Total de visualizações de página

26 de out. de 2025

Southwest Airlines

          A Southwest Airlines foi, em tempos idos, uma das campanhas mais ousadas da aviação. Ela nasceu (renasceu) de um simples problema: aviões vazios.
          Em 1971, a Southwest Airlines, então uma pequena companhia do Texas, descobriu que seu público era formado por homens conservadores e viajantes de negócios — e decidiu conquistá-los de um jeito… inusitado.
          Nasceu então “A Companhia Aérea do Amor” — a Love Airline. O aeroporto-base chamava-se Love Field, os aviões viraram Love Birds, e até os lanches receberam nomes sugestivos como Bocados do Amor e Poções do Amor.
          Mas o golpe de mestre veio com as “Love Hostess” — comissárias de bordo em uniformes curtos e botas brancas que se tornaram ícones da publicidade dos anos 1970.
          O slogan? “Agora há mais alguém lá em cima que gosta de você.”
          O resultado? As vendas decolaram, os voos encheram e a Southwest se tornou uma das companhias aéreas mais queridas dos Estados Unidos, transformando ousadia em identidade.
          A Southwest em 1972, no Texas — o auge da era em que voar também significava flertar com o marketing.
(Fonte: FatosForaDaCaixa)

Todas as reaçõe

23 de out. de 2025

Cerveja Flying Fish.

          A cerveja foi Flying Fish criada pela AB InBev na África do Sul como uma inovação voltada para consumidores em busca de novidades fora do circuito tradicional da cerveja. O sucesso inicial levou a uma rápida expansão em países africanos como Nigéria e Zâmbia. A partir da África do Sul, a Flying Fish vem expandindo presença em diversos países da África e também em mercados da América do Norte e da Europa.
          Nos últimos anos, a Flying Fish também começou a aparecer em mercados da América do Norte, explorando a demanda crescente por bebidas híbridas e de baixa graduação alcoólica. Essa expansão internacional sinaliza um movimento estratégico da AB InBev em inserir a marca em praças de alto potencial de consumo jovem.
          A Flying Fish nasceu como uma alternativa híbrida, trazendo a leveza e refrescância de uma lager premium combinada a notas aromáticas e frutadas que remetem a um coquetel pronto. Essa dualidade permite à bebida transitar entre diferentes ocasiões de consumo — desde churrascos e encontros ao ar livre até festas e momentos de descontração em casa. É uma bebida que combina atributos da cerveja leve com o apelo dos drinks prontos.
          Em outubro de 2025, a Ambev anuncia que iniciará a distribuição da Flying Fish no Brasil,, reforçando a movimentação da companhia para diversificar portfólio e capturar novas ocasiões de consumo. O lançamento chega com a promessa de se posicionar entre as light lagers premium e os RTDs alcoólicos, uma categoria que cresce no mundo e que já vem sendo explorada pela AB InBev em diferentes mercados.
          Ao desembarcar no Brasil como parte da estratégia da Ambev de dialogar com um público consumidor em busca de praticidade, refrescância e novas experiências de sabor, especialmente em momentos de socialização mais casuais.
          Com graduações alcoólicas em torno de 4,5%, a proposta é oferecer uma bebida acessível, de fácil consumo e com sabor diferenciado, alinhada ao comportamento de consumidores que buscam novas experiências sem abrir mão da conveniência.
          O público prioritário da Flying Fish no Brasil deve ser formado por consumidores jovens adultos, especialmente os que já transitam entre cervejas premium e RTDs como hard seltzers, gin tônicas ou coquetéis enlatados. Trata-se de um perfil que valoriza tanto o lifestyle associado à marca quanto a praticidade de produtos prontos para beber.
          As principais ocasiões mapeadas pela Ambev para este tipo de produto estão ligadas ao consumo em eventos sociais informais, como encontros em casa, festas, pré-shows e baladas, bem como em ambientes de praia e piscina. A embalagem em lata reforça essa portabilidade e praticidade.
          No mercado brasileiro, a Ambev já vinha testando diferentes produtos no campo dos RTDs alcoólicos, como experimentos com hard seltzers e drinks enlatados sob marcas como Beats e Mike’s. A chegada da Flying Fish amplia esse escopo, mas com uma proposta mais próxima da cerveja premium, posicionando-se como uma “bebida ponte” entre as categorias.
          Esse posicionamento permite à Ambev explorar tanto o consumidor tradicional de cerveja que busca novidades quanto o público que já migra para bebidas mistas.
          Segundo informações do mercado, a Flying Fish deve chegar primeiro a grandes centros urbanos do Sudeste e Sul, regiões em que a penetração de cervejas premium e RTDs é mais avançada. A distribuição inicial ocorre em latas sleek de 269 ml e 350 ml, com preços competitivos frente aos RTDs disponíveis, mas acima do tíquete médio das cervejas mainstream.
          Esse formato reforça a proposta de conveniência e adequação às ocasiões de consumo rápidas e sociais. A expectativa é de que, conforme a marca se consolide, a Ambev expanda a distribuição nacional e introduza novas versões de sabores, em linha com a estratégia global da Flying Fish.
          A chegada da Flying Fish ao Brasil se insere em um movimento maior de diversificação da Ambev em categorias que capturam o interesse de um público mais jovem e menos fiel à cerveja tradicional. A estratégia busca ampliar a relevância da empresa em momentos de consumo alternativos, competindo não apenas com outras cervejarias, mas também com players de bebidas destiladas e coquetéis prontos.
          Se conseguir adaptar sua comunicação e distribuição ao perfil do consumidor brasileiro, a Flying Fish pode se tornar uma peça importante na disputa pelo mercado de bebidas híbridas, que promete ganhar tração nos próximos anos.
(Fonte: Catalisi - 02.10.2025)

21 de out. de 2025

Escola Móbile

          A Escola Móbile foi fundada no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo, em 1975.
          Em 2026, a Escola Móbile vai inaugurar uma unidade na Vila Olímpia, também na zona sul, somente para o ensino médio.
          O prédio terá espaços pensados para a convivência dos adolescentes, novos laboratórios, um espaço de cinema, plenária para debates e um andar apenas para disciplinas
eletivas como Química da Beleza, Ciência na Cozinha e Física dos Instrumentos Musicais.
          O câmpus vai permitir que a escola abra uma nova turma, com dezenas de vagas, o que
não ocorria há anos. “Isso é muito importante, oxigena e areja a comunidade, com adolescentes que vêm de outras escolas, de outras realidades”, diz o diretor-geral da Móbile, Wilton Ormundo.
          As mensalidades no ensino médio na escola estão em R$ 7,7 mil (valores de 2025).
          A Móbile (assim como a Avenues) recentemente passou a fazer parte do grupo educacional internacional Nord Anglia Education, com mais de 80 escolas pelo mundo.
          (Fonte: Estadão - 20.10.2025)

19 de out. de 2025

Revista O Tico-Tico

 
          Em meio aos periódicos de notícias do século XIX, uma publicação ilustrada apelava ao olhar infantil: era a revistinha O Tico-Tico, considerada a primeira revista de histórias em quadrinhos do país.
          É considerada a revista em quadrinhos que "reinventou" leitura para crianças no Brasil há mais de 120 anos.
          Com logotipo concebido pelo desenhista e ilustrador ítalo-brasileiro Angelo Agostini (1843-1910), acabou criando a ideia de um mercado literário voltado para a infância.

1 de out. de 2025

Frank (startup de tecnologia)

          Formada na Wharton School of Business da Universidade da Pensilvânia, Charlie Javice, nascida em 1992, fundou a startup de tecnologia Frank para lançar um software que prometia simplificar o árduo processo de preenchimento do Formulário de Solicitação Gratuita de Auxílio Estudantil Federal (FAFSA, na sigla em inglês), um complexo formulário governamental usado por estudantes para solicitar auxílio financeiro para graduação ou pós-graduação.
          Os investidores da Frank incluíam o capitalista de risco Michael Eisenberg. A empresa dizia que seu serviço, semelhante a um software de declaração de impostos online, poderia ajudar os estudantes a maximizar a ajuda financeira, tornando o processo de inscrição menos complicado.
          A empresa se promovia como uma forma de estudantes financeiramente necessitados obterem mais ajuda mais rapidamente, em troca de algumas centenas de dólares em taxas. Charlie aparecia regularmente em programas de TV a cabo para divulgar a Frank, tendo inclusive figurado na lista “30 Under 30” da revista Forbes antes de o JPMorgan comprar a startup em 2021. Ela vendeu a Frank para o JBMorgan em 2021 por US$ 175 milhões (cerca de R$ 930,7 milhões).
          Charlie foi condenada em março de 2025 por ter enganado o gigante bancário durante a aquisição de sua empresa, chamada Frank, em 2021. Ela apresentou registros falsos que faziam parecer que a Frank tinha mais de 4 milhões de clientes, quando na realidade tinha menos de 300 mil.
          Em 29 de setembro de 2025, foi definida a condenação de Charlie Javice a mais de sete anos de prisão por fraudar o JPMorgan Chase.
          Ao se dirigir ao tribunal antes da sentença, Charlie, que estava na casa dos 20 anos quando fundou a empresa, disse que era “assombrada” pelo fato de que seu “fracasso transformou algo significativo em algo infame”. Falando às vezes entre lágrimas, ela disse que tomou uma decisão da qual passará “o resto da vida” se arrependendo.
          O juiz Alvin K. Hellerstein rejeitou em grande parte os argumentos do advogado de Charlie, Ronald Sullivan, de que ele deveria ser leniente porque as negociações que levaram à venda da Frank colocaram “uma pessoa de 28 anos contra 300 banqueiros do maior banco do mundo”.
          Ainda assim, Hellerstein criticou o banco, dizendo que “eles têm muito do que se culpar” por não terem realizado a devida diligência. Ele acrescentou rapidamente, porém, que estava “punindo a conduta dela e não a estupidez do JPMorgan”.
          Charlie está entre vários jovens executivos de tecnologia que alcançaram fama com empresas supostamente disruptivas ou transformadoras, apenas para vê-las desmoronar diante de questionamentos sobre se haviam praticado exageros e fraudes ao lidar com investidores.
          Sua acusação foi comparada ao caso de Elizabeth Holmes, fundadora da empresa de testes de sangue Theranos, que entrou em colapso em meio a alegações de fraude.
          Charlie, que mora na Flórida, está em liberdade mediante fiança de US$ 2 milhões desde sua prisão em 2023. O juiz disse que ela poderia permanecer livre enquanto recorre da sentença. Ela foi condenada por conspiração, fraude bancária e fraude eletrônica. Seus advogados argumentaram que o JPMorgan perseguiu Charlie por arrependimento de comprador.
          Ronald Sullivan, advogado de Charlie, disse ao juiz Alvin K. Hellerstein que sua cliente era muito diferente de Elizabeth Holmes porque o que ela criou realmente funcionava, ao contrário de Elizabeth, “que não tinha uma empresa real” e cujo produto “de fato colocava pacientes em risco”. Sullivan afirmou que o banco acelerou suas negociações porque temia que outro banco adquirisse a Frank primeiro.
          O promotor Micah Fergenson disse, no entanto, que o JPMorgan “não recebeu um negócio funcional” em troca de seu investimento. “Eles adquiriram uma cena de crime.”
          Fergenson afirmou que Charlie foi movida pela ganância ao perceber que poderia embolsar US$ 29 milhões com a venda de sua empresa. “Srta. Charlie tinha isso pendurado na sua frente e mentiu para conseguir”, disse ele.
          Ao buscar uma longa sentença de prisão para Charlie, os promotores citaram uma mensagem de texto enviada por ela a um colega em 2022, na qual chamava de “ridículo” o fato de Elizabeth ter recebido mais de 11 anos de prisão no caso Theranos.
          Os promotores acrescentaram que a mensagem era “extremamente necessária” devido a “uma tendência alarmante de fundadores e executivos de pequenas startups se envolvendo em fraudes, incluindo a apresentação de informações falsas sobre os produtos ou serviços centrais de suas empresas, para tornar suas empresas alvos atraentes para investidores e/ou compradores”
(Fonte: Estadão - 30.09.2025)

30 de set. de 2025

Volkswagen Fusca

          O "V" de "Volks" representa o povo da Alemanha e o "W" é de "Wagen", que significa "carro" em alemão. Combinado, o nome da marca Volkswagen significa "carro do povo".
          No Brasil, um primeiro passo da Volkswagen foi dado em 1953. Na Rua do Manifesto, no Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, alguns poucos operários iniciaram a montagem dos primeiros Fuscas brasileiros, com 1.200 cilindradas e peças importadas da Alemanha. Ao longo dos quatro anos seguintes seriam produzidas 2.268 unidades do modelo popular.
          A Volkswagen construiu sua primeira fábrica brasileira no final da década de 1950. Em 18 de novembro de 1959, sob os aplausos do presidente Juscelino Kubitschek - visivelmente orgulhoso -, uma longa fila de carros saiu pela porta principal da recém-inaugurada fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, às margens do Km 23,5 da Via Anchieta. Tratava-se da primeira planta da companhia fora da Alemanha. Na inauguração, o presidente Juscelino desfilou num fusca sem capota pilotado por Friedrich Schultz-Wenk, então presidente da montadora no país. Aquele dia selaria definitivamente o futuro da indústria automotiva nacional. Inicialmente, vieram os modelos Fusca. Anos depois começaram a chegar Variant, TL, SP/1 e 2, Kombi, Brasília e Passat - alguns, inclusive, circulam até hoje. É consenso que a indústria automobilística no Brasil nasceu, de fato, no Km 23,5 da Via Anchieta.
          Um dos modelos mais conhecidos da empresa, o Fusca, teve seu projeto aprovado em 1934, e o primeiro carro, construído um ano depois. A produção em série teve início em 1938. Criado como manobra populista do Terceiro Reich, de Adolf Hitler, o modelo reinventou o modelo de carro popular e foi um fenômeno de vendas.
          Em 1959, a Volkswagen apresentou um acessório curioso para o Fusca: o Hertella Auto Kaffeemachine, uma máquina de café que podia ser instalada em seu painel. Conectada ao acendedor de cigarros, aquecia a água para preparar café na hora, e as xícaras tinham base magnética para não caírem durante a viagem. Hoje, esse item é raríssimo e se tornou peça de colecionador.
          O carro foi tema ou teve participação em trabalhos artísticos, musicais, literários e cinematográficos. Mas teve que deixar as linhas de produção. E saber que poderia ter durado um pouquinho mais. Na Cidade do México, tornara-se familiar como o táxi mais comum, sempre pintado de verde e branco, e por serem os carros usados pela polícia. Uma nova exigência da capital mexicana, porém, tornou compulsório que os táxis tenham quatro portas - oferecendo escape mais fácil para os turistas, que, às vezes, ficam presos no banco traseiro enquanto são roubados por bandidos. Em 30 de julho de 2003, o último Fusca, o de número 21.529.464 saiu da linha de montagem da fábrica da Volkswagen, em Puebla, no México. Marcou o fim da longa produção de 65 anos. Ele ainda é o modelo 
único mais produzido no mundo.
(Fonte: Facebook / revista Exame - 29.04.1992 / 01.01.1997 / 18.04.2001 / 12.03.2003/ jornal O Estado de S.Paulo - 30.07.2003 / revista IstoÉDinheiro - 04.11.2009 / msn Economia e Negócios - 04.12.2014 / jornal Valor online - 13.04.2015 / MSN Business Insider - 27.09.2016 / revista Exame - 15.03.2017 / jornal Valor - 16.01.2019 - partes)

16 de set. de 2025

TRX

          Em julho de 2025 a TRX angariou recursos da emissão de cotas de R$ 1,25 bilhão. O dinheiro foi aplicado em 20 empreendimentos. A maior parte das transações ocorreu via entrega de cotas do fundo, em vez de pagamento em dinheiro. Os imóveis vão de lojas e laboratório de diagnósticos a postos de gasolina e estacionamento.
          Após cerca de R$ 1 bilhão em aquisições de imóveis, que se estendeu por um semestre até setembro de 2025, a partir da sua última emissão de cotas, o fundo de investimento imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) está avaliando empreendimentos que possam entrar numa nova lista de compras. “A ideia é continuar crescendo e diversificando o fundo. A última emissão chamou a atenção do mercado, e passamos a receber muitas ofertas de ativos, inclusive de vendedores que aceitam receber pagamento em cotas”, afirma o sócio da gestora de recursos TRX, Gabriel Barbosa.
          O TRXF11 investe em imóveis locados para empresas de varejo, construção e saúde. Entre os principais inquilinos estão Assaí, Grupo Mateus e Pão de Açúcar. Na semana passada, o fundo acertou a compra de 43,8% de um galpão logístico em Araucária (PR) no valor total de R$ 207,9 milhões, locado ao Mercado Livre por 10 anos.
          Ocupam os imóveis comprados empresas como Assaí, Pão de Açúcar, Extra, Delboni e Coop. Já o galpão recém-adquirido foi o último desta série de transações. A operação marcou também a entrada do fundo gerido pela gestora de recursos TRX no Paraná, ampliando a diversificação geográfica do portfólio. Com isso, o TRXF11 passou a contar com 73 imóveis, distribuídos em 12 Estados e 40 cidades, com área bruta locável total de 722,6 mil metros quadrtados. O fundo tem patrimônio líquido na ordem de R$ 3,2 bilhões.
          A TRX está avaliando suas novas aquisições, especialmente com base em ofertas que chegaram após a emissão de cotas, segundo Barbosa. Entre os ativos sob avaliação estão novos centros logísticos, imóveis de faculdades, hospitais e centros de diagnósticos. O gestor acrescentou que há interesse em ingressar em shoppings regionais, ancorados em supermercados. Segundo ele, a ideia é comprar participações minoritárias e não brigar de frente com os fundos tradicionais de shoppings.
(Fonte Estadão - 16.09.2025)

15 de set. de 2025

Iberdrola

          A Iberdrola passou a ser a controladora da Cosern - Companhia Energética do Rio Grande do Norte, quando esta foi privatizada em 1997. Em 1998, a Cosern já apresentou o maior lucro de sua história. O resultado veio dos ganhos de produtividade obtidos no corte de absurdos administrativos. Em certa época, a Cosern chegou a fazer a entrega das contas de energia de valor superior a 1.000 reais de táxi. Foi uma forma do governador do estado agradar o sindicato dos motoristas e obter, em troca, os votos da categoria.
          No início de 2016, quando o setor de eólica respondia por 6% da produção de energia no Brasil, a Iberdrola fazia parte de um mercado disputado, onde estavam presentes as gigantes que se instalaram no Brasil: além da Iberdrola Renovables, a disputa estava também com a Endesa, Renova Energia, EDP e Duke Energy.
          Em setembro de 2025, a Iberdrola adquiriu da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a participação de 30,29% que a Previ detinha na Neoenergia, por R$ 11,9 bilhões.
(Fonte: revista Exame - 24.03.1999 / Valor - 12.09.2025 - partes)

12 de set. de 2025

Tony's Chocolonely

          Era 2003 quando o jornalista holandês Teun van de Keuken decidiu se entregar à polícia, na frente das câmeras do programa que comandava, como cúmplice de trabalho infantil, trabalho escravo e desmatamento nas plantações de cacau da África Ocidental, por consumir chocolate com aquela matéria-prima.
          Para provar que dava para fabricar o produto indulgente de forma sustentável, ele e dois colegas de TV decidiram criar, em 2005, sua própria barra. O Tony’s Chocolonely ganhou esse nome porque Teun (ou Tony) considerava a causa solitária.
          Já um tanto conhecido na Europa e nos Estados Unidos, o chocolate Tony’s chegou sem alarde aos carrinhos de compras no Brasil em 2025. A barrinha que vem com statement surpreendeu até a matriz na demanda local: em São Paulo, onde a exclusividade é da Shopper, o estoque se esgotou em menos de um mês.
          A Tony's já acertou outros contratos de distribuição no país, onde espera ganhar o consumidor pelo sabor e pela consciência – uma história peculiar que já atraiu também investidores de peso.
          Para entrar no Brasil, a marca holandesa firmou acordos de importação com exclusividades locais, começando pelos supermercados Zona Sul, no Rio, no fim de maio, mas com primeiro carregamento já esgotado e um novo a caminho. Outros parceiros no país são a rede Verdemar, em Belo Horizonte, e, a partir de novembro, o Hiperideal, em Salvador, revelou a Tony's.
          “Dado o tamanho do país e a dinâmica única de distribuição, estamos adotando uma abordagem cuidadosa e passo a passo para expansão”, explica o executivo da Tony's, presente em 60 países.
          O negócio com apelo social e ambiental logo engrenou – mas os três fundadores, que nunca ocuparam cargos executivos na empresa, se desfizeram de suas participações já nos primeiros anos para voltar ao jornalismo. A idealista fábrica de chocolate tem atualmente como sócio majoritário o fundo Verlinvest, da família belga que compartilha o controle da AB InBev com Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira.
          Outro acionista de referência é a JamJar, dos fundadores da Innocent Drinks, que detém 5,6%. Em 2024, o ex-CEO da Starbucks, Howard Schultz, comprou 2% da companhia. Segundo a empresa, é a visão de longo prazo desses investidores que viabiliza o propósito do negócio. “Cumprir nossa missão exige crescimento e investimento. Quanto mais crescemos, mais grãos podemos comprar a preço de renda digna”, diz o gerente de exportação da Tony's, Rijk de Bie, ao Pipeline (Jornal Valor).
          Em sua produção, a Tony's exige que 100% dos grãos sejam rastreáveis, comprados acima do valor médio do mercado, fortalecendo os agricultores, e firmando contratos de longo prazo com cooperativas de cacau da Costa do Marfim e de Gana, que respondem por 60% da produção mundial e onde as desigualdades são maiores. O formato irregular do que seriam os quadradinhos da barra de chocolate simboliza justamente a divisão desigual de lucros no setor.
          Para uma proposta menos solitária, a Tony's convida outros fabricantes a adotarem os mesmos princípios, por meio do seu programa Tony’s Open Chain. Das marcas de consumo com ampla presença no Brasil, apenas Ben & Jerry’s, da Unilever, e Barry Callebaut são signatárias.
          Um efeito indireto do “chocolate com gosto de antigamente” – comentário recorrente nas redes da Shopper, atribuído à porcentagem de cacau e ausência de gordura hidrogenada – foi o aumento nas vendas de outras marcas com preocupação social, como a brasileira Dengo, na plataforma. “Não era esperado, não estava mapeado, mas significa que deu certo espalhar a causa do Tony”, diz o VP de marketing.
          Em 2024, as vendas somaram 200 milhões de euros, aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Tomando como referência os múltiplos da Lindt, que compete pelo mesmo consumidor, o valor de mercado da Tony's passaria de R$ 8 bilhões – mas a companhia não tem capital aberto e nem planos de fazer IPO. Nenhuma transação envolvendo transferência de ações teve valor divulgado.
(Fonte: Valor - 11.09.2025)

1 de set. de 2025

HB Hofbräu München

           A Staatliches Hofbräuhaus em Munique ( Cervejaria Estatal de Munique , também conhecida como Hofbräu München ), cervejaria de Munique, Alemanha, é de propriedade do governo estadual da Baviera. O Hof (tribunal) vem da história da cervejaria como cervejaria real no Reino da Baviera. A cervejaria é proprietária da Hofbräuhaus am Platzl, da Hofbräukeller e de uma das maiores tendas 
a Oktoberfest (Hofbräu-Festzelt).
          Existem muitos tipos de cerveja produzidos com receitas originais transmitidas por Guilherme V, Duque da Baviera. As cervejas produzidas atualmente incluem a Weißier e as Helles, Maibock, Dunkel e 
Oktoberfest.
          O Hofbräuhaus am Platzl em Munique inspirou a música "oans, zwoa, g'suffa" (o dialeto bárbaro 
para: "um, dois, escotilha abaixo").
          Está previsto para os últimos meses de 2025, a instalação de uma fábica da cerveja no interior de São Paulo, em local ainda a ser definido.
(Fonte: Wikipédia)

28 de ago. de 2025

Reag

          A Reag Investimentos foi fundada em 2012 e pertence ao empresário João Carlos Mansur, que também é conselheiro do time de futebol Palmeiras. No início, ela geria apenas recursos e fundos imobiliários.
          A Reag Investimentos é uma das empresas acusadas pela Polícia Federal de ser ferramenta de lavagem de dinheiro pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). A empresa possui os naming rights do antigo Cine Belas Artes, em São Paulo, entre uma série de negócios adquiridos e parcerias apenas nos últimos dois anos.
          A Reag Investimentos é uma das principais gestoras de patrimônio do país e se define como a "maior independente", sem ligação com bancos. Considerando números de fins de agosto de 2025, ela possui cerca de R$ 299 bilhões sob sua administração, de acordo com o Ranking de Gestão da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) de fevereiro de 2025.
          Em janeiro de 2024, empresa passou a patrocinar o cinema Belas Artes e, três meses depois, o transformou oficialmente em Reag Belas Artes. Um dos mais antigos cinemas de rua da capital, fundado em 1943, ele é considerado patrimônio histórico do estado, mas foi reformulado também em centro cultural pela Reag…
          Por volta de meados de 2023 a Reag iniciou um processo de expansão acelerada, com múltiplas aquisições, como as das casas de crédito Empírica e Quasar.
          Em 2024, Mansur falou à revista Veja Negócios que não pretendia parar por aí. "O mercado está maduro para uma consolidação. A junção entre a necessidade de ganhar escala e o aumento das exigências regulatórias tem estimulado vários negócios", disse.
          Também em 2024, a Reag finalizou a compra da GetNinjas (uma plataforma de contratação de serviços) e garantiu sua entrada na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. O processo foi realizado aos poucos, desde 2023, através da compra silenciosa de ações. Segundo informações da Folha, a CVM (Comissão de Valores Imobiliários) avaliou que a Reag demorou para deixar clara a intenção de que pretendia assumir a GetNinjas e abriu processo para apurar irregularidades…
          Diante das incorporações, a Reag Trust (um braço da empresa) foi desmembrada em uma segunda "empresa-irmã", a Ciabrasf (Companhia Brasileira de Serviços Financeiros). Mansur também é presidente do conselho do novo negócio, que administra fundos e serviços fiduciários.
          Assim, ela se tornou a primeira empresa do seu segmento com ações na B3. A empresa acumulava queda de 14,36% no valor de suas ações hoje, em reação do mercado à Operação Carbono Oculto e à execução de mandados de busca e apreensão em sua sede. No dia, é a empresa na B3 que experimenta a segunda maior desvalorização…
          Até o fim de 2024, a Reag "engoliu mais empresas", entre elas a Berkana Patrimônio e a Hieron Patrimônio Familiar. Estas aquisições, segundo a própria Reag, a consolidaram nos segmentos de gestão de riquezas e de patrimônios, com "destaque pelo volume de ativos sob gestão"…
          A Reag está, desde janeiro de 2025, listada na B3, a Bolsa brasileira.
          Em junho de 2025, a Reag fez uma oferta de R$ 500 milhões através de sua holding para criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Juventus de São Paulo. Os sócios aprovaram o investimento no clube, mas ele não é o único na mira da Reag, que também teria oferecido o mesmo valor para adquirir 90% da SAF do Vila Nova, segundo a Veja Negócios. Esta rapidez de crescimento chamava atenção na Faria Lima, segundo a revista, e comentava-se nos bastidores que "não se sabia mais qual o foco da gestora"… -
          Em 28 de agosto de 2025, a Operação Carbono Oculto foi deflagrada pela Receita e outros órgãos. A investigação quer desmantelar um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Além de postos, estão na mira várias empresas envolvidas na cadeia de importação, produção e distribuição.
          Por meio de comunicado aos acionistas e mercado, a Reag e a Ciabrasf confirmaram que foram alvos dos mandados de busca e apreensão da Operação Carbono Oculto. Elas informaram que "estão colaborando integralmente com as autoridades competentes". Ambas ainda garantiram que estão "fornecendo as informações e documentos solicitados" e que permanecerão "à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais"…
          No início de setembro de 2025 a Reag Investimentos anunciou uma reestruturação, que, na prática, leva à saída do fundador, João Carlos Mansur. Segundo comunicado ao mercado, Mansur negociou a venda de sua participação por meio de um MBO (Management Buyout), tipo de operação em que os gestores de uma empresa compram o controle da companhia em que trabalham, tornando-se seus proprietários.b A aquisição foi feita pela Arandu Capital Holding, detida pelos principais executivos da companhia. O valor estimado da aquisição é de R$ 100 milhões.
(Fonte: UOL - 28.08.2025 Folha de S.Paulo - 08.09.2025 - partes)

25 de ago. de 2025

Jornal Pasquim

          O jornal semanal O Pasquim foi fundado em junho de 1969. Participaram da fundação Sérgio Cabral, Claudius Carlos Prósperi e Tarso de Castro. Na equipe do jornal, passaram nomes históricos do jornalismo, como Millôr Fernandes, Ziraldo, Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Sérgio Augusto e Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe (Jaguar).
          A ideia do nome foi do próprio Jaguar: referência ao termo italiano ‘paschino’, um tipo de panfleto difamador." Nós fizemos o jornal porque estava todo mundo demitido e a gente precisava de um meio de ganhar dinheiro. Queríamos produzir um informativo de Ipanema, feito nos botecos, mas, pela própria 
natureza dos participantes, começamos a fazer aquela brincadeira toda".
          Em seu auge, O Pasquim chegou a vender mais de 200 mil exemplares numa única edição. A maioria das páginas não surgia de reuniões de pauta formais, mas de conversas de bar.
          O semanário foi perdendo a força, fechando as portas em outubro de 1991.
          "O pessoal do Pasquim assumia ser 'neto' do Barão de Itararé (jornalista gaúcho Apparício Torelly (1895-1971),  'filho' do Stanislaw Ponte Preta", observa o designer gráfico Sérgio Papi, responsável, ao lado de José Mendes André, pelo relançamento dos três volumes do Almanhaque, entre 1989 e 1995. "Não por coincidência, o jornalista Sérgio Porto foi 'foca' (jornalista iniciante) do Apparício no jornal Folha do Povo". Reza a lenda que foi o Barão quem convenceu Sérgio Porto, que estreou no jornalismo 
como crítico de cinema, de que tinha vocação para o humor.
          Ziraldo, um dos fundadores do “Pasquim”, morreu na tarde de sábado, 6 de abril de 2024, aos 91 anos, de causas naturais, segundo a família. Ele estava com a saúde debilitada desde que sofreu um
acidente vascular cerebral (AVC), em 2018.
          Jaguar, também um dos criadores do Pasquim, faleceu em 24 de agosto de 2025, aos 93 anos, no Rio de Janeiro – cidade onde nasceu. Jaguar marcou época na imprensa brasileira e no combate à ditadura militar, ele estava internado no hospital Copa D’or.
(Fonte: Estadão - 08.04.2024 / Tribuna de Santos - 25.08.2025 / BBC News Brasil - partes)

22 de ago. de 2025

Evertec

          A porto-riquenha Evertec se define como uma empresa de tecnologia e processamento de transações, e atua em 26 países da América Latina e Caribe. A empresa é listada na Bolsa de Valores de Nova York,
          Em 20 de julho de 2023, a Sinqia assinou acordo para venda da companhia à Evertec em negócio de cerca de R$ 2,4 bilhões. As partes concordaram que a integração das atividades será implementada por meio da incorporação da totalidade das ações de emissão da Sinqia pela Evertec.
          Em meados de agosto de 2025,  a Evertec assinou acordo para a aquisição de 75% da Tecnobank, especializada em registro digital de contratos de financiamento de veículos, por R$ 787 milhões.
(Fonte: Valor - 28.09.2023 / 22.08.2025 - partes)

21 de ago. de 2025

MGM - Metro Goldwyn Mayer

          Em 1907, o russo Louis B. Mayer, nascido em 1885, compra e reforma um teatro próximo a Boston. Dez anos depois, em 1917, lança o Louis B. Mayer Pictures e, em 1924, com Marcus Loew, forma a Metro Goldwyn Mayer.
          Com romances e histórias familiares que se tornaram clássicos, Louis Mayer fez da MGM a maior fábrica de filmes dos Estados Unidos.
          Em 1925, o estúdio descobre Greta Garbo.
          Uma desavença, com Irving Thalberg, chefe de produção, em 1932, divide o estúdio.
          Em 1936 Louis Mayer era o executivo mais bem pago dos Estados Unidos
          Mayer desiste do controle da Metro em 1948.
Louis B. Mayer não quis apenas fazer os melhores filmes do cinema. Ele foi um ideólogo decidido na usar om poder da indústria cinematográfica para espalhar o que considerava ser a moral mais apropriada para o público americano. Foi assim - com romances, histórias familiares e temas patrióticos - que Mayer fez da MGM a maior fábrica de filmes do mundo na primeira metade do século
XX.
          Mayer criou o slogan "Mais estrelas do que há no paraíso" para a MGM.Por seus estúdios passaram astros como Judy Garland, Clark Gable, Elezabeth Taylor, Ava Gardner, Greta Garbo, Robert Taylor. Ajudou a criar clássicos do cinema como Ben-Hur, Grande Hotel e O Mágico de Oz.
          Em maio de 2021, após uma semana de especulações, a Amazon comprou o estúdio de cinema MGM, por US$ 8,45 bilhões. É a segunda maior aquisição da longa lista de compras da empresa de Bezos, atrás apenas da Whole Foods. Agora, tem nomes de peso como 007, RoboCop e Rocky Balboa para brigar com o Netflix e a mais variada gama de serviços de filmes e séries on demand que surgiram nos últimos anos. A MGM tem 4 mil filmes e 17 mil horas de séries em seu catálogo. É o início de mais 
um capítulo da guerra do streaming.
(Fonte: Exame - 15.12.1999 - parte)

20 de ago. de 2025

American Eagle Outfitters

          A American Eagle Outfitters, Inc. foi fundada em 1977 pelos irmãos Jerry e Mark Silverman como subsidiária da Retail Ventures, Inc., empresa que também possuía e operava a Silverman's Menswear.
          Em 1977, a primeira loja American Eagle Outfitters foi inaugurada no Twelve Oaks Mall, em Novi, Michigan.
          Os Silverman venderam metade de sua participação acionária em 1980 para a família Schottenstein e o restante em 1991.
          A American Eagle é uma varejista (americana) de roupas e acessórios com sede na SouthSide Works em Pittsburgh, Pensilvânia. A empresa é a controladora da Aerie, Unsubscribed e Todd Snyder.
          A empresa vende jeans, camisas polo, camisetas estampadas, boxers, agasalhos e trajes de banho. O público-alvo da American Eagle são estudantes universitários e do ensino médio, do sexo masculino e feminino, embora adultos mais velhos também usem a marca.
          Em fevereiro de 2006, a American Eagle lançou a submarca de lingerie aerie, voltada para mulheres americanas de 15 a 22 anos. Além de lingeries, como sutiãs e outras peças íntimas, a linha aerie vende roupas de dormitório, roupas esportivas, roupas de lazer, acessórios e roupas de dormir. O que começou como uma submarca rapidamente se tornou um conceito independente, apresentando uma linha completa de fitness, chamada aerie f.i.t. A marca aerie é vendida nas lojas American Eagle Outfitters, no site da American Eagle e em lojas de varejo aerie independentes. A primeira loja aerie independente foi inaugurada em agosto de 2006 em Greenville, Carolina do Sul, e foi seguida por mais duas lojas de teste no final daquele ano.
          Em meados de 2007, a American Eagle transferiu sua sede de Warrendale, Pensilvânia, para um local mais urbano no complexo SouthSide Works, em Pittsburgh. O custo dos prédios e da propriedade adjacente foi de aproximadamente US$ 21 milhões (excluindo acabamento interno e custos adicionais de construção). Os endereços dos prédios são 19 Hot Metal Street e 77 Hot Metal Street, com os números simbolizando a inauguração da primeira loja em 1977. O Campus Southside Works inclui uma garagem privativa, um laboratório para cada marca, um estúdio fotográfico e um refeitório interno. Outros escritórios ficam em Nova York (design e produção).
          Em outubro de 2008, a American Eagle lançou a 77kids, uma linha de roupas voltada para crianças de dois a dez anos. Inicialmente um conceito exclusivamente online, a AEO abriu sua primeira loja 77kids em 15 de julho de 2010, no The Mall at Robinson, em Pittsburgh, e outras oito lojas seguiram naquele ano. A expansão continuou ao longo do ano fiscal de 2011.
          A American Eagle abriu sua primeira loja canadense em 2001, após adquirir ativos da Dylex. Em 2010, a AEO abriu lojas no Kuwait, Riad e Dubai. Uma loja em Kaslik, Líbano, foi inaugurada em 15 de outubro de 2011. Uma loja no Cairo, Egito, foi inaugurada no final de 2011. Em setembro de 2011, duas lojas foram inauguradas em Moscou, Rússia. Sua primeira loja na Jordânia foi inaugurada em novembro de 2011, no novíssimo Taj Mall. Sua primeira loja em Tóquio, Japão, foi inaugurada em 18 de abril de 2012. A primeira loja em Tel Aviv, Israel, foi inaugurada em fevereiro de 2012,[34] após a varejista de roupas israelense FOX assinar um contrato com a AEO, e expandiu-se para Jerusalém. Há também lojas em Pequim, Xangai e Hong Kong. A American Eagle Outfitters inaugurou sua primeira loja nas Filipinas em março de 2013.
          A American Eagle também abre lojas no México. A primeira foi inaugurada na Cidade do México, no Fashion Mall Perisur, em 20 de fevereiro de 2013, e no Centro Santa Fe, em junho. Outra loja foi inaugurada em Guadalajara, no final de 2013, no Fashion Mall Galerías Guadalajara. Em 2014, a empresa financiou o resgate e a reforma do parque de bolso Jardín Edith Sánchez Ramírez, na Cidade do México.
          A American Eagle Outfitters anunciou em 15 de maio de 2012 que venderia ou fecharia todas as 22 lojas 77kids até o final de julho de 2012. Em 3 de agosto de 2012, a American Eagle Outfitters concluiu a venda de suas lojas 77kids para a Ezrani 2 Corp, uma empresa formada por Ezra Dabah, ex-presidente e CEO da The Children's Place. Ezrani renomeou a loja para "Ruum" em 2013.
          A American Eagle expandiu-se para o Reino Unido em novembro de 2014, abrindo lojas em Westfield London, Westfield Stratford City e Bluewater. A loja Westfield London foi inaugurada em 14 de novembro de 2014, a loja Westfield Stratford City em 17 de novembro de 2014 e a loja Bluewater em 19 de novembro de 2014. Todas as operações no Reino Unido foram encerradas, com o website do Reino Unido fechado e todas as lojas do Reino Unido fechadas até o final de julho de 2017.
          A AEO entrou no mercado chileno em setembro de 2015, com a inauguração de sua primeira loja no shopping Parque Arauco. Após sua chegada ao mercado chileno, a expansão da empresa concentrou-se em Santiago.
          A American Eagle Outfitters abriu sua primeira loja em Muscat, Omã, em 3 de outubro de 2015.A empresa estreou no mercado indiano em junho de 2018, com a inauguração da primeira loja no DLF Mall of India, em Noida.[43] Atualmente, opera 17 lojas em todo o país.
          Em novembro de 2015, a American Eagle Outfitters adquiriu a marca homônima de Todd Snyder, bem como sua Tailgate Clothing Company, uma marca focada em vestuário universitário vintage. A American Eagle inicialmente se concentrou nas universidades da Southeastern Conference e Big Ten, na esperança de ganhar mais popularidade entre seu público-alvo de adolescentes e estudantes universitários.
          Em 2020, a American Eagle Outfitters inaugurou sua primeira loja em Praga, República Tcheca, no outlet Fashion Arena Prague Outlet. Em 2023, a AEO inaugurou sua primeira loja no Uruguai, o Punta Carretas Shopping.
          Em janeiro de 2023, a empresa operava 1.175 lojas American Eagle, 175 lojas Aerie e 12 lojas Todd Snyder nos EUA, Canadá, México e Hong Kong.
(Fonte: Wikipédia)

19 de ago. de 2025

Palantir

          A empresa americana de software Palantir Technologies Inc foi fundada em 6 de maio de 2003 por Peter Thiel, Alex Karp, Joe Lonsdale, Stephen Cohen e Nathau Gettings.
          A empresa de software e serviços de informática é especializada em serviços para o governo dos Estados Unidos.
          É especializada em análise e integração de grandes volumes de dados. Sua proposta é fornecer plataformas capazes de reunir e interpretar informações complexas de diferentes fontes, de registros governamentais a bancos de dados corporativos para identificar padrões, prever riscos e apoiar decisões estratégicas.
          Em 2004, o sócio fundador Alex Karp assume a posição de CEO.
          Desde 2010, a empresa presta serviços também para clientes da área financeira.
          A Palantir tem sede em Denver, Colorado, nos EUA e conta com 1200 funcionários.
(Fonte: Época Negócios / Wikipédia - partes)

15 de ago. de 2025

Relógios Públicos de Nichile

          No início do século XX, a instalação de relógios em vias públicas tinha o objetivo de fornecer a hora com precisão aos pedestres. Ainda assim, havia carência desses equipamentos, bem como diversos atrasos, que demandavam manutenção constante e atrapalhavam a população.
          Os relógios públicos eram instalados em frontões de igrejas (quando públicos) ou em fachadas de estabelecimento comerciais (quando particulares) - a exemplo do conhecido relógio da Casa Hanau, antiga joalheria paulistana que teve seu equipamento instalado em 1909.
          Os relógios públicos de Nichile foram um conjunto de relógios instalados na década de 1930 nas cidades brasileiras de São Paulo, Santos e Guarujá, no estado de São Paulo.
          Foi uma iniciativa particular desenvolvida pelo então publicitário Octávio de Nichile, que pretendia suprir esta demanda, juntamente com a ideia de vender os espaços para propaganda presentes na própria estrutura dos postes que sustentavam os relógios, uma ideia inovadora na época. Os relógios foram patenteados em 1930.
          Ao todo, foram instalados oito relógios (de Nichile) localizados em logradouros distintos. Deles, restou apenas o exemplar da Praça Antônio Prado, no centro da cidade de São Paulo, que foi tombado pela prefeitura pelo seu valor histórico no ano de 1992.
          Segundo o antigo jornal A Gazeta, os relógios eram:
"...formados por uma escadaria de legítimo granito contornando a base de cimento armado em forma de pyramide-truncada e toda revestida de azulejos artísticos. Da base eleva-se uma imponente coluna de ferro fundido em estilo jônico. Ao alto da coluna existe um quadrilátero fechado por vidro fosco pintado à fogo..."
          Nas caixas de vidro fosco eram inseridos anúncios e lâmpadas elétricas, que também contribuíam para iluminação pública.
          Eram construídos pela empresa Relógios Michelini.
          Os relógios começaram a ser implantados em 1930, sendo o último em 1935. Alguns substituíam relógios da própria prefeitura.
          O relógio (de Nichile) de Santos foi instalado em 1936 na praia do Gonzaga, em frente ao Atlântico Hotel, em local já reconhecidamente turístico na ocasião. A inauguração foi realizada com a presença do prefeito e da banda musical do Corpo de Bombeiros, sendo no mesmo dia e local inaugurada a Fonte Luminosa da cidade.
          O relógio de Nichile, entretanto, não apresentou bom funcionamento e foi desinstalado após apenas dois anos, em torno de 1940.
          Segundo o relojoeiro responsável por sua manutenção, o suíço Louis Krahenbuhl em entrevista para o jornal Cidade de Santos, relata que não havia cobertura dos mostradores, e a água das chuvas empoçava na coluna e nas caixas de vidro. Com o calor, a água evaporava dentro das caixas, impedindo o funcionamento do relógio. Foram instaladas lâmpadas dentro da coluna para estimular a evaporação da água, mas o pagamento da luz ficou a cargo da empresa de Octávio de Nichile e a luz foi cortada. Como os problemas permaneceram, optou-se pelo desmonte do relógio.
          Desde 1935, um equipamento de 8 metros de altura mostra a hora certa para os paulistanos que circulam pela Praça Antônio Prado, entre os edifícios Martinelli e Altino Arantes, no centro. Conhecido por Relógio De Nichile, a peça (de 1935) é a única sobrevivente entre as seis idênticas instaladas na mesma época em pontos como a Praça da Sé e o Largo do Arouche. Foi inaugurado em 5 de abril de 1935 e, desde a morte de Octávio de Nichile no ano de 1986, sua manutenção ficou sob os cuidados de seus filhos, especialmente de Gilberto de Nichile, atual responsável pela preservação do aparelho.
          Mas, sem os anunciantes pretendidos, o gasto mensal com a “herança” gira em torno de 4 000 reais. “Vou cuidar do relógio e zelar pela memória de meu pai enquanto estiver vivo”, diz Gilberto de Nichile.
          O quadro seguinte, onde constam sete, indica as principais informações dos relógios de Nichile.
LocalizaçãoCidadeInauguraçãoDesmonteConservação
Largo do AroucheSão Paulo19301933Demolido
Estação do Norte (atual Estação Brás)São Paulo19301933Demolido
Praça Ramos de AzevedoSão Paulo23 de dezembro de 1933DesconhecidoDemolido
Praça da SéSão Paulo24 de janeiro de 1935DesconhecidoDemolido
Praça Antonio Prado (antigo Largo do Rosário)São Paulo5 de abril de 1935-Preservado
Relógio do GonzagaSantos9 de julho de 19361940Demolido
Relógio de PitangueirasGuarujáposterior a 1935DesconhecidoDemolido

(Fonte: Wikipédia / Veja São Paulo 18.11.2016/01.06.2017 - partes)
Relógios públicos de Nichile
Relógio da Praça Almeida Prado

Peça de 1935 é mantida hoje pelo jornalista Gilberto De Nichile

12 de ago. de 2025

Chilli Beans

          A Chilli Beans (feijão com pimenta, em inglês, em tradução livre) iniciou suas atividades em 1997 sob o comando do empresário Caito Maia, que abriu um pequeno estande no Mercado Mundo Mix - feira de moda voltada para o público jovem -, em São Paulo, comercializando óculos de sol com design focado nas tendências fashion. Chamou a atenção pela oferta de produtos modernos e de qualidade, com preços acessíveis.
          A Chilli Beans é a maior empresa de óculos solares e acessórios de moda da América Latina. Seu portfólio inclui óculos de sol, armações de grau, relógios, roupas e lentes de prescrição.
          Em 2000, a Chilli Beans abriu o primeiro quiosque num shopping. A companhia tem como sócio o fundo de investimento Gávea, que pagou estimados 100 milhões de reais por menos de 30% da companhia — avaliada, assim, em cerca de 330 milhões de reais.
          Em 2022, foi considerada a empresa de varejo mais admirada pelos consumidores no segmento de óticas e óculos escuros, do IBEVAR.
          Considerando números de 2023, a empresa mantém aproximadamente 700 franquias em todo o Brasil, estando presente em todos os estados, além de possuir lojas em outros países como China, Estados Unidos, Peru, Portugal, México, Tailândia, Colômbia, Chile, Bolívia, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.
          Sua sede é em São Paulo.
(Fonte: Wikipédia - parte)

5 de ago. de 2025

UnionPay

          A operadora de cartões chinesa UnionPay é a maior operadora do mundo em volume de transações. A UnionPay  já conta com mais de 9 bilhões de cartões emitidos em mais de 180 países, considerando números do início de agosto de 2025.
          Em meados de 2025, a operadora chinesa anunciou sua entrada no mercado brasileiro provavelmente ainda em 2025. A entrada deve acontecer por meio de uma parceria com uma fintech brasileira.
          Com cerca de 40% do mercado global de transações com cartões, a UnionPay pode representar uma nova frente de concorrência às gigantes Visa e Mastercard, predominantes no Brasil. Embora ainda pouco conhecida no país, a empresa já opera com aceitação parcial em zonas comerciais brasileiras, por meio de redes como Rede e Stone.
(Fonte: Época Negócios - 05.08.2025) 

30 de jul. de 2025

Keeta (Meituan)

          A empresa (aplicativo) de delivery Keeta é uma marca internacional da chinesa Meituan, a maior empresa de delivery de restaurantes do mundo.
          Tony Qiu é o CEO da Keeta.  Rongjun MU é co-fundador da Meituan.
          Em maio de 2025, a empresa divulgou um investimento de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões) para iniciar sua operação brasileira no mesmo ano (2025). O anúncio aconteceu durante uma cerimônia em Pequim, que tinha a presença do CEO da empresa, Wang Xing, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
          A Meituan vai começar a operação no Brasil em novembro de 2025. Por meio da Keeta, abre o escritório em São Paulo no penúltimo mês do ano e começa a rodar com os primeiros entregadores na cidade antes da virada do calendário. A meta é chegar até 15 regiões metropolitanas até o meio de 2026.
A informação foi divulgada em um vídeo publicado nas redes sociais da empresa em 23 de julho de 2025. A gigante chinesa afirmou que construirá uma rede nacional de entregas e projeta contar com 100 mil entregadores parceiros já no seu primeiro ano de operação.
          A chegada da Keeta, gigante do delivery global, ao Brasil, é uma notícia e tanto para o mercado e, principalmente, para nós, consumidores. Mais concorrência significa mais benefícios!
          A entrada de um player global como a Keeta no cenário brasileiro de delivery promete agitar as coisas e trazer um fôlego novo para quem ama pedir comida e produtos online.
          Com um novo concorrente de peso, a tendência é que os preços fiquem mais atraentes. Espera-se promoções agressivas, cupons de desconto e fretes mais em conta como estratégia para conquistar e fidelizar clientes.
          A concorrência estimula a inovação e a busca por excelência. Os aplicativos precisarão aprimorar seus serviços, desde a velocidade da entrega até o atendimento ao cliente, para se destacarem.
          Conhecida por sua expertise tecnológica, a Keeta pode trazer novas funcionalidades e uma experiência de usuário mais fluida e eficiente, elevando o padrão dos apps de delivery no país.
          "Na China, onde temos mais de 14,8 milhões de comerciantes ativos, criamos programas de treinamento para ajudá-los a melhorar suas operações de diversas maneiras. Contamos com mais de 2.300 instrutores e já ajudamos cerca de 13,7 milhões de comerciantes a construir restaurantes mais inteligentes e digitais, que atraem mais clientes, operam com mais eficiência e aumentam sua receita”, afirma em nota Tony Qiu.
          A chegada da plataforma no Brasil ocorre um ano de grandes disputas no setor do delivery de comida pronta.
          Entre o fim de abril e o início de maio de 2025, três aplicativos de delivery anunciaram investimentos bilionários para disputar este mercado. Além dos R$ 5,6 bilhões da Meituan, o Rappi anunciou que investirá R$ 1,4 bilhão ao longo dos próximos três anos. Já a 99Food retorna ao país com R$ 1 bilhão.
          O momento de acirramento das disputas no setor ocorre após o líder do segmento no Brasil, o iFood, ser proibido no final de 2023 de fechar contratos de exclusividade com redes com mais de 30 restaurantes. A norma foi estabelecida pelo Cade, junto com um conjunto de regras para cercear práticas anticompetitivas no setor.
          Na disputa por espaço, as empresas estão em uma corrida de benefícios ofertados para os estabelecimentos e para os entregadores. As medidas incluem isenção de taxas para os restaurantes e aumento da remuneração de motoqueiros e ciclistas.
          A chegada da Keeta é um sinal claro de que o mercado de delivery no Brasil está em constante evolução, beneficiando diretamente quem usa esses serviços.
(Fonte: IstoÉDinheiro - 30.07.2025 / LinkedIn / Valor - 30.07.2025 - partes)

29 de jul. de 2025

Softplan

          A empresa de software catarinense Softplan atua com softwares para construção, processos jurídicos e gestão pública. O Grupo Softplan surgiu em 1990, em Florianópolis.
          Em junho de 2025, a empresa desmembrou sua operação para o setor privado, a Starian, responsável por 54% da receita líquida. Sob este guarda-chuva estão as soluções para a indústria da construção. A operação tem mais de 9 mil clientes.
          Assim como a Softplan, que acumula 13 operações de fusões e aquisições em sua história, sendo 12 nos últimos 5 anos, a Starian já anunciou que também tem o crescimento inorgânico como via de expansão.
          A venda de uma fatia minoritária da Softplan passou para a segunda fase. Em fins de julho de 2025, passou a receber propostas vinculantes e atraiu fundos, locais e internacionais, que compram participação em empresas, de acordo com fontes. A venda pode movimentar cerca de R$ 550 milhões. O processo de venda tem foco na área de softwares para o setor de construção e começou em maio (2025), assessorado pelo Bank of America, segundo as fontes. O objetivo é vender uma fatia ao redor de 30% da companhia.            Em 2024, a empresa teve receita líquida de vendas de R$ 544,6 milhões, crescimento anual de 13%, lucro operacional de R$ 54 milhões e lucro líquido consolidado de R$ 23,7 milhões.
(Fonte: Estadão - 29.07.2025)

18 de jul. de 2025

Lecar

          A Lecar surge em 2022 e com ela o sonho de ser a primeira montadora brasileira de veículos híbridos e elétricos. É estabelecida a primeira unidade em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Dá-se início ao design e engenharia do Lecar 459.
          O desenvolvimento do primeiro protótipo do Lecar 459 Híbrido Flex com Range Extender é feito em 2023. É aprovado o terreno em Sooretama, no Espírito Santos para a construção da fábrica. Inicia-se a Montagem dos primeiros protótipos.
          Devido a tendências globais, a Lecar descontinua, ainda em 2023, o projeto 100% elétrico e foca no desenvolvimento do Lecar 459 Híbrido Flex com Range Extender, adaptando-se às necessidades do mercado. Dá-se início ao desenvolvimento do Lecar 459 Híbrido.  A Lecar obtém incentivos fiscais. Começa a pré-reserva do 1º carro híbrido no Brasil, Lecar 459.
          A Lecar obtém incentivos fiscais. Começa a pré-reserva do 1º carro híbrido no Brasil, Lecar 459. A Lecar anuncia a construção de nossa fábrica de carros brasileira em Sooretama, com início de produção previsto para 2026, reforçando o compromisso com a indústria nacional.
          Com 90.000 metros quadrados de área construída em um terreno amplo e sustentável, a fábrica será um espaço de tecnologia, inovação e formação. Localizada em Sooretama, a 119 quilômetros de Vitória e estrategicamente posicionada às margens da BR-101, a fábrica de carros brasileira é focada em veículos híbridos elétricos e será um marco da indústria nacional.
Em agosto de 2024, O design e as tecnologias do Lecar 459 Híbrido Flex com Range Extender, são finalizadas. Iniciam-se as preparações para a fase de prototipagem e futura produção em larga escala. A Lecar não faz um carro sozinha. Por isso, conta com parceiros estratégicos da cadeia global de fornecimento, como Horse, WEG, Pirelli, Winston Power e Hepu.
(Fonte: site da empresa)

26 de jun. de 2025

Bumble

          Whitney Wolfe Herd, uma das primeiras vice-presidentes de marketing do Tinder, fundou o Bumble, em 2014, logo após deixar o Tinder. Wolfe Herd processou o Tinder por discriminação e assédioi sexual e fez um acordo por pouco mais de US$ 1 milhão em setembro de 2014.
          Em meio à atenção da mídia em torno do processo, o conhecido fundador e CEO do Badoo, Andrey Andreeev, contatou Wolfe Herd por e-mail, e os dois se encontraram. A dupla formou uma parceria: Andreev recebeu 79% da propriedade da empresa por um investimento inicial de US$ 10 milhões, juntamente com investimentos adicionais; Wolfe Herd atuou como fundadora, CEO e proprietária de 20%. Como parte do acordo, a nova empresa também utilizaria a infraestrutura do Badoo e a consultoria de Andreev. Wolfe Herd disse que a parceria foi fundamental devido ao "conhecimento e infraestrutura" de Andreev.
          Após o estabelecimento da parceria, a dupla recrutou os colegas do Tinder Chris Gulczynski e Sarah Mick para projetar a interface e ajudar a lançar o Bumble. O Bumble foi lançado três meses depois, em dezembro de 2014. A infraestrutura na sede do Badoo em Londres foi usada para o Bumble.
          A empresa foi avaliada em mais de US$ 1 bilhão em novembro de 2017. Quando a empresa de private equity Blackstone Inc. comprou uma participação majoritária na empresa-mãe do Bumble, MagicLab, o Bumble e seus aplicativos irmãos foram avaliados em US$ 3 bilhões. Em 2020, o MagicLab foi renomeado para Bumble Inc. como a empresa-mãe do Bumble e do Badoo. Em 2020, o Bumble havia sido baixado mais de 100 milhões de vezes.
          A sede da empresa fica em Austin, Texas, e, em 2021, contava com 650 funcionários em todo o mundo.
          Em fevereiro de 2021, o Bumble levantou US$ 2,2 bilhões por meio de seu IPO e a empresa teve uma avaliação de mais de US$ 7 bilhões. O Bumble foi listado na bolsa Nasdaq, com ações inicialmente avaliadas em US$ 43, mas aumentando para US$ 76 no dia da abertura, avaliando a empresa em mais de US$ 13 bilhões.
          Em fevereiro de 2022, a Bumble anunciou que havia adquirido a Fruitz, um aplicativo de namoro freemium de propriedade francesa, popular entre a Geração Z e usado em toda a Europa. Esta foi a primeira aquisição da empresa.
          A partir de abril de 2022, os usuários do Bumble que denunciarem abusos terão direito a um conjunto de cursos gratuitos da Bloom, um provedor online de suporte para sobreviventes de agressões. 
          Em novembro de 2023, seus lucros do quarto trimestre mostraram que a inflação e a crescente concorrência com o Tinder reduziram os gastos dos usuários nos recursos pagos de seu aplicativo. A notícia coincidiu com a saída de sua fundadora e CEO, Whitney Wolfe Herd, e a substituição da diretora executiva da Slack, Lidiane Jones.
          Em fevereiro de 2024, a Bumble anunciou planos de demitir 350 funcionários como parte de um plano de reestruturação, o que constitui 30% da força de trabalho da Bumble.
          A Bumble adquiriu o aplicativo de bate-papo em grupo para encontrar amigos Geneva em junho de 2024.
          Em janeiro de 2025, a fundadora Whitney Wolfe Herd anunciou que retornaria como CEO do Bumble em março.
          Em 25 de junhop de 2025, o Bumble informou que demitirá quase um terço de sua força de trabalho com o mais recente corte no setor de aplicativos de encontros à medida que as empresas enfrentam desafios no desenvolvimento de recursos para manter os usuários gastando em meio à incerteza econômica. A medida, que afetará 240 postos de trabalho, ou 30% da equipe do Bumble, faz parte de um esforço mais amplo para reformular a plataforma, já que o setor luta contra o declínio do engajamento dos usuários. O rival Match também anunciou uma redução de 13% na força de trabalho em maio (2025)..
(Fonte: Wikipédia / CNN 25.06.2025 - partes)

18 de jun. de 2025

ASA Investments

          Com o crescimento dos negócios, os filhos do clã Safra seguiram sua vocação e expertise no setor bancário, com destaque para o banqueiro Joseph Safra, que construiu o Grupo J. Safra, um império composto pelo Banco Safra e pelo Banco J. Safra Sarasin, pelo Safra National Bank, além de participação na Chiquita Brands International e investimentos em imóveis no Brasil, Estados Unidos e Europa.
          A ASA Investments é mais uma das empresas que continuam a tradição da família, mantendo os preceitos de gerações e fazendo prosperar o nome Safra. Foi fundada por Alberto Safra, nascido em 1980, um dos quatro filhos do banqueiro Joseph Safra, e controla 100% da instituição.
          Na sexta-feira, 25 de outubro de 2019, Alberto Safra deixou o Banco Safra para se dedicar ao novo negócio na área financeira. Além de acionista, ele ocupava uma cadeira no conselho de administração e respondia por toda a área de negócios com empresas, o chamado “corporate banking”. Também deixa o Safra o executivo Rossano Maranhão, que presidia a instituição há quase 12 anos. A decisão teria sido tomada depois que fracassaram as tentativas de resolver diferenças de longa data com seu irmão mais novo, David, sobre a condução da instituição. Os dois irmãos não têm cargos executivos, mas, a partir do conselho de administração, dividiam as responsabilidades sobre as duas principais áreas de negócios. Enquanto Alberto cuidava das operações de pessoas jurídicas, David, respondia pelos negócios de pessoas físicas. Jacob, o mais velho dos irmãos, vive fora do Brasil e cuida da área internacional. Rossano Maranhão acompanharia Alberto, de quem é próximo desde que chegou ao Safra, em 2007, e se juntaria e ele no novo projeto na área financeira, o ASA Investments.
          Os dois irmãos tinham desentendimentos há mais de dez anos sobre diversos aspectos da condução dos negócios. Enquanto Joseph estava presente diariamente, arbitrava essas diferenças entre eles. Mas a situação se acirrou depois de seu afastamento. Os problemas, entretanto, continuaram sendo levados ao pai, gerando desgaste familiar.
          O ASA, instituição financeira de Alberto Safra, anunciou a aquisição da Gauss Capital, gestora independente especializada em fundos multimercados e com atuação no mercado desde 2014. Com a operação, os produtos da Gauss passam a integrar o portfólio da ASA Asset, braço de gestão de recursos do grupo. O valor da transação não foi informado.
          Na nova estrutura, Fabio Okumura, fundador da Gauss, assume a posição de chefe da ASA Asset, que atua com diferentes estratégias de investimento, incluindo renda fixa, renda variável, multimercado, previdência e crédito.
          A equipe da Gauss também será incorporada ao time da ASA, reforçando a área de gestão de recursos.
(Fonte: Valor - 18.06.2025 - parte)

13 de jun. de 2025

Bagaggio

          A Bagaggio foi criada em 1942, no Rio de Janeiro, com o nome de Mala Paulistana. Abriu suas portas. numa época marcada por desafios em meio à Segunda Guerra. A loja inicialmente vendia artigos de viagem, incluindo malas e acessórios.
          No início, a empresa era reconhecida apenas como especialista em venda de malas e artigos masculinos. No entanto, com o passar dos anos, o foco foi se ampliando, visando atingir um maior número de consumidores.
          Ao longo dos anos, a Bagaggio expandiu, inicialmente com lojas próprias, e posteriormente por meio de franquias, tornando-se uma marca com forte presença no mercado de malas e acessórios de viagem no Brasil.
          Em 1969, a empresa muda seu nome para Bagaggio, buscando simplesmente a tradução em português para "bagagem".
          A empresa mostrou seu pioneirismo na venda online em 2002, com a criação de um site próprio.
          Em 2009, a Bagaggio iniciou sua expansão por franquias.
          Hoje, o mercado alvo da Bagaggio é composto por executivos e mulheres. A venda de malas continua sendo de grande destaque na empresa, além de artigos de couro.
(Fonte: site da empresa - parte)

9 de jun. de 2025

A5X

          A bolsa brasileira de derivativos e futuros A5X tem como cofundadores Carlos Ferreira, CEO, Karel Luketic, CFO, e outros 2 cofundadores.
          A A5X foi lançada oficialmente em junho de 2024. Além de Ferreira e Luketic — ambos ex-sócios e executivos da plataforma de investimentos XP —, a equipe fundadora inclui Nilson Monteiro, fundador e presidente da corretora Ideal (hoje controlada pelo Itaú), e Julian Chediak, sócio do Chediak Advogados. Um investimento inicial de cerca de R$ 200 milhões ajudou a tirar o projeto do papel.
          A A5X já conta com uma equipe de 60 pessoas, incluindo 20 sócios — alguns dos quais são executivos experientes de grandes bancos ou da B3, atualmente a única bolsa de valores em operação no Brasil. O Sr. Luketic afirmou que a bolsa pretende expandir para entre 100 e 120 funcionários.
A A5X
          No início de junho de 2025, a A5X assinou um acordo com o London Stock Exchange Group (LSEG) para adquirir sistemas de negociação, compensação, liquidação e gestão de risco. O negócio ocorre após um processo de licitação envolvendo oito grandes bolsas globais.
          A empresa passou  o segundo semestre de 2024 analisando o que cada um desses players tinha a oferecer e o primeiro semestre de 2025 trabalhando com a LSEG para adaptar seus sistemas às necessidades específicas do ambiente de negociação brasileiro.
          A presença global da LSEG foi fundamental para garantir o contrato com a nova bolsa de derivativos e futuros do Brasil.
          O mercado brasileiro apresenta complexidades únicas, observou Carlos Ferreira. Por exemplo, os sistemas brasileiros são projetados para rastrear o investidor final, ao contrário dos sistemas internacionais, que normalmente se concentram apenas em corretoras e membros de compensação. O mercado local também exige uma verificação completa do investidor, incluindo a verificação de se os clientes têm saldo suficiente em sua corretora, quais garantias depositaram e qualquer histórico de inadimplência. Além disso, enquanto os mercados internacionais utilizam uma convenção de 360 ​​dias para cálculos financeiros, o Brasil utiliza 252 dias úteis. “Sem mencionar que os juros compostos são parte integrante da dinâmica financeira do Brasil”, acrescentou Ferreira.
          Além do desenvolvimento do sistema, o acordo inclui um contrato de uso exclusivo de longo prazo para o Brasil, abrangendo suporte, assistência técnica e implementação de futuras inovações da LSEG.
          A reputação global da LSEG desempenhou um papel fundamental em sua escolha. É uma das bolsas mais antigas do mundo, a mais proeminente da Europa e está entre as cinco maiores do mundo. É também a maior bolsa do mundo em capitalização de mercado como empresa (€ 65 bilhões) e atualmente fornece serviços semelhantes para 20 bolsas em todo o mundo. "Atendemos 44.000 clientes em 65 países e somos um dos principais provedores de infraestrutura para bolsas globalmente", disse Daniel Buttino, diretor administrativo da LSEG para a América Latina.
         Com esta aquisição, a A5X dá mais um passo importante em seu cronograma de implementação. A fase de testes com os maiores bancos e corretoras do Brasil está programada para começar em outubro ou novembro de 2025, com previsão de início das operações completas no segundo trimestre de 2026.
          No início de 2025, a câmara de compensação do ABN Amro e quatro empresas internacionais de formação de mercado também se juntaram como acionistas. A XP garantiu uma opção de compra para adquirir uma participação na A5X, com previsão de exercício em médio prazo.
          Duas outras bolsas também estão em desenvolvimento para competir com a B3: a CSD, lastreada pelo Santander e BTG, e a ATG, lastreada pelo Mubadala, fundo soberano do governo de Abu Dhabi e um dos maiores do mundo
(Fonte: Valor - 09.06.2025)

6 de jun. de 2025

Suzano-Kimberly Clark (joint venture)

          Em junho de 2025, a Suzano fechou mais um grande negócio no exterior. A produtora brasileira de celulose e papel firmou parceria com a Kimberly-Clark (KC) para formar uma joint venture que abrigará as marcas de tissue e os ativos de fabricação da empresa americana em 14 países. O empreendimento está avaliado em US$ 3,4 bilhões. As negociações levaram cerca de nove meses e foram conduzidas sem intermediação bancária.
          Para garantir uma participação de 51% na operação conjunta — com previsão de conclusão em meados de 2026 — a Suzano pagará US$ 1,734 bilhão, o que implica um múltiplo de valor da empresa (EBITDA) de 6,7 vezes, uma avaliação considerada "barata" para o segmento, segundo o Itaú BBA.
          Após o anúncio, as ações da Suzano lideraram os ganhos do Ibovespa na quinta-feira (5), saltando 6,31%, para R$ 52,90, elevando o valor de mercado da empresa para cerca de R$ 67 bilhões. O mercado respondeu positivamente à estrutura do negócio, que inclui um sócio com profundo conhecimento de diversas geografias, e ao impacto mínimo na alavancagem financeira da Suzano.
          Esta transação posicionará a Suzano como a oitava maior produtora de tissue do mundo — marcando seu passo mais ambicioso em sua estratégia de internacionalização e alinhando-se ao seu objetivo de agregar valor à sua produção de celulose de eucalipto altamente rentável no Brasil.
           "Suzano e Kimberly trazem capacidades complementares, com marcas fortes e vencedoras", disse o CEO Beto Abreu. A Suzano já é uma importante fornecedora global de celulose para a KC — incluindo as plantas envolvidas no novo negócio — e, em 2024, adquiriu os ativos de tissue da Kimberly-Clark no Brasil, incluindo a marca Neve.
          De acordo com  Abreu, a Suzano inicialmente pretendia adquirir 100% dos ativos que agora compõem a joint venture. A KC também buscou inicialmente um desinvestimento total e recebeu propostas concorrentes, incluindo uma da Asia Pulp and Paper (APP) para toda a operação. No entanto, ambas as partes acabaram favorecendo uma joint venture para mitigar riscos e evitar alavancagem excessiva.
          Um dos principais pontos fortes da Suzano é seu baixo custo de produção, começando pela celulose. A equipe técnica da Suzano inspecionou as plantas da KC e constatou que elas estavam em condições semelhantes às dos ativos brasileiros adquiridos anteriormente.
          O acordo inclui 22 plantas localizadas em El Salvador, Peru e Colômbia (América do Sul e Central); Austrália, Malásia, Tailândia e Taiwan (Ásia-Pacífico); Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Israel e África do Sul (Europa, Oriente Médio e África). As instalações têm uma capacidade de produção anual combinada de 1 milhão de toneladas e geraram US$ 3,3 bilhões em receita líquida no em 2024. O acordo exclui ativos nos EUA, México e Coreia do Sul.
A joint venture incluirá os 49% restantes dos ativos três anos após a conclusão do acordo, o que incluiria 40 marcas locais e uma licença de 30 anos sem royalties para usar as marcas Kleenex e Scott. Segundo Luís Bueno, vice-presidente executivo de bens de consumo e assuntos corporativos da Suzano, quase metade da receita da nova joint venture virá da Europa. O acordo também abre a porta para a Suzano substituir parte da celulose de fibra longa usada pela KC em produtos de higiene por sua própria celulose de fibra curta.
          O pagamento de US$ 1,7 bilhão virá das reservas de caixa da Suzano, afirmou Marcos Assumpção, vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da empresa. "Temos os recursos para isso", afirmou.
          Em relação aos EUA, México e Coreia do Sul, Abreu afirmou não haver barreiras contratuais para futuras aquisições nesses mercados, mas deixou claro que nenhuma nova atividade de fusões e aquisições está planejada no curto prazo. "Precisamos concentrar nossa energia em garantir que esta joint venture entregue o valor que imaginamos", disse ele, sugerindo que é improvável que a Suzano busque novas aquisições pelos próximos dois a três anos.
          Abreu observou que a guerra comercial entre os EUA e a China não foi um fator significativo no resultado do acordo, já que o segmento de tissue envolve produtos com comércio internacional limitado, cadeias de suprimentos regionalizadas e baixa correlação com ciclos econômicos mais amplos.
(Fonte: Valor - 06.06.2025)

29 de mai. de 2025

VW Sedan 1600 (Zé do Caixão)

          O país estava vivendo a efervescência da indústria automobilística brasileira da segunda metade dos anos 1960. Tudo mudava rapidamente: a Ford havia comprado a Willys e já começava a produzir no Brasil seu primeiro carro (Ford Galaxie); a General Motors iniciava a produção do Chevrolet Opala com design europeu e mecânica norte-americana; a Simca havia sido comprada pela Chrysler, que acelerava o lançamento de novos modelos; e a Volkswagen havia comprado a DKW, tirando de linha os Belcar e 
Vemaguet. Mudanças que alteraram drasticamente o mercado de carros da época.
          Nessa toada, a VW ficou com um dilema: só tinha para oferecer aos seus consumidores o Fusca (que recebeu nova motorização a ar em 1967), e a Kombi (com motor 1500 inédito). Mas, claro, o consumidor brasileiro queria mais, principalmente quando olhava a gama de novidades do mercado. A marca alemã só tinha o velho, bom e confiável Fusca, além da Kombi, destinada ao uso profissional. Era pouca oferta de produto para uma fabricante que pretendia crescer muito no Brasil.
          Como o Fusca já era dotado de duas portas, a VW achou, por bem, produzir aqui um carro com quatro portas. Assim, haveria mais espaço para as famílias, sem perder a robustez e as boas qualidades mecânicas típicas da marca. Por isso, foram buscar na Alemanha o projeto de um pequeno sedan que utilizava uma plataforma muito semelhante à do Fusca, aproveitando, inclusive, o seu conceito mecânico básico. Apesar de ter sido construído até a fase de protótipos na Alemanha, esse projeto não foi adiante na Europa: a própria marca já tinha carros mais modernos em mente. Assim, a ideia do tal sedã acabou não indo para frente por lá.
          Ele poderia não servir na Alemanha ou na Europa, mas para o Brasil era um prato cheio. Por isso, a toque de caixa, o carro foi apresentado no agitado Salão do Automóvel de 1968, na cidade de São Paulo. Só para que se tenha uma ideia, os exemplares mostrados no Salão eram ainda protótipos, pois a produção em série não havia sido iniciada, fato que ocorreu na metade de janeiro de 1969. O complicado, para o novo carro, é que ele disputava espaço e interesse popular com rivais de peso: nada 
menos do que o Ford Corcel e o Chevrolet Opala!
          Se existia um adjetivo que não cabia ao novo Volkswagen 1600, sem dúvidas, era “bonito”. Todo quadrado com linhas retas, ele mais parecia um caixote, e não um carro. Perto de outros carros que também estavam sendo lançados, o Sedan 1600 ficava até envergonhado. Esse fato acabou gerando um apelido pelo qual o VW (Sedan 1600) ficou conhecido: “Zé do Caixão”. E, para confirmar o jocoso apelido, os bem-humorados falavam que suas 4 maçanetas pareciam as alças de um caixão. Uma decisão infeliz de design.
          Mas o carro tinha qualidades inegáveis, como a praticidade das quatro portas para o dia a dia, uma mecânica impecável com o seu motor 1600 a ar de ventoinha alta (rendendo 60 cv de potência), além de um bom espaço de porta-malas na dianteira e uma considerável agilidade no trânsito. Mas o design, esse era complicado…
          Em que pese as vantagens do Sedan 1600, ele era feio perto do Opala e do Corcel. Claro que o consumidor, ávido por novidades, correu para comprar os carros mais bonitos, e o patinho feio ficou esquecido na lagoa. Um fracasso retumbante! Ele foi fabricado do início de 1969 até meados de 1971. Nesse período foram produzidas cerca de 25 mil unidades.
          Para complicar ainda mais a desgraça do carrinho, ainda no final de 1970 um grande incêndio na fábrica da VW, em São Bernardo do Campo (SP), fez com que a marca tirasse de cena o carro que, se não fosse tão feio, poderia ser a salvação da lavoura. Grande parte dos Sedan 1600 tornaram-se táxi, graças à robustez de sua mecânica e a praticidade das quatro portas. Esse foi outro estigma do modelo na época: além do apelido nada positivo, ficou conhecido pelo grande público como “carro de taxista”.           Pressionada pela imprensa para dar explicações sobre tamanho desastre comercial, até que a Volkswagen se saiu bem: "O carro foi desenvolvido penas para suprir um nicho de mercado".

 Fonte: msn - Douglas Mendonça - 21.05.2025 - parte)




Volkswagen Sedan 1600 era prático, com quatro portas, mas destoava dos estilos modernos do Opala e Corcel