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26 de jul. de 2022

Smiles

          O Cartão Smiles foi criado pela Varig como forma de retribuição aos clientes por prestigiar a empresa com sua preferência. A finalidade básica era fornecer ao passageiro a opção de viajar de graça pelo Brasil e pelo mundo.
          Lançado em junho de 1994, o acúmulo de milhas valeu para aqueles que guardaram seus comprovantes desde 1º de janeiro de 1994 para passageiros da Varig e desde 1º de maio de 1994 para clientes da Rio-Sul.
          E em novembro de 2009 a Varig operou seu último voo comercial. Melancólico para uma empresa que já foi considerada uma das maiores companhias aéreas do mundo e por quase 80 anos teve participação vital para o desenvolvimento aéreo brasileiro e uma das grandes responsáveis pelo aumento de rotas internacionais partindo do Brasil. Entre as décadas de 1950 e 1970 era comparada com gigantes de Europa e Estados Unidos, e em 2001 foi a primeira a receber o Boeing 777-200ER, que vinha com um então inédito sistema de entretenimento individual.
          No seu auge, a Varig chegou a ter 127 aviões, 20 mil funcionários e destinos para 36 países. No entanto, aquela que durante décadas foi a maior companhia aérea da América Latina ficou só na lembrança. Quando parou de voar, a Varig deixou 12 mil pessoas desempregadas. Parte da empresa foi vendida para uma outra companhia, a Gol, que levou consigo a Smiles, e o que sobrou teve a falência decretada em 2010. A grande maioria dos funcionários nunca recebeu os direitos trabalhistas. Somente quem se aposentou até 2006, quando a Varig encerrou as operações, conseguiu ter acesso ao fundo de previdência privado.
          A Smiles foi separada da companhia-mãe, a Gol em 2013, com o lançamento de ações na bolsa de valores. A oferta rendeu 1,1 bilhão de reais utilizados na compra antecipada de passagens da Gol. De lá, até outubro de 2018, as receitas da Smiles mais que triplicaram, para 1,8 bilhão em 2017. E, 2,8 bilhões de reais foram pagos aos acionistas em dividendos acumulados durante cinco anos. Era tanto dinheiro que nos controladores da Gol, dona de 53% do negócio, começaram a se perguntar se não era o caso de voltar a ser donos de 100%.
          No dia 14 de outubro (2018), a Gol anunciou que a Smiles voltaria a ser uma subsidiária. A incorporação da Smiles na Gol resultaria na extinção da Smiles, com a sucessão pela Gol em todo o patrimônio da Smiles e na migração da base acionária da Smiles para a Gol. Os acionistas da Smiles receberiam uma combinação de ações PN da Gol e ações PN Resgatáveis Gol por uma relação de substituição e em termos a serem negociados entre a administração da Gol e o comitê independente da Smiles.
          A pretensão era fazer uma reorganização societária para que a Smiles voltasse a ser uma unidade de negócios da Gol. Durante tida a semana que se seguiu ao anúncio, a perplexidade tomou conta da sede da Smiles, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.
          Seria o fim de uma empresa com desempenho de dar inveja. Em 2017, a Smiles teve lucro líquido de 760 milhões de reais, o que significa 6,4 milhões para cada um dos 118 funcionários - o melhor índice entre as companhias abertas do mundo, de acordo com números da empresa de informações financeiras Bloomberg. Essa equipe administrava uma base de dados de 14,6 milhões de clientes e se relacionava com 50 parceiros brasileiro e estrangeiros, entre as companhias aéreas, locadoras de veículos, e varejistas. Embora 90% dos pontos trocados pelos clientes ainda tinham como objetivo a aquisição de passagens, a Smiles vinha investindo para ampliar as opções em outras áreas, uma tendência no mercado de fidelidade que vinha ganhando novos competidores como a Livelo, lançada em 2016 por Bradesco e Banco do Brasil       
(Fonte: publicidade em Exame - 22.06.1994 / valor - 15.10.2018 / 16.10.2018 / Exame - 31.10.2018 - partes)

25 de jul. de 2022

Allos (Aliansce Sonae + BR Malls)

          A empresa do ramo de administração de shopping centers Aliansce Sonae nasceu a partir da fusão das empresas Aliansce Shopping Centers e Sonae Sierra Brasil em agosto de 2019.
          A fusão somou os 31 empreendimentos da Aliansce e os 9 da Sonae, totalizando 40 shoppings. São 11 shoppings administrados pela companhia e 29 próprios. A união de forças entre Aliansce e Sonae Sierra criou a segunda maior operadora de shoppings do Brasil - com um total de 40 shoppings e 7 mil lojas.
          Em 8 de junho de 2022, a Aliansce Sonae e a BR Malls confirmaram que seus acionistas aprovaram a fusão entre as companhias, em negócio que nasce avaliado em R$ 12 bilhões e conta com 69 shoppings. Em carta, os presidentes da Aliansce Sonae, Rafael Sales, e da BR Malls, Ruy Kameyama, dizem que a nova companhia abrirá um leque de possibilidades e oportunidades para todos os parceiros e colaboradores das duas empresas. As operações das administradoras de shoppings seguirão independentes enquanto o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não aprovar a fusão.
          Na assembleia da Aliansce Sonae, o apoio à proposta foi de 79,6% do total de ações e 2% de votos contrários, e o restante de abstenções. Na BR Malls, foram os 68,5% de apoio no capital total, 11,2% contra e o restante em abstenções. “Se você pensar bem, é algo inédito no Brasil, porque começamos com uma oferta não solicitada, que passou por ajustes, até obter o apoio do conselho de administração [da BRMalls] e avançar para aprovação dessa magnitude num negócio tão pulverizado [em termos de base acionária] como o nosso. Não é algo tão comum”, diz o CEO da BR Malls.
          Em 21 de julho de 2022 a Aliansce Sonae assinou contrato para assumir a administração do Shopping Eldorado. A companhia afirma que não está envolvida em negociações para adquirir participação no empreendimento. O shopping, localizado na zona oeste da capital paulista, possui mais de 75 mil metros quadrados de área bruta locável e 300 lojas. A companhia destaca que o empreendimento está localizado em região nobre, com alta densidade populacional e atendendo também ao público corporativo do entorno.
          O Parque Shopping Maceió, que até agosto de 2022 era administrado pela Aliansce Sonae, passa a ser administrado pela Multiplan pelos próximos cinco anos.
          Em novembro de 2022, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão entre as duas empresas, Aliansce Sonae e BR Malls, levando à criação de uma operação com 11 mil lojistas, 2,5 milhões de metros quadrados e 62 empreendimentos próprios e administrados pelo grupo.
          A combinação de negócios entre Aliansce Sonae e BR Malls foi oficializada no dia 6 de janeiro de 2023.
          Em 14 de agosto de 2023, a empresa combinada entre Aliansce Sonae e BRMalls formalizou que passa a se chamar “Allos”. A confirmação do novo nome foi feita no relatório de resultados do segundo trimestre da companhia. O ticker na B3 é ALSO3 (em 25 de outubro de 2023 mudou para ALOS3)
          A rede de shoppings se autodefine como “a mais inovadora plataforma de serviços, entretenimento, lifestyle e compras da América Latina”.
          “A nossa nova marca vem para reforçar o conceito de preservar e construir novas alianças, conectando as pessoas com o que importa e ampliando o vínculo com clientes, lojistas, parceiros e colaboradores, de forma sustentável e com equilíbrio entre a visão de longo prazo e a busca por resultados”, diz a companhia no comunicado.
          No período compreendido entre agosto de 2022 a julho de 2023, a companhia fez desinvestimentos totais e parciais em sete shoppings.
          Em 3 de outubro de 2023, a Allos, empresa combinada entre a Aliansce Sonae e a BR Malls, assinou um contrato de desinvestimento da totalidade de sua participação no Shopping Jardim Sul e de 43% de sua participação no Bauru Shopping. O valor total das duas operações é de R$ 444,4 milhões.
(Fonte: Wikipédia / Valor - 08.06.2022 / 22.07.2022 / 09.08.2022 / 15.08.2023 / 04.10.2023 - partes)

10 de jul. de 2022

Berneck

           A empresa madeireira Berneck & Cia. foi fundada em 1952 por Bernardo von Muller Berneck, com um serraria em Bituruna e uma fábrica de beneficiamento de madeira em União da Vitória, ambas no estado do Paraná. No final do ano de fundação, por uma coincidência desastrosa, as duas fábricas foram consumidas por incêndios sem nenhuma relação entre si.
          Em 1953, acreditando no ramo da madeira, Berneck investiu na produção de lâminas torneadas de pinho, utilizadas para a produção de compensados. Em 1956, iniciou a produção de compensados de pinho. Nesse mesmo ano, a empresa se deparou com mais um incêndio na unidade de Biturama, destruindo por completo a fábrica de compensados. Com a ajuda de colonos da região, a fábrica foi 
reconstruída num tempo recorde de 50 dias.
Em 1961, a família Berneck se mudou para Curitiba, onde iniciaram uma nova fábrica de compensados. Três anos depois, em 1964, a Berneck inaugurou a primeira laminadora de cedro, em Toledo, no interior do Paraná. Nos anos seguintes, iniciou laminadoras em Cascavel, Assis Chateaubriand, Palotina, Catanduvas, Medianeira e Guaíra, todas no Paraná, totalizando sete unidades de produção de lâminas onduladas (matéria prima para a produção de compensados), com a centralização da produção de 
compensados em Curitiba.
          Na região da Lapa, no Paraná, por volta de 1967, a Berneck começou o reflorestamento de pinus, numa época em que as empresas de uma maneira geral extraíam em grande ritmo as araucárias nativas. No ano seguinte, 1968, iniciou a exportação de compensado para clientes de Porto Rico. Em 1970, 
numa nova unidade fabril na Cidade Industrial de Curitiba, a empresa começou a produzir portas.
          Em 1972, a Berneck instalou mais uma unidade de produção de lâminas torneadas e também uma fábrica de lâminas fraqueadas de madeiras tropicas em Várzea Grande, no Mato Grosso. Com essas lâminas, deu início à fabricação de compensados decorativos. Com o sucesso de vendas do compensado decorativo, a Berneck investiu em mais uma fábrica de lâminas, em Vilhena, Rondônia, em 1976.
          Gilson Mueller Berneck, então com 26 anos assume o comando da empresa em 1976. Dois anos depois, em 1978, a empresa investiu em outra unidade industrial, em Brasnorte, Mato Grosso, para serrar madeira, oferecendo mais um produto em seu mix. Outra unidade de produção de lâminas fraqueadas foi inaugurada em 1980, em Belém, estado do Pará. A Berneck & Cia. passou a contar com 
11 unidades em cinco estados.
          Uma nova planta industrial, com uma nova linha de produto, os painéis de aglomerado foi inaugurada em 1985, em Araucária, nos arredores de Curitiba. Junto com a prensa de painel, que tinha capacidade de produção de 60.000 metros cúbicos, foi instalada uma serraria para pinus, formando a geração de cavacos para fabricação do aglomerado. A unidade de Araucária se transformou na matriz da empresa.
          No final da década de 1980, a Berneck buscou garantir a continuidade do manejo de madeira tropical, com o reflorestamento do mogno, madeira nobre de grande valor. Mas, mais de 1,5 milhão de árvores foi totalmente dizimada com o ataque de borboletas. Em 1990 a Berneck iniciou o plantio de 
teca (tectona grandis) com grande êxito.
          Ao se associar ao grupo Bozano Simonsen, em 1992, a empresa mudou a razão social para Berneck Aglomerados S.A. após expansão com grande áreas florestais. Em dezembro de 2003, a Berneck recomprou a participação do grupo Bozano Simonsen após 12 anos de uma parceria muito 
profícua.
          Com a expansão da produção de painéis de madeira reconstituída e a dificuldade cada vez maior de lidar com madeira tropical, em 2005 a Berneck encerrou a fabricação de compensados, produto que 
foi o início da empresa e responsável por grande parte de seu crescimento até o final dos anos 1980.
          Em outubro de 2008, a unidade do Paraná inaugurou uma fábrica de MDF voltada para a produção de painéis finos, conhecidos como HDF. Com essa linha de produtos, a Berneck completa seu mix para a indústria de móveis e altera sua razão social para Berneck S.A. Paínéis e Serrados.
          Em 2012, a Berneck marca seus 60 anos de fundação com a inauguração de um complexo 
industrial em Curitibanos, Santa Catarina.
          Com um projeto inovado, em 2022, a Berneck inaugura sua nova unidade fabril, com 105 mil 
metros quadrados de área construída, em Lages, Santa Catarina.
(Fonte: site da empresa)

8 de jul. de 2022

Eisenmann

          A Eisenmann, multinacional especializada em tecnologias para pintura industrial, foi fundada em 1951, em Stuttgart, na Alemanha, e chegou ao Brasil em 1996. Aqui, por mais de duas décadas desenvolveu projetos, principalmente para o ramo automotivo.
          Se as concessionárias não vendem carros, as montadoras não produzem. Se as montadoras não produzem, as fabricantes de autopeças não fabricam componentes. Sem peças e carros novos, várias outras empresas da cadeia automotiva também desaceleram. Essa ciranda ajuda a explicar o momento da Eisenmann, em meados de 2022.
          Com a falência da matriz da empresa em 2019, a operação brasileira teve de buscar um recomeço. E ele veio.
          Em 2021, a Eisenmann foi adquirida pelo grupo austríaco Pentanova — especializado em automação — e, com respaldo financeiro da ex-fornecedora, espera recuperar o brilho. Para isso, programa investimentos, além de buscar expansão nos Estados Unidos. “Nossa receita em 2021 foi de cerca de R$ 150 milhões. Acredito em um crescimento de 20% em 2022”, disse à DINHEIRO Alexandre Coelho, CEO da Eisenmann do Brasil.
(Fonte: IstoÉDinheiro - 07.07.2022)

4 de jul. de 2022

M.A.C.

          A canadense M.A.C foi fundada por um maquiador e um fotógrafo cansados de como as 
maquiagens normalmente pareciam ruins nas fotos de editoriais.
          Na cozinha deles, decidiram colocar mãos à obra e criar os próprios produtos. Mas a maior sacada mesmo foi embalar os cosméticos em potinhos pretos, em vez dos famosos compactos, algo que logo 
virou a marca-registrada da companhia.
          Quanto ao nome, nada de mistério, é simplesmente as iniciais de Make-up Art Cosmetics 
(Maquiagem Arte Cosméticos).
(Fonte: revista Cláudia - 18.08.2016)

Colcci

          Colcci é uma grife brasileira criada pela estilista Lila Colzani (Luciana Willrich Colzani) em 1986, em Brusque, Santa Catarina. Sua paixão por moda começou na infância, quando desenhava suas próprias roupas. Inicialmente, a marca era especializada em peças mais simples e básicas, como moletons, camisetas e shorts.
          Lila Colzani começou a vida trabalhando na farmácia do pai em Brusque e com o salário ganho investia comprando tecidos para suas criações. Sua primeira máquina de costura foi adquirida de segunda mão com um prêmio de loteria que a mãe ganhou. “Ajudei a fazer os números e ela dividiu o prêmio. Era pouco, uma quadra.” Nos fundos de uma garagem, fundou sua primeira marca, a Colcci, com o ex-marido Jorge Colzani.
          Agora, aceitando todo tipo de encomenda, ela precisava nomear a firma! Teve a ideia de fundir o nome dela de batismo, Luciana, com o sobrenome do então marido, Colzani. Separou as sílabas e gostou de como “Col” e “Ci” soavam juntos, acrescentou um ce para deixar mais ~italiano~. 
          Na década de 1990, já reconhecida por boa parte do mercado, a Colcci começou a diversificar seus produtos, com vestidos de tecidos leves, jaquetas, calças e bermudas jeans, blusinhas, além de outros acessórios como carteiras, nécessaires, bolsas, toalhas, adesivos entre outras.
          Sob o comando de Lila, a Colcci tornou-se febre nacional nos anos 1990: mais de 200 lojas franqueadas e 3 lojas próprias. Vestiu todos os VJs da MTV, anunciou nas principais revistas e patrocinou grandes eventos.
          No fim dos anos 1990 a Colcci começou a apostar em produtos mais trabalhados e mais voltados para o universo fashion. Lavagens de tecido, tonalidades diferentes, bordados, tudo para produzir um estilo jovial e, ao mesmo tempo, sofisticado.
          Em 2000, a Colcci foi adquirida pelo grupo AMC têxtil (grupo Menegotti) e Lila continuou como sua diretora criativa. O símbolo de estilo da grife foi reformulado, a marca tornou-se de alto luxo e os consumidores passaram a encontrar os produtos da marca em lojas multimarcas. A grife voltou seus produtos para o público jovem, trazendo sempre novas tendências de moda.
          Para consolidar-se no mundo Fashion, em 2004, a Colcci teve sua primeira apresentação nas passarelas em uma semana de moda, estreando no Fashion Rio, com a participação da socialite Paris Hilton. Em 2005, a modelo Gisele Bündchen desfilou para a grife para a coleção outono/inverno. A coleção apresentou modelos em jeans e em tecidos confortáveis. Foi o início de uma parceria duradoura com Gisele Bündchen. “Gisele conta que o jeans que tinha quando veio para São Paulo era da Colcci e que deu muita sorte para ela”, diz Lila.
          Desde então, a grife ganhou espaço no mercado internacional e está presente em mais de trinta países. A Colcci é uma marca reconhecida por seu bom gosto em design e estilo.
          Depois do nascimento do seu terceiro filho, Pedro Volpato, fruto do seu casamento com o seu segundo marido, o modelo Thiago Volpato, a estilista voltou às suas raízes empreendedoras e lançou uma nova marca, a Stereo, em 2007. "A Stereo seguirá o rumo que a Colcci poderia ter tomado se eu tivesse tido mais liberdade criativa. A Colcci acabou ficando apelativa e repetitiva. Tive que refazer um mesmo vestidinho de malha com aplicações de paetês várias vezes", disse Lila. Lançou também a marca de moda infantil Pistol Star.
          A Colcci reproduz nos óculos da marca todos os conceitos que tem em suas roupas. São óculos com modelos fashionistas e joviais, que juntam conforto, elegância e modernidade. A grife disponibiliza coleções de óculos tanto de grau quanto de sol, sempre renovando seus designs criando tendências de moda. Combinações de materiais, variedade de cores e referências clássicas com a identidade da Colcci somadas a inovações são algumas das características do estilo da Colcci eyewear.
(Fonte: Wikipédia / IstoÉGente - 01.08.2005 / Folha de S.Paulo - 20.04.2007 / revista Cláudia - 21.01.2020 / qoculos.com.br - 03.11.2021)

Cora Bank

          A Cora Bank é uma fintech criada em 2020, com serviços especializados para pequenas e médias empresas.
          Foi idealizada por Igor Senra e Leonardo Mendes, que também criaram a plataforma Moip  (Vendida em 2016, à alemã Wirecard, por R$ 165 milhões). De acordo com o portal Globo, o novo projeto contou com R$10 milhões em investimentos iniciais.
          Após obter aprovação do Banco Central, a Cora Bank passou a disponibilizar contas digitais e diferentes funcionalidades para seus clientes.
(Fonte: Facilite Tecnologia)

Higer

          A fabricante chinesa de ônibus elétricos Higer foi fundada em 1998. É uma empresa jovem quando comparada aos concorrentes, principalmente os europeus.
          A Higer montou um plano de negócios para sair às ruas no Brasil e fazer do país a porta de entrada para seus vizinhos da América do Sul e Central, como Peru e Colômbia. A empresa pretende disputar espaço com grandes marcas que dominam o mercado brasileiro, algumas das quais atuam no país há mais de 60 anos.
          O plano de negócios prevê que os operadores do sistema de transporte, sejam eles privados ou públicos, não precisarão comprar os veículos nem se preocupar com a infraestrutura de recarga. Tudo será alugado. O ônibus elétrico é 2,5 vezes mais caro que um movido a diesel. “Um ônibus a combustão custa cerca de R$ 900 mil. O elétrico chega a R$ 2,6 milhões”, disse Marcelo Barella, executivo chefe da Higer para a América Latina. Barella trabalha na Higer desde 2004 em diversos países. No Brasil, a empresa chinesa atuará com a TEVx Motors, que importará e distribuirá os veículos.
          Em São Paulo, a Higer assinou um acordo com a Enel para disputar o fornecimento de ônibus elétricos na cidade, que é o maior mercado do Brasil – e o lugar perfeito para estrear no país, na visão da empresa chinesa. A empresa italiana de energia detém a concessão de distribuição de energia na capital paulista e em outras 22 cidades da região metropolitana ao seu redor. A Enel concorrerá em licitações para o fornecimento dos veículos. Se vencer, a Enel comprará os veículos da Higer, montará a infraestrutura de recarga e alugará o pacote completo para as operadoras. A Higer fará manutenção de ônibus e treinamento de motoristas, o que inclui ter seu próprio pessoal dentro das garagens dos operadores. Barella lembrou que São Paulo tem 14.000 ônibus e planeja chegar a 12.000 ônibus elétricos até 2028. Desse total, 2.600 estariam rodando até 2024 e 600 entre 2022 e 2023. A empresa pretende ganhar espaço em São Paulo, por ser um dos sistemas de transporte urbano mais complexos do mundo. Se conseguir atender aos padrões da SPTrans, que administra o sistema da cidade, a empresa poderia atender qualquer outra cidade do país.
          A princípio, os veículos movidos a bateria serão importados inteiros, mas a empresa está negociando com o governo cearense uma área no porto para instalar uma linha de montagem, com investimento estimado em R$ 20 milhões. Com a unidade local, a ideia é importar os ônibus em sistema PKD (Partial Knock-Down). A estrutura do carro viria pronta e aqui seriam colocadas as janelas, bancos e motor.
          Em um segundo momento, seria adotado o sistema SKD (Semi Knock-Down), com maior valor agregado. Barella explica que boa parte dos fornecedores da montadora na China já estão no Brasil e podem atender às necessidades da Higer no Ceará. São fornecedores globais, como Siemens e Dana, para motores; ZF para suspensão; Bosch para caixas de direção; ou Wabco para freios. As baterias são da CATL, que assinou um acordo com a fabricante brasileira de baterias Moura para serviços de pós-venda. A unidade cearense também será a base de exportação da região.
          A escolha do Ceará revela o próximo passo na estratégia da montadora para o Brasil: os ônibus movidos a hidrogênio. O estado possui uma grande oferta de energia limpa e diversos projetos para produção de hidrogênio verde no médio prazo. A Higer já tem 400 ônibus a hidrogênio rodando na China. Mas é um projeto de longo prazo no Brasil.
          Bem antes do uso do hidrogênio, o grupo asiático planeja entrar no segmento de furgões e caminhões elétricos de passageiros e cargas no Brasil. As vans devem chegar ainda em 2022 e exigirão uma rede de revendedores. Por outro lado, Barella reconheceu que a concorrência por caminhões provavelmente será acirrada.
          A Higer tem quatro fábricas na China e faturou US$ 5,5 bilhões em 2021. Já tem 50.000 ônibus elétricos nas ruas – principalmente na China, mas também na Europa.
(Fonte: jornal Valor - 04.07.2022)

1 de jul. de 2022

Simec

          O grupo mexicano, de Guadalajara, Simec, começou a produzir aço no Brasil no final de 2015 após investir US$ 300 milhões em um projeto greenfield no país.
          Três anos após iniciar a produção no Brasil, a Simec tornou-se a terceira maior fabricante de aços longos (vergalhões, fio-máquina, barras e perfis) do mercado brasileiro. Está atrás da líder ArcelorMittal e Gerdau. Também concorre com a AVB (Aço Verde), Sinobras e o negócio de aços longos da CSN.
          Esse salto, em maio de 2018, foi resultado da aquisição de duas unidades siderúrgicas da ArcelorMittal (uma em Cariacica e outra em Itaúna, Minas Gerais) por imposição do CADE, órgão antitruste do país, em razão da compra dos ativos da Votorantim Siderurgia no Brasil.
          No Brasil, a Simec já atende os mercados das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e parte do Nordeste, por meio de siderúrgicas localizadas em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O grupo Simec é o terceiro maior produtor de aços longos do Brasil.
          Em 30 de junho de 2022 o grupo Simec divulgou um investimento de US$ 300 milhões para duplicar sua siderúrgica localizada em Pindamonhangaba, a 140 quilômetros de São Paulo.
          A expectativa é que a expansão esteja pronta em meados de 2024, com obras de construção e montagem começando no segundo semestre do ano, disse Jaime Moncada Ramos, presidente-executivo da empresa no Brasil. O investimento consiste em uma nova aciaria elétrica e um novo laminador, com tecnologia alemã de última geração. O equipamento será enviado da China em julho.
          Com a duplicação, a capacidade instalada da siderúrgica de Pindamonhangaba aumentará para 1 milhão de toneladas de aço bruto (tarugos) por ano. Atualmente, a capacidade é de 500 mil toneladas por ano.
          A unidade de Pindamonhangaba vai ampliar a oferta ao mercado de vergalhões retos e laminados – produto utilizado para construção civil e projetos imobiliários – e fio-máquina, para diversas aplicações industriais, como arames e pregos.
          Segundo Moncada, grande parte da infra-estrutura para expansão já existe no local, próximo à atual linha de produção, facilitando a instalação da nova planta. A localização, próxima à Rodovia Presidente Dutra, na região São Paulo-Rio de Janeiro, é uma vantagem logística para a aquisição de sucata de ferro e aço e para a distribuição dos produtos ao mercado.
          De acordo com a empresa, serão gerados 1.200 empregos durante as obras e contratados 450 funcionários para operar a nova linha em Pindamonhangaba. A geração de empregos e impostos adicionais faz parte do programa do governo do estado de São Paulo para estimular novos investimentos no estado.
(Fonte: jornal Valor - 30.06.2022)