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2 de jul. de 2021

W/Brasil

          A W/Brasil é uma das agência brasileiras que enxergam uma alternativa em meio às fusões deste mundo globalizado. Por meio da Prax, uma holding controlada por seus três sócios (Washington Olivetto, Gabriel Zellmeister e Javier Llussá), a W adquiriu participações minoritárias em agências com potencial para crescer. Dona da Propaganda Registrada, comprou, em 1998, 40% da Lew Lara e em outubro de 1999 fechou um negócio em bases semelhantes com a Guimarães Profissionais de Comunicação.
          Também abocanhou um terço da Konig Parra, especializada em promoções. Vinculadas às agências, há estúdios fotográficos, birôs de design, consultorias especializadas em Internet e escritórios que cuidam de identidade de marcas. Isso para não falar num negócio inteiramente à parte, adquirido em 1998: a indústria de bebidas Dubar.
(Fonte: revista Exame - 20.10.1999)

One Natural Expirience (ONE)

          O empreendedor mineiro Rodrigo Veloso, nascido em 1979, conseguiu entrar na onda americana pelo consumo saudável: passou a fazer sucesso com a venda de água-de-coco no exterior, basicamente nos Estados Unidos. Sua empresa, a One Natural Experience (ONE), fundada em meados de 2006, desbravou uma área praticamente virgem lá fora.
          Segundo Veloso, a ideia surgiu durante um curso de pós -graduação em empreendedorismo que fez em 2005 na Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. O professor pediu para que montassem p plano de negócios de uma empresa exportadora de produtos brasileiros. Junto com um colega, o americano Eric Loudon, que participava de um programa de intercâmbio no país, Veloso criou a ONE.
          Logo que terminaram o curso, eles estavam dete4rminados a tirar o projeto do papel. A dupla se inscreveu num concurso internacional, ligado à Universidade do Texas, que oferecia um prêmio de US$ 100 mil par o melhor plano de negócios. Na etapa latino-americana, conquistou o primeiro lugar. Os conttos feitos com investidores durante o processo lhes renderam um aporte de capital na empresa. Para completar o investimento, Veloso diz que aplicou todas as suas economias no projeto e recebeu o apoio financeiro de parentes e amigos.
          Produzida pela brasileira Amacoco, maior fabricante de água-de-coco do Brasil, a ONE já vai embalada par o exterior. Além dos Estados Unidos, onde é vendido em grandes redes de supermercdos, como a Kroger, a terceira do país, e a Whole Foods, líder de vendas em produtos naturais, o produto também está à venda na Suécia - onde Veloso fez o curso de Economia.
          A ideia, em setembro de 2007, era ampliar as vendas, inicialmente concentradas na região da Califórnia, para todo o país. Para fazer a divulgação, ele diz que coordena pessoalmente as degustações nos pontos-de-venda. Procura explicar as propriedades hidratantes da bebida para os clientes. Segundo ele, a estratégia é concorrer com os isotônicos, como o Gatorade, cujas vendas atingem bilhões de dólares por ano.
(Fonte: revista Época - 03.09.2007)

1 de jul. de 2021

Babylândia

          A fabricante de móveis infanto-juvenis Babylândia foi fundada em 1970, quando Pedro Wajnsztejn, então recém casado, resolveu trocar uma loja de colchões, localizada no Jardins, pela sociedade com um amigo em uma loja de móveis, a Babylândia, que introduziu no Brasil o conceito de decoração para crianças. Naquela época, havia apenas duas fábricas de móveis infantis no Brasil, mas elas não se dedicavam exclusivamente a esse segmento. Os móveis eram populares ou sem muita preocupação com o design. "A Babylândia foi a primeira a focar no público com maior poder aquisitivo", afirma Wajnsztejn.
          Para Wajnsztejn, as principais lições para seu negócio foram tiradas em casa durante a infância de Anike, sua filha mais velha, nascida em 1972. Na época, Wajnsztejn passava horas observando os movimentos da menina e os cuidados que sua mulher e a enfermeira lhe dedicavam. "Assim, surgiram ideias para facilitar a vida delas", diz Wajnsztejn.
          Foi no primeiro babador, na primeira troca de fralda e no primeiro dentinho da filha que o empresário se inspirou para projetar pessoalmente produtos como o protetor de berço, uma espécie de lateral acolchoada lavável e removível que protege as paredes do berço durante o sono do bebê, que passou a ser peça indispensável no enxoval de qualquer gestante. Outras ideias, como as grades com ripas arredondadas, que não machucam as mãos da criança que ensaia os primeiros passos, ainda no berço, também nasceram da observação de Anike e das consultas a pediatras e pedagogos.
          Não era só na criação das peças que Wajnsztejn impunha seu estilo. Nas então 15 lojas próprias da rede (13 delas em São Paulo), nas sete franquias (localizadas nas principais capitais brasileiras) ou nas duas fábricas (ambas na região de Barueri, a segunda foi construída no início de 2001), Wajnsztejn 
é conhecido por ser muito exigente nos detalhes e também por seu espírito conciliador.
          Tempos depois, ampliou a linha de produção com móveis juvenis, criando a marca Generation. Em 1994, iniciou uma campanha de guerrilha de preços contra os móveis importados - chegou a copiar modelos internacionais e a vender pela metade do preço dos concorrentes. Mais algum tempo depois, Wajnsztejn criou uma divisão especializada em móveis para hotéis, a Brasil Design.
          Pedro Wajnsztejn foi sócio de Gilberto Orensztejn por mais de 20 anos na Babylândia, mas, às vezes, as sociedades acabam mal. Em setembro de 1993, os dois começaram a brigar na Justiça. Motivo: o uso da marca de fachada das vinte lojas da rede no país. Segundo Wajnsztejn, seu ex-sócio, que ficou com lojas no Rio de Janeiro e na capital e interior de São Paulo, não poderia usar a marca em móveis não fabricados pela Babylândia. Orensztejn, que deixara de comprar móveis da empresa, alegou que Wajnsztejn, a quem coube a área industrial da Babylândia, praticava preços muito acima do mercado.
(Fonte: Exame SP / Exame - 27.10.1993 - partes)

29 de jun. de 2021

Elo7 / Etsy

          A Elo7 foi fundada em 2008, em São Paulo. Nas rodadas de investimento da Série A e B, Monashees, Accel e Insight Partners tornaram-se acionistas da Elo7, alocando capital para investimento em tecnologia.
          Com cerca de 50% do volume bruto de mercadorias (GMV) concentrado nos feriados comerciais, a Elo7 experimentou altos e baixos na pandemia: os consumidores estavam mais presentes online e atentos à origem do que compram, mas não podiam contar com vendas para festas.
          A Elo7 tem mantido, até o momento, uma atuação mais discreta que as rivais, que fazem fortes investimentos em marketing. Ele também tem uma base de vendedores menor do que a média do mercado. Isso estava empurrando as projeções de volume negociado para baixo entre aqueles que não tinham acesso aos resultados da empresa.
          Em 28 de junho de 2021, uma transação no universo do varejo digital surpreendeu boa parte do mercado. A Etsy, pagou US$ 217 milhões pela Elo7. Dificilmente alguém da concorrência calcularia que o shopping virtual brasileiro - que vende de canecas sob medida a bonecas de crochê - já valia mais de R$ 1 bilhão.
          Cada vez que a Elo7 desenvolve soluções específicas para seu público, distancia do massivo mercado de e-commerce. Uma característica muito forte da Elo7 é que o produto é customizado. Isso gera uma série de dinâmicas ”. “A Etsy vem para fortalecer tudo o que foi construído até agora.

Etsy
          A Etsy foi fundada em 2005, apenas três anos antes da Elo7. com o objetivo de apoiar os pequenos negócios locais e estimular o modelo “Faça Você Mesmo”. Fundada no Brooklyn, em Nova York, a Etsy privilegiava os produtos artesanais.
          No início de junho de 2021, a empresa comprou a Depop, plataforma britânica com a mesma lógica de funcionamento.
          Em 28 de junho de 2021, uma transação no universo do varejo digital surpreendeu boa parte do mercado. A Etsy, pagou US$ 217 milhões pela Elo7. Dificilmente alguém da concorrência calcularia que o shopping virtual brasileiro - que vende de canecas sob medida a bonecas de crochê - já valia mais de R$ 1 bilhão.
          A Elo7 manterá sua sede em São Paulo, assim como toda sua equipe, após a finalização do negócio. A plataforma tem quase 2 milhões de consumidores e mais de 50.000 vendedores ativos, a maioria deles oferecendo produtos feitos sob medida.
          “O objetivo e o modelo de negócios são semelhantes aos nossos. Esta transação estabelecerá uma base para nós na América Latina, uma região de e-commerce subutilizada na qual não temos uma base significativa de clientes ”, disse o CEO da Etsy, Josh Silverman, em um comunicado.
(Fonte: Valor - 28.06.2021)

25 de jun. de 2021

Hermes / Comprafacil

          O grupo carioca Hermes, controlado por Gustavo Bach, ganhou notoriedade por sua operação de catálogos. Seu site de comércio eletrônico Comprafacil.com chegou a ser o terceiro maior do país, com vendas de 1,4 bilhão de reais.
          No final de 2011, assolado por uma dívida de cerca de meio bilhão de reais - considerada impagável - o Comprafacil foi colocado à venda.
          Chegou a receber ofertas bilionárias das empresas de comércio eletrônico B2We Nova Pontocom, mas não fechou negócio.
          A empresa se deteriorou e, no fim de outubro de 2013, o controlador tentou vendê-la quase de graça à Nova Pontocom. Mas não deu certo e o Hermes contratou a empresa de reestruturação Alvarez & Marsal para assessorá-lo na fase que teve início em fins de 2013.
          Considerando valores de 2013, o grupo Hermes tinha faturamento anual de 1,8 bilhão de reais.
(Fonte: revista Exame - 13.11.2013)

Nega Fulô

          Produzida na Fazenda Soledade, em Nova Friburgo (RJ), por Vicente Bastos Ribeiro, que hoje produz a linha Cachaça Soledade, a marca nasceu em 1975 e foi uma das cachaças pioneiras na busca do mercado internacional. Também marcou época com a garrafinha de terracota.
          Em 2006, a marca foi adquirida pela Diageo, em um dos primeiros movimentos das empresas globais de destilados no mercado brasileiro. No entanto, o conglomerado que tem em seu portfólio marcas gigantes como Johnnie Walker ou Smirnoff parece não ter encontrado uma forma de encaixar em sua operação a marca de cachaça artesanal fluminense, com sua pequena escala de produção. Tanto que a Diageo acabou investindo em uma outra marca de cachaça, bem maior e com muito mais capilaridade, a Ypióca, em 2012.
          Depois disso, a Nega Fulô foi caindo lentamente no ostracismo. No I Ranking Cúpula da Cachaça, em 2014, ela ainda apareceu com uma excelente 11ª colocação, mas não chegou entre as finalistas nas edições seguintes.
          Em junho de 2021, a icônica Cachaça Nega Fulô sai do mercado. A Diageo confirmou no dia 25, que a Cachaça Nega Fulô terá sua comercialização descontinuada. “A Diageo, maior empresa de bebidas destiladas do mundo, informa que descontinuou a venda da cachaça artesanal Nega Fulô, como parte da prática de revisão periódica de seu portfólio”, disse a empresa, confirmando as informações que circulavam desde cedo entre os devotos do destilado nacional.
          A notícia pegou de surpresa o mundo da cachaça, ainda que a Cachaça Nega Fulô fosse, de fato, uma espécie de relíquia de um outro momento do mercado.
          Uma das cachaças mais conhecidas do Brasil na primeira década do século, a marca foi aos poucos perdendo a relevância. Não tinha nenhuma presença digital – sequer um site próprio ou páginas nas redes sociais. Mas, ainda assim, seguia e segue sendo um nome muito presente na mente dos devotos.
          Em um comunicado que a Diageo dirigiu aos clientes, a empresa disse que as vendas “estão suspensas em caráter definitivo e com efeito imediato” e que “concentra seus esforços e estratégia de crescimento dentro da categoria de Cachaça na marca Ypióca, que possui produtos que atendem a diversos níveis de preço, perfis de sabor e canais de venda”.
          Apesar disso, a empresa tem desafios também com a Ypióca, que entre 2017 e 2019 teve um recuo acima de 10% em suas vendas totais. No ano passado, o scotch whisky e o gim garantiram ótimos números para a Diageo no Brasil, mas as vendas de cachaça, incluindo todas as marcas do setor, caíram como um todo.
          Dentro desse cenário difícil, não parece fazer sentido para o colombiano Gregorio Gutierrez, que comanda a Diageo Brasil desde 2017, manter viva uma marca que, apesar de tão ligada à história e ao desenvolvimento da cachaça como a Nega Fulô, apresenta números tão modestos.
          Nega Fulô e a Fulô são marcas icônicas, e permanecerão na memória de tantos e da história da cachaça. Foi provavelmente a primeira marca de cachaça a diferenciar sua garrafa, em terracota e em vidro. A charme das garrafas numeradas, com a chancela da assinatura do Vicente Bastos, além do posicionamento premium da marca, foram conquistas muito significativas. A Fazenda Soledade prossegue firme no mercado interno e externo, com seus produtos premium, seu dinamismo e competência. Está aí, como legítima sucessora da Nega Fulô.
(Fonte: Devotos da Cachaça - 18.06.2021)

Kapitalo Investimentos

          Fundada em 2009, a Kapitalo Investimentos está sediada na cidade de São Paulo, na Avenida Faria Lima, e tem mais de R$ 20 bilhões em ativos sob gestão, considerando dados de maio de 2021.
          A empresa tem atuação nas estratégias de Multimercados e Ações. Possui mais de 75 colaboradores, e, entre os principais executivos, estão Carlos Woelz (Gestor), João Carlos Távora Pinho (Operações) e Hegler Horta (Gestor).
(Fonte: Expert XP - 21.05.2021)

Guaraná Pelé

          Em maio de 2006, o rei do futebol, marca conhecida em todo o planeta, fechou negócio com a cervejaria Petrópolis, que produz as cervejas Itaipava, Crystal e Petra.
          O guaraná Pelé seria lançado no segundo semestre de 2006 e concorreria com o líder absoluto do mercado, o guaraná Antarctica, da Ambev.
          O lançamento marcaria a entrada da Petrópolis no segmento de refrigerantes. Para ceder sua imagem, Pelé recebeu 1 milhão de reais de adiantamento mas, como se sabe, o lançamento virou água.
(Fonte: revista Exame - 24.05.2006 - parte).

24 de jun. de 2021

Telefônica

           A espanhola Telefônica adquiriu a operadora de celulares Vivo em julho de 2010, por 17 bilhões de 
reais. Com isso, atingiu 75 milhões de clientes e um faturamento aproximado de 50 bilhões de reais.
          Em agosto de 2014, o grupo francês de mídia Vivendi, que comprara 100% da GVT  em 2009, quando manteve o presidente Amos Genish no comando, vende-a por 7,4 bilhões de euros (9,3 bilhões de dólares), para a Telefónica da Espanha e Telefônica Brasil (Vivo). Na assinatura dos termos definitivos do negócio em 18 de setembro de 2014, entre o grupo espanhol Telefónica e a francesa Vivendi, o israelense Genish acompanhou orgulhoso, à distância, o fechamento de um ciclo para a companhia que fundou, ao lado de seu conterrâneo Shaul Shani, a partir de um investimento inicial de R$ 100 mil numa licença de telefonia, em 1999.
          No mundo financeiro, comenta-se que não houve nenhuma empreitada de geração de valor semelhante à da GVT no Brasil: US$ 10 bilhões em 14 anos, do zero.
          Com a Telefônica (Vivo), os números passam a ser gigantescos: 95 mil pessoas trabalham direta e indiretamente para a empresa, das quais, 42 mil em call centers; e são quase 100 milhões de clientes. O 
próprio Genish, criador da GVT, definiu o fim da marca: 15 de abril de 2016. Só permanece a marca Vivo.
(Fonte: revista Exame - 23.02.2011 - parte)