O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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25 de fev. de 2023
Wawa
ASOS
A abreviação ASOS se espalhou rapidamente e o endereço do site seguiu a mesma linha, mudando para asos.com.
Keds (tênis)
Ao escolher um nome, a escolha inicial foi Peds, do significado de "pé" no latim. Os Keds foram, pela primeira vez, vendidos em massa no mercado como tênis de lona e borracha ou "sneakers", em 1916. Tornaram-se conhecidos como "sneakers" porque as solas de borracha permitia um andar silencioso, pois "sneak" em inglês significa esgueirar. Nesta linha encontra-se também o All Star.
Em 1949, os Pro-Keds foram lançados como uma linha de tênis para desempenho atlético destinada a competir com o padrão da indústria, Converse. Projetado especificamente para jogadores de basquete, o estilo original, o Royal, foi endossado por George Mikan. Em 1953, o Minneapolis Lakers foi equipado com Pro-Keds. Em 1969, os Pro-Keds introduziram o 69er, e a demanda por eles no Harlem e no Bronx foi tão grande que eles se tornaram conhecidos como "Uptowns". O início dos anos 1970 viu a introdução do Royal Plus, também conhecido como "Suede Super", que tinha cabedal de camurça, gola acolchoada e estava disponível em cano alto ou baixo.
No início da década de 1990 a Vulcabras já tinha se mexido: trouxe para o Brasil a marca Keds, então uma das oito do catálogo da americana Stride Rite. E partiu para o licenciamento e distribuição de tênis. Começou pela Adidas e passou pela Puma. Em 1999, passou a exportar o tênis Reebok, de quem era associada desde 1992 numa operação de importação dos tênis da marca americana. Só nos primeiros três anos exportou 600.000 pares. Em dezembro de 2001, a fábrica de Horizonte, no Ceará, inaugurada em 1996, que já produzia o Reebok, começou a exportar tênis da marca Keds para Israel, Argentina, Uruguai, México, Grécia e Portugal.
Panera Bread
Segundo informações da página do Facebook da cadeia de sanduíches Panera, o nome é uma combinação de duas palavras: “Pan” (pão) e “era” (idade/era/tempo), cujas raízes são da língua espanhola e do latim.
Juntas, elas formam A Era do Pão. O fundador da Panera ainda confidenciou que o nome significa “cesta de pães” em latim.
24 de fev. de 2023
Thomas H. Lee Partners / Lee Equity Partners
Thomas H. Lee (Tom Lee), um pioneiro no negócio de patrimônio privado de trilhões de dólares, fundou sua loja de aquisições em 1974, aproveitando uma herança e um empréstimo familiar,
depois de trabalhar na LF Rothschild e no First National Bank of Boston.
O que era então conhecido como Thomas H. Lee Partners ajudou a desenvolver o manual tradicional para aquisições alavancadas: emprestar grandes somas de dinheiro para comprar uma empresa, depois cortar custos e melhorar os resultados financeiros antes de vendê-la novamente.
Durante sua carreira de quatro décadas em aquisições alavancadas, Lee fez enormes aquisições, incluindo algumas extremamente lucrativas, e ajudou a definir o setor como uma grande força em Wall Street.
Um exemplo de modelo de acordo firmado com a assinatura de Lee foi a aquisição da Snapple em 1992. Sua empresa comprou a fabricante de bebidas por US$ 135 milhões – com apenas US$ 28 milhões vindo de seus próprios cofres – antes de vendê-la para a Quaker Oats dois anos depois por US$ 1,7 bilhão.
Os outros negócios notáveis da empresa incluem sucessos e fracassos. Um sucesso foi a aquisição da Warner Music em 2003 com parceiros como Edgar Bronfman Jr., o herdeiro do império de bebidas Seagram. “Posso ver a manchete agora - 'Lee faz um negócio maluco'”, disse Lee naquele ano, aludindo à perplexidade inicial que saudou a transação. Mas Thomas H. Lee acabou obtendo uma taxa interna de retorno de 34%.
Os negócios mal sucedidos incluem a aquisição da corretora de commodities Refco pela empresa, que entrou com pedido de falência após divulgar que seu C.E.O. tinha escondido US$ 430 milhões em dívidas.
Lee deixou sua empresa homônima em 2006, e a empresa mais tarde mudou a denominação para
THL Partners.
Mas Lee continuou a investir por meio de um segundo empreendimento, Lee Equity Partners. (Em 2014, ele disse que se chamava “Tomcat”, porque tinha “nove vidas diferentes”.)
Tom Lee também foi um filantropo prolífico, doando dinheiro para instituições como o Lincoln Center, o Museu de Arte Moderna, o Museu Whitney de Arte Americana e o Museu da Herança Judaica.
Thomas H. Lee morre em 23 de fevereiro de 2023, aos 78 anos.
(Fonte: NY Times - 24.02.2023)
23 de fev. de 2023
TAV Brasil
O projeto era uma das bandeiras da então presidente Dilma Rousseff (PT) para a Copa do Mundo de 2014, mas foi abandonado em meio a controvérsias sobre seu custo e sua viabilidade e também à falta de interessados em participar do leilão — que nem chegou a ocorrer.
Seacrest Petroleo
Em fevereiro de 2023, em meio a uma forte redução das ofertas de ações no Brasil, a Seacrest Petróleo conseguiu concluir seu IPO na bolsa de valores de Oslo. Com o negócio, a empresa, focada na aquisição de campos maduros de petróleo e gás natural, captou US$ 260 milhões. Além dos bancos noruegueses, BTG Pactual e Itaú BBA foram os coordenadores do IPO. A ação estreou na bolsa de valores de Oslo nesta em 23 de fevereiro de 2023.
Para fazer a oferta, a empresa teve que aceitar um corte de preço. A avaliação da empresa foi reduzida para cerca de US$ 148 milhões, de US$ 215 milhões, considerando o valor antes da injeção de capital. Com o IPO, a empresa passa a valer US$ 383 milhões, podendo chegar a US$ 407 milhões caso o lote suplementar da oferta seja aplicado.
No IPO, o Mercuria Energy Group Limited alocou US$ 80 milhões e deterá uma participação de 30% na petrolífera após a conclusão da oferta.
“O grupo segue uma estratégia no Brasil semelhante à que a OKEA ASA tem seguido na Noruega”, também de acordo com o prospecto do IPO. Rafael Grisolia, ex-CFO da Petrobras e ex-CEO da distribuidora de combustíveis Vibra Energia, foi nomeado CFO da petroleira no ano passado.
Todos os ativos da Seacrest estão no Brasil, mas sua sede fica nas Bermudas. A petroleira é outra que viu um mercado potencial no Brasil depois que a Petrobras iniciou um programa de desinvestimentos durante o governo Temer. Entre elas estão a 3R Petróleo, a PetroRio e a PetroRecôncavo, listadas na B3.
“Existe um potencial significativo para criação de valor em nossos ativos de produção exclusivamente integrados por meio de uma série de atividades de redesenvolvimento de baixo risco que devem triplicar a produção até 2025. Nossa produção de fluxo de caixa de alta margem nos permite crescer e planejar para curto prazo retorno de capital aos acionistas”, disse o CEO da Seacrest Petróleo, Michael Stewart, em comunicado.
O primeiro investimento da empresa foi o campo de Cricaré, também da Petrobras, que compreendeu 27 concessões de petróleo onshore, além de ativos de produção de petróleo, operação que foi concluída até o final de 2021. “Todos os campos que compõem os campos de Cricaré e Norte Capixaba clusters estão em terra na Bacia do Espírito Santo. Com fator de recuperação médio atual de 17%, esses campos estão em fase de produção e são considerados ativos intermediários”, afirma a empresa em seu prospecto.
(Fonte: jornal Valor - 22.02.2023 / 08.04.2024 - partes)
Uma oferta pública inicial (IPO) feita em abril de 2023 na bolsa de valores de Oslo visava, em parte, financiar aquisições. A empresa arrecadou US$ 260 milhões na época.
No início de abril de 2024, vem a lume que a Seacrest procura comprador para seus ativos petrolíferos em meio a uma forte onda de consolidação de petrolíferas independentes no Brasil, apurou o Valor. A empresa contratou a Goldman Sachs como seu consultor financeiro, segundo fontes que falaram ao jornal Valor sob condição de anonimato.
O processo de venda da Seacrest ocorre em um momento de grande atividade no mercado.
Empresas do setor já foram pesquisadas sobre potencial interesse na petroleira independente, estreante no segmento.
Um movimento de consolidação de empresas menores (leia-se Enauta, 3R, Petrorecôncavo) já era antecipado pelo mercado porque a indústria de petróleo e gás precisa de escala. O jogo mudou depois que a Petrobras interrompeu o processo de desinvestimento de poços mais maduros com a eleição do presidente Lula. Os ativos vendidos em administrações anteriores deram origem a petrolíferas independentes.
(Fonte: jornal Valor - 05.04.2024)
22 de fev. de 2023
Shein
Quem é o misterioso dono da Shein? Ele é avesso a entrevistas, não circula em eventos corporativos e seu nome mal aparece no site da gigante varejista de moda. Nascido em 1984, Chris Xu (também conhecido por Xu Yangtian ou Sky Xu) é o misterioso fundador e CEO da Shein, fenômeno do fast-fashion global que se prepara para iniciar suas operações de produção têxtil no Brasil. Diferentemente de outros bilionários chineses, como Jack Ma, do Alibaba, e Pony Ma, da Tencent, Xu é discreto, faz questão de manter distância dos holofotes e também é conhecido por trabalhar de maneira obsessiva, afirma a californiana Rui Ma, especialista no mercado chinês e criadora do podcast Tech Buzz China.
Assim como muito do que é vendido em aplicativos como Shopee e Alibaba, os produtos da Shein vêm da China. Mas, de maneira inédita por aqui, a varejista montou seu próprio market place brasileiro, tornando-se parceira de fornecedores locais. Com essa estratégia, as mercadorias que antes demoravam meses para serem entregues no Brasil, chegam ao consumidor em prazos bem menores. Assim, a Shein traz ao país seu polêmico modus operandi, em que os fornecedores precisam conceber e confeccionar roupas em apenas uma semana.
(Fonte: revista Capital Aberto - 19.02.2023 / Época Negócios - 01.08.2023 /Valor - 23.08.2023 - partes)
19 de fev. de 2023
Blaupunkt
A Blaupunkt era originalmente uma empresa alemã e foi controlada pelo grupo Bosch-Siemens até 2008. Nesse ano, foi vendida ao grupo de investimento Aurelius AG.
Por ocasião da venda da Blaupunkt, o grupo Bosch-Siemens reteve as fábricas de produção de componentes. Apenas as linhas de montagem foram vendidas. O novo proprietário começou a reduzir os custos de produção deslocando a produção terceirizada para outros países. A partir de 2011 todos os produtos Blaupunkt passaram a ser feitos sob medida na China em linhas de montagem de terceiros. Naturalmente, a qualidade sofreu, e muitas empresas que anteriormente compravam itens para
instalar nos seus produtos (por exemplo, automóveis) recusaram-se a fazê-lo.
Em 2016, foi decretada a falência da empresa que no mesmo ano entrou em liquidação. As fábricas foram vendidas, o pessoal foi despedido.
Desde 2016, uma vez que a marca Blaupunkt é propriedade da empresa de investimento Aurelius AG, os direitos de marca são controlados pela subsidiária da Aurelius AG, GIP Development SARL, que trata do licenciamento de marcas registradas.
Como resultado, qualquer fabricante de eletrônica pode agora licenciar e produzir produtos sob a marca Blaupunkt. Os televisores Blaupunkt são atualmente fabricados por várias empresas. Os fabricantes diferem de país para país.
Se olharmos para a produção de televisores, esses são feitos principalmente na Índia e na China. Além disso, alguns fabricantes montam televisores em países do Leste da Europa a partir de componentes chineses. Os televisores desse segmento têm um mínimo de características e funcionalidade. São na sua maioria montados na China a partir de componentes baratos.