Entre os imigrantes que se aventuraram em solo brasileiro durante o século XIX, quando a Europa passava por um período de guerras e conquista de territórios, estavam os irmãos gêmeos Giacomo e Fortunato De Pauli, moradores de Fiera di Primiero, na região de Trentino, Alto Adige. Deixaram para trás uma vida de luta e incertezas para desbravar o novo país, providos de coragem, iniciativa e muita vontade de trabalhar.
A primeira parada aconteceu em Antonina (PR), cidade litorânea e com um clima peculiar, muito diferente do europeu. Decepcionados, alguns imigrantes retornaram ao Velho Mundo, enquanto outros decidiram seguir em frente e rumaram à Curitiba, a pé. Na atual capital paranaense, foram recebidos pelos moradores locais, que os acolheram e requisitaram terras para que os imigrantes pudessem trabalhar.
Em 1878, foi fundada a colônia Santa Maria do Novo Tirol, pelas famílias italianas remanescentes, em uma região mais favorável ao plantio, no município de Piraquara. Nos primeiros anos, as adversidades foram superadas com muito trabalho, maneira encontrada também para amenizar a saudade. Com persistência, alguns imigrantes iniciaram a comercialização de madeira e conseguiram prosperar. A construção de estradas de ferro e de novas cidades colaborou para o relativo sucesso do empreendimento naquele momento.
Os irmãos De Pauli estavam entre os moradores da colônia que lutavam pela estabilidade econômica no Brasil. Trabalharam arduamente e constituíram famílias, que deram continuidade ao negócio criado a partir de muito suor e dedicação.
Um desses herdeiros, Antônio de Pauli – filho de Giacomo e Orsola Madalena –, tornou real o sonho da prosperidade familiar. Após casar-se, em 1919, com Thereza Fontana, mudou-se para Curitiba (PR) e fundou, em 1943, a Madeireira De Pauli & Cia. Foi um período de crescimento na empresa, que motivou o seu criador a planejar novos negócios.
A primeira parada aconteceu em Antonina (PR), cidade litorânea e com um clima peculiar, muito diferente do europeu. Decepcionados, alguns imigrantes retornaram ao Velho Mundo, enquanto outros decidiram seguir em frente e rumaram à Curitiba, a pé. Na atual capital paranaense, foram recebidos pelos moradores locais, que os acolheram e requisitaram terras para que os imigrantes pudessem trabalhar.
Em 1878, foi fundada a colônia Santa Maria do Novo Tirol, pelas famílias italianas remanescentes, em uma região mais favorável ao plantio, no município de Piraquara. Nos primeiros anos, as adversidades foram superadas com muito trabalho, maneira encontrada também para amenizar a saudade. Com persistência, alguns imigrantes iniciaram a comercialização de madeira e conseguiram prosperar. A construção de estradas de ferro e de novas cidades colaborou para o relativo sucesso do empreendimento naquele momento.
Os irmãos De Pauli estavam entre os moradores da colônia que lutavam pela estabilidade econômica no Brasil. Trabalharam arduamente e constituíram famílias, que deram continuidade ao negócio criado a partir de muito suor e dedicação.
Um desses herdeiros, Antônio de Pauli – filho de Giacomo e Orsola Madalena –, tornou real o sonho da prosperidade familiar. Após casar-se, em 1919, com Thereza Fontana, mudou-se para Curitiba (PR) e fundou, em 1943, a Madeireira De Pauli & Cia. Foi um período de crescimento na empresa, que motivou o seu criador a planejar novos negócios.
Em 1963, juntamente com os seus cinco filhos, Antônio de Pauli criou, em Araucária, cidade localizada na região metropolitana de Curitiba, a Cocelpa - Companhia de Celulose e Papel do Paraná, tendo como objeto social a fabricação de papel, celulose e produtos afins. Anos mais tarde, o crescimento significativo dos negócios da organização justificou a criação do Grupo de Pauli.
Antônio de Pauli construiu sua fortuna a partir da pequena madeireira, depois seguido pelos filhos Onivaldo, José, Tito, Aurélio e Antonio Elói. Quando morreu, em 1977, deixou um grupo de empresas que mantinha uma relação incestuosa com a família. Exemplo: Rosa Maria, a viúva de um dos filhos, Aurélio, morto em 1974, tinha todas as suas contas particulares, do clube ao IPTU, pagas pelas empresas.
A morte de um segundo filho de Antonio Pauli, Tito, em 1988, deu início às primeiras tentativas de venda de participação societária, em termos ainda amigáveis. As discussões só saíram do terreno doméstico em 1989, quando Rosa Maria entrou na Justiça com ações de dissolução de sociedade, divisão de bens e prestação de contas. Em 1990, ela ganhou o apoio do sobrinho Marco Antonio, filho de Tito. Os dois aliados passaram a enfrentar as outras três partes em cerca de quarenta ações.
A acirrada disputa entre os Pauli era pelo controle de um patrimônio avaliado em 90 milhões de dólares. A família era dona de cinco empresas (papeleira, de embalagens, madeireiras e reflorestadora), noventa imóveis e sete fazendas, que somavam 20.000 alqueires.
Nesse contexto, estava a Cocelpa. Se o montante do patrimônio estava avaliação entre 90 milhões e 200 milhões de dólares, devia-se descontar uma dívida de 60 milhões de dólares contraída em financiamentos para a construção da Cocelpa, o carro chefe do grupo.
De sua inauguração na década de 1960, a fins dos anos 1980 e início da década de 1990, a Cocelpa acumulou prejuízo e atraso tecnológico. "Dedicamos quase todo o nosso tempo às discussões de família, quando poderíamos estar investindo na modernização da fábricas", disse Antonio Elói.
Enquanto as acusações escorregaram para o campo pessoal, os advogados das duas facções voltaram a reunir-se no início de agosto de 1993. Um protocolo de intenções começou a ser discutido e podia ser o ponto de partida para um ajuste final. Iria tomar como base um levantamento patrimonial feito por auditores da Price Waterhouse (hoje PwC).
A Cocelpa sobreviveu, assim como o grupo como um todo. Com sede em Curitiba e com instalações industriais no município de Araucária, a Cocelpa exporta 60% de sua produção para mais de 30 países nos cinco continentes. O Grupo de Pauli reúne atualmente seis empresas.
(Fonte: site da empresa / revista Exame - 18.08.1993 - partes)
A morte de um segundo filho de Antonio Pauli, Tito, em 1988, deu início às primeiras tentativas de venda de participação societária, em termos ainda amigáveis. As discussões só saíram do terreno doméstico em 1989, quando Rosa Maria entrou na Justiça com ações de dissolução de sociedade, divisão de bens e prestação de contas. Em 1990, ela ganhou o apoio do sobrinho Marco Antonio, filho de Tito. Os dois aliados passaram a enfrentar as outras três partes em cerca de quarenta ações.
A acirrada disputa entre os Pauli era pelo controle de um patrimônio avaliado em 90 milhões de dólares. A família era dona de cinco empresas (papeleira, de embalagens, madeireiras e reflorestadora), noventa imóveis e sete fazendas, que somavam 20.000 alqueires.
Nesse contexto, estava a Cocelpa. Se o montante do patrimônio estava avaliação entre 90 milhões e 200 milhões de dólares, devia-se descontar uma dívida de 60 milhões de dólares contraída em financiamentos para a construção da Cocelpa, o carro chefe do grupo.
De sua inauguração na década de 1960, a fins dos anos 1980 e início da década de 1990, a Cocelpa acumulou prejuízo e atraso tecnológico. "Dedicamos quase todo o nosso tempo às discussões de família, quando poderíamos estar investindo na modernização da fábricas", disse Antonio Elói.
Enquanto as acusações escorregaram para o campo pessoal, os advogados das duas facções voltaram a reunir-se no início de agosto de 1993. Um protocolo de intenções começou a ser discutido e podia ser o ponto de partida para um ajuste final. Iria tomar como base um levantamento patrimonial feito por auditores da Price Waterhouse (hoje PwC).
A Cocelpa sobreviveu, assim como o grupo como um todo. Com sede em Curitiba e com instalações industriais no município de Araucária, a Cocelpa exporta 60% de sua produção para mais de 30 países nos cinco continentes. O Grupo de Pauli reúne atualmente seis empresas.
(Fonte: site da empresa / revista Exame - 18.08.1993 - partes)