A marca Hoka foi fundada em 2009 e adquirida em 2013 pela Deckers, mesma empresa proprietária da Ugg.
A Hokas começou sua vida nos Alpes franceses, quando três atletas e desenvolvedores de produtos, Nico Mermoud, Jean-Luc Diard e Christophe Aubonnet, colaboraram em um tênis de corrida que chegou às lojas em 2010. Desde o início, o sapato tinha o solado oversize , uma inovação projetada para ajudar as pessoas a descerem colinas e montanhas íngremes. Segundo a revista Outside, a primeira ideia foi fazer um slip-on que pudesse ser colocado por cima do sapato. As solas grandes tinham uma linhagem funcional, uma espécie de "tecnologia superdimensionada que havia sido usada com sucesso em esquis em pó, rodas de mountain bike e raquetes de tênis".
Uma notícia se espalhou rapidamente na comunidade de corrida nos Estados Unidos depois que um corredor em Boulder, Colorado, comprou 770 pares para vender depois de ver o tênis em uma feira. No final de 2010, estava nas listas dos melhores e adotado por atletas de elite.
É verdade que, por mais improvável que possa parecer há alguns anos, os Hokas são elegantes e modernos. Seus primeiros fãs não eram fãs de tênis, no entanto.
A Hokas está em um foguete para os escalões superiores das marcas de tênis, atingida pelos ventos da tendência de “sapatos feios” durante a pandemia, boca a boca entre pessoas mais velhas e feridas e a utilidade da marca para corredores sérios. Seus modelos de caminhada (Anacapa), calçados para o dia a dia (Clifton) e corredores de trilha (Speedgoat) são instantaneamente reconhecíveis, com uma sola bulbosa que parece feita de espuma isolante e cores sonhadoras que privilegiam o laranja cremoso e o azul turquesa.
O Hoka se tornou popular depois de se infiltrar na multidão da moda. Celebridades, assim como designers de passarela, deram um abraço caloroso nos sapatos: Britney Spears foi uma das primeiras a adotar, twittando fotos de si mesma em um par azul em 2017. Gwyneth, Reese, Pippa - todos foram fotografados se exercitando ou fazendo recados em eles.
Não passou despercebido que a mudança da pandemia em direção ao conforto foi boa para uma empresa de calçados construída em torno da ideia de uma sola gigante e confortável, mas Steven Doolan, vice-presidente e gerente geral da Hoka US, diz que sua trajetória de crescimento é anterior à Covid e ao trabalho de qualquer lugar.
Mas o Hoka não estaria onde está hoje se apenas os corredores tivessem abraçado o tênis bulboso. O Sr. Doolan, que está na empresa há 13 anos, atestou o crescimento dos mercados, concordando que a empresa está, falando de forma ampla, alcançando os tipos de streetwear e moda, bem como corredores, pessoas mais velhas ou qualquer pessoa que esteja ferida ou precise de um razão para abraçar o conforto.
É difícil exagerar o apelo multigeracional dos sapatos. A Hoka ainda é pequena em relação a gigantes como Nike ou Reebok. O Sr. Doolan diz que a empresa tem apenas 440 sapatos individuais exclusivos para homens e mulheres em diferentes cores e larguras. (Um projeto de Harvard estimou que a Nike tem 10.000.) De alguma forma, porém, os tênis se tornaram populares.
Mas com o passar do tempo, e a busca pandêmica pelo conforto total dá lugar a outras tendências, é de se perguntar se os luxuosos Hokas permanecerão em alta. Doolan reconheceu que as tendências da pandemia foram gentis com sua marca, mas disse que sua evolução na “geometria” do calçado, a percepção de que mais amortecimento poderia trazer benefícios para os corredores de trilha, ainda não acabou.
"Não é apenas feio", disse Doolan. “Existe um design realmente pensado que resulta em algo surpreendente e genial.” Em setembro, ele comprou um par de Tor Ultra Lows taupe reeditados, o sapato que desencadeou a venda de Hoka em Zion apenas alguns anos antes. Até agora, ele disse, tudo bem.
Considerando dados de abril de 2023, a Hoka responde por 36% da receita de sua controladora,
contra 21% em 2021. Em 2022, quebrou a marca do bilhão de dólares em faturamento.
(Fonte: NY Times - 05.04.2023)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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25 de mai. de 2023
Hokas (tênis)
Echoenergia
Em 28 de outubro de 2021, o grupo Equatorial vence disputa acirrada pela geradora eólica Echoenergia, empresa especializada em projetos de geração de energia elétrica de fontes renováveis, com portfólio já operacional no Nordeste de mais de 1 GW. O valor no negócio foi de R$ 6,7 bilhões e a empresa entra no setor de energia limpa. A compra foi do Ipiranga Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, e representa 100% das ações do capital social da Echoenergia
Participações.
A Echoenergia, braço de geração e comercialização de energia renovável do grupo Equatorial, está construindo suas primeiras usinas de energia solar. O início das operações está previsto para 2024. A empresa, que já tem experiência em geração de energia eólica, aposta na ampliação do acesso a clientes de média e alta tensão para expandir seus negócios.
As duas fazendas em desenvolvimento, no Piauí e na Bahia, somarão 574 megawatts de capacidade instalada, com potencial para atender a demanda de energia de mais de 860 mil residências. O início das operações está previsto para 2024.
Entre os parques da Echoenergia, a unidade Ribeiro Gonçalves, localizada no município homônimo do Piauí, ocupará uma área de 600 hectares e terá capacidade instalada de 223,2 MW. A expectativa é de mil empregos gerados durante a implantação do projeto.
O complexo Barreiras I, no oeste da Bahia, terá sete parques solares distribuídos em 863 hectares. A capacidade instalada será de 351,1 MW, suficiente para atender 540 mil residências.
Considerando dados de maio de 2023, a Echoenergia tem 1,2 gigawatts de capacidade eólica.
(Fonte: jornal Valor - 24.05.2023 - parte)
23 de mai. de 2023
Daiichi Sankyo
Em 22 de maio de 2023, a companhia anunciou um investimento de cerca de 400 milhões de reais para expansão de sua fábrica em Barueri (SP), conforme comunicado à imprensa. A empresa usará os recursos para ampliação de produção, bem como nos setores de embalagem e almoxarifado, segundo o comunicado.
A Daiichi afirmou que sua divisão de cuidados primários à saúde será uma das principais beneficiadas pelo projeto. A empresa prevê uma maior produção de medicamentos já estabelecidos e lançamento de novos produtos nos próximos anos, sem detalhar. A companhia usará os recursos para ampliação de produção, bem como nos setores de embalagem e almoxarifado, segundo o comunicado.
No geral, a expansão da fábrica deve gerar elevação na produção local de 350 milhões para 900 milhões de comprimidos anualmente até 2025, quando as obras devem ser concluídas, de acordo com a Daiichi. A companhia espera faturamento de 2 bilhões de reais em 2026 com a produção no país.
21 de mai. de 2023
Peccin / Trento (chocolates)
19 de mai. de 2023
Soneda (perfumaria)
O imigrante japonês Mareki Kamachi (1930-2022), chegou ao Brasil ainda criança, em 1934. Foi agricultor na região de Lins (SP). Depois, tentou a vida no comércio, inicialmente, com uma loja de roupas infantis, em Piracicaba (SP). Em 1992, migrou para o varejo da beleza. Kamachi era uma das
cerca de 40 famílias que faziam parte da rede de perfumaria Sumirê.
Após uma viagem ao Japão em 2016, Minoru Kamachi, filho de Mareki, nascido em 1969, diz que voltou “com vontade de juntar os Kamachi para garantir um futuro melhor para a família”. Dois anos depois, apareceu a oportunidade de comprar a rede Perfumaria 2000 e criar um negócio só da
família. Em setembro de 2018, os Kamachi fundaram a rede de perfumaria que nasceu com 26 lojas e foco no consumidor das classes de menor poder aquisitivo. A perfumaria Soneda foi criada (em 2018) em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
Nos últimos tempos, a companhia percebeu que havia uma oportunidade com a população de renda média. E não perdeu tempo. Quem passou nas últimas semanas (abril e maio de 2023) pela Avenida Paulista, um dos endereços comerciais mais cobiçados do país, deve ter notado a presença de uma nova varejista no local. Em um espaço de 1,8 mil metros quadrados e três pavimentos, a perfumaria Soneda abriu as portas de sua primeira loja-conceito, com 18 mil produtos de 300 marcas. “Chegar à (avenida) Paulista era um sonho”, diz Minoru Kamachi, CEO da empresa. Minoru diz que almejava ter uma loja no local desde que começou no varejo, aos 25 anos. Minoru é o filho caçula do
fundador da perfumaria, Mareki Kamachi.
A retração no comércio presencial provocada pela pandemia e o aumento de imóveis desocupados na região ajudaram Kamachi a realizar o sonho. Mas, antes de chegar à Paulista, ele inaugurou, em 2021, uma loja na Rua Augusta, que lembra o cubo de vidro da Apple, em Nova York (EUA). O objetivo é se aproximar do público de maior renda e espalhar pequenas lojas pela cidade. “Queremos ser o ‘Pão de Açúcar Minuto’, a loja de vizinhança da beleza.” Hoje (maio de 2023), a varejista tem 40 lojas físicas, sendo mais da metade na cidade de São Paulo, um e-commerce, faturamento anual superior a R$ 300 milhões e mais de 800 funcionários. De acordo com dados da consultoria Nielsen, a rede detém 30% do mercado de perfumarias auditadas no Estado de São Paulo e 11% no País. E o plano é avançar. Os investimentos somam R$ 25 milhões, dos quais mais de R$ 10 milhões aplicados na loja-conceito da Avenida Paulista.
Daqui para frente, a varejista pretende abrir entre seis e sete lojas por ano em cidades do interior. A ida para a Paulista e bairros com população mais abastada tem como objetivo atrair o consumidor de classe média. Muitos deles não conhecem a “perfumaria raiz”, diz Minoru. É aquele ponto de venda com vários itens de higiene pessoal e, especialmente, para cabelo, comum nas periferias.
(Fonte: Estadão - 19.05.2023)
Totvs Techfin
O acordo estabelece que a Totvs contribuiria, antes do fechamento da transação, com os ativos da sua atual operação Techfin para a companhia que o Itaú Unibanco passa a ser sócio com 50% de participação no capital social, sendo que cada sócio poderá indicar metade dos membros do conselho de administração e da diretoria.
Pela participação, o Itaú pagou à Totvs R$ 610 milhões e, como preço complementar (earn-out), pagaria até R$ 450 milhões após cinco anos mediante o atingimento de metas alinhadas aos objetivos de crescimento e performance. Além disso, o Itaú contribuiria com o compromisso de funding para as operações atuais e futuras, expertise de crédito e desenvolvimento de novos produtos na Techfin.
“A parceria cria uma empresa que combina tecnologia e soluções financeiras, somando as expertises complementares dos sócios para ofertar a clientes corporativos, de forma ágil e integrada, as melhores experiências de contratação de produtos diretamente nas plataformas já oferecidas pela Totvs. Essa união das capacidades do Itaú e da Totvs também permitirá à nova companhia explorar oportunidades de forma personalizada e contextualizada, antecipando necessidades dos clientes e de forma totalmente alinhada com a estratégia e evoluções do Open Finance para empresas”, disse o Itaú.
Segundo o presidente do banco, Milton Maluhy Filho, as oportunidades de criação de soluções inéditas a partir desta iniciativa certamente representarão disrupsões em favor dos clientes. “Esta parceria nos coloca, Itaú Unibanco e Totvs, na vanguarda da transformação digital das indústrias nas quais atuamos”, disse.
“A expertise do Itaú aliada à tecnologia e aos dados da Totvs é uma combinação extraordinária para nossa ambição de democratizar serviços financeiros para as empresas brasileiras”, afirmou Dennis Herszkowicz, presidente da Totvs.
(Fonte: jornal Valor - 13.04.2022)
18 de mai. de 2023
Lendico
Em 2015, a Lendico Brasil começou a operar no país através do correspondente bancário Banco BMG, pois ainda não é permitida a operação de empréstimos P2P no Brasil. O Banco BMG passou então a oferecer, em julho de 2015, aos seus clientes pessoa física, o crédito pessoal digital através da Lendico, utilizando uma plataforma 100% online. A Lendico não faz parte do Conglomerado Financeiro BMG,
contudo, seus acionistas detêm 50% da empresa.
O banco (BMG) investiu na profissionalização e na governança, alterou sua estratégia de marketing – os patrocínios para times de futebol levaram um cartão vermelho (?) – e vem preparando uma aposta nos meios digitais. Hoje, eles estão restritos a uma plataforma de distribuição de investimentos e à concessão de crédito por meio da fintech Lendico, que atua como correspondente bancário. Estar perto das fintechs é uma regra.
Casino
Em setembro de 2013, após troca de ações entre Abilio Diniz e o Casino, aprovada sem restrições pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), acontece a renúncia do empresário do Conselho de Administração do grupo, abrindo mão de todos os seus direitos políticos na empresa. Abilio Diniz continuou com pouco menos de 10% do capital social da empresa, representados por ações sem direito a voto.
Quando assinou o contrato, em 2005, com a cláusula que garantia aos franceses do Casino o controle total do Pão de Açúcar a partir de 22 de junho de 2012, uma das ideias que passava pela mente de Abilio é que então estaria com 75 anos e não iria querer se preocupar tanto com a empresa. Não se sabe se o principal slogan da empresa, "Orgulho de ser brasileiro", lhe vinha à mente com frequência. Hoje, porém, Abilio avalia que assinar aquele documento foi o maior erro que cometeu em sua trajetória profissional.
Em janeiro de 2014, Casas Bahia e Ponto Frio começaram a fazer compras conjuntas com a empresa de comércio eletrônico do grupo, a Nova Pontocom. Em maio do mesmo ano, a Nova Pontocom anunciou uma união com a CDiscount, site de comércio eletrônico do grupo francês Casino. A nova empresa, é chamada de CNova.
Quando a Via Varejo incorporou a CNova, ficou com as operações on-line da Casas Bahia, do Ponto Frio e do Extra.com.
Foi justamente um dos movimentos mais criticados do Casino à frente da dona da Casas Bahia e do Ponto Frio que envolveu a separação da operação online – a CNova – das lojas físicas. O objetivo de unir todas as operações globais de e-commerce do grupo Casino atrapalhou o desempenho da Via Varejo por aqui – a estratégia acabou descartada dois anos mais tarde. Nesse ínterim, porém, o Magazine Luiza implantou inovações.
Em janeiro de 2019, o Casino fechou acordo para vender 26 hipermercados e supermercados localizados fora de Paris, avaliados em 501 milhões de euros, para a gestora de investimentos Fortress Investment. A iniciativa ajuda a varejista a cumprir a meta de vender 1,5 bilhão de euros em ativos.
Sendas Supermercados
Em 2003, depois de diversas conversas ao longo dos anos, Arthur Sendas decidiu vender ao Pão de Açúcar metade da rede Sendas, então a quinta maior rede varejista do país. Em maio de 2016, o Pão de Açúcar concluiu as negociações com o Sendas para a aquisição das ações remanescentes da empresa. Com essa aquisição, o Pão de Açúcar e suas controladas passaram a deter conjuntamente 100% do capital social total da Sendas Distribuidora. O valor total da operação é de 377 milhões de reais. O Pão de Açúcar
passou a focar na conversão da marca Sendas em lojas Extra Supermercado.
Mais tarde, o nome Sendas passou a fazer parte da razão social da área de atacarejo do Grupo Pão de Açúcar, com a bandeira Assaí.
Considerando dados de agosto de 2017, a rede Assaí, cuja razão social é Sendas Distribuidora, tem 112 lojas e é responsável por 39% do segmento alimentar do GPA. Um grande sucesso para um investimento de pouco mais de R$ 400 milhões em 2007.