(Fonte: Estadão - 26.10.2023)
16 de nov. de 2023
BBF - Brasil BioFuels
Criada em 2008, a companhia começou explorando óleo de palma em São João da Baliza, em Roraima, para a produção de biodiesel. Com o biocombustível, gera energia elétrica em usinas
termoelétricas.
Tido como a principal saída para a descarbonização do transporte aéreo e com grande potencial de exploração no Brasil, o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) tem, por ora,
pouquíssimos projetos em desenvolvimento no paìs.
O mais avançado é o da Brasil BioFuels (BBF), empresa hoje (novembro de 2023) dedicada à produção de biodiesel, mas que prevê começar a fabricar SAF em 2026, após investir R$ 2,2 bilhões em uma biorrefinaria em Manaus, e outros R$ 2,5 bilhões no plantio de palma de óleo, sua matéria-prima. A BBF já tem contrato assinado com a Vibra, que terá exclusividade na distribuição do
combustível de aviação por cinco anos.
A refinaria de SAF, que também produzirá diesel verde (HVO), está em fase de desenvolvimento do projeto executivo. Milton Steagall, presidente da BBF, espera que ela comece a operar a tempo de atender ao futuro aumento da demanda pelo combustível – as companhias aéreas terão de reduzir suas emissões a partir de 2027, o que deve gerar uma forte procura por SAF. O SAF pode ser fabricado a partir de cana-de-açúcar, milho ou palma, gordura animal (como o sebo bovino) e óleo de cozinha usado. E emite de 60% a 80% menos carbono do que o querosene de aviação (QAV). Mas há obstáculos. As empresas dizem ser necessária uma regulamentação que garanta segurança jurídica para
investimentos tão altos.
A BBF gera 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos na região. E enquanto espera a regulamentação, a empresa expande sua área plantada de palma. Hoje, são 75,6 mil hectares em Rondônia e no Pará, em cinco polos de produção. Mais cem mil hectares serão adicionados até 2026.
Algumas das áreas em que a empresa planta na cidade de Tomé-Açu (a quase 200 km de Belém, no Pará) são alvo de disputa com comunidades quilombolas e indígenas. Segundo a promotora Ione Nakamura, do Ministério Público do Pará, parte dessas áreas são consideradas públicas – dado que não há um histórico de documentação – e reivindicadas pelas populações tradicionais. A BBF comprou áreas, mas, quando se analisa a cadeia, algumas têm problema de origem”, diz a promotora Ione Nakamura. A empresa, porém, diz que, de acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), não existe sobreposição de suas terras com territórios indígenas e quilombolas. O Incra disse estar levantando dados para saber se há ou não sobreposição de “áreas da BBF com as do território pleiteado pelas comunidades quilombolas”.
Além da questão fundiária de suas terras no Pará, que não é simples, o Ministério Público do Estado afirma ainda que a BBF deveria ter feito um estudo de impacto ambiental na área de cultivo e criado uma zona de amortecimento entre a sua fazenda e o território indígena. Há também preocupação com o futuro das comunidades locais em razão do empobrecimento da vegetação na região por causa da monocultura de palma e do uso de agrotóxicos que podem contaminar os igarapés. Esses problemas, porém, são anteriores à aquisição das terras pela BBF. O clima na região é de tensão e, segundo apurou a reportagem do Estadão, ambos os lados estão exaltados.
Em agosto de 2023, poucos dias antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar a Belém para participar da Cúpula da Amazônia, quatro indígenas foram baleados. A versão da BBF é de que a sua propriedade foi invadida e que foi ateado fogo em seus veículos. Os indígenas, por sua vez, dizem que estavam ocupando um território que lhes pertence. Apesar do incidente, Steagall diz que a relação com as comunidades tradicionais das áreas onde a BBF atua “sempre foi boa”. “O problema são aqueles que se infiltram nas comunidades e agem de forma diferente.” Na sua avaliação, para o conflito ser resolvido o Estado precisa ampliar a presença na localidade
Considerando números de novembro de 2023, a BBF tem 25 usinas em operação, 13 em implementação, atende 140 mil clientes e fatura R$ 1 bilhão por ano. Esse último número deve saltar para cerca de R$ 5 bilhões quando a empresa começar a produzir SAF, prevê Steagall.
(Fonte: Estadão - 09.11.2023)
15 de nov. de 2023
Pierre Cardin
Eu me dei bem desde o início.” O que poderia parecer impossível para outros não foi um problema para Cardin. Como fazer o primeiro desfile de moda na praça Vermelha de Moscou, em 1991, ou se tornar o primeiro costureiro a integrar a Academia de Belas Artes da França, em 1992.
14 de nov. de 2023
Booths
A Booths é uma pequena rede que vende
mantimentos no norte da Inglaterra desde 1847 e tem,
considerando números de novembro de 2023, 28 estabelecimentos.
Quando se trata de fazer compras de supermercado, parece haver dois tipos de pessoas neste mundo: aqueles que preferem o autoatendimento e aqueles que preferem interagir com um ser humano.
A rede Booths decidiu que seus clientes pertencem à última categoria e anunciou que vai se livrar
dos caixas automáticos em 26 de suas 28 unidades.
Isso vai contra a tendência que remodelou as compras no varejo ao redor do mundo nos últimos 20 anos. Quando tudo dá certo, pode ser a maneira mais rápida de sair de uma loja: empilhe seus mantimentos, passe o cartão de crédito, ensaque-os, siga em frente. O processo todo deveria acabar em questão de minutos. Mas nem sempre é essa a realidade. A máquina não reconhece seu espaguete. Você clicou na imagem de uma abobrinha na tela, mas o que está em sua cesta é um pepino. “Sempre há um problema”, disse Sandra Abittan, ao sair de um supermercado local Tesco no noroeste de Londres em 10 de novembro (2023), observando que muitas vezes precisa esperar por ajuda ao usar o autoatendimento. No entanto, ela disse que geralmente ainda os escolhe porque acha que as filas
costumam ser menores.
Muitas redes expandiram seu uso durante o auge da pandemia, quando minimizar o contato humano era especialmente importante. Mas a Booths não está sozinha em repensar a revolução automatizada: em setembro (2023), o Walmart disse que removeria os corredores de algumas lojas,
embora não tenha dito o motivo.
Em 2016, um estudo nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outros países europeus constatou que os varejistas com caixas de autoatendimento e aplicativos tinham uma taxa de perda de cerca de 4%, mais que o dobro da média do setor, com pesquisadores afirmando que os caixas automáticos tentavam os compradores a agir de maneiras que normalmente não fariam e tornavam o furto menos
detectável.
A Booths disse em um comunicado que ter seus funcionários interagindo com os clientes proporciona uma experiência melhor. “Baseamos isso não apenas no que acreditamos ser a coisa certa a fazer, mas também após receber feedback de nossos clientes”, disse a empresa.
Humanos e máquinas podem coexistir pacificamente? No Tesco no noroeste de Londres, geralmente durante o almoço, a maioria das pessoas parece escolher a opção de autoatendimento, principalmente porque a fila era realmente mais curta do que nos caixas operados por humanos. Mas remover completamente os caixas automáticos, como a Booths anunciou que fará, exigirá algum tempo para se saber o real resultado.
A Booths, considerando números de fins de 2023, tem cerca de 3 mil funcionários.
(Fonte: Estadão - 14.11.2023)